ATQ Flashcards
Na biomecânica do quadril:
a. a força da musculatura abdutora precisa ser de 1/3 do peso corporal para manter a pelve nivelada no apoio monopodálico.
b. a relação do braço de alavanca entre o peso corporal e a força da musculatura abdutora é de 5:1
c. o teste de Trendelemburg é a avaliação clínica da musculatura abdutora.
d. deformidades em varo ou valgo do colo femoral pouco alteram a relação do braço de alavanca da biomecânica do quadril
c
Na artroplastia total do quadril, o fator mais importante na formação do hematoma pós-operatório é
A) a discrasia sanguínea.
B) o uso de medicação anticoagulante.
C) o uso de medicação anti-inflamatória.
D) a hemostasia intraoperatória inadequada.
d
- Na artroplastia total do quadril realizada pela via de acesso posterior, o excesso de anteversão do acetábulo pode resultar em luxação a) anterior. b) posterior. c) superior. d) inferior.
a
Na artroplastia total do quadril, a ocorrência de ossificação heterotópica é mais frequente quando o acesso utilizado é o A) posterior. B) póstero-lateral. C) ântero-lateral. D) transtrocanteriano.
c
Na artroplastia total do quadril, o componente femoral não-cimentado de titânio tem desvantagens em relação ao de cromo-cobalto por ter
A) menor biocompatibilidade.
B) menor resistência à fadiga.
C) maior módulo de elasticidade.
D) maior risco de fissura nas porosidades.
d
Na artroplastia total do quadril, a diminuição do módulo
de elasticidade da haste femoral diminui
a) o estresse na haste.
b) o estresse no terço proximal da massa de cimento.
c) o estresse no osso.
d) a massa óssea proximal.
a
Na artroplastia total do quadril displásico dos tipos 3 e 4 de CROWE, a principal complicação neurológica é a lesão do nervo A) femoral. B) pudendo. C) obturatório. D) isquiático.
d
O centro de rotação do quadril protético quando superior e lateral afeta as forças geradas sobre A) o implante. B) os abdutores. C) o osso periacetabular. D) os ligamentos anteriores.
a
O centro de rotação do quadril protético quando superior e lateral afeta as forças geradas sobre: O implante Os abdutores O osso periacetabular Os ligamentos anteriores
implante
Na artroplastia total do quadril, o braço de alavanca abdutor diminui com
a) alongamento do colo femoral e deformidade em rotação lateral.
b) alongamento do colo femoral e deformidade em rotação medial.
c) encurtamento do colo femoral e deformidade em rotação lateral.
d) encurtamento do colo femoral e deformidade em rotação medial.
c
Durante a marcha, os abdutores do quadril atuam principalmente no A) início da fase de apoio. B) início da fase de oscilação. C) final da fase de apoio. D) final da fase de oscilação
a
BIOMECÂNICA: forças atuantes no quadril
Forças atuantes no quadril: - Peso corporal (W) Braço de alavanca: B - Musculatura abdutora (M) Braço de alavanca: A
Momento = Força x Distância
- “Tendência de uma força rodar um corpo sobre um eixo”
Balança de Pauwels
O momento produzido pela musc. abdutora e pelo peso corporal deve ser igual para equilibrar a balança em apoio monopodal.
Braço do peso corporal é 2,5x maior que da musc abdutora
Força da musc. abdutora deve ser 2,5x maior que do peso
BIOMECÂNICA: Carga na cabeça femoral
(força de reação)
- R = W + M, ou seja, peso corporal + força abdutora
- Varia conforme a disposição da pelve e centro gravidade
Fase de apoio, elevação do membro em extensão = 3x peso
Apoio monopodal = 6x peso
Correr, pular, erguer peso = 10x peso
Para manter o equilíbrio da pelve = 3x peso
BIOMECÂNICA: Conceito de Charnley
Para equilibrar e reduzir as forças
Encurtar o braço de alavanca do peso corporal
Medializar (aprofundar) o acetábulo
Alongar o braço de alavanca do mecanismo abdutor
Lateralizar o trocânter maior (osteotomia, aumentar offset)
BIOMECÂNICA: Braço de alavanca abdutor
está diminuído:
- Se perda óssea ou encurtamento do colo – AR
- Se trocânter posteriorizado – deformidades RE e DDQ
Na AR
Razão de força abdutores pode chegar a 4:1
Cirurgia pode corrigir para 1:1 (reduz carga no quadril em 30%)
BIOMECÂNICA: Forças deformantes da haste
Centro de gravidade é medial e anterior (5cm anterior à S2) → força de torção, plano coronal e sagital
Resultante: medial (varo) e posterior (retroversão)
Flexão do quadril aumenta a força de retroversão (levantar da cadeira, subir escadas…) → pode atingir 0,6 a 0,9x peso corporal
Força exercida sobre o implante se centro de rotação for alterado
É menor se em posição anatômica (melhor)
É maior se superior e lateral ou posterior
Se superior isolado: pouco aumento no stress no osso periacetabular.
