Luxações de quadril e fratura cabeça femoral Flashcards

1
Q
Na fratura da cabeça femoral, o fragmento livre localiza-se mais comumente na posição:Sobre a luxação traumática do quadril é correto afirmar:
A) anterolateral
B) anteromedial
C) posterolateral
D) posteromedial
A

b

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2
Q

Sobre as fraturas da cabeça femoral:
A) a fixação dos fragmentos não precisa ser realizada nos casos em que os fragmentos retornam à posição anatomica após redução fechada da luxação;B) no tipo 31-C1, segundo a classificação AO, ocorre depressão da cabeça femoral;
C) observa-se frequentemente associação de fraturas do colo femoral e do acetábulo;
D) Os tipos C3.1, C3.2 e C3.3 apresentam o pior prognóstico, pelo risco de perda do suprimento vascular do fragmento principal da cabeça femoral.

A

d

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3
Q

Sobre a luxação traumática do quadril é correto afirmar:
A) a lesão associada do nervo ciático ocorre em metade dos casos;
B) o ramo fibular é mais afetado que o tibial;
C) o retorno parcial da função do nervo ciático é praticamente nulo;
D) é mais comum quando a luxação é anterior;

A

b

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4
Q
A pp complicação tardia da fx luxação posterior do quadril
A) ON
B) artrose
C) lesão no n ciático
D) Ossificação heterotópica
A

b

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5
Q

Na luxação traumática do quadril com lesão do nervo ciático, transferências tendinosas não devem ser realizadas antes de um ano de evolução.

( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei

A

Certo

A lesão do nervo ciático ocorre em 8-19% das luxações do quadril; +-40% conseguem recuperar uma boa função após a lesão; deve-se realizar uma ENMG após 3-4 sem e a cada 3 meses; após um ano sem evidências de recuperação motora clinicamente ou pela ENMG, pode-se pensar em tto das seqüelas; Jupiter, 1744;

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6
Q

Nas luxações traumáticas do quadril, a tomografia computadorizada é o exame de eleição para verificar obstáculos à redução concêntrica da articulação.

( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei

A

CERTO

Nos casos de luxações irredutíveis ou que apresentem redução não concêntrica por interposição de fragmento ósseo ou capsular, ou redução instável por fratura na reborda, está indicada a redução aberta para remoção da interposição e fixação das fraturas. A tomografia á muito útil para diagnóstico dessas complicações e planejamento operatório

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7
Q

Após a redução de luxação traumática do quadril, a presença de fragmento na região da fóvea, mesmo que pequeno, é indicação para tratamento cirúrgico.

( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei

A

ERRADO

Não tem importância clínica, desde que não fique encarcerado entre as superfícies articulares. Júpiter 1723, 1735. Ver questão 205/2003.

Ocasionalmente uma imagem de CT pós-redução demonstrará um pequeno fragmento ósseo dentro da fossa acetabular 2ario a uma avulsão do ligamento redondo. Este não tem importância clínica desde que não fique encarcerado entre as superfícies articulares

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8
Q
  1. A luxação pura mais comum do quadril ocorre com a articulação em

A) adução, flexão e rotação medial.
B) adução, extensão e rotação lateral.
C) abdução, flexão e rotação medial.
D) abdução, extensão e rotação lateral.

A

a

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9
Q

Na luxação anterior traumática do quadril ocorre rutura da capsula:

a-) antero superior
b-) antero inferior
c-) postero superior
d-) postero inferior

A

b

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10
Q

Epidemio

A

Trauma de alta energia: veículos, atropelamentos, quedas, acidentes de trabalho e esportes

Urgência

Lesões associadas: 50%

Posterior 9:1 anterior

50% de resultados insatisfatórios, apesar do tto correto
Prognóstico depende de muitas variáveis: dano à cartilagem no impacto, lesão do suprimento sanguíneo da cabeça femoral,tempo até obter a redução

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11
Q

MECANISMO

A

Flexão, adução e RI
luxação posterior pura

Flexão parcial, pouca adução e RI
Fx Lx posterior

Hiperabdução e flexão/extensão e RE
luxação anterior

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12
Q

Trauma típico

A

TRAUMA EM DESACELERAÇÃO COM JOELHO E QUADRIS FLETIDOS COM IMPACTO NO JOELHO CONTRA PAINEL CARRO

Quanto mais flexão e aducao maior a tendência de lx pura posterior

Quanto menos flexão e RI ; maior tendência a fratura da parede posterior ou da cabeça femoral.

