Arritmias Flashcards

1
Q

Quais são os dois mecanismos principais que podem gerar arritmias cardíacas?

A

Alterações na formação do impulso (hiperautomatismo, automatismo anormal, pós-despolarizações) e alterações na condução do impulso (reentrada anatômica ou funcional).

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2
Q

O que é hiperautomatismo?

A

Hiperautomatismo é a intensificação da capacidade das células cardíacas de gerar potenciais de ação espontaneamente, ocorrendo no nódulo sinusal ou em marca-passos ectópicos.

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3
Q

O que caracteriza o automatismo anormal?

A

O automatismo anormal ocorre quando células que normalmente não têm atividade elétrica autônoma começam a gerar potenciais de ação devido à redução do potencial de repouso.

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4
Q

O que são pós-despolarizações precoces?

A

São despolarizações que ocorrem durante a fase 2 ou 3 do potencial de ação, antes da conclusão da repolarização, comumente associadas a distúrbios do intervalo QT.

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5
Q

O que são pós-despolarizações tardias?

A

São oscilações que ocorrem após a repolarização completa (fase 4), frequentemente relacionadas ao acúmulo intracelular de cálcio, como na intoxicação digitálica.

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6
Q

O que é reentrada anatômica?

A

Reentrada anatômica é um circuito de reentrada onde o impulso elétrico recircula em torno de uma barreira anatômica, necessitando de bloqueio unidirecional e condução lenta.

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7
Q

Quais são as arritmias típicas causadas por hiperautomatismo?

A

Taquicardia sinusal, taquicardia atrial, taquicardia juncional e ritmo idioventricular acelerado.

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8
Q

Qual o mecanismo da reentrada funcional?

A

Reentrada funcional ocorre sem uma estrutura anatômica fixa e sem um período excitável, como visto em flutter atrial rápido e fibrilação atrial.

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9
Q

Como as pós-despolarizações precoces se relacionam com o prolongamento do intervalo QT?

A

Medicamentos ou condições que prolongam o intervalo QT aumentam a predisposição para pós-despolarizações precoces, que podem desencadear torsades de pointes.

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10
Q

Quais são os fatores que contribuem para a formação de uma arritmia, segundo o triângulo de Coumel?

A

A presença de um substrato arritmogênico, a ação de gatilhos (como extrassístoles) e a influência de fatores moduladores, como isquemia ou alterações autonômicas.

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11
Q

O que é reentrada fase 2?

A

É um tipo de reentrada que ocorre em condições de diferenciação entre o potencial de ação do epicárdio e endocárdio, como na síndrome de Brugada.

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12
Q

O que são ondas em espiral ou rotores?

A

São frentes de onda que se formam no miocárdio, levando à formação de circuitos de reentrada funcionais, comuns na fibrilação ventricular e atrial.

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13
Q

O que é o automatismo anormal?

A

É a geração de potenciais de ação em células que normalmente não têm atividade autônoma, como em condições de isquemia, onde o potencial de repouso se aproxima do limiar de ativação.

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14
Q

Qual o papel das pós-despolarizações tardias na formação de arritmias?

A

Pós-despolarizações tardias ocorrem após a repolarização completa e estão relacionadas ao acúmulo de cálcio intracelular, como em intoxicação digitálica.

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15
Q

O que caracteriza o mecanismo de reentrada fase 2?

A

É um mecanismo onde há diferença de potencial entre o epicárdio e o endocárdio, criando um circuito que reexcita o tecido, comum em síndromes como Brugada.

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16
Q

Quais são os principais fatores que compõem o triângulo de Coumel?

A

Substrato arritmogênico, gatilhos (como extrassístoles) e fatores moduladores (ex.: isquemia, alterações autonômicas).

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17
Q

Qual é o mecanismo de anisotropia na reentrada?

A

Na anisotropia, a condução é mais lenta transversalmente às fibras cardíacas, facilitando a reentrada em condições de bloqueio longitudinal.

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18
Q

O que caracteriza a reentrada funcional?

A

A reentrada funcional não depende de um obstáculo anatômico fixo, mas de propriedades dinâmicas do tecido cardíaco, como na fibrilação atrial.

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19
Q

O que é o efeito pró-arrítmico?

A

É quando um medicamento antiarrítmico, ao invés de suprimir, facilita a ocorrência de arritmias devido à instabilização do substrato.

20
Q

Como o prolongamento do intervalo QT favorece o aparecimento de arritmias?

A

Prolonga a fase de repolarização, predispondo à formação de pós-despolarizações precoces e arritmias como torsades de pointes.

21
Q

O que é reentrada anatômica?

