Fratura diafisária de fêmur Flashcards
Na fratura diafisária do fêmur do adulto, uma contraindicação ao uso da haste intramedular retrógrada é a presença de
a) gravidez.
b) patela baixa.
c) bilateralidade.
d) obesidade mórbida
b
Na fratura transversa da diáfise do fêmur, a placa colocada na cortical lateral atua como banda de tensão
( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei
certo
Na osteossíntese do fêmur com haste intramedular anterógrada, o ponto de entrada trocantérco apresenta a vantagem por
A- Facilitar a fresagem do canal medular
B- Evitar fratura iatrogênica do fêmur proximal
C- Facilitar o alinhamento longitudinal do fêmur
D- Evitar a lesão sobre o tendão do glúteo médio
d
However, a modified medial trochanteric portal placed just medial to the trochanteric tip (using a 14-mm reamer) was associated with no visible damage to the tendinous insertion of the gluteus medius in a different cadaver model.
23 – A curvatura anterior do fêmur de um adulto é menor em A – brancos B – negros C – asiáticos D - índios
b
52 – Na osteossíntese intramedular das fraturas diafisárias, o material de síntese com maior possibilidade de infecção é a haste A – sólida em aço B – canulada em aço C – sólida em titânio D – canulada em titânio
b
O titânio dificulta mais a formação do biofilme do que o aço. As hastes canuladas têm área (superfície) maior que as sólidas.
782 – Sabemos que o uso da fresagem do canal medular de um osso longo tem benefícios, porém algumas complicações podem ser observadas. Em relação ao aumento da temperatura durante a fresagem, pode-se afirmar que
A – a temperatura do osso pode superar 50°C
B – o limite crítico de segurança para o osso é de 56°C
C – o principal efeito deletério decorre da desnaturação da fosfatase alcalina
D – todas estão corretas
d
A fresagem do canal tem como vantagem aumentar a área de contato entre o implante e a superfície óssea. Dessa forma, o sistema se torna mais estável. Ao fresar o canal, pode-se utilizar implantes com maior volume, tornando o sistema osso/implante mais resistente. No entanto, vários efeitos idesejáveis são observados. A necrose por aumento da temperatura é um deles. A afirmação de que o uso de garrote aumenta o risco de necrose ainda não tem evidências claras.
O controle de danos constitui princípio fundamental no tratamento do paciente politraumatizado. Qual dos seguintes cenários pode ser mais beneficiado com o atraso de uma fixação definitiva de fratura de fêmur?
A – fratura de fêmur e trauma torácica
B – fratura de fêmur bilateral
C – fratura de fêmur e trauma abdominal
D – fratura de fêmur e fratura dos membros superiores
C
Pacientes politraumatizadas e com fratura de fêmur podem ter seu risco de vida diminuído em até 50% se a cirurgia do fêmur for retardada por algum tempo. Entre os pacientes que mais se beneficiam estão aqueles com associação entre fratura de fêmur e lesões abdominais graves.
Quais estruturas vasculonervosas podem ser lesionadas quando se escolhe a fossa piriforme para porta de entrada de uma haste de fêmur
A – artéria glútea inferior e nervo glúteo superior
B – artéria glútea superior e nervo glúteo inferior
C – artéria glútea superior e nervo glúteo superior
D – artéria circunflexa femoral medial e nervo glúteo superior
d
884 – Qual das opções a seguir, representa, respectivamente, uma indicação e uma contra-indicação para haste femoral retrógrada?