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13
Q

Luxação x anteversão femoral

A

Qto maior anteversão femoral – maior tendência a fratura-luxação

Qto menos anteversão femoral – maior tendência a luxação pura

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14
Q

Luxação anterior

A

A posição em flexão e extensão irá definir a posição da luxação.

Hiperabudção + RE + flexão = inferior ao forame obturatório
está fletido então a cabeça tende a ir pra baixo

Hiperabdução + RE + extensão = supra púbica

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15
Q

Lesões Associadas

A

Trauma de Alta Energia!!!!

95% dos casos os pacientes necessitarão de tratamento hospitalar para curar as lesões, independente da luxação!!

Relação com traumas intra-abdominais, cranianos e torácicos.

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16
Q

Lesões Ortopédicas associadas

A
Fx do anel pélvico
Fx do colo femoral, diáfise e cabeça
Fx de acetábulo
Lesão ligamentar no joelho (LCP e LX de JOELHO  trauma do painel)
Lesão na coluna
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17
Q

Exame clínico

A

Luxação posterior:
membro fletido, aduzido e rotado internamente

Luxação anterior:
Membro rotado externamente

Exame neurovascular:
n. ciático antes e após redução
10-20% Luxações posteriores

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18
Q

Imagem

A

Urgência: AP de pelve e perfil quadril

Após redução: Alar, obturatriz, inlet e outlet (Rockwood 8th) e TC
TC e radiografias complementares antes da redução somente ; se irredutibilidade ou suspeita fx colo femoral

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19
Q

Radiografia

A

Perda da congruência entre cabeça femoral e teto acetabular

Luxação posterior:
cabeça menor e lateral
Sobreposição cabeça com teto acetabular
Luxação posterior RI: trocanter menor menos aparente e colo femoral visto de perfil

Luxação anterior:
Cabeça maior e medial ou inferior ao acetábulo

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20
Q

tomografia computadorizada

A

TAC - 2mm

fragmentos intra-articulares *
fraturas da cabeça *
impacções da cabeça *
fraturas acetabulares
congruência articular

planejamento operatório

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21
Q

RNM

A

Na fase aguda ainda não foi consagrado como método complementar

Têm importância na avaliação de osteonecrose traumática (após 6-8 semanas)

Avalia lesão partes moles pós redução

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22
Q

Anatomia patológica

A

Rompe ou lacera o lig. Redondo ; avulsiona labrum

A capsula pode ser descolada como uma luva do acetábulo ou do fêmur ( L-shaped lesion)

Luxação posterior → capsula sofre ruptura direta na face posterior ou inferoposterior
Luxação anterior → psos funciona como fulcro e a capsula rompe anterior e inferiormente.

Ligamento em Y geralmente esta intacto na luxação posterior.

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23
Q

Anatomia patológica: lesões

A

A cabeça pode sofrer lesão por cisalhamento, impacção e avulsão.(avulsão + comum).

Impacção + luxação anterior ( alto risco NAV )
Cisalhamento + luxação posterior ( geralmente fragmento da cabeça é anteromedial )

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24
Q

Classificação

A

Thompson e Epstein
STEWART AND MILFORT
Epstein
Brumback

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25
Q

Thompson e Epstein

A

Luxação posterior

I-V

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26
Q

Thompson e Epstein I

A

sem fratura ou com pequenos fragmentos do rebordo posterior

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27
Q

Thompson e Epstein II

A

luxação com fragmento grande e único do rebordo posterior

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28
Q

Thompson e Epstein III

A

luxação com fratura cominutiva da parede posterior, com ou sem fragmento maior

29
Q

Thompson e Epstein IV

A

Com fratura do teto do acetábulo

30
Q

Thompson e Epstein V

A

Com fratura da cabeça femoral

31
Q

STEWART AND MILFORT

A

POSTERIOR

Tipo I: lux s/ fratura

Tipo II: fx lux, com fragmento mínimo que nào causa instabilidade

Tipo III: fx lux com instabilidade

Tipo IV: associada fx cabeça ou colo femoral

32
Q

Epstein

A

Anterior

Tipo I: superiores (púbicas e subespinhosas) ˜10%
Tipo II: inferiores (obturatório) ~90% (+ frequentes)

