IVAS Flashcards
Otite Média Aguda
Fatores de risco e de proteção
Primeiramente, a OMA tem maior prevalência em lactentes e criança pequena, principalmente devido a tuba auditiva mais curta, o que facilita migração de germes da rinofaringe para orelha média
- OMA em bebes com menos de 6 meses é fator de risco para recorrência
- Tabagismo passivo é fator de risco
- Creches e berçarios são fatores de risco
- Síndrome de Down só é fator de risco se junta com paciente com fenda palatina, rinite alérgica,etc
Amamentação é essencial, pois o lactente possui apenas a IGG materna ao nascer, que é transmitida por amamentação. Amamentar por 3 meses diminui risco de OMA em 13%, e por 6 meses diminui reincidivas até o terceiro ano de vida
Otite Média Aguda
Achados na otoscopia
- Membrana timpânica abaulada (principal)
- Alteração de cor, forma, vascularização e integridade da membrana timpânica
- ATENÇÃO: se membrana TRANSLÚCIDA é IMPROVAVÉL quadro de OMA, msm que criança leve as mãos para os ouvidos
Crupe
Etiologia e quadro clínico
Etiologia
* Laringotraqueobronquite
* Causada por vírus: parainfluenza, VSR e influenza
* Em maiores de 5 anos: M.Pneumoniae
- Bactérias
- S. aureus é o principal
- S. pneumoniae, pyogenes, agalactiae, alfa hemolítico, viridans
- Moraxella catarrhalis
- Haemophilus sp.
Quadro clínico:
* Tosse Ladrante
* Estridor
* Rouquidão
Crupe
Quadro Clínico e tratamento
Quadro clínico:
* Tosse Ladrante
* Estridor
* Rouquidão
Tratamento
- Sem desconforto respiratório: casa e dexametasona
- Com desconforto: internação, dexametasona+ epinefrina
Epinefrina inalatória → efeito imediato de vasoconstrição dos capilares arteriolares
* Efeito breve
* Resolução quase que instantânea do quadro
* Deve-se se usar em casos de crupe moderados a grave
* Dose de 0,5 mL/kg até no máximo 5 mL de adrenalina não diluída (1:1000) por inalação
Corticoides → reduzem a gravidade dos sintomas, necessidade de hospitalização e uso de DVA
* Dexametasona é a escolha, por VO ou EV em dose única
* De 0,15 (se quadro leve) a 0,6 mg/kg se quadro grave
Otite Média Externa
* Etiologia
* Quadro clínico
* Tratamento
Pode ser causada por:
* Aparelhos auditivos
* Limpeza do CAE
* Exposição prolongada a água
* Alta umidade (verão)
Causado por:
- S.aureus
- Pseudomonas Aeruginosa
- Fungos (quadro crônico)
Quadro Clínico:
- Dor de ouvido intensa
- Edema, exsudato purulento, Hiperemia difusa externa
Tratamento:
- ATB tópico/gotas otológicas + Corticoesteroide
Descreva o quadro relacionado a imagem
Mastoidite
- Principal complicação da otite média aguda
Quadro Clínico:
- Hiperemia, edema e dor no mastoide (atrás da orelha)
- Hipoacusia progressiva
- Febre
- Desvio para baixo e lateral do pavilhão auditivo
Diagnóstico:
- Clínico, porém TC é útil para confirmar o quadro
Tratamento:
- Internar
- ATBterapia EV (ceftriaxone EV+Oxacilina EV)
Bronquiolite Viral Aguda
Etiologia, quadro clínico
Epidemiologia
- Mais comum em menores de 2 anos, pico entre 2 a 5 meses
Etiopatogenia
- Virus Sincial Respiratório (principal)
- Influenza, rinovirus, parainfluenza, adenovirus,etc
- Transmissão por gotículas ou objetos
Quadro Clínico
- Início: quadro gripal: tosse, coriza,febre, congestão nasal
- Evolução: taquipnéia, desconforto respiratório-batimento de asa de nariz, tiragem subcostal, diafragmática e de fúrcula
- Exame físico: sibilos inspiratórios ou bifásicos,
- Com ou sem estertores crepitantes e roncos associados
- Prolongamento do tempo expiratório
Coqueluque
- Agente
- Quadro Clínico
- Dianóstico
- Tratamento
Agente: Bordetella Pertussis (Gram-), transmitido via respiratória
Quadro Clínico
- Fase catarral: tosse seca noturna que torna-se diurna, pode haver rouquidão,febre é rara
- Fase paroxística após 10-14 dias, crises de tosse forte (>5), seguida de estridor rápido a inspiração profunda
- Acessos sufocantes (com ou sem cianose) podem ser mais comuns que o estridor em lactentes
Diagnóstico
- Cultura de nasofaringe
- PCR
Tratamento
- Na fase catarral: Eritromicina ou Azitromicina, ou Sulfa+Trimetoprima (se alergia a Macrolídeos)
- Hospitalização com isolamento respiratório
Faringotonsilite
Etiologia
- Viral (maioria das vezes): rinovirus,adenovirus, VSR,Epstein Barr, Herpes Simples
- Bacteriana (30% das vezes): SBHA (Pyogenes)
Quadro Clinico:
- Dor ao engolir, recusa alimentar
- Febre, cefaleia
- Halitose, voz abafada
- **TonsIlas edemaciadas e vermelhas, as vezes com exsudato purulento
- Linfadenopatia cervical dolorosa**
- Escarlatina (se SBHGA)
Complicações
- GNPE e Febre Reumática se agente for SBHGA
Diagnóstico
- Mononucleose: linfadenopatia cervical, hepatoesplenomegalia, fadiga e mal estar > 1 semana, petequias no palato e exsudato tonsilar espesso
- SBHGA: 2 critérios abaixo: testar para SBHGA, mais de 3 devem ser testados e tratados empiricamente
- Critérios: febre,exsudatos tonsilares,ausência de tosse,linfadenopatia cervical anterior dolorosa
Tratamento
- Analgesicos: AINES ou dose única de Corticoide
- (SBHGA) Penicilina V 250 mg VO 2x/dia durante 10 dias se < 27 kg e 500mg > 27 kg
- Ou Penicilina Benzatina 1,2 milhões de unidades IM (600.000 para crianças < 27 kg) se aderências
- Cessar se cultura vier negativa
- Tonsilectomia: se infecção recorrente por SBHGA (>6 episódios/ano, >4 episódios por ano durante 2 anos ou > 3 episódios/ano por 3 anos)