A – joelho com flexão inferior a 30 graus, fratura exposta de fêmur
B – fratura AO 33C1, lesão femoral aberta contaminada
C – fratura AO 31A3, joelho com flexão inferior a 60 graus
D - fratura periprotética do joelho, fratura AO 32C3.1
b e c
Com o advento das técnicas minimamente invasivas, as fraturas do fêmur geralmente são acessadas sem grandes agressões ao envelope muscular. Eventualmente, no entanto, podem haver a necessidade de acessos maiores. Sabe-se que não deve descolar os músculos inseridos na linha áspera. Qual, das razões a seguir, explica essa recomendação
A – há risco de lesar a artéria nutrícia
B – há risco de lesar o nervo ciático
C – há risco de tornar instável a ação dos músculos flexores do joelho
D – dá risco aumentado de embolia gordurosa
a
Na fratura subtrocantérica do fêmur do adulto, o braço de alavanca sobre o implante é maior quando se utiliza o dispositivo do tipo A – centromedular B – condilocefálico C – cefalomedular D – placa-parafuso deslizante
d
Paciente 20 anos, masculino, vítima de trauma por arma de fogo de baixa energia na coxa esquerda há cerca de 30 minutos sem evidência de fratura. Ao exame, apresenta-se com PA 120x70 mmHg, Fc 87bpm, Sat O2: 97% ao ar ambiente, sem queixa de dor, porém, sem pulsos palpáveis distalemente ao sítio da lesão. Qual o próximo passo?
A – levar ao centro cirúrgico para angiografia e cirurgia
B – Doppler colorido
C – angiografia formal
D – antibiótico e observação por 12 horas
a
Segundo o algoritmo de Cornwell para ferimentos por arma de fogo a ausência de pulsos palpáveis obriga a investigação com angiografia em centro cirúrgico e possível repara/reconstrução vascular se esta for necessária.
Sobre as indicações em fraturas diafisárias do fêmur em adultos, sabe-se que
A – o tratamento através de fixação externa está indicado especialmente em fraturas com traço tipo transverso
B – apesar dos bons resultados do tratamento com haste, a redução aberta e afixação interna com técnica interfragmentária ainda representam o gold standard em fraturas diafisárias do fêmur
C – as hastes retrógradas têm a mesma taxa de consolidação das hastes anterógradas
D – a complicação da anterógrada é a dor proximal na coxa
d
As full-length nails specifically designed for retrograde applications became more readily available, prospective studies evaluating their use in all femoral fractures as well as in comparison with antegrade techniques became possible. Early reports demonstrated an increased number of nonunions and delayed unions compared with historical reports of antegrade, reamed medullary nailing techniques.
Entre as complicações da haste anterógrada estão a ossificação heterotópica, dor proximal na coxa, dor no quadril e fraqueza muscular
Early reports demonstrated an increased number of nonunions and delayed unions compared with historical reports of antegrade, reamed medullary nailing techniques.
Paciente de 25 anos de idade, vítima de acidente de motocicleta, dá entrada com fratura da diáfise do fêmur direito, contusão do hemitórax direito e Glasgow 8. Qual a melhor conduta em relação à fratura da diáfise do fêmur? A – tração esquelética B – fixação externa C – osteossíntese com placa D – osteossíntese com HIM bloqueada
b
Na fratura diáfisária do femur, a fixação interna com placa pela via aberta está mais bem indicada na presença de:
A) joelho flutuante.
B) fratura toracolombar instável.
C) fratura ipsilateral do acetábulo.
D) fratura ipsilateral do colo do fêmur
d
Com base na classificação AO, o padrão de fratura diafisária que apresenta menor deformação relativa (strain) é o do tipo
a) A2.
b) A3.
c) C2.
d) C3
d
A rigidez do implante consiste em sua capacidade de resistir
a) a deformacao.
b) ate o limite de fadiga.
c) ao efeito “stress shielding”.
d) a aplicacao de forcas ciclicas sem deformacao.
a
Na coxa, o septo intermuscular posterior separa os compartimentos
a) lateral e medial.
b) lateral e anterior.
c) medial e posterior.
d) anterior e posterior.
