Fratura diafisária de fêmur Flashcards

1
Q

Na fratura diafisária do fêmur do adulto, uma contraindicação ao uso da haste intramedular retrógrada é a presença de

a) gravidez.
b) patela baixa.
c) bilateralidade.
d) obesidade mórbida

A

b

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2
Q

Na fratura transversa da diáfise do fêmur, a placa colocada na cortical lateral atua como banda de tensão
( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei

A

certo

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3
Q

Na osteossíntese do fêmur com haste intramedular anterógrada, o ponto de entrada trocantérco apresenta a vantagem por
A- Facilitar a fresagem do canal medular
B- Evitar fratura iatrogênica do fêmur proximal
C- Facilitar o alinhamento longitudinal do fêmur
D- Evitar a lesão sobre o tendão do glúteo médio

A

d

However, a modified medial trochanteric portal placed just medial to the trochanteric tip (using a 14-mm reamer) was associated with no visible damage to the tendinous insertion of the gluteus medius in a different cadaver model.

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4
Q
23 – A curvatura anterior do fêmur de um adulto é menor em 
A – brancos
B – negros 
C – asiáticos
D - índios
A

b

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5
Q
52 – Na osteossíntese intramedular das fraturas diafisárias, o material de síntese com  maior possibilidade de infecção é a haste 
A – sólida em aço
B – canulada em aço
C – sólida em titânio
D – canulada em titânio
A

b

O titânio dificulta mais a formação do biofilme do que o aço. As hastes canuladas têm área (superfície) maior que as sólidas.

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6
Q

782 – Sabemos que o uso da fresagem do canal medular de um osso longo tem benefícios, porém algumas complicações podem ser observadas. Em relação ao aumento da temperatura durante a fresagem, pode-se afirmar que
A – a temperatura do osso pode superar 50°C
B – o limite crítico de segurança para o osso é de 56°C
C – o principal efeito deletério decorre da desnaturação da fosfatase alcalina
D – todas estão corretas

A

d

A fresagem do canal tem como vantagem aumentar a área de contato entre o implante e a superfície óssea. Dessa forma, o sistema se torna mais estável. Ao fresar o canal, pode-se utilizar implantes com maior volume, tornando o sistema osso/implante mais resistente. No entanto, vários efeitos idesejáveis são observados. A necrose por aumento da temperatura é um deles. A afirmação de que o uso de garrote aumenta o risco de necrose ainda não tem evidências claras.

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7
Q

O controle de danos constitui princípio fundamental no tratamento do paciente politraumatizado. Qual dos seguintes cenários pode ser mais beneficiado com o atraso de uma fixação definitiva de fratura de fêmur?
A – fratura de fêmur e trauma torácica
B – fratura de fêmur bilateral
C – fratura de fêmur e trauma abdominal
D – fratura de fêmur e fratura dos membros superiores

A

C

Pacientes politraumatizadas e com fratura de fêmur podem ter seu risco de vida diminuído em até 50% se a cirurgia do fêmur for retardada por algum tempo. Entre os pacientes que mais se beneficiam estão aqueles com associação entre fratura de fêmur e lesões abdominais graves.

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8
Q

Quais estruturas vasculonervosas podem ser lesionadas quando se escolhe a fossa piriforme para porta de entrada de uma haste de fêmur
A – artéria glútea inferior e nervo glúteo superior
B – artéria glútea superior e nervo glúteo inferior
C – artéria glútea superior e nervo glúteo superior
D – artéria circunflexa femoral medial e nervo glúteo superior

A

d

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9
Q

884 – Qual das opções a seguir, representa, respectivamente, uma indicação e uma contra-indicação para haste femoral retrógrada?
A – joelho com flexão inferior a 30 graus, fratura exposta de fêmur
B – fratura AO 33C1, lesão femoral aberta contaminada
C – fratura AO 31A3, joelho com flexão inferior a 60 graus
D - fratura periprotética do joelho, fratura AO 32C3.1

A

b e c

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10
Q

Com o advento das técnicas minimamente invasivas, as fraturas do fêmur geralmente são acessadas sem grandes agressões ao envelope muscular. Eventualmente, no entanto, podem haver a necessidade de acessos maiores. Sabe-se que não deve descolar os músculos inseridos na linha áspera. Qual, das razões a seguir, explica essa recomendação
A – há risco de lesar a artéria nutrícia
B – há risco de lesar o nervo ciático
C – há risco de tornar instável a ação dos músculos flexores do joelho
D – dá risco aumentado de embolia gordurosa

A

a

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11
Q
Na fratura subtrocantérica do fêmur do adulto, o braço de alavanca sobre o implante é maior quando se utiliza o dispositivo do tipo 
A – centromedular
B – condilocefálico
C – cefalomedular
D – placa-parafuso deslizante
A

d

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12
Q

Paciente 20 anos, masculino, vítima de trauma por arma de fogo de baixa energia na coxa esquerda há cerca de 30 minutos sem evidência de fratura. Ao exame, apresenta-se com PA 120x70 mmHg, Fc 87bpm, Sat O2: 97% ao ar ambiente, sem queixa de dor, porém, sem pulsos palpáveis distalemente ao sítio da lesão. Qual o próximo passo?
A – levar ao centro cirúrgico para angiografia e cirurgia
B – Doppler colorido
C – angiografia formal
D – antibiótico e observação por 12 horas

A

a

Segundo o algoritmo de Cornwell para ferimentos por arma de fogo a ausência de pulsos palpáveis obriga a investigação com angiografia em centro cirúrgico e possível repara/reconstrução vascular se esta for necessária.

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13
Q

Sobre as indicações em fraturas diafisárias do fêmur em adultos, sabe-se que
A – o tratamento através de fixação externa está indicado especialmente em fraturas com traço tipo transverso
B – apesar dos bons resultados do tratamento com haste, a redução aberta e afixação interna com técnica interfragmentária ainda representam o gold standard em fraturas diafisárias do fêmur
C – as hastes retrógradas têm a mesma taxa de consolidação das hastes anterógradas
D – a complicação da anterógrada é a dor proximal na coxa

A

d

As full-length nails specifically designed for retrograde applications became more readily available, prospective studies evaluating their use in all femoral fractures as well as in comparison with antegrade techniques became possible. Early reports demonstrated an increased number of nonunions and delayed unions compared with historical reports of antegrade, reamed medullary nailing techniques.
Entre as complicações da haste anterógrada estão a ossificação heterotópica, dor proximal na coxa, dor no quadril e fraqueza muscular

Early reports demonstrated an increased number of nonunions and delayed unions compared with historical reports of antegrade, reamed medullary nailing techniques.

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14
Q
Paciente de 25 anos de idade, vítima de acidente de motocicleta, dá entrada com fratura da diáfise do fêmur direito, contusão do hemitórax direito e Glasgow 8. Qual a melhor conduta em relação à fratura da diáfise do fêmur?
A – tração esquelética
B – fixação externa
C – osteossíntese com placa
D – osteossíntese com HIM bloqueada
A

b

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15
Q

Na fratura diáfisária do femur, a fixação interna com placa pela via aberta está mais bem indicada na presença de:

A) joelho flutuante.
B) fratura toracolombar instável.
C) fratura ipsilateral do acetábulo.
D) fratura ipsilateral do colo do fêmur

A

d

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16
Q

Com base na classificação AO, o padrão de fratura diafisária que apresenta menor deformação relativa (strain) é o do tipo

a) A2.
b) A3.
c) C2.
d) C3

A

d

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17
Q

A rigidez do implante consiste em sua capacidade de resistir

a) a deformacao.
b) ate o limite de fadiga.
c) ao efeito “stress shielding”.
d) a aplicacao de forcas ciclicas sem deformacao.

A

a

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18
Q

Na coxa, o septo intermuscular posterior separa os compartimentos

a) lateral e medial.
b) lateral e anterior.
c) medial e posterior.
d) anterior e posterior.

