HPV 2 Flashcards
NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL (NIC)
potencial de progressão das
displasias
características importantes:
imaturidade celular,
desorganização celular,
anormalidade nuclear e aumento da
atividade mitótica
● NIC 1: mitoses e a presença de
células imaturas forem limitadas ao
terço inferior do epitélio
● NIC 2:comprometimento do terço
médio
● NIC 3: comprometimento do terço
superior
ANATOMIA CERVICAL
colo do útero: epitélio colunar, o
qual reveste o canal endocervical +
epitélio escamoso, que cobre a
ectocérvice
● ponto de encontro = JEC (junção
escamocolunar
Junção escamocolunar
não é restrita ao orifício externo →
limite dinâmico → modifica na puberdade, gravidez, menopausa
(estimulação hormonal)
menarca: produção de estrogênio
→ epitélio vaginal repleto de
glicogênio → lactobacilos atuam
sobre o glicogênio e reduzem o pH
→ estimula a metaplasia das
células subcolunares de reserva →
metaplasia avança internamente a
partir da JEC original em direção
ao orifício externo
NIC origina-se na zona de
transformação
menopausa: mulher sofre pouca
metaplasia e corre menor risco de
desenvolver NIC em consequência
de infecção pelo de novo
papilomavírus humano (HPV)
infecção pelo HPV (oncogênico)
de alto risco constitui o principal
fator de risco no desenvolvimento
da NIC
Epitélio metaplásico
● encontrado na JEC
● começa nas células de reserva
subcolunares → acidez vaginal
estimula proliferação → levanta
epitélio colunar
Epidemiologia
4a neoplasia maligna mais
frequente em mulheres
Fatores de risco
baixo nivel socioeconomico
cor
idade da sexarca menor que 16 anos
HPV
imunossupressao
miltiparidade
multiplos parceiros sexuais
tabagismo
contraceptivos
PAPILOMAVÍRUS HUMANO
constitui a causa primária do
câncer do colo do útero e suas
lesões precursoras
transformação maligna exige a
expressão das oncoproteínas E6 e
E7
HPV-16 é o HPV mais comum
encontrado no câncer invasor e na
NIC 2 e 3
16 e 18, são encontrados em até
62% dos carcinomas do colo do
útero
HPVs 6 e 11 são os responsáveis
por 90% das verrugas genitais
● fatores que podem desempenhar
um papel na persistência e na
progressão:
- Tabagismo
- Uso de contraceptivos
- Infecção com outras doenças
sexualmente transmissíveis
- Nutrição
afeta o crescimento e a
diferenciação celular por meio de
interações das proteínas virais E6 e
E7 com os genes supressores
tumorais p53 e Rb
● inibição de p53 impede a
interrupção do ciclo celular e a
apoptose celular, que normalmente
ocorrem quando há lesão do DNA
● inibição de pRb interrompe o fator
de transcrição E2F e resulta em
proliferação celular descontrolada
NIC1 indica uma infecção ativa por
papilomavírus humano (HPV) e é
considerada lesão de baixo grau
com índice muito alto de regressão
espontânea. Em geral, mulheres
com NIC1 não precisam ser
tratadas
NIC2 é considerada uma lesão de
alto grau, porém apresenta
remissão espontânea em cerca de
40% dos casos
NIC3 tem as maiores
probabilidades de evolução para
câncer e essas lesões são
universalmente tratadas
Células presentes na amostra do exame
de colpocitologia
● Células escamosas
● Células glandulares (não inclui o
epitélio endometrial)
● Células metaplásicas → indicador
da qualidade da coleta]
O papilomavírus humano (HPV) é considerado o agente da infecção viral
sexualmente transmissível mais prevalente em todo o mundo.
Os HPVs são classificados como de baixo e alto risco oncogênico, conforme sua
associação com tumores invasivos.
➢ Baixo risco oncogênico: 6, 11, 40, 42, 43 e 44.
➢ Alto risco oncogênico: 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59 e 66.
TRANSMISSÃO DO HPV
A infecção é transmitida por contato, e não apenas pelo coito.
Há grande possibilidade de transmissão genital sem que tenha havido a coitarca,
apenas com o contato pele a pele dos genitais dos parceiros.
Pode haver passagem de HPV de mãe para o concepto.
a infecção pode se manifestar clinicamente, ou seja, com lesão visível a
olho nu. A maioria desses casos é de lesões verrucosas genitais e associadas a HPV
de baixo risco.
verruga = condiloma acuminado
VERRUGAS GENITAIS
As verrugas genitais externas constituem uma manifestação da infecção pelo
papilomavírus humano (HPV). Os HPV não oncogênicos dos tipos 6 e 11 são
habitualmente responsáveis pelas verrugas genitais externas. Os HPV dos tipos 16,
18, 31, 33 e 35 são ocasionalmente encontrados em verrugas anogenitais.
As verrugas tendem a ocorrer em áreas mais diretamente afetadas pelo coito, As verrugas genitais externas são altamente contagiosas e quando expostas,
mais de 75% das parceiras sexuais desenvolvem essa manifestação do HPV.
O tratamento tem por objetivo a remoção das verrugas, e não é possível
erradicar a infecção viral. O tratamento é mais bem-sucedido em pacientes com
verrugas pequenas presentes há menos de 1 ano. Não foi estabelecido se o
tratamento das verrugas genitais reduz a transmissão do HPV.
como acontece as recorrencias?
Comumente, as recorrências resultam de reativação de infecção subclínica, e não
de reinfecção por um parceiro sexual, e por isso o exame dos parceiros sexuais
não é absolutamente necessário.
A infecção pelos tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 do HPV pode ser evitada por
vacinação.
nomenclatura
condiloma = LSIL
NIC1 = LSIL
NIC2 = Casos diagnosticados como grau 2 (NIC2) devem ser reavaliados após imunoistoquímica para o marcador de supressão tumoral p16ink4a. Se o marcador for positivo, a lesão será classificada como HSIL e se for negativo, como LSIL.
NIC3 = HSIL
MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO
CITOPATOLOGIA: O exame citopatológico é um método de estudo morfológico de alterações
celulares, em esfregaços, que, no caso do epitélio escamoso, podem ser
classificadas conforme o tipo de lesão causada pelo HPV, como lesão intraepitelial
escamosa de baixo grau (LSIL) e lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL).
A infecção, no entanto, pode ocorrer e o exame de citologia não ter alteração ou
ter alterações ditas como equívocas e denominadas de células escamosas de
significado indeterminado (ASC-US), células escamosas atípicas, em que não é
possível afastar lesão de alto grau (ASC-H), e células glandulares endocervicais
atípicas.
COLPOSCOPIA
permitir que o
ginecologista possa visualizar a região através de lentes de aumento, o que
permite a identificação de lesões na mucosa da vagina e do colo do útero que o
olho nu não é capaz de perceber.
A colposcopia é um método de magnificação que exige habilidade do
examinador para determinar, em caