Mecanismo do Parto e Partograma Flashcards
O que é Mecanismo de Parto?
Movimentos passivos corporais fetais, com o objetivo de colocar os menores diâmetros do feto em concordância com os menores diâmetros da pelve.
Quais são os tempos no Mecanismo de Parto?
- Insinuação
- Descida
- Desprendimento
- Restituição (rotação externa)
No Mecanismo de Parto na Apresentação cefálica Fletida: O que é a Insinuação?
- Passagem do maior diâmetro transverso da apresentação pelo estreito superior.
- P/ acomodar ao estreito superior, cabeça faz 2 movimentos p/ diminuir os diâmetros: orientação de diâmetro e flexão.
- Orientação ocorrera de acordo com diâmetro da bacia que é mais facilmente accessível: transverso ou oblíquo esquerdo.
- Movimento complementar = flexão (possibilita redução dos diâmetros da apresentação)
- Acontece pela impulsão das contrações uterinas forçando a cabeça a desempenhar um movimento de báscula.
- Consequência da flexão = diâmetro occipitofrontal (12 cm) é substituído por outro menor, o suboccipitobregmático (9,5 cm).
No Mecanismo de parto cefálico fletido: Qual a Variedade de posição mais comum?
- Occipitoilíaca Esquerda Anterior (OEA – 65%),
- Occipitoilíaca Direita Posterior (ODP – 35%)
No Mecanismo de Parto: o que é a Descida?
- Continuação da insinuação
- Cabeça penetra e enche a escavação.
- Movimento acessório = Rotação interna da apresentação fetal que leva a sutura sagital a se orientar no sentido AP da saída do canal
- geralmente, pequena fontanela se coloca em relação à sínfise púbica, e a grande fontanela se dirige para o sacro.
- Penetração das espáduas no estreito superior da bacia.
Nenhum Mecanismo de Parto: o que é um Desprendimento?
- Movimento complementar = deflexão.
- Gira em torno da sínfise púbica.
- Realizada a retropulsão do coccige, aparecem sucessivamente o bregma, a fronte, a face e o mento.
Como é feito o diagnóstico da flexão durante a Insinuação?
- TV : Reconhecimento da pequena fontanela (Lambda) facilmente palpável, sendo a grande fontanela (Bregma) inacessível ou apenas parcialmente sentida.
- Grande fontanela totalmente palpável, incluindo sua extremidade inferior e sutura metópica, e lambda não mais palpavel facilmente, conclui-se que a flexão é anormal ou ausente (deflexão).
Como é feito o diagnóstico da Insinuação?
- Palpação abdominal ou toque.
- Palpação abd: 4° t manobra de Leopold → Ñ palpa limite inferior do polo cefálico / percebida parte da região frontal.
- TV:
- O ponto de maior declive da apresentação atinge o plano das espinhas ciáticas (plano 0 de De Lee).
- A distância da apresentação do assoalho perineal é de no máximo dois dedos transversos (sinal de Farabeuf).
- Não se consegue palpar as porções superiores da face posterior do pube (sinal de Magalhães).

O que é o assinclitismo?
- Movimentos de inclinação lateral da apresentação durante o deslocamento pelo canal de parto.
- Anterior, quando a sutura sagital está mais próxima do sacro que do pube (obliquidade de Nägele),
- Posterior quando a sutura sagital está mais próxima do pube que do sacro (obliquidade de Litzmann).

