ATQ Flashcards

1
Q

Na biomecânica do quadril:

a. a força da musculatura abdutora precisa ser de 1/3 do peso corporal para manter a pelve nivelada no apoio monopodálico.
b. a relação do braço de alavanca entre o peso corporal e a força da musculatura abdutora é de 5:1
c. o teste de Trendelemburg é a avaliação clínica da musculatura abdutora.
d. deformidades em varo ou valgo do colo femoral pouco alteram a relação do braço de alavanca da biomecânica do quadril

A

c

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2
Q

Na artroplastia total do quadril, o fator mais importante na formação do hematoma pós-operatório é
A) a discrasia sanguínea.
B) o uso de medicação anticoagulante.
C) o uso de medicação anti-inflamatória.
D) a hemostasia intraoperatória inadequada.

A

d

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3
Q
- Na artroplastia total do quadril realizada pela via de acesso posterior, o excesso de anteversão do
acetábulo pode resultar em luxação
a) anterior.
b) posterior.
c) superior.
d) inferior.
A

a

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4
Q
Na artroplastia total do quadril, a ocorrência de ossificação heterotópica é mais frequente quando o
acesso utilizado é o
A) posterior.
B) póstero-lateral.
C) ântero-lateral.
D) transtrocanteriano.
A

c

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5
Q

Na artroplastia total do quadril, o componente femoral não-cimentado de titânio tem desvantagens em relação ao de cromo-cobalto por ter
A) menor biocompatibilidade.
B) menor resistência à fadiga.
C) maior módulo de elasticidade.
D) maior risco de fissura nas porosidades.

A

d

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6
Q

Na artroplastia total do quadril, a diminuição do módulo
de elasticidade da haste femoral diminui
a) o estresse na haste.
b) o estresse no terço proximal da massa de cimento.
c) o estresse no osso.
d) a massa óssea proximal.

A

a

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7
Q
Na artroplastia total do quadril displásico dos tipos 3 e 4 de CROWE, a principal complicação neurológica é a lesão do nervo
A) femoral.
B) pudendo.
C) obturatório.
D) isquiático.
A

d

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8
Q
O centro de rotação do quadril protético quando superior e lateral afeta as forças geradas sobre
A) o implante.
B) os abdutores.
C) o osso periacetabular.
D) os ligamentos anteriores.
A

a

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9
Q
O centro de rotação do quadril protético quando superior e lateral afeta as forças geradas sobre:
O implante
Os abdutores
O osso periacetabular
Os ligamentos anteriores
A

implante

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10
Q

Na artroplastia total do quadril, o braço de alavanca abdutor diminui com

a) alongamento do colo femoral e deformidade em rotação lateral.
b) alongamento do colo femoral e deformidade em rotação medial.
c) encurtamento do colo femoral e deformidade em rotação lateral.
d) encurtamento do colo femoral e deformidade em rotação medial.

A

c

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11
Q
Durante a marcha, os abdutores do quadril atuam principalmente no
A) início da fase de apoio.
B) início da fase de oscilação.
C) final da fase de apoio.
D) final da fase de oscilação
A

a

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12
Q

BIOMECÂNICA: forças atuantes no quadril

A
Forças atuantes no quadril:
- Peso corporal (W)
Braço de alavanca: B
- Musculatura abdutora (M)
Braço de alavanca: A

Momento = Força x Distância
- “Tendência de uma força rodar um corpo sobre um eixo”

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13
Q

Balança de Pauwels

A

O momento produzido pela musc. abdutora e pelo peso corporal deve ser igual para equilibrar a balança em apoio monopodal.
Braço do peso corporal é 2,5x maior que da musc abdutora
Força da musc. abdutora deve ser 2,5x maior que do peso

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14
Q

BIOMECÂNICA: Carga na cabeça femoral

A

(força de reação)
- R = W + M, ou seja, peso corporal + força abdutora
- Varia conforme a disposição da pelve e centro gravidade
Fase de apoio, elevação do membro em extensão = 3x peso
Apoio monopodal = 6x peso
Correr, pular, erguer peso = 10x peso
Para manter o equilíbrio da pelve = 3x peso

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15
Q

BIOMECÂNICA: Conceito de Charnley

A

Para equilibrar e reduzir as forças
Encurtar o braço de alavanca do peso corporal
Medializar (aprofundar) o acetábulo
Alongar o braço de alavanca do mecanismo abdutor
Lateralizar o trocânter maior (osteotomia, aumentar offset)