c
Segundo a teoria de da instabilidade perilunar progressiva de Mayfield, a luxação do semilunar em relação ao rádio ocorre no estágio A – I B – II C – III D - IV
d
Na luxação do carpo no estágio IV de Mayfield, a manobra de redução consiste em
A – extensão do punho e compressão do capitato no sentido dorsal
B – flexão do punho e compressão do capitato no sentido ventral
C – extensão do punho, compressão do semilunar para dorsal e flexão do punho
D – flexão do punho, compressão do semilunar para ventral e extensão do punho
c
Qual o ligamento do carpo mais freqüentemente lesado? A – ligamento escafo-semilunar B – ligamento rádió-semilunar longo C – ligamento ulno-piramidal D – ligamento radio-escafo-semilunar
a
ANATOMIA
Mais longo e pesado osso do corpo
Anteriormente curvado
Raio de curvatura 120 cm
Negros: curvatura menor (raio maior)
Estrutura tubular
Cilíndrico: anterior, medial e lateral
Espesso: posterior → linha áspera
= Útil na redução (“degrau cortical”)
Eixo anatômico x mecânico
MUSCULATURA
Envolto por músculos (importante nos acessos e nos desvios)
Proximais: abdutores e RE no trocânter maior, glúteo máximo no aspecto postero-lateral, ilíaco e psoas no trocânter menor
Adutores: na região postero-medial
Vastos: lateral logo abaixo do glúteo médio, intermédio na parte anterolateral da diáfise, medial na porção posteromedial
Distal: gastrocnêmio na região posterior dos côndilos femorais
DESVIOS DAS FRATURAS
Terço proximal = flexão, RE, abdução
Terço médio = adução, encurtamento
Terço distal = extensão (ápice posterior), encurtamento
COMPARTIMENTOS DA COXA
COMPARTIMENTO ANTERIOR
COMPARTIMENTO MEDIAL
COMPARTIMENTO POSTERIOR
COMPARTIMENTO ANTERIOR
Quadríceps femoral Sartório ilíaco Psoas Pectíneo Artéria e veia femoral Nervo femoral Nervo cutâneo femoral lateral
COMPARTIMENTO MEDIAL
Grácil Adutor longo Adutor curto Adutor magno Obturador externo Artéria femoral profunda Artéria e veia obturadora Nervo obturador
COMPARTIMENTO POSTERIOR
Ramos da artéria femoral profunda Nervo ciático Nervo cutâneo femoral posterior Bíceps femoral Semitendinoso Semimembranoso Porção distal do Adutor magno
VASCULARIZAÇÃO
Art. Ilíaca Externa vira art. Femoral ao passar atrás do lig. Inguinal, entrando no compartimento anterior pelo trígono femoral
Art. femoral profunda nasce da femoral, dando origem às art. circunflexas femorais medial e lateral e emitindo ramos perfurantes ao longo da parte posterior do fêmur
Ao passar pelo hiato do adutor magno, femoral vira poplítea
Vascularização endosteal x periosteal
Endosteal: artérias medulares, ramos das nutrícias
Periosteal: artérias periosteais, ramos das perfurantes
Anastomose com fluxo unidirecional = vasos medulares → periosteais
Nas fraturas desviadas, artérias medulares se rompem; vasos periosteais passam a ser os principais irrigadores, e fluxo se inverte
Vascularização fêmur
rico suprimento vascular, derivado principalmente da artéria femoral profunda
Artéria nutrícia em geral entra no osso proximal e posteriormente ao longo da linha áspera (não desinserir musculatura)
EPIDEMIOLOGIA
Uma das principais causa de morbi-mortalidade em traumas de alta energia
Incidência diminui com redução imediata e fixação interna rígida
Politraumatismo
Mortalidade é rara
Embolia gordurosa
SARA
Falência múltipla de órgãos
16% expostas
EPIDEMIOLOGIA energia trauma
Alta energia (maioria – 75%)
Jovens (média 27a)
Colisão automobilistica (78%), moto, atropelamento, queda, FAF
Transversa ou cominuta
Baixa energia Idoso Osteoporose Espiral ou oblíqua Uso de Alendronato → Fx atípica
LESÕES ASSOCIADAS
Fx colo, transtroc, femur distal
Fratura de patela, tíbia, acetábulo e anel pélvico
Lesão menisco-ligamentar do joelho
Lesões vasculares raras (1,6%)
Lesão neurológica também rara (ciático +comum)
Trauma torácico, abdominal e craniano → ATLS