Nenhum Mecanismo de parto cefálico fletido: O que é restituição?
- Fora da genitália, uma cabeça voltada para o lado occipital para o lado onde está localizada no momento da insinuação.
- Desde insinuação, espáduas estão com o diâmetro biacromial no sentido do diâmetro oblíquo ou transverso da bacia.
- Atingir o assoalho pélvico, rodar biacromial no sentido anteroposterior da saída do canal igual a sutura sagital da cabeça fetal.
- Ombro anterior vai se colocar sob uma arcada púbica e posterior voltado para o assoalho pélvico.
- Desprendimento das espadas = transporte anterior arcada pélvica e posterior, com movimento de flexão lateral do tronco, continua a progredir em direção à saída.
Qual as diferenças fisiológicas do parto pélvico em relação ao cefálico?
- Polo pélvico mantém-se alto até trabalho de parto se encontre avançado, não raro atédilatação total e a amniorrexe.
- Descida lenta por nádega ser macia e não forçar sua passagem tão firmemente quanto a cabeça.
- Na cefálica, porções superiores da vagina, o colo uterino e os tecidos conectivos pélvicos estão preparados pela devido acomodação do polo nas semanas anteriores.
- A orientação da pelve visa dispor o diâmetro bitrocanteriano (maior diâmetro perpendicular à linha de orientação) em um dos diâmetros oblíquos da bacia materna.
No Mecanismo de Parto da Cintura Pélvica: Como é a Insinuação?
- Termina quando bitrocanteriano transpõe área do estreito superior da bacia.
- Mais difícil nas apresentações pélvicas completas (pelvipodálicas) devido maior volume de nádegas + MMII.
No Mecanismo de Parto da Cintura Pélvica: Como é a Descida e Rotação interna?
- Crista ilíaca anterior posiciona-se mais abaixo que a posterior, apresentando assinclitismo anterior .
- Rotação interna descrevendo arco de 45o, orientando o diâmetro bitrocanteriano em relação ao diâmetro AP, em correspondência com a conjugata exitus.
No Mecanismo de Parto da Cintura Pélvica: Como é o Desprendimento?
- A anca anterior, em sua região imediatamente acima da crista ilíaca, toma ponto de apoio (hipomóclio) sob o ligamento arqueado (região subpúbica).
- A posterior, apresentando acentuada inflexão lateral, percorre o sacro, retropulsa o coccige materno e transpõe a fenda vulvar.
- Mais fácil na apresentação pélvica completa (pelvipodálica).
No Mecanismo de Parto da Cintura Escapular: Como é a Insinuação?
- diâmetro biacromial, por compressão, reduz sua dimensão e se insinua por um dos diâmetros oblíquos da bacia materna, com os braços aconchegados diante do tórax.
- Membros atravessam o estreito superior com o biacromial no mesmo diâmetro oblíquo utilizado pelo bitrocanteriano.
No Mecanismo de Parto da Cintura Escapular: Como é a descidiua e rotação interna?
- Ombros atingem assoalho perineal → cabeça está se insinuando.
- Ocorre rotação interna das espáduas em 45o para biacromial se coloque em relação ao diâmetro ap do estreito inferior.
- A rotação das espáduas e a rotação da cabeça se influenciam de forma recíproca.
No Mecanismo de Parto da Cintura Escapular: Como é o desprendimento?
- Espádua anterior é a primeira a aflorar à vulva.
- Após a retropulsão do coccige, a espádua posterior sai em seguida.
No Mecanismo de Parto da Cabeça Derradeira: Como é a insinuação?
- Cabeça fetal procura orientar o seu diâmetro suboccipitofrontal segundo o diâmetro oblíquo da bacia oposto ao utilizado pelos segmentos que o precederam (bitrocanteriano e biacromial).
- Não raramente, a cabeça se insinua em transverso.
No Mecanismo de Parto da Cabeça Derradeira: Como é a descida e rotação interna?
- Há a progressão da cabeça até aflorar à vulva.
- A rotação interna é de 45o (nas insinuações em oblíqua) ou de 90o (nas insinuações em transversa), no sentido de colocar a região suboccipital sob o pube (hipomóclio).
- O mento aparece, então, na fúrcula vaginal.
No Mecanismo de Parto da Cabeça Derradeira: Como é o desprendimento?
A cabeça fetal se flexiona e progride, expulsando através da fenda vulvar o mento, boca, nariz, fronte e, por último, o occipital, enquanto o assistente eleva o tronco fetal.

Quais são os mecanismos incomuns de parto?
- ROTAÇÃO POSTERIOR DO DORSO FETAL
- BRAÇOS RENDIDOS
- PROLAPSO DO MEMBRO INFERIOR

Quais são as indicações de cesárea para apresentações pélvicas?
- Fazer feto:
- Peso fenter 750 e 2.000 g (falta de capacidade da lâmina fetal em dilatar o óleo materno para uma passagem da cabeça do feto)
- IG> 34 semanas.
- Fetos> 4.000 g. - Vício pélvico.
- Procidência de membros.
- Antecedentes Obstétricos
- Cesariana anterior.
- Amniorrexe prematura.
- Mau passado obstétrico (morte fetal ou sequela).
- Da gestação
- Malformação fetal (compatível com a vida). - Cabeça fetal hiperestendida.
- Parada de progressão do parto.
- Ausência de trabalho de parto, frente à indicação de interrupção da gestação.
- Gestação gemelar quando o primeiro feto estiver em apresentação pélvica.
- Da Equipe:
* Obstetra inexperiente.
Quais as recomendações para Parto Vaginal de apresentaçao pélvica?
- Presença de anestesiologista, neonatologista e médico auxiliar;
- Manter pressão delicada no fundo uterino durante o período expulsivo, afim de manter a flexão da cabeça fetal e orientar seu desprendimento;
- Manter a bolsa íntegra até a dilatação total;
- Realizar monitorização fetal rigorosa;
- Não tracionar o feto, o que pode resultar em elevação dos braços fetais e de exão do polo cefálico, dificultando o seu desprendimento; - manter o dorso fetal orientado para cima, logo após a exteriorização do polo pélvico;
- Realizar alça de cordão umbilical após a saída parcial do tronco, evitando a compressão e estiramento do funículo;
- Realização rotineira de episiotomia ampla.
Como é um manobra de versão externa?
- Pode ser realizada entre 32 e 34 semanas nas primíparas
- Entre 34 e 36 semanas de gestação nas multíparas.
- Preconiza sempre o uso de tocolíticos.
- Alto grau de retorno à apresentação original, com uma taxa de sucesso de menos de 50% dos casos.
- Riscos: descolamento placentário, rotura uterina, isoimunização, hemorragia feto-materna, parto prematuro, sofrimento e morte fetal.