A

A reentrada anatômica requer a presença de um circuito fixo e é caracterizada por bloqueio unidirecional e condução lenta.

22
Q

O que caracteriza o hiperautomatismo?

A

É a intensificação da atividade automática do nódulo sinusal ou de focos ectópicos, resultando em arritmias como a taquicardia sinusal.

23
Q

Qual é o papel das correntes de cálcio na atividade deflagrada?

A

A sobrecarga de cálcio intracelular pode desencadear pós-despolarizações tardias, resultando em arritmias ventriculares.

24
Q

Como o bloqueio unidirecional contribui para a reentrada?

A

O bloqueio unidirecional permite que o impulso trafegue em apenas uma direção, criando condições para a reexcitação do tecido após a recuperação refratária.

25
Q

O que abrange o termo ‘arritmia cardíaca’?

A

Abrange uma variedade de distúrbios do ritmo cardíaco com diferentes etiologias, fisiopatologia, sintomas e prognósticos.

26
Q

Qual a importância da história clínica na investigação de arritmias cardíacas?

A

É a primeira ferramenta para gerar hipóteses diagnósticas e evitar exames desnecessários.

27
Q

Quais são os sintomas mais comuns associados às arritmias cardíacas?

A

Palpitações, falta de ar, dor precordial, lipotimia, síncope e até morte súbita.

28
Q

Qual característica de uma arritmia ajuda a suspeitar de arritmias dependentes do nó AV?

A

Início súbito e término após manobra vagal sugerem arritmias nodais como TRN e TAV.

29
Q

Qual é o método diagnóstico de escolha para arritmias relacionadas ao esforço físico?

A

Teste ergométrico, principalmente para arritmias adrenérgico-dependentes.

30
Q

Como síncope e morte súbita cardíaca (MSC) influenciam a estratificação de risco em arritmias?

A

Pacientes com síncope e MSC têm risco elevado e devem ser investigados com maior atenção.

31
Q

Qual a importância da frequência dos episódios de arritmia para o diagnóstico?

A

Determina o método mais adequado para flagrar o sintoma, como Holter para crises diárias.

32
Q

O que as ‘palpitações fugazes’ podem indicar na investigação de arritmias?

A

Podem indicar extrassístoles e direcionar a investigação para esse tipo de arritmia.

33
Q

Quais são as principais condições com risco aumentado de arritmias graves em pacientes com histórico familiar?

A

Síndrome do QT longo, síndrome de Brugada, cardiomiopatia hipertrófica, entre outras.

34
Q

Que dados são importantes para diagnóstico de síncope em pacientes com suspeita de arritmia?

A

História de MSC em familiares, frequência e natureza dos episódios, e função ventricular.

35
Q

Quais comorbidades devem ser investigadas em pacientes com arritmia para exclusão de outras causas?

A

DPOC, hipertireoidismo, hipertensão arterial e cardiopatias, entre outras.

36
Q

Como o Holter auxilia no diagnóstico de arritmias?

A

Permite registrar o ECG por 24 horas, correlacionando sintomas e eventos cardíacos.

37
Q

Qual a principal limitação dos monitores de eventos externos no diagnóstico de arritmias?

A

Dependem da colaboração do paciente e apresentam limitações no tempo de uso.

38
Q

Quais características do ECG sugerem a presença de síndrome de Wolff-Parkinson-White?

A

Intervalo PR curto e onda delta em pacientes com taquicardia paroxística.

39
Q

Qual a diferença diagnóstica entre taquicardias de QRS largo e QRS estreito?

A

QRS estreito indica origem supraventricular; QRS largo sugere origem ventricular.

40
Q

Como o teste ergométrico é utilizado na avaliação de pacientes com arritmias?

A

Avaliação de resposta cronotrópica e relação entre arritmias e esforço físico.

41
Q

Para que serve o estudo eletrofisiológico (EEF) na investigação de arritmias?

A

Avaliação de condução e indução de taquiarritmias para diagnóstico e tratamento.

42
Q

Quais são os principais dispositivos móveis que podem ser utilizados para monitoramento de arritmias?

A

Smartwatches, smartphones e pulseiras com monitoramento de frequência cardíaca.

43
Q

Qual a principal indicação do monitor de eventos implantável na investigação de arritmias?

A

Para pacientes com sintomas graves, mas de ocorrência infrequente como síncope.

44
Q

O que indica a presença de ‘onda epsilon’ no ECG?

A

Pode indicar displasia arritmogênica de ventrículo direito (DAVD).

45
Q

Quais critérios do ECG ajudam a diferenciar taquicardia ventricular de taquicardia supraventricular com aberrância?

A

Duração e morfologia do QRS, presença de batimentos de fusão e dissociação AV.