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16
Q

BIOMECÂNICA: Braço de alavanca abdutor

A

está diminuído:

  • Se perda óssea ou encurtamento do colo – AR
  • Se trocânter posteriorizado – deformidades RE e DDQ

Na AR
Razão de força abdutores pode chegar a 4:1
Cirurgia pode corrigir para 1:1 (reduz carga no quadril em 30%)

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17
Q

BIOMECÂNICA: Forças deformantes da haste

A

Centro de gravidade é medial e anterior (5cm anterior à S2) → força de torção, plano coronal e sagital
Resultante: medial (varo) e posterior (retroversão)
Flexão do quadril aumenta a força de retroversão (levantar da cadeira, subir escadas…) → pode atingir 0,6 a 0,9x peso corporal

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18
Q

Força exercida sobre o implante se centro de rotação for alterado

A

É menor se em posição anatômica (melhor)

É maior se superior e lateral ou posterior

Se superior isolado: pouco aumento no stress no osso periacetabular.
Importante na DDQ, revisão
Porém aumenta taxa de soltura

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19
Q

Classificação de Dorr

A

Forma do fêmur proximal, espessura cortical e largura do canal intramedular
A, B e C – do melhor para o pior

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20
Q

ÍNDICE DE DORR

A

(relação calcar-canal)

DIÂMETRO DO CANAL 3cm ABAIXO DO TROCÂNTER MENOR

dividido por

DIÂMETRO DO CANAL 10cm ABAIXO DO TROCÂNTER MENOR

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21
Q

Dorr A

A

Corticais grossas no AP e P, canal fino
Funil/taça de champagne
Homens e jovens
Boa fixação com ou sem cimento

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22
Q

Dorr B

A

Perda óssea no córtex medial e posterior, canal alargado
Sem mudança no formato do fêmur
Não altera fixação

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23
Q

Dorr C

A

Perda óssea importante medial e posterior
Grande aumento do canal
Visto melhor no perfil, formato de “chaminé”
Mulher pós menopausa
Dificuldade p/ fixação

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24
Q

Rigidez

A

é proporcional diâmetro

Maior o calibre da haste → Maior rigidez → Menos força passa ao osso

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25
Q

Módulo de elasticidade

A

(tensão suportada sem deformar)

Maior módulo de elasticidade (rigidez) → Mais força absorvida → Menos força passa ao osso

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26
Q

Transferência de força ao osso

A

é desejável
Estímulo fisiológico
Manutenção da massa óssea
Prevenção de osteoporose por desuso

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27
Q

Stress shielding

A

O implante “protege” (shield) o osso das forças aplicadas
Na verdade, é algo ruim… favorece a reabsorção óssea
Predispõe a fraturas do osso ou implante
Ocorre principalmente na região proximal-medial
Presente em quase todas as hastes não-cimentadas
Reabsorção estabiliza após 2 anos
Perda óssea é maior se houver osteopenia pré-op
Não altera resultados ou aumenta complicações à médio prazo → mas torna revisões mais difíceis (menor estoque)

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28
Q

Módulo de elasticidade da haste femoral

A

Max. tensão sem sofrer deformação permanente (Titânio < cromo e cobalto)
Quanto menor o coeficiente de elasticidade da haste, menos rígida ela é, menos stress o material sofre e mais stress é passado ao osso!
Quando se aumenta o diâmetro da haste, aumenta muito a rigidez, anulando os benefícios do baixo módulo de elasticidade.
↑ Módulo de elasticidade + ↑ comprimento da haste + ↑ área de secção transversa da haste = ↑ stress sobre a haste ➔ diminui o stress no cimento e no 1/3 proximal do fêmur ➔ stress shielding

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29
Q

Colar da haste

A

→ tentativa de aumentar a carga no osso medial
Nas cimentadas – possível diminuição do stress no cimento e menor reabsorção óssea, ajuda no controle da profundidade na inserção
Nas não cimentadas – mais controverso, difícil obter contato direto

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30
Q

Acetábulo: stress shielding

A

Menos importante

Distribuir área de carga implante-osso

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31
Q

Design dos Implantes: cabeça e colo

A

Substituir cabeça e colo para restaurar centro de rotação normal
3 parâmetros: offset vertical, offset horizontal e versão fêmur