A: sem fx
B: fx cabeça
C: fx acetábulo

33
Q

Brumback

A

leva em consideração tamanho fragmento, direção e estabilidade ( Lx + fx cabeça )
I-V

34
Q

Brumback I

A

I: Lx posterior + fx cabeça inferomedial
A: estável, sem fx acetábulo
B: estável, com fx acetábulo

35
Q

Brumback II

A

II: Lx posterior + fratura da cabeça superomedial
A: estável, sem fx acetábulo
B: instável, com fx acetábulo

36
Q

Brumback III

A

III: Lx + fx colo
A: sem fx cabeça
B: com fx cabeça

37
Q

Brumback IV

A

IV: Lux anterior
A: Indentação, depressão súpero lateral na cabeça
B: Transcondral, na área de carga da cabeça

38
Q

Brumback V

A

V: Fx lux central, com fratura da cabeça

39
Q

Fratura cabeça femoral: epidemio

A

5 – 15% das luxações de quadril

7 – 10% luxações posteriores

68% luxações anteriores

40
Q

Fratura cabeça femoral: Classificação

A

AO

Pipkin

41
Q

Pipkin

A

Fx-Lx cabeça fêmur

Tipo I: caudal a fóvea

Tipo II: cefálica a fóvea

Tipo III: associada a fx do colo

Tipo IV: associada a fx de acetábulo

42
Q

Fratura cabeça femoral: AO

A

31C
1- avulsao
2- depressao

43
Q

Manobras de redução

A

Allis
Stimson
ALLIS MOD. WALKER

44
Q

Manobra de Allis

A

Posição supina

Quadril e joelho fletidos

Relaxamente IITT

TRAÇÃO AXIAL + ESTABILIZAÇÃO PELVE PELO ASSISTENTE

Tração axial + RI + Adução

Pós redução: RE + extensão

45
Q

ALLIS MOD. WALKER

A

LUXAÇÃO ANTERIOR INFERIOR

Posição supina

Leve flexão quadril + RI + adução + TRAÇÃO lateral

Se luxação anterior superior – tração longitudinal + RI

46
Q

Redução aberta

A

2-15%
Luxação irredutível

Lesão iatrogênica do ciático

Redução incongruente com fragmentos encarcerados

Interposição de partes moles

Redução incongruente com fratura da cabeça tipo 1 Pipkin

47
Q

Causas de Luxação Irredutível: anterior

A
Abotoamento através da cápsula
Reto femoral
Cápsula
Labrum
Psoas
48
Q

Causas de Luxação Irredutível: Posterior

A
Tendão do piriforme
Glúteo máximo
Cápsula
Ligamento redondo
Parede posterior
Fragmento ósseo 
Ligamento iliofemoral
Lábio
49
Q

Qual via de acesso para redução aberta?

A

Pra onde está luxado!
Posterior -> Kocher-Langenbeck
Anterior-> Smith-Petersen ou Watson-Jones

E pra fixar a cabeça?
Depende também da posição do fragmento da cabeça.
Podem ser os mesmos acima, + Ganz com luxação controlada

50
Q

Tratamento conservador

A

Sem fratura associada e com redução congruente
Fratura da parede posterior clinicamente estável e com redução congruente

Pipkin tipo I com articulação congruente
Pipkin tipo II com redução anatômica e articulação congruente
Avulsão do lig redondo com frag na fóvea que não comprometa a congruência

FIXAR PAREDE ACETABULAR SE > 30% TAMANHO ; MESMO QUE CONGRUENTE

QUALQUER FRAGMENTO ACETABULAR QUE GERE INSTABILIDADE ARTICULAR → DEVE SER FIXADO

51
Q

Pós redução

A

Avaliação estabilidade

Flexão 90°
Rotação interna
Adução

52
Q

Pós redução estável

A

Repouso 2 semanas

Mobilização passiva

Evitar extremos de movimento 6-8 sem

Carga parcial propioceptiva

Carga após 6 semanas

53
Q

Pós redução COM FX PAREDE POSTERIOR

A

Avaliar estabilidade nos casos que tto conservador é indicado !!! Isso é pra fx parede posterior !!!