Como é a manobra de Bracht?
- Manobra para liberação dos ombros no parto de apresentação pélvica.
- Consiste na elevação do dorso fetal ao encontro do abdome materno
- Espera o desprendimento espontâneo dos braços ou retirada suave dos mesmos com auxílio digital, com a ajuda de pressão suprapúbica realizada por assistente.
- Na ocasião do desprendimento da cabeça, o auxiliar mantém a pressão suprapúbica enquanto o operador acentua a lordose fetal.
- A paciente deve ser orientada a fazer força durante toda a manobra de Bracht, pois a metade do tronco deve ser expelida, de preferência, durante uma única contração uterina

Quais as manobras para desprendimento do ombro no parto com apresentação pélvica?
- Manobra de Bracht
- Desprendimento dos braços em situ
- Lövset
- Rojas
- Deventer-Müller
- Pajot
No parto: Como é feita a manobra de desprendimento dos braços em situ?
- Membros superiores devem estar bem flexionados sobre o tórax e facilmente accessíveis.
- O indicador e o dedo médio do partei-o devem ser aplicados ao longo do úmero fetal, e o polegar na sua axila, fazendo descer o braço pelo plano esternal.
- Se os braços conservam sua atitude fisiológica se desprendem com facilidade, e não importa qual se desprenderá primeiro.

Como é a manobra de Lövset?
- Rotação, tração e translação de seu eixo escapular por até 180o.
- Permite a transformação da espádua posterior em anterior.
- Após o desprendimento anterior, realiza-se movimento contrário para liberação da outra espádua.

Como é a manobra de Rojas?
- Rotação, tração e translação de seu eixo escapular > 180o.
- Permite a transformação da espádua posterior em anterior.
- Após o desprendimento anterior, realiza-se movimento contrário para liberação da outra espádua.

Como é a manobra de Deventer-Müller?
- Braços fetais não acessíveis
- Colocar o diâmetro biacromial em relação ao diâmetro anteroposterior e realizar movimentos pendulares de elevação e tração do tronco fetal.
- Manobra visa à descida das espáduas, até que sejam acessíveis e possam ser exteriorizadas.

Como é feita a manobra de Pajot?
- Liberação dos braços fetais através da introdução da mão do obstetra na vagina, com o abaixamento do braço fetal.
- Indicada para os casos de braços rendidos (elevados ou nucais)

Qual a primeira manobra para liberação de Cabeça derradeira?
Manobra de Bracht
Como é feita a manobra de Liverpool?
- Deixar o corpo do feto pendendo, sem sustentação por uns 20 segundos para promover a descida do polo cefálico, após a qual o feto é levantado de tal forma que sua cabeça gire em torno da sínfise materna.
- Deve ser associada à manobra de McRoberts

Como é a Manobra de Mauriceau?
- Feto é apoiado sobre o antebraço do obstetra que introduz os dedos médio e indicador na boca do feto, fletindo o polo cefálico.
- A mão oposta é apoiada sobre o dorso fetal e os dedos indicador e médio estendidos, apreendem, em forquilha, o pescoço do feto, apoiando-se nas fossas supraespinhosas.
- A ação conjunta dos dedos introduzidos na boca aos da mão externa procura fletir a cabeça, trazendo o mento em di- reção ao manúbrio esternal, ao mesmo tempo em que roda o occipital e o dorso para diante, tracionando para baixo sobre as espáduas.
- O surgimento da região suboccipital sob a arcada púbica é a deixa para iniciar a elevação do corpo do feto, impulsio- nado pelo antebraço.
- A liberação da cabeça se fará suavemente com tração leve, com auxílio de pressão abdominal realizada por um auxiliar