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32
Q

Design dos Implantes: offset vertical

A
Altura vertical (Offset Vertical)
Determinada pelo colo + cabeça modular
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33
Q

Design dos Implantes: offset horizontal

A

Offset (horizontal)
Centro da cabeça até linha do eixo da haste
Modifica a alavanca abdutora

Se não restaurar o offset → diminui o braço de alavanca do mecanismo abdutor, levando a maior forças reacionais na articulação, claudicação e impacto

Muda com alteração do colo modular (mas altura também muda, alongando o membro)

Hastes com diferentes offsets → angulo colo/haste menor ou colo mais medial em relação à haste

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34
Q

Design dos Implantes: versão fêmur

A

Manter 10-15o de anteversão
Definido no momento da inserção (mais difícil nas não-cimentadas)
Pode ser “ajeitado” com componentes modulares

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35
Q

BIOMECÂNICA: Versão do colo femoral

A

Importante para obter estabilidade
Reproduzir = 10 a 15o de anteversão
Retroversão exagerada = luxação posterior
Anteversão exagerada = luxação anterior

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36
Q

Componente femoral: Ângulo colo-diáfise

A

135º

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37
Q

Quadril em varo

A

Offset maior

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38
Q

Quadril em valgo

A

Offset menor

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39
Q

Cabeça e Colo: ADM

A

Maior com cabeças maiores, colo trapezoidal sem “saia”

Menor com cabeças menores, colo circular com saia

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40
Q

Cabeça e Colo: impacto

A

luxação, desgaste, soltura e fratura do polietileno

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41
Q

Cabeça e Colo: estabilidade

A

Cabeças maiores – mais estáveis, maior ADM, porém maior desgaste do poli.

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42
Q

Colo trapezoidal

A

Colo trapezoidal menor impacto maior ADM!

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43
Q

Componente Femoral Cimentado: Material

A

Cromo-cobalto (maior módulo de elasticidade / mais rígida -> menor stress no cimento)
Polida e cônica

Falha ocorre inicialmente na interface haste-cimento
Formato não circular c/ sulcos melhora fixação
Porém, se ocorre desprendimento, superfície polida produz menos debris

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44
Q

Componente Femoral Cimentado: Diâmetro

A
Deve ocupar 80% do canal
Manto cimento
4mm proximal
2mm distal
Colocar central para distribuir manto (usar centralizador)
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45
Q

Componente Femoral Cimentado: Comprimento

A

Normalmente de 12-15cm

Maior se revisão ou área de falha cortical

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46
Q

Femoral não-cimentada: Pré-requisitos

A

estabilidade mecânica imediata e íntimo contato com osso

47
Q

Femoral não-cimentada: Material

A

Titânio ou Cromo-Cobalto
Titânio: mais biocompatível, maior força à fadiga e menor módulo de elasticidade / - rígida / + stress osso
Porém mais propensa a “trincar” se pequenas falhas metalúrgicas

48
Q

Femoral não-cimentada: Revestimento

A

(coating)
Determina o crescimento ósseo o osteointegração
Porosa (ingrowth) - microesferas, fibras, tântalo
Rugosa (ongrowth) - jateamento, plasma

49
Q

Femoral não-cimentada: geometria da haste

A

Resultados mais dependentes da geometria da haste que do seu revestimento!!!
Cônicas: menos duras e menos dor em coxa do que as cilíndricas
Hastes maiores -> mais dor em coxa e maior stress shielding
Rigidez à flexão = proporcional à quarta potência do diâmetro da haste
Pequenos aumentos no diâmetro = incrementos muito maiores na rigidez
Fixação proximal, diafisária, distal ou total (+ stress shielding)

50
Q

Acetábulo cimentado

A

Componente espesso de polietilino, c/ sulcos para maior fixação e marcadores metálicos para ver no rx

Ruins a longo prazo, porém simples e de baixo custo

Uso em pacientes mais velhos de baixa demanda, reconstrução tumoral ou se incorporação óssea é pouco provávél (ex. revisão com grande uso de enxerto)

51
Q

Acetábulo não-cimentado

A

Revestimento poroso em toda circunferência

Fixação por press-fit (implante 1-2mm maior que o tamanho fresado)

Associação c/ parafusos transacetabulares para melhorar fixação nos 1ºs 45 dias
Fazer no quadrante postero-superior (WASIELEWSKI)

52
Q

Acetábulo não-cimentado: “backside wear”