Controle fluoroscópico sob stress para avaliar estabilidade
Flexão + RI → sentido de luxar cabeça
Avaliar em AP , alar e obturatriz

54
Q

TRATAMENTO: Pipkin I

A

Conservador
Pequeno fragmento, redução anatômica
Fragmento <1cm
Congruência com boa ADM

Cirúrgico
Fragmento intra articular
Incongruência , restrição ADM
FIXAÇÃO OU RESSECÇÃO

55
Q

TRATAMENTO: Pipkin II

A

Cirúrgico
Área de carga
RAFI
Fragmento antero-medial → Lx controlada melhor abordagem
São passíveis de tto conservador, se redução anatônica e congruência articular

56
Q

TRATAMENTO: Pipkin III

A

Cirúrgico

RAFI

Urgência – diminuir complicações

Se sem desvio ; fixar antes de reduzir

Altos índices complicações
ONCF
Osteoartrose

57
Q

Acesso para fixação fx cabeça e redução aberta

A
Posterior
Luxação controlada de Ganz
Acesso anterior direto
Acesso antero lateral
Acesso posterior ( Kocker Langenbeck )
58
Q

Posterior

A

Reluxação necessária
Maior risco de NAV
Lesão da a. circunflexa femoral medial ( vascularização da CF )

59
Q

Luxação controlada de Ganz

A

A princípio melhores resultados que abordagem anterior e posterior
Excelente exposição cirúrgica

Útil para fixação de todos os tipos de fx cabeça

Boa opção para fixação de associação de fx cabeça + acetábulo

Intervalo entre glúteo máximo e tensor fáscia lata

Osteotomia trôcanter → rebate para anterior

Flexão e RE → Luxação controlada

60
Q

Acesso anterior direto

A

Smith Petersen ou Intervalo de Heuter
Abordagem medial ao tensor fáscia lata
Preferível para fixação se fx cabeça
Intervalo entre sartório e o tensor da fáscia lata
Identificar a. circunflexa femoral lateral no interior da fáscia e ligá-la

61
Q

Acesso antero lateral

A

Watson Jones
Abordagem lateral ao tensor da fáscia lata, entre o TFL e o glúteo mínimo
Preferível se luxação irredutível ou fx colo associada

62
Q

Acesso posterior ( Kocker Langenbeck )

A

Manter quadril em extensão e joelho fletidos 90 graus → diminui tensão n. ciático
Atentar para dissecção do m. quadrado femoral ( risco de NAV )

Quadrado femoral → artérial circunflexa femoral medial

63
Q

ARTROSCOPIA

A

Ressecção de pequenos corpos livres pós redução

Correção de lesões condro-labrais pós redução

Ressecção de pequenos fragmentos ósseos com quadril estável

Contra indicação: Fx acetábulo associada

64
Q

Prognóstico

A

Luxação simples – melhores resultados
I e II – semelhante a luxação simples
IV – semelhante a fratura posterior acetábulo
III – pior prognóstico

** fator prognóstico: tempo luxado
Melhor <12h ou se possível <6h

65
Q

COMPLICAÇÕES

A
Neuropraxia isquiático
Ossificação heterotópica
Osteoartrose pós traumática
Lux recorrente: RARA 1-2%
Osteonecrose ( NAV )
66
Q

Osteonecrose ( NAV )

A

Redução em até 6 hs → 0 – 10% NAV

5-40% casos ; Pode aparecer até 5 anos após lesão.

Sinais radiográficos com 2 anos pós op geralmente

NAV traumática é localizada e não disseminada como a NAV idiopática ou secundária a medicamentos → permite osteotomias

67
Q

Osteoartrose pós traumática

A

Complicação longo prazo + frequente.
Mais comum na luxação posterior > anterior
Fratura luxação + OA

> 50% Pipkin II, III, IV

68
Q

Neuropraxia isquiático

A

Porção fibular é a mais lesada
19% - principalmente fx luxação
70% recuperação espontânea
Se déficit neurológico pós redução → exploração

69
Q

Ossificação heterotópica

A

Mais comum em fx luxação posterior
Mais comum após redução aberta posterior
Causa: lesão muscular + stress cx