A

c

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19
Q
Segundo a teoria de da instabilidade perilunar progressiva de Mayfield, a luxação do semilunar em relação ao rádio ocorre no estágio
A – I
B – II
C – III
D - IV
A

d

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20
Q

Na luxação do carpo no estágio IV de Mayfield, a manobra de redução consiste em
A – extensão do punho e compressão do capitato no sentido dorsal
B – flexão do punho e compressão do capitato no sentido ventral
C – extensão do punho, compressão do semilunar para dorsal e flexão do punho
D – flexão do punho, compressão do semilunar para ventral e extensão do punho

A

c

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21
Q
Qual o ligamento do carpo mais freqüentemente lesado?
A – ligamento escafo-semilunar
B – ligamento rádió-semilunar longo
C – ligamento ulno-piramidal
D – ligamento radio-escafo-semilunar
A

a

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22
Q

ANATOMIA

A

Mais longo e pesado osso do corpo

Anteriormente curvado
Raio de curvatura 120 cm
Negros: curvatura menor (raio maior)

Estrutura tubular
Cilíndrico: anterior, medial e lateral
Espesso: posterior → linha áspera
= Útil na redução (“degrau cortical”)

Eixo anatômico x mecânico

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23
Q

MUSCULATURA

A

Envolto por músculos (importante nos acessos e nos desvios)

Proximais: abdutores e RE no trocânter maior, glúteo máximo no aspecto postero-lateral, ilíaco e psoas no trocânter menor

Adutores: na região postero-medial

Vastos: lateral logo abaixo do glúteo médio, intermédio na parte anterolateral da diáfise, medial na porção posteromedial

Distal: gastrocnêmio na região posterior dos côndilos femorais

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24
Q

DESVIOS DAS FRATURAS

A

Terço proximal = flexão, RE, abdução
Terço médio = adução, encurtamento
Terço distal = extensão (ápice posterior), encurtamento

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25
Q

COMPARTIMENTOS DA COXA

A

COMPARTIMENTO ANTERIOR
COMPARTIMENTO MEDIAL
COMPARTIMENTO POSTERIOR

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26
Q

COMPARTIMENTO ANTERIOR

A
Quadríceps femoral
Sartório
ilíaco
Psoas
Pectíneo
Artéria e veia femoral 
Nervo femoral
Nervo cutâneo femoral lateral
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27
Q

COMPARTIMENTO MEDIAL

A
Grácil
Adutor longo
Adutor curto
Adutor magno
Obturador externo 
Artéria femoral profunda
Artéria e veia obturadora
Nervo obturador
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28
Q

COMPARTIMENTO POSTERIOR

A
Ramos da artéria femoral profunda
Nervo ciático 
Nervo cutâneo femoral posterior
Bíceps femoral 		
Semitendinoso
Semimembranoso 
Porção distal do Adutor magno
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29
Q

VASCULARIZAÇÃO

A

Art. Ilíaca Externa vira art. Femoral ao passar atrás do lig. Inguinal, entrando no compartimento anterior pelo trígono femoral

Art. femoral profunda nasce da femoral, dando origem às art. circunflexas femorais medial e lateral e emitindo ramos perfurantes ao longo da parte posterior do fêmur

Ao passar pelo hiato do adutor magno, femoral vira poplítea

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30
Q

Vascularização endosteal x periosteal

A

Endosteal: artérias medulares, ramos das nutrícias
Periosteal: artérias periosteais, ramos das perfurantes
Anastomose com fluxo unidirecional = vasos medulares → periosteais
Nas fraturas desviadas, artérias medulares se rompem; vasos periosteais passam a ser os principais irrigadores, e fluxo se inverte

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31
Q

Vascularização fêmur

A

rico suprimento vascular, derivado principalmente da artéria femoral profunda
Artéria nutrícia em geral entra no osso proximal e posteriormente ao longo da linha áspera (não desinserir musculatura)

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32
Q

EPIDEMIOLOGIA

A

Uma das principais causa de morbi-mortalidade em traumas de alta energia
Incidência diminui com redução imediata e fixação interna rígida
Politraumatismo

Mortalidade é rara
Embolia gordurosa
SARA
Falência múltipla de órgãos

16% expostas

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33
Q

EPIDEMIOLOGIA energia trauma

A

Alta energia (maioria – 75%)
Jovens (média 27a)
Colisão automobilistica (78%), moto, atropelamento, queda, FAF
Transversa ou cominuta

Baixa energia
Idoso 
Osteoporose
Espiral ou oblíqua
Uso de Alendronato → Fx atípica
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34
Q