A

Liner modular bem fixado para evitar “backside wear”

Cabeça menor gasta menos

53
Q

Acetábulo não-cimentado: Componente constrito

A

(ex. tripolar)
Se insuficiência de partes moles, insuficiência abdutores, doença neuromuscular, luxação recidivante
ADM reduzida, mais falha por impacto

54
Q

Acetábulo não-cimentado: Anéis anti-protrusão

A

para grandes defeitos
Dão suporte imediato ao acetábulo e protegem o enxerto
Fixação no ílio e ísquio (osso intacto), não dão fixação a longo prazo

55
Q

Acetabulo: relações com tamanhos e material

A

Cimentado, poli fino, retirar osso subcondral = aumenta áreas de pico de stress na pelve

Componente “metal-backed”, poli mais grosso, preservação osso subcondral = melhor distribuição do stress ao osso trabecular da pelve.

Cúpula menor que a cavidade acetabular = contato fica centralizado = risco de cavidades entre as estruturas

Cúpula maior que a cavidade = contato fica periférico = risco de fratura durante implantação

56
Q

Posição acetábulo

A

Ângulo de abdução:
Varia de 30 a 50o

Anteversão:
0 a 25o (conforme a via de acesso)

Via posterior:
45o de abdução
20o de anteversão

57
Q

Posição Haste femoral

A

Preconiza-se o neutro – distribuição mais uniforme da carga no cimento

Valgo:
Aceitável
Medializa e diminui o offset

Varo:
Inaceitável
Sobrecarga medial e soltura precoce

58
Q

PRÓTESE TOTAL CIMENTADA: doenças

A

“Doença-do-cimento” conceito errôneo
“Doença-do-polietileno”:
Desgaste dos materiais = produção de debris
MICROPARTÍCULAS ➔FAGOCITADAS PELO MACRÓFAGOS ➔ REAÇÃO INFLAMATÓRIA NA INTERFACE CIMENTO-OSSO ➔ OSTEÓLISE ➔ SOLTURA DOS COMPONENTES PROTÉTICOS

59
Q

PRÓTESE TOTAL CIMENTADA: Indicação

A

Indicadas em todas as idades

60
Q

PRÓTESE TOTAL CIMENTADA: soltura

A

Mais frequente no componente acetabular (2x)

61
Q

PRÓTESE TOTAL CIMENTADA: Vantagens

A

Fixação rígida imediata = carga total imediata

Pacientes osteoporóticos = canal femoral alargado ➔ cimento aceita melhor a transmissão de cargas do osso

Modulo de elasticidade do cimento é próximo ao do osso = diminui o risco de fraturas

Baixo índice de fraturas femorais durante a cirurgia

↓ stress-shielding

Thigh pain (dor na coxa proximal) = não existe

Utilizar em pacientes previamente irradiados

62
Q

CIMENTO ÓSSEO

A

Polimetilmetacrilato
Aditivos radiopacos são acrescentados para melhor visualização na radiografia
Sulfato de bário
Dióxido de zircônio
Não tem propriedade adesiva
Preenche espaço entre a prótese e o osso = transmissão de carga de maneira homogênea
Resiste mais à forças de compressão que de tensão

63
Q

CIMENTO ÓSSEO: atb

A

Somente em forma de pó

0,5 a 2g de antibiótico por 40g de cimento

Antibiótico em solução aquosa = inibem a reação exotérmica

Só devem ser utilizados antibiótico termoestáveis

64
Q

CIMENTO ÓSSEO: Complicações

A
Hipotensão
Colapso cardiovascular
Monômero do metilmetacrilato
Tromboplastina tecidual
Tromboembolismo por microêmbolos de gordura e ar
65
Q

Técnicas de cimentação

A

Primeira geração = cimentação manual
Segunda geração = plug ósseo distal e pistola de cimentação retrógrada
Terceira geração = mistura do cimento à vácuo
Quarta geração = centralização proximal da haste femoral

66
Q

PRÓTESE TOTAL NÃO-CIMENTADA: vantagens e desvantagens

A

Vantagens:
Menor risco de embolia pulmonar:
Cimentação = 93% (maioria subclínica)

Desvantagens:
Migração do implante:
Para carga precoce deverá haver certeza de um bom Press fit
Fratura intra-operatória do fêmur

