Arritmias Flashcards
Quais são os dois mecanismos principais que podem gerar arritmias cardíacas?
Alterações na formação do impulso (hiperautomatismo, automatismo anormal, pós-despolarizações) e alterações na condução do impulso (reentrada anatômica ou funcional).
O que é hiperautomatismo?
Hiperautomatismo é a intensificação da capacidade das células cardíacas de gerar potenciais de ação espontaneamente, ocorrendo no nódulo sinusal ou em marca-passos ectópicos.
O que caracteriza o automatismo anormal?
O automatismo anormal ocorre quando células que normalmente não têm atividade elétrica autônoma começam a gerar potenciais de ação devido à redução do potencial de repouso.
O que são pós-despolarizações precoces?
São despolarizações que ocorrem durante a fase 2 ou 3 do potencial de ação, antes da conclusão da repolarização, comumente associadas a distúrbios do intervalo QT.
O que são pós-despolarizações tardias?
São oscilações que ocorrem após a repolarização completa (fase 4), frequentemente relacionadas ao acúmulo intracelular de cálcio, como na intoxicação digitálica.
O que é reentrada anatômica?
Reentrada anatômica é um circuito de reentrada onde o impulso elétrico recircula em torno de uma barreira anatômica, necessitando de bloqueio unidirecional e condução lenta.
Quais são as arritmias típicas causadas por hiperautomatismo?
Taquicardia sinusal, taquicardia atrial, taquicardia juncional e ritmo idioventricular acelerado.
Qual o mecanismo da reentrada funcional?
Reentrada funcional ocorre sem uma estrutura anatômica fixa e sem um período excitável, como visto em flutter atrial rápido e fibrilação atrial.
Como as pós-despolarizações precoces se relacionam com o prolongamento do intervalo QT?
Medicamentos ou condições que prolongam o intervalo QT aumentam a predisposição para pós-despolarizações precoces, que podem desencadear torsades de pointes.
Quais são os fatores que contribuem para a formação de uma arritmia, segundo o triângulo de Coumel?
A presença de um substrato arritmogênico, a ação de gatilhos (como extrassístoles) e a influência de fatores moduladores, como isquemia ou alterações autonômicas.
O que é reentrada fase 2?
É um tipo de reentrada que ocorre em condições de diferenciação entre o potencial de ação do epicárdio e endocárdio, como na síndrome de Brugada.
O que são ondas em espiral ou rotores?
São frentes de onda que se formam no miocárdio, levando à formação de circuitos de reentrada funcionais, comuns na fibrilação ventricular e atrial.
O que é o automatismo anormal?
É a geração de potenciais de ação em células que normalmente não têm atividade autônoma, como em condições de isquemia, onde o potencial de repouso se aproxima do limiar de ativação.
Qual o papel das pós-despolarizações tardias na formação de arritmias?
Pós-despolarizações tardias ocorrem após a repolarização completa e estão relacionadas ao acúmulo de cálcio intracelular, como em intoxicação digitálica.
O que caracteriza o mecanismo de reentrada fase 2?
É um mecanismo onde há diferença de potencial entre o epicárdio e o endocárdio, criando um circuito que reexcita o tecido, comum em síndromes como Brugada.
Quais são os principais fatores que compõem o triângulo de Coumel?
Substrato arritmogênico, gatilhos (como extrassístoles) e fatores moduladores (ex.: isquemia, alterações autonômicas).
Qual é o mecanismo de anisotropia na reentrada?
Na anisotropia, a condução é mais lenta transversalmente às fibras cardíacas, facilitando a reentrada em condições de bloqueio longitudinal.
O que caracteriza a reentrada funcional?
A reentrada funcional não depende de um obstáculo anatômico fixo, mas de propriedades dinâmicas do tecido cardíaco, como na fibrilação atrial.
O que é o efeito pró-arrítmico?
É quando um medicamento antiarrítmico, ao invés de suprimir, facilita a ocorrência de arritmias devido à instabilização do substrato.
Como o prolongamento do intervalo QT favorece o aparecimento de arritmias?
Prolonga a fase de repolarização, predispondo à formação de pós-despolarizações precoces e arritmias como torsades de pointes.
O que é reentrada anatômica?