LESÕES ASSOCIADAS

A

Fx colo, transtroc, femur distal

Fratura de patela, tíbia, acetábulo e anel pélvico

Lesão menisco-ligamentar do joelho

Lesões vasculares raras (1,6%)

Lesão neurológica também rara (ciático +comum)

Trauma torácico, abdominal e craniano → ATLS

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35
Q

LESÕES ASSOCIADAS: fx Colo

A

Associada em 3-10% dos casos
30-57% não são diagnosticadas
Menos ON que na fratura isolada (menos desvio, maior taxa de fx extracapsulares)
Preferência: fixar com 2 implantes

36
Q

LESÕES ASSOCIADAS: Lesão menisco-ligamentar do joelho

A

Menisco L > M (lateral 28% x medial 26%)

Aprox. 50% lesão LCA e 5% LCP → MAIORIA INCOMPLETA

37
Q

CLÍNICA

A

Dor intensa, deformidade, encurtamento, edema, crepitação

Comprometimento neurovascular (raro)
 (Pulsos podem estar normais)

Estado hemodinâmico

Exposição

38
Q

CLÍNICA: Estado hemodinâmico

A

40% necessitam de transfusão no internamento (2,5 CH)
Sangramento pré-op é o principal fator
Lesão isolada não causa choque hipotensivo → buscar outras causas

39
Q

CLÍNICA: Lesao vascular na coxa

A

artéria femoral (superficial) tende a fazer isquemia, artéria femoral profunda tende a fazer hemorragia (mtas colaterais)
Fechada sangra 1,5L. Aberta pode sangrar mais.

40
Q

Exposição mais comum

A

lateral e anterolateral
Porém lesões mediais/posteriores não são raras e tem mais risco
Todo ferimento com drenagem de sangue ou gordura é exposição

41
Q

EXAMES COMPLEMENTARES

A

RX AP e Perfil de fêmur inteiro

Solicitar sempre Rx do quadril e joelho

42
Q

RX AP e Perfil de fêmur inteiro

A

Incluir articulações proximal e distal
Dimensão do canal medular
Alterações cortical – fx patológica?
Melhor se extendido e com tração

43
Q

Como evitar erro diagnóstico da fratura associada de colo?

A

Rx em RI do quadril, TAC com cortes finos, avaliação intra-op do colo com fluoroscopia, Rx pós-op do quadril após estabilização do fêmur

44
Q

CLASSIFICAÇÃO

A

Descritiva
AO
Winquist-Hansen

45
Q

CLASSIFICAÇÃO DESCRITIVA

A

Localização

Geometria

46
Q

CLASSIFICAÇÃO DESCRITIVA: Localização

A

1/3 proximal, médio e distal → relação com o ístmo
Ex: nas fraturas infra-ístmicas, HIM não ajuda na redução (direção do implante é dada pelo contato com ístmo)
Lembrar:
Subtroc = até 5cm abaixo do trocânter menor
AO = fraturas abaixo da linha do troc menor → 32
Fêmur distal = quadrado de Heim

47
Q

CLASSIFICAÇÃO DESCRITIVA: geometria

A

Transversa, oblíqua, espiral, cominuta

48
Q

CLASSIFICAÇÃO AO

A

32
a- simples
b- cunha
c- segmentar

49
Q

Winquist-Hansen

A

Cominuição da fratura; avalia percentual de contato entre os fragmentos no foco
Indicava necessidade de bloqueio → hoje em dia se bloqueia sempre

0: traço simples

I: 75% contato (asa mínima)

II: 50 – 75% contato

III: < 50% contato (grande asa ou cominuição)

IV: sem contato cortical (segmentar ou cominuta)

50
Q

BIOMECÂNICA DA FRATURA E OSTEOSSÍNTESE

A

Cortical lateral – tensão
Cortical medial – compressão

HIM – centro de movimentação mais próximo ao centro de movimentação do osso

Placa lateral
Princípio de banda de tensão
Placa em ponte

51
Q

TRATAMENTO: opções cirurgico

A
Tração 
Órtese 
Fixação externa
RAFI
Placa-ponte
HIM
52
Q

TRATAMENTO CONSERVADOR

A

Definitivo apenas se não existirem dispositivos de fixação interna ou comorbidades clínicas significativas que contra-indiquem cirurgia