67
Q

PRÓTESE TOTAL HÍBRIDA: mais comum

A

Acetábulo não-cimentado

Fêmur cimentado

68
Q

Fatores favoráveis à artroplastia total híbrida

A

O aumento da incidência da soltura tardia dos componentes acetabulares cimentados;
Os bons resultados de componentes acetabulares não-cimentados;
A alta incidência de osteólise ao redor de muitos componentes femorais não-cimentados;
Os excelentes resultados a longo prazo de haste femorais cimentadas com técnicas de cimentação de segunda e terceira geração

69
Q

PAR TRIBOLÓGICO

A
Metal-metal
Liberação de íons (cromo, cobalto) = altos índices de íons metálicos na urina e sangue
Carcinogênese?
Metal-polietileno
Cerâmica-cerâmica
Fraturas (jovens obesos)
Ruído
70
Q

TRIBOLOGIA: Polietileno highly cross-linked

A

(alto peso molecular + radiação + calor), aumenta interligação molecular e resistência)
Possui menos radicais livres
Radicais livres + oxigênio = agrupam-se e geram partículas do mal! (responsáveis pelo desgaste)

Resultados:
Polietileno mais resistente = menor desgaste – permite cabeças maiores – mais estável

71
Q

TRIBOLOGIA: Cerâmica

A

Tipos:
Óxido de zirconium, ZrO2 (zircônia)
Óxido de aluminum, Al2O3 (alumina)

Taxa de desgaste anual = muito inferior à do polietileno

Possível:
Alumina-alumina
Alumina-zircônia

Impossível:
Zircônia-zircônia

72
Q

Cerâmica: Propriedades que garantem menor desgaste

A

Propriedade hidrofílica:
Permite que uma camada de fluido uniforme cubra as superfícies, diminuindo o atrito
Dureza maior que do metal:
Pode ser mais bem polida, consequentemente gera menos atrito

73
Q

Indicações ATQ

A

Dor incapacitante em quadril artrósico em pacientes >65a sem sucesso no tratamento conservador cuja única alternativa seria ressecção artroplastica
Atualmente - expansão da indicação devido ao sucesso do procedimento
Idade avançada não é contra-indicação, maus resultados estão mais relacionados à comorbidades

Realizar outros procedimentos em pacientes jovens (osteotomias, artrodese, etc) antes de pensar em ATQ

74
Q

Tratamento conservador

A

PARA TODOS:
SEMPRE tentar tratamento conservador

Perda de peso,
Mudança de hábitos
Uso de bengala

75
Q

Contra-indicações ATQ

A

Absoluta
infecção ativa no quadril ou outro local do corpo
doença descompensada que aumente mortalidade ou morbidade
Relativa
processos destrutivos
artropatia neuropática
ausencia de abdutores
doenças neurológicas rapidamente progressivas

Pode fazer MESMO COM infecção crônica no quadril contralateral!

76
Q

Avaliação Pré-op

A

Cirurgias prévias - PCR, VHS, punção
Avaliar ADM e Abdutores
Deformidades fixas
Quando o quadril e joelho tem artrose grave, o quadril deve ser operado primeiro
altera o alinhamento e mecânica do joelho
dificulta o procedimento (ATJ)
dificulta a FST (pós- ATJ)

77
Q

Operar bilateral?

A

Operar bilateral em uma cirurgia não aumenta as complicações locais ou sistêmicas, porém diminui o custo em até 30%

78
Q

Avaliação Pré-op: radiografia

A

Magnificação é maior quanto maior a distância entre osso e a chapa = é maior em obesos
Rotação interna para anular anteversão e ver offset verdadeiro
se nao roda faz no outro lado, se nao rodar também fazer em decúbito ventral

79
Q

Vias de acesso

A

Charnley - antero-lateral com osteotomia do trocanter maior
Complicações da osteotomia

Hardinge - acesso lateral direto
Fraqueza abdução e claudicação
Mais ossificação heterotópica

Póstero-lateral
Maior taxa de Luxação
Abertura dos rotadores e mal posicionamento acetábulo.
Reparo da cápsula e dos RE

80
Q

Aspectos técnicos: até expor acetábulo

A

Abrir, luxar o quadril…
Marcar o nível da osteotomia femoral conforme o planejado e cortar
Liberar o resto da cápsula, retrair o fêmur com o gancho e expor o acetábulo
Retirar resto do labrum, partes moles no rebordo, osteófitos e ligamento redondo

81
Q

Aspectos técnicos: acetábulo

A

Localizar parede medial e inicia a fresagem, apontando para medial de uma posição antero-inferior
Fresar até osso subcondral sangrante (não pode passar da fóvea)
Insere componente acetábular (1-2mm maior que o tamanho fresado)
Inclinação de 40-45o, anteversão de 20o (a menos que componente femoral já incorpore anteversão no colo)

82
Q

Acetábulo: Fixação adicional com parafusos

A

Quadrantes de WASIELEWSKI:
AS: A/V íliaca externa

AI: vasos e n. obturador

PS -> Bom!!

