Exantema Infantil Flashcards

1
Q

Doença de Kawasaki

Etiologia

A
  • Síndrome febril com vasculopatia sistêmica de médias artérias, principalmente a coronária. Embora grave, é autolimitada.
  • Principal causa de cardiopatia na infância (principalmente < 5anos) e doença coronária em menores de 40 anos, e principal vasculite pediatrica.
  • Incidência 3x maior em asiáticos

Evolução: começa com uma arterite necrotizante (feita pelos neutrofilos), causando aneurisma arterial,autolimitado, dura 2 semanas após a febre

  • Depois torna-se vasculite subaguda ou crônica, sendo mediada por linfócitos, macrofagos e eosinófilos, pode durar de 2 semanas até 1 ano
  • Por fim, há processo cicatricial da vasculatura acometida por meio de células musculares

KAWASAKI INCOMPLETO

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2
Q

Doença de Kawasaki

Diagnóstico

A

Diagnóstico:

SEMPRE PEDIR ECO TRASTORÁCICO PARA AVALIAR ANEURISMA DE CORONÁRIAS
Febre com duração de 5 dias (OBRIGATÓRIO)+pelo menos 4 dos abaixo:

  • Conjuntivite não exsudativa/supurativa, indolor e bilateral
  • Eritema e rachadura dos lábios, língua em framboesa ou eritema da mucosa oral e de orofaringe.
  • Rash cutâneo: exantema polimorfo (90% dos casos), aparece precocemente e acomete principlamente o tronco, podendo confluir para região perineal. É maculopapular, eritroderma ou eritema multiforme
  • Edema ou eritema das mãos e pés na fase aguda, ou descamação periungueal na fase subaguda
  • Linfadenopatia cervical anterior, com medida>1,55cm, unilateral. É o sinal menos frequente, aparecendo em cerca de 50% dos casos
    OU

Doença de Kawasaki incompleta:

  • febre por pelo menos 5 dias+VHS/PCR elevados+3 achados laboratoriais
  • Aneurisma coronariano Z>2,5 PELO ECO-transtorácico fecha diagnóstico sem necessidade de 3 critérios

KAWASAKI INCOMPLETO

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3
Q

Doença de Kawasaki

Tratamento

A

Lembrete: sempre solicitar Ecocardiograma após diagnóstico para avaliar possibilidade de aneurisma de coronária

Tratamento

  • Imunoglobulina intravenosa (IVIG): 2mg/kg por 10 dias)
    +
  • Aspirina em doses anti-inflamatórias 100 mg/kg/dia por 14 dias
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4
Q

Escarlatina

Quadro clínico e diagnostico

A
  • Exantema após infecção por Stretococous Pyogenes (Beta-hemolítico do grupo A), que geralmente causa faringite ou amigdalite.
  • Transmitida por saliva e secreção nasal, comumente afeta crianças 5-15 anos.

QUADRO CLÍNICO

  • Inicia com uma IVA, rash aparece 24-48hrs após início dos sintomas.
  • Exantema começa no pescoço e se espalha por tronco e extremidades, micropapular: avermelhada,brilhante e em aspecto de lixa!!!
  • Após 3 a 4 dias, o exantema some e deixa a pele descamada.
  • Sinal de Pastia: exantema acentuado nas dobras (cotovelos, axilas e virilhas)
  • Sinal de Filatov: bochechas hiperemiadas e boca pálida (não confundir com face esbofetada do eritema infeccioso)
  • Lingua em morango/framboesa, exsudato faringe (faringite estreptocócica)

Diagnóstico: clínico, mas podemos coletar cultura por swab de orofaringe. Porém, o resultado demora, então podemor usar o teste rápido que detecita o antíngeno do estreptococo do grupo A

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5
Q

Escarlatina

tratamento

A

Tratamento:

  • Penicilina Benzatina
  • até 25 kg: 600.000 UI
  • Maiores que 25 kg: 1.200.000 UI
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6
Q

Exantema súbito
(Roséola)

Etiologia, quadro clínicoe tratamento

A
  • Doença viral (Herpes Vírus Humano 6B e as vezes 7) típica de lactentes, 95% infectados até os 2 anos de idade, com pico entre 6 e 9 meses. Nos primeiros meses a infecção não é comum devido aos altos títulos de anticorpos maternos circulantes.
  • Transmissão por saliva de adultos (carreadores assintomáticos), quando beijam bebê

QUADRO CLÍNICO

  • Criança com febre muito alta (>40c) que some do nada depois de 3 dias e surge exantema logo após isso.
  • Exantema maculopapular iniciando-se em tórax e progredindo para membros, dura 3 dias e desaparece sem descamação. Diferente dos demais por que começa no tronco e não na face
  • Convusões febris (6m-5a): principal complicação, ocorre devido a febre intensa. Convulsões tonico clonicas generalizadas que duram menos que 15 minutos e cessam espontaneamente, sem recorrência
  • Pode confirmar infecção fazendo PCR-Herpesvirus humano 6 ou 7

TRATAMENTO

  • Sintomáticos apenas, não há prurido, portanto sem necessidade de anti-histamínicos
  • Crianças não necessitam de isolamento
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7
Q

Eritema infeccioso

Etiologia, quadro clínico

A
  • Doença viral causada pelo Parvovírus B19
  • Infecções mais comuns de 5 a 15 anos, transmissão por gotículas de saliva
  • Exantema em 3 fases (eriTRÊma infeccioso)

1 fase: face esbofetada,eritema que conflui para bochechas, poupando boca, testa e nariz.
2 fase: exantema rendilhado, exantema que avança para tronco, membros supperiores e inferiores. Como possuem borda vermelha e região central mais clara, pode ser chamado de rendilhado
3 fase: Recorrência de lesões quando exposto ao sol, exercício e alterações de temperatura, msm após 2 semanas de desaparecimento do eritema

Diagnóstico: clínico, mas podemos solicitar IgM Parvovirus B19

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8
Q

Varicela

Quadro clínico

A

QUADRO CLÍNICO

  • Febre, ANOREXIA, dor abdominal ANTES das erupçoes
  • Exantemas polimórficos que iniciam maculopapulares no couro cabeludo, face e tronco, extremamente prurignosas. Tornam-se pápulas e posteriores vesículas.
  • Lesões em diferentes estágios de evolução
  • Rash central ou centripeto (aproxima-se do centro), concentrando-se no tronco e porção proximal dos membros.
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9
Q

Varicela

tratamento

A

TRATAMENTO

  • Tratamento com sintomáticos
  • Fazer precaução de contato e de aerosois

Aciclovir se:

  • Maiores de 12 anos, não grávidas
  • Portador de doença cutÂnea ou pulmonares crÔnicas
  • Imuncomprometido, terapia com corticoide e AAS
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10
Q

Varicela

Profilaxia

A

PROFILAXIAS

  • Vacina contra varicela (15m -junto com triplice-e aos 4 anos. Se vacina antes de 1 ano, não adquire imunidade, deve ser vacinada novamente.
  • Vacina pós exposição: para maiores de 9 meses, até 5 dias pós-exposição

Imunoglobulina humana antivaricela zóster (IGHAVAVZ)

deve ser feita até 96h após contato para seguintes grupos:

  • Imunodeprimidos
  • Menores de 9 meses em contato hospitalar com VZV (Varicela Zoster)
  • Gestantes
  • RN de mães de mães com varicela nos 5 ultimos dias de gestação ou até 48 hrs depois do parto
  • RN prematuros, com 28 ou mais semanas de gestação, cuja mãe nunca teve varicela
  • RN prematuros com menos de 28 semanas de gestação (ou pelo menos 1000g) independentemente de história materna de varicela
  • Diagnóstico diferencial: Escabiose com escoriação
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11
Q

Eritema infeccioso

Tratamento

A

Tratamento:

  • Sem tratamento específico, autolimitado
  • Artropatia: sintomáticos, imunocompremetidos com anemia e supressão medular: imunoglobulinas
  • Crianças não necessitam de isolamento
  • Se crise aplásica, imunossuprimidos ouSd, papular-purpurica em luvas e meias deve ficar em isolamento por 1 semana ou até recuperação reticulocitária.
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12
Q

Mononucleose infecciosa
(CONCLUIR DIAGNÓSTICO)

Etiologia, quadro clínico

A
  • Causada pelo Epstein Barr vírus (EBV)
  • Ocorre em crianças com mais de 4 anos e pico em adolescentes,
  • Transmissão por saliva, por isso é chamada de doença do beijo.
  • Existe associação com Linfoma de Burkitt, Doença de Hodgkin,etc.

QUADRO CLÍNICO

  • Linfadenopatia generalizada, cadeias cervicais posteriores e anteriores, axilares, inguinais e epitroclear (eminência do úmero)
  • Hepatoesplenomegalia
  • Orofaringe: exsudato amigdaliano com hipertrofia e petéquias em palato (dificil diferenciar de faringite estreptocócica)
  • Sinal de Hoagland edema palpebral
  • Exantema maculopapular em apenas 15% dos pacientes, TODAVIA, após amxicilina tem 80% de chance de aparecer exantema!!! (usam amoxicilina pois confundem doença com faringite estreptocócica)
  • Plaquetopeina
  • Raramente, ruptura espênica, anemia hemolítica com COOMBS direto positivo
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13
Q

Mononucleose infecciosa
(CONCLUIR DIAGNÓSTICO)

Diagnostico e tratamento

A

DIAGNÓSTICO

  • Leucocitose (15.000) com 20-40% de linfocitos atípicos
  • Plaquetopenia (< 50%)
  • Confirmação diagnóstica pelos anticorpos heterófilos IGM/IGG
  • Teste resulta em falso-negativo se em crianças < 4 anos.

TRATAMENTO

  • Sem tratamento específico, afastar paciente de atividades por 30 dias
  • Sem profilaxia específica
  • Sem isolamento necessário
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14
Q

Síndrome mão-pé-boca

Definição, quadro clínico e tratamento

A
  • Doença viral, causada pelo Coxsackie A16
  • Acomete principalmente menores que 5 anos, normalmente é benigna e autolimitada.
  • Transmissão por fezes ou secreções respiratórias, principalmente na primeira semana. Transmissão por fezes dura um pouco mais

QUADRO CLÍNICO

  • Vesículas principalmente na mucosa bucal e na lingua e erupção papulo vesicular nas mãos e pés (palmas e plantas)
  • Vesículas ovaladas com formato de “grão de arroz”, evitam nádegas
  • Principal complicação é a desidratação devido a lesões aftosas na cavidade oral
  • Pode ocorrer onicomadese: deslocamento da unha pela sua base

TRATAMENTO

  • Sintomático
  • Precaução de contato na internação
  • Sem profilaxia específica
  • IMUNIDADE NÃO E DURADOURA, PODE REINCIDIVAR MESMO APÓS REMISSÃO
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15
Q

Sarampo

Etiologia, quadro clínico e diagnóstico

A
  • Transmitido pelo vírus do sarampo,um vírus de RNA (Measeles Morbilivirus)
  • Transmissão pelo contato de gotículas (aerosois) com mucosa oral ou conjuntivas, portanto é necessário precaução por aerossóis

QUADRO CLÍNICO

  • MNEMÔNICO: TRÊS Cs–>CORIZA,CONJUTIVE,COUGH
  • Manchas de Koplik: patognomônicas!! manchas brancas ou avermelhadas em mucosa oral
  • Lesões exantemáticas em palmas das mãos e plantas dos pés que evoluem com descamação (parecido com sífilis, todavia, a sífilis não tem fase podrômica e suas lesões são bolhosas)
  • O exantema começa na linha do cabelo, atrás das orelhas e na parte superior do pescoço

DIAGNÓSTICO:

  • Sorologia Sarampo IGG IGM por PCR (Swab oro/nasofaríngeo e urina) entre o 1 e o 30 dia do aparecimento do exantema.
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16
Q

Sarampo

Tratamento, profilaxia e complicações

A

TRATAMENTO

  • sintomáticos (antipiréticos, oxigênio), hidratação
  • Reposição de vitamina A

PROFILAXIA

  • Vacina Sarampo/ Tríplice Viral(SCR) aos 12 meses e Tetra aos 15 meses
  • Vacina de bloqueio (DOSE ZERO): admnistrar em pacientes maiores de 6 meses que foram expostos ao Sarampo, não conta no calendário vacinal
  • Imunoglobulina: pode ser admnistrada até 6 dias após a exposição. Usar em lactentes menores que 6 meses, imunodeprimidos e gestantes.

COMPLICAÇÕES

  • Otite
  • Pneumonia: o que mais mata
  • PANENCEFALITE ESCLEROSANTE SUBAGUDA (PESS): manifesta-se cerca de 7-13 anos após infecção. Há destruição progressiva do cérebro, gerando convulsões que evoluem para coreoatetose (coréia). Leva ao coma e a morte
  • A PESS é a complicação mais grave, porém, as mais comuns são otite média, laringotraaqueobronquite, diarreia e peneumonia (alto indice de mortalidade)
17
Q

Rubéola

Etiologia, quadro clínico, tratamento

A
  • Causada pelo Rubella vírus, forma mais grave é a Síndrome da Rubéola Congênita
  • Transmissão por saliva e secreções nasais

QUADRO CLÍNICO

  • Pódromo: febre baixa, dor de garganta, hiperemia conjuntival
  • Linfadenopatia cervial
  • Rash inicia logo após fase podrômica, começa com máculas rosadas em face e pescoço que se espalham centrifugamente (centro->periferia) para torso e extremidades
  • Sinal de Forchmeimer: petéquias rosadas na orofaringe

DIAGNÓSTICO

  • Coleta de IGM por PCR: principalmente em gestantes, devido a infecção congênita
  • Lab: leucopenia, neutropenia e trombocitopenia

TRATAMENTO

  • Sintomáticos
  • Isolamento por 7 dias após o rash, precaução contra gotículas
  • Profilaxia: SCR (12 e 15 meses)