Técnicas podem ser usadas como estabilização temporária ou como complemento a fixação interna

Órtese

53
Q

Órtese

A
Possibilita mobilização 
Apoio progressivo (10 a 20% do peso)
Neutraliza deformidades laterais

Após 6-8 sem de tração (formação de calo) ou complementar a fixação interna

54
Q

Tração

A

Reestabelecer comprimento do membro
Cutânea
Emergencial
Necrose de pele

Esquelética
Com técnica asséptica e anestesia local
Fêmur distal - de medial para lateral, evita distração da art. joelho, risco de artrite séptica
Tíbia proximal - de lateral para medial, ao nível da TAT, contra-indicada lesão ligamentar joelho, faz distração articular
Férula Bohler-Brown, Neufeld, 90/90
De preferência no fêmur distal, levemente anterior na metáfise, até 15% do peso corporal

55
Q

FIXAÇÃO EXTERNA- vantagens

A

Rápido
Não lesa vascularização do fêmur
Não introduz materiais estranhos na fratura
Permite reabordagem de lesões contaminadas

** Bom para damage control, em pacientes críticos, lesões de alta energia, grande contaminação

56
Q

FIXAÇÃO EXTERNA- desvantagens

A

(se usado como método definitivo)

Infecção do trajeto dos pinos
Perde de ADM do joelho
Consolidação viciosa e encurtamento mais frequentes
Maior risco de infecção na conversão para síntese interna
Capacidade limitada de estabilização com fixador unilateral

57
Q

FIXAÇÃO EXTERNA- Indicações

A

(principal é a estabilização temporária até condições para conversão)

Lesões graves aos tecidos moles com grande contaminação
Esmagamento muscular → extenso desbridamento secundário
Contaminação medular
Lesão vascular associada → estabilização antes do reparo
Politrauma → lesões que impeçam outros tratamentos (controle de danos)

Melhor candidato: TCE grave, ISS elevado, trauma torácico, politrauma

58
Q

PLACA- vantagens

A

Possibilidade de redução anatômica

Evita trauma adicional em locais distantes (inserção da haste)

59
Q

PLACA- desvantagens

A

Abordagem cirúrgica extensa, ampla dissecção de partes moles
Maior perda sanguínea e infecção
Maior cicatriz no mecanismo extensor
Menor vascularização abaixo da placa
Stress shielding do osso ao redor da placa
Quebra do implante, se PSA

  • MIPO reduz alguns destes problemas, porém dificulta redução
60
Q

Placa- indicações

A

(quase todas as fraturas podem ser tratadas com placa, porém HIM é melhor)

(maioria das indicações relativas são contra-indicações relativas da HIM)

Canal medular extremamente estreito ou obliterado
Fx em torno de uma consolidação viciosa prévia
Extensão proximal ou distal da fratura (peritrocantérica ou metafisária) – pode ser mais fácil tratar com placa
Lesão vascular que necessite reparo (mesmo acesso)
Fx da diáfise ou colo ipsilateral
Fx em local de implante prévio
Imaturidade esquelética

61
Q

PLACA – VIA DE ACESSO

A

Incisão Lateral Longitudinal

Ântero-lateral (através da substância do M. Vasto intermédio) deve ser evitada: risco de aderências entre os músculos!

Pode ser feito por via lateral com preservação dos músculos, do trocânter até joelho
Incisão centrada na diáfise; fáscia lata incisada ao longo da sua extensão, expondo vasto lateral
Dissecar vasto lateral do septo intermuscular lateral, com identificação e ligadura dos vasos perfurantes
Eleva vasto lateral e vasto intermédio, expondo a diáfise

Acessos minimamente invasivos preservam art. nutrícias e perfurantes, melhorando perfusão

62
Q

PLACA –Técnica

A

RAFI com compressão interfragmentária se padrão de fratura mais simples que permita boa redução, ou placa-ponte se maior cominuição
Tamanho da placa: 4,5mm de no mínimo 10 orifícios, larga x estreita de acordo com porte físico, quanto maior a área de cominuição maior a placa (5 orifícios em cada segmento)
No mínimo 8 corticais de cada lado da fratura

Pode optar por um DCS nas subtroc ou nas diafisárias baixas
Placa ponte: tutor interno extramedular, submuscular

63
Q

PLACA – pos op

A

Permitir carga após sinais radiográficos de consolidação (mais rápido com placa-ponte)

Retirar material no mínimo após 18-24 meses pelo risco de refratura

64
Q

HIM- vantagens

A
Partes moles
Alinhamento estável
Consolidação rápida
Reabilitação precoce
Baixa complicação
65
Q

HIM- Planejamento

A

Avaliar comprimento e diâmetro do canal, cominuição, extensão da fratura, raio femoral
Comprimento: Rx sob tração, Rx contra-lateral, régua do trocânter maior ao epicôndilo lateral
Diametro ao nível do istmo (normalmente no perfil)
Manter tração ou FE até cirurgia

66
Q

HIM ANTERÓGRADA: ponto entrada

A

fossa piriforme (trocantérica) ou no trocânter maior
Fossa piriforme fica um pouco posterior ao colo femoral no P e inferior no AP, logo medial ao trocânter maior
Estruturas em risco:
Fossa piriforme: N. glúteo superior, art. circunflexa femoral medial, tendão obturador interno / piriforme / obturador externo
Trocantérica: tendão glúteo médio preservado / piriforme / obturador interno
- fise aberta

67
Q

HIM ANTERÓGRADA: Posicionamento

A

decúbito lateral ou dorsal, com ou sem mesa de tração
Decúbito dorsal – melhor para politraumas / menos problemas com rotação / pior para ponto de entrada
Decúbito lateral – acesso mais fácil a fossa piriforme, manter joelho nivelado ao quadril - facilita Aducao e Flexao( diminui Lesao do N.gluteo sup)

68
Q

HIM ANTERÓGRADA: fresada x não fresada

A

Vantagens de fresar: inserção de implante maior, maior taxa de consolidação e menor taxa de falência do implante
Desvantagens (potenciais): ↑ pressão intra-medular e na art. pulmonar, ↑ embolia gordurosa – sem repercussões clinicas

69
Q

HIM RETRÓGRADA: indicações

A

Indicações Relativas:
Lesões múltiplas ou politrauma
Retrógrada é mais rápida

Fraturas bilaterais do fêmur
Não precisa reposicionar

Obesidade mórbida
Ponto de entrada mais fácil

Gravidez
Menos rx na área do quadril

Lesão vascular associada
Fratura ipsilateral colo / acetábulo / patela / tíbia
Fx da metáfise distal
Ferimentos ou amputação ao nível do joelho
Fratura coluna vertebral

70
Q

HIM RETRÓGRADA: Contra-indicaçoes

A

RELATIVAS:
Fx Subtrocantérica
Restrição de ADM de joelho que não permita entrada (34 a 52°)
Patela baixa
Fraturas expostas com contaminação próximas ao joelho

71
Q

HIM RETRÓGRADA: Aspectos técnicos decúbito

A

Decúbito dorsal; necessário mínimo de 34°-52° de flexão do joelho para acessar ponto de entrada; acesso transpatelar

72
Q

HIM RETRÓGRADA: Aspectos técnicos ponto de entrada

A

Ponto de entrada: em linha com o canal femoral; no sulco intercondilar, 6-12mm anterior a inserção do LCP; 5-9° de valgo; no P, fica no ápice da linha de Blumensaat

73
Q

HIM RETRÓGRADA: Aspectos técnicos posição haste

A

Haste deve ficar abaixo da sup cartilaginosa inferiormente, e acima do trocanter menor superiormente

Se fratura proximal, distância entre parafusos de bloqueio e fratura deve ser no mínimo de 5cm

74
Q

HIM RETRÓGRADA: Aspectos técnicos área de segurança

A

Área de segurança para bloqueio proximal AP: 7° medialmente ate 20° lateralmente no peq trocanter

75
Q

HIM RETRÓGRADA: Aspectos técnicos complicações especificas

A

Complicações específicas: lesão NV proximal (ramo da art. femoral profunda medialmente, n. ciático posteriormente), ossificação heterotópica intra e peri-articular, metalose sinovial