PI: incisura isquiática (n. ciático, vasos glúteos)

Adaptar o polietileno

83
Q

Aspectos técnicos: fêmur

A

Expõe o fêmur, rodando interno deixando a tíbia perpendicular ao solo
Ponto de entrada é ligeiramente posterior e lateral
Fresa o femur com raspas progressivas (aponta para lateral para evitar varo)
Cuidar com a anteversão
Colocar componentes de prova, reduzir e testar
Conferir comprimento do membro

84
Q

Aspectos técnicos: fêmur estabilidade no teste

A

Extensão completa com 40° de RE

Flexão de 90° com no mínimo 45° de RI

Flexão de 40° com adução e carga axial

85
Q

Aspectos técnicos: fêmur cimentado

A

Limpar, conferir tamanho do canal com medidor
Inserir restritor aprox. 2cm abaixo do tamanho da haste
Limpar, secar, trocar a luva e cimentar
(deve penetrar 4mm no osso)
Introduzir a prótese

86
Q

Técnica minimamente invasiva

A

Benefícios controversos
Incisão <10cm (postero-lateral/anterior ou combinada)
Combinada (anterior p/ acetabulo e posterior p/ fêmur)
Lesao Cutâneo Lateral Femoral

87
Q

Osteotomia trocantérica

A

Vantagem: lateralização do trocanter, melhor luxação e exposição
Desvantagens: perda sanguínea, maior tempo cirúrgico, não-consolidação, bursite/dor

88
Q

Particularidades: protusão acetabular

A

Primária: mulher, jovem, bilateral
Secundária: Paget, AR, EA, Marfan
Colocar centro do quadril em posição anatômica
Periferia intacta do acetábulo deve ser usada como suporte p/ componente
Defeito medial deve ser preenchido (de preferência com enxerto)

89
Q

Particularidades: Displasia

A

Classificação de Crowe (migração proximal do fêmur)

Distância entre a junção cabeça-colo e linha entre imagens em lágrima (bilacrimal)

90
Q

Classificação de Crowe

A

Distância entre a junção cabeça-colo e linha entre imagens em lágrima (bilacrimal)

I: <50%, II: 50-75%, III: 75-100% e IV: >100%

Tipo III e IV: problema de alongamento

91
Q

COMPLICAÇÕES

A
Mortalidade
Hematoma
Ossificação Heterotópica
Tromboembolismo
Lesão nervosa
Lesão vascular 
Discrepância
Luxação
Fratura periprotética
PSA trocanter
Infecção
Soltura
92
Q

Mortalidade

A

0,33% primária x 0,84% revisão

Homens >70 anos com comorbidades

93
Q

Hematoma

A

Evitar com hemostasia, raramente precisa intervir

94
Q

Ossificação Heterotópica

A

10%, ocorre em até 2 anos pos-op
Risco: homens com artrose hipertrófica, hx. prévia, EA, hiperostose difusa, Paget, acesso lateral e antero-lateral.
Classificação de Brooker
Normalmente assintomáticos (a não ser no IV)
Evitar com indometacina / radioterapia

95
Q

Classificação de Brooker

A

Grau I: ilhas ósseas em partes moles
Grau II: espículas com >1cm distância
Grau III: espículas com <1cm distância
Grau IV: anquilose

96
Q

Tromboembolismo

A

TVP 17-25%, TEP 2%
Risco: idosos, fratura, imobilização, hx prévia, obesidade, ICC /infarto/ AVC
Controverso:
10-14 dias após a cirurgia; profilaxia mecanica ou farmacológica (warfarina, HBPM, ACO)
AAS?
HX prévia: 4-6 sem. HBPM

97
Q

Lesão nervosa

A

0,5% OA, 2,3% displasia, 3,5% revisão
N. ciático, femoral, obturador e glúteo superior