Qual a definição de Partograma?
Representação gráfica da evolução do trabalho de parto.
Descreve o partograma …
é dividido em:
- Fase Latente (parte anterior ao parto e parte ativa) inicia com as contrações dolorosas e regulares que provocam o amolecimento e o apagamento do útero, porém com velocidade de dilatação ainda lenta (<1,2 cm / h)
- Fase ativa:
- Aceleração
- Inclinação máxima
- desaceleração
4.
Como é a fase ativa do partograma?
- Também é conhecida como trabalho de parto
- inicia-se quando a dilatação atinge pelo menos 3 cm em primíparas e 4 cm em multíparas.
- Presença de 2 a 3 contrações eficientes em dez minutos, com dilatação cervical mínima de 3 cm.
- Dilatação cervical rápida (> 1,2 cm/h).
- É dividida em 3 períodos:
- fase de aceleração (dilatação inicial, com duração de cerca de uma hora)
- fase de inclinação máxima (dilatação linear e rápida)
- fase de desaceleração (dilatação em velocidade constante), na qual ocorre normalmente a descida da apresentação.

Pra que servem as linhas longitudinais no partograma?
- Esquerda corresponde à “linha de alerta” e a da direita à “linha de ação”.
- Servem como auxílio na avaliação da evolução da DILATAÇÃO cervical e não da descida da apresentação.
- Se dilatação > 1 cm/h, as marcações irão se aproximar da “linha de alerta”.
- Se houver parada ou atraso maior da dilatação, a dilatação ultrapassará a “linha de ação”, ficando à direita desta linha e indicando a necessidade de correção do problema (parto disfuncional).

FASE ATIVA PROLONGADA ou DISTOCIA FUNCIONAL
- Dilatação do colo uterino ocorre lentamente (< 1 cm/ hora)
- Curva da dilatação ultrapassa linha de alerta e, às vezes, a linha de ação.
- Essa distocia geralmente decorre de contrações uterinas não eficientes (falta de motor).
- Correção é feita inicialmente pelo emprego de técnicas humanizadas de estímulo ao parto normal, por exemplo, estimulando-se a deambulação e, se necessário, posteriormente pela
- administração de ocitocina ou rotura articial da bolsa das águas.

PARADA SECUNDÁRIA DA DILATAÇÃO
- Diagnosticada por 2 toques sucessivos, com intervalo >=2 horas, com a mulher em trabalho de parto ativo.
2 Dilatação cervical permanece a mesma durante 2 horas ou mais, ultrapassa a linha de alerta e, por vezes, a linha de ação.
- Há associação frequente com sofrimento fetal agravando o prognóstico perinatal.
- A causa principal é a desproporção cefalopélvica relativa ou absoluta.
- Absoluta: cesárea. Relativa : Deambulação, rotura artificial da bolsa das águas ou a analgesia peridural podem favorecer a evolução normal do parto.
- Nos casos de membranas rotas, a deambulação só deve ser recomendada com o polo cefálico completamente apoiado na bacia materna, para evitar a ocorrência de prolapso de cordão umbilical.

PERÍODO PÉLVICO PROLONGADO
- Descida progressiva da apresentação, mas muito lenta.
- Dilatação completa do colo uterino e demora na descida e expulsão do feto.
- Geralmente relacionada à contratilidade uterina, sua correção é obtida pela administração de ocitocina, rotura artificial da bolsa das águas e, ainda, pela utilização do fórcipe.
- Recomenda a posição verticalizada para favorecer a descida da apresentação.

PARADA SECUNDÁRIA DA DESCIDA
- Diagnosticada por 2 toques sucessivos, com intervalo >1 hora, desde que a dilatação do colo uterino esteja completa.
- Ocorre cessação da descida por pelo menos 1 hora após o seu início. Deve ter pronta correção.
- Causa mais frequente é a desproporção cefalopélvica relativa ou absoluta.
- Absoluta = cesárea. Relativa, com polo cefálico profunda- mente insinuado e cervicodilatação completa, é válida a tentativa de fórcipe de tração ou rotação.

PARTO PRESCIPITADO
- Dilatação cervical e a descida e expulsão do feto ocorrem num período de < 4 horas.
- O padrão da contratilidade uterina é de taquissistolia e hipersistolia e, caso a placenta esteja no limite de sua função, pode ocorrer o sofrimento fetal.
- Lacerações do trajeto são mais frequentes neste tipo de parto, pois não há tempo para acomodação dos tecidos pélvicos, ocorrendo descida e expulsão do feto de modo abrupto.
- Pode ser espontâneo em multíparas, sendo mais raro em primíparas.
- Pode acontecer em decorrência de iatrogenia pela administração excessiva de ocitocina.
- Neste caso, deve-se suspender a infusão de ocitocina até o retorno a um padrão contratural normal.
Quais os tipos de distocias diagnosticadas no partograma?
- Fase ativa prolongada
- Parada secundária da dilatação
- Período pélvico prolongado
- Parada secundária da descida
- Parto precipitado