76
Q

POLITRAUMA

A

Estabilização imediata da fratura diminui complicações pulmonares (SARA, embolia gordurosa, PNM)

Se trauma torácico associado, uso de HIM fresada é controverso
Estudos mais consistentes mostram que não existe diferença com relação a complicações pulmonares, FMOS e morte
Porém, fratura e fresagem aumentam IL-6, podendo representar insulto inflamatório adicional em pacientes de alto risco
Na dúvida, fixar externo e HIM depois!
Pacientes com trauma abdominal associado são os que mais se beneficiam com a fixação externa

77
Q

COMPLICAÇÕES

A
Consolidação viciosa
Rigidez do joelho
Retardo de consolidação / Pseudoartrose
Infecção / PSA infectada
Relacionadas ao implante
Síndrome compartimental
Lesão nervosa
Ossificação heterotópica
Fraqueza muscular / lesão no local de entrada
78
Q

Consolidação viciosa

A

Angular
Se superior a 5° no plano coronal ou sagital; pior se próxima a articulação; antecurvato é melhor tolerado
Com HIM taxa de 7-11%, principalmente nas fraturas proximais e distais (pela dependência do ponto de entrada e maior diâmetro do canal)
Rotacional: problemática se >15°;
RE pior que RI; mais comum com HIM (19%)
Encurtamento: aceitável até 1,5cm

79
Q

Rigidez do joelho

A

Comum; maioria melhora após 6-12sem de cirurgia; apos 3-6 meses, fazer manipulação/liberação
Mais característico: perda de flexão passiva e extensão ativa, principalmente pela formação de cicatriz no quadríceps (especialmente vasto intermédio)
Fatores associados: trauma de alta energia, vários procedimentos cirúrgicos, retardo de consolidação, TCE/ossificação heterotópica, fixação com placas ou HIM retrógrada
Dor no quadril e joelho são comuns (HIM anterógrada com mais dor no quadril, retrógrada no joelho)

80
Q

Retardo de consolidação / Pseudoartrose

A

Definição: ausência de progressão da consolidação + dor por pelo menos 6 meses de PO; raro com HIM
Causas / fatores de risco: infecção, ↓ vascularização (maioria), falta de estabilidade mecânica, distração no foco, perda óssea, interposição de partes moles, uso de AINES, HIM não fresada
Tratamento: dinamização (pouco efeito), troca da haste, fixação com placa, uso de enxerto ósseo e combinações destas técnicas

81
Q

Infecção / PSA infectada

A

1% nas fechadas, 2,4 - 4,8% nas expostas; sempre suspeitar se presença de PSA
Risco: extensão da lesão de partes moles, grau de contaminação e debridamento inadequado
Debridamento cirúrgico + limpeza + ATB; se implante solto, retirada + fresagem do canal + pérolas de ATB + fixação externa (se limpeza efetiva, existe a opção de fixar imediatamente com HIM/placa)

82
Q

Complicações Relacionadas ao implante

A

Principal é quebra do implante – por fadiga, indica PSA
Placas tendem a falhar mais; falha na cortical medial aumenta o stress no implante
Hastes não fresadas curtas quebram mais que fresadas longas
Refratura é raro, mesmo se RMS (a menos que tenha sido precoce)

83
Q

Síndrome compartimental

A

1-2% dos casos
Fatores de risco: hipotensão sistêmica, coagulopatia, lesão vascular, hx de compressão externa da coxa, uso de garrote na coxa para fixação de outras fraturas apos fixação do fêmur
Fasciotomia por acesso único lateral extendido ou acesso lateral + medial

84
Q

Lesão nervosa

A

Lesão nervosa – principalmente pelo posicionamento e tração intra-operatória
Em risco: n. femoral, ciático/fibular e pudendo (disfunção erétil)

85
Q

Ossificação heterotópica

A

Comum, principalmente no ponto de entrada de HIM fresadas (20% nas anterógradas); porém, pouco sintomática
Associação com TCE, sexo masculino, atraso na cirurgia, entubação prolongada

86
Q

Fraqueza muscular / lesão no local de entrada

A

Lesão pelo trauma e cirurgia

Fixação com placa tem a morbidade do acesso; HIM provoca lesão de abdutores e rotadores externos