Risco de Lesao com alongamento!
1,9-3,7cm/ N.Fibular
4 - 5cm/completa do N.Ciatico

98
Q

Lesão nervosa: fatores de risco

A
Displasia
Pós-traumática
Acesso posterior
Não-cimentado
Revisão
Mulheres
Alongamento
99
Q

Lesão vascular

A

– raro (0,04-0,2%)

7-9% de mortalidade, 15% de amputação, 17% disfunção permanente

100
Q

Discrepância

A

mais comum é alongar (menos tolerado)
ressecção insuficiente do colo
colo largo
abaixamento do centro de rotação do acetábulo
30% referem discrepância, 10% tem no rx
Se > 1cm: sintomático; >2,5cm paralisia ciático e claudicação

101
Q

Luxação: Causas

A

3% (6,9% se acesso postero-lateral)

Anatômico
PSA trocanter, fraqueza abdutor, aumento ADM
Cirúrgico
Acesso posterior, posicionamento, tensão de partes moles, tamanho da cabeça
Epidemiológico
Cx prévia, mulheres, idosos, fratura prévia, osteonecrose ou AR.

102
Q

Luxação: quando

A
Se muita anteversão
Luxa anterior (adução, extensão e RE)
Se muita retroversão
Luxa posterior (adução, flexão e RI)
Maioria nos 3 primeiros meses - desbalanço muscular
Tardio - paciente ganha adm total e mau posicionamento ou impacto passa a se manifestar
55% recorrentes
61% necessidade de revisão
103
Q

PSA trocanter

A

3-8% nas primarias, 9-13% nas revisões

104
Q

Infecção

A

1 a 2 %; dolorosa e debilitante, mortalidade de 2,5%
4 mecanismos
Contaminação direta na ciururgia
Disseminação direta pela ferida no PO precoce
Disseminação hematogênica a distância
Reativação de uma infecção latente num quadro previamente séptico
Profilaxia só por 24h
Maior em AR, falciforme, psoríase
Classificação

105
Q

Infecção: Classificação

A

Precoce (até 1 mes PO)
Tardia (mais de 1 mes PO) -> início incidioso
Hematogênica aguda (mais de 1 mes PO) -> início agudo com sítio distante
Culturas positivas intra-op (no momento da revisão)

106
Q

Soltura

A

Complicação mais séria a longo prazo -> revisão
Séptica ou asséptica
Paciente/cirurgião/material

107
Q

Soltura Fêmur Cimentado

A

Linhas de radiolucência de 2mm em evolução

Diferenciar de expansão medular do envelhecimento

Harris:
Possível: <50% radiolucência
Provável: radiolucência ao redor de todo o cimento
Soltura: migração do componente ou cimento

zonas de gruen

108
Q

Zonas de DeLee-Charnley

A

1 a 3 de lateral para medial
Parâmetro de cimentação na radiografia de bacia AP
Acetábulo

109
Q

Zonas de Gruen

A

1 a 7
inicia no trocanter maior e termina no menor
4 é na base

Parâmetro de cimentação na radiografia de bacia AP - Fêmur

110
Q

Soltura mais frequente em quais zonas

A

No femur, principal 1, 6 e 7

No acetábulo, principal 1 e 2

111
Q

Soltura Fêmur Press-Fit

A
Osteointegrado
Pontos de solda
Stress-shielding
Sem sinais radiopacos
Presença de reação cortical (mais espessa)

Fixação fibrosa estável
Sem migração
Linhas radiopacas paralelas

Instável
Migração
Linhas radiopacas divergentes

112
Q

SOLTURA ACETÁBULO

A

Osteólise
Medialização
Inclinação

Raro nos não cimentados

113
Q

OSTEÓLISE

A

Aparece em 5-7 anos
Desgaste dos materiais = produção de debris (principalmente o polietileno)

MACRÓFAGOS FAGOCITAM AS PARTÍCULAS
REAÇÃO INFLAMATÓRIA LOCAL
OSTEÓLISE
SOLTURA DOS COMPONENTES

114
Q

ARTROPLASTIA DE REVISÃO

A
17,5% das artroplastidas de quadril realizadas
Muito mais complicada
Indicações
Soltura asséptica dolorosa de 1 ou 2 componentes
Perda óssea progressiva
Fratura ou falha mecânica do implante
Luxação recorrente ou irredutível
Infecção
Tratamento de fratura periprotética