A reentrada anatômica requer a presença de um circuito fixo e é caracterizada por bloqueio unidirecional e condução lenta.
O que caracteriza o hiperautomatismo?
É a intensificação da atividade automática do nódulo sinusal ou de focos ectópicos, resultando em arritmias como a taquicardia sinusal.
Qual é o papel das correntes de cálcio na atividade deflagrada?
A sobrecarga de cálcio intracelular pode desencadear pós-despolarizações tardias, resultando em arritmias ventriculares.
Como o bloqueio unidirecional contribui para a reentrada?
O bloqueio unidirecional permite que o impulso trafegue em apenas uma direção, criando condições para a reexcitação do tecido após a recuperação refratária.
O que abrange o termo ‘arritmia cardíaca’?
Abrange uma variedade de distúrbios do ritmo cardíaco com diferentes etiologias, fisiopatologia, sintomas e prognósticos.
Qual a importância da história clínica na investigação de arritmias cardíacas?
É a primeira ferramenta para gerar hipóteses diagnósticas e evitar exames desnecessários.
Quais são os sintomas mais comuns associados às arritmias cardíacas?
Palpitações, falta de ar, dor precordial, lipotimia, síncope e até morte súbita.
Qual característica de uma arritmia ajuda a suspeitar de arritmias dependentes do nó AV?
Início súbito e término após manobra vagal sugerem arritmias nodais como TRN e TAV.
Qual é o método diagnóstico de escolha para arritmias relacionadas ao esforço físico?
Teste ergométrico, principalmente para arritmias adrenérgico-dependentes.
Como síncope e morte súbita cardíaca (MSC) influenciam a estratificação de risco em arritmias?
Pacientes com síncope e MSC têm risco elevado e devem ser investigados com maior atenção.
Qual a importância da frequência dos episódios de arritmia para o diagnóstico?
Determina o método mais adequado para flagrar o sintoma, como Holter para crises diárias.
O que as ‘palpitações fugazes’ podem indicar na investigação de arritmias?
Podem indicar extrassístoles e direcionar a investigação para esse tipo de arritmia.
Quais são as principais condições com risco aumentado de arritmias graves em pacientes com histórico familiar?
Síndrome do QT longo, síndrome de Brugada, cardiomiopatia hipertrófica, entre outras.
Que dados são importantes para diagnóstico de síncope em pacientes com suspeita de arritmia?
História de MSC em familiares, frequência e natureza dos episódios, e função ventricular.
Quais comorbidades devem ser investigadas em pacientes com arritmia para exclusão de outras causas?
DPOC, hipertireoidismo, hipertensão arterial e cardiopatias, entre outras.
Como o Holter auxilia no diagnóstico de arritmias?
Permite registrar o ECG por 24 horas, correlacionando sintomas e eventos cardíacos.
Qual a principal limitação dos monitores de eventos externos no diagnóstico de arritmias?
Dependem da colaboração do paciente e apresentam limitações no tempo de uso.
Quais características do ECG sugerem a presença de síndrome de Wolff-Parkinson-White?
Intervalo PR curto e onda delta em pacientes com taquicardia paroxística.
Qual a diferença diagnóstica entre taquicardias de QRS largo e QRS estreito?
QRS estreito indica origem supraventricular; QRS largo sugere origem ventricular.
Como o teste ergométrico é utilizado na avaliação de pacientes com arritmias?
Avaliação de resposta cronotrópica e relação entre arritmias e esforço físico.
Para que serve o estudo eletrofisiológico (EEF) na investigação de arritmias?
Avaliação de condução e indução de taquiarritmias para diagnóstico e tratamento.
Quais são os principais dispositivos móveis que podem ser utilizados para monitoramento de arritmias?
Smartwatches, smartphones e pulseiras com monitoramento de frequência cardíaca.
Qual a principal indicação do monitor de eventos implantável na investigação de arritmias?
Para pacientes com sintomas graves, mas de ocorrência infrequente como síncope.
O que indica a presença de ‘onda epsilon’ no ECG?
Pode indicar displasia arritmogênica de ventrículo direito (DAVD).
Quais critérios do ECG ajudam a diferenciar taquicardia ventricular de taquicardia supraventricular com aberrância?
Duração e morfologia do QRS, presença de batimentos de fusão e dissociação AV.