Importante na DDQ, revisão
Porém aumenta taxa de soltura
Classificação de Dorr
Forma do fêmur proximal, espessura cortical e largura do canal intramedular
A, B e C – do melhor para o pior
ÍNDICE DE DORR
(relação calcar-canal)
DIÂMETRO DO CANAL 3cm ABAIXO DO TROCÂNTER MENOR
dividido por
DIÂMETRO DO CANAL 10cm ABAIXO DO TROCÂNTER MENOR
Dorr A
Corticais grossas no AP e P, canal fino
Funil/taça de champagne
Homens e jovens
Boa fixação com ou sem cimento
Dorr B
Perda óssea no córtex medial e posterior, canal alargado
Sem mudança no formato do fêmur
Não altera fixação
Dorr C
Perda óssea importante medial e posterior
Grande aumento do canal
Visto melhor no perfil, formato de “chaminé”
Mulher pós menopausa
Dificuldade p/ fixação
Rigidez
é proporcional diâmetro
Maior o calibre da haste → Maior rigidez → Menos força passa ao osso
Módulo de elasticidade
(tensão suportada sem deformar)
Maior módulo de elasticidade (rigidez) → Mais força absorvida → Menos força passa ao osso
Transferência de força ao osso
é desejável
Estímulo fisiológico
Manutenção da massa óssea
Prevenção de osteoporose por desuso
Stress shielding
O implante “protege” (shield) o osso das forças aplicadas
Na verdade, é algo ruim… favorece a reabsorção óssea
Predispõe a fraturas do osso ou implante
Ocorre principalmente na região proximal-medial
Presente em quase todas as hastes não-cimentadas
Reabsorção estabiliza após 2 anos
Perda óssea é maior se houver osteopenia pré-op
Não altera resultados ou aumenta complicações à médio prazo → mas torna revisões mais difíceis (menor estoque)
Módulo de elasticidade da haste femoral
Max. tensão sem sofrer deformação permanente (Titânio < cromo e cobalto)
Quanto menor o coeficiente de elasticidade da haste, menos rígida ela é, menos stress o material sofre e mais stress é passado ao osso!
Quando se aumenta o diâmetro da haste, aumenta muito a rigidez, anulando os benefícios do baixo módulo de elasticidade.
↑ Módulo de elasticidade + ↑ comprimento da haste + ↑ área de secção transversa da haste = ↑ stress sobre a haste ➔ diminui o stress no cimento e no 1/3 proximal do fêmur ➔ stress shielding
Colar da haste
→ tentativa de aumentar a carga no osso medial
Nas cimentadas – possível diminuição do stress no cimento e menor reabsorção óssea, ajuda no controle da profundidade na inserção
Nas não cimentadas – mais controverso, difícil obter contato direto
Acetábulo: stress shielding
Menos importante
Distribuir área de carga implante-osso
Design dos Implantes: cabeça e colo
Substituir cabeça e colo para restaurar centro de rotação normal
3 parâmetros: offset vertical, offset horizontal e versão fêmur
Design dos Implantes: offset vertical
Altura vertical (Offset Vertical) Determinada pelo colo + cabeça modular
Design dos Implantes: offset horizontal
Offset (horizontal)
Centro da cabeça até linha do eixo da haste
Modifica a alavanca abdutora
Se não restaurar o offset → diminui o braço de alavanca do mecanismo abdutor, levando a maior forças reacionais na articulação, claudicação e impacto
Muda com alteração do colo modular (mas altura também muda, alongando o membro)
Hastes com diferentes offsets → angulo colo/haste menor ou colo mais medial em relação à haste
Design dos Implantes: versão fêmur
Manter 10-15o de anteversão
Definido no momento da inserção (mais difícil nas não-cimentadas)
Pode ser “ajeitado” com componentes modulares
BIOMECÂNICA: Versão do colo femoral
Importante para obter estabilidade
Reproduzir = 10 a 15o de anteversão
Retroversão exagerada = luxação posterior
Anteversão exagerada = luxação anterior
Componente femoral: Ângulo colo-diáfise
135º
Quadril em varo
Offset maior
Quadril em valgo
Offset menor
Cabeça e Colo: ADM
Maior com cabeças maiores, colo trapezoidal sem “saia”
Menor com cabeças menores, colo circular com saia
Cabeça e Colo: impacto
luxação, desgaste, soltura e fratura do polietileno
Cabeça e Colo: estabilidade
Cabeças maiores – mais estáveis, maior ADM, porém maior desgaste do poli.
Colo trapezoidal
Colo trapezoidal menor impacto maior ADM!
Componente Femoral Cimentado: Material
Cromo-cobalto (maior módulo de elasticidade / mais rígida -> menor stress no cimento)
Polida e cônica
Falha ocorre inicialmente na interface haste-cimento
Formato não circular c/ sulcos melhora fixação
Porém, se ocorre desprendimento, superfície polida produz menos debris
Componente Femoral Cimentado: Diâmetro
Deve ocupar 80% do canal Manto cimento 4mm proximal 2mm distal Colocar central para distribuir manto (usar centralizador)
Componente Femoral Cimentado: Comprimento
Normalmente de 12-15cm
Maior se revisão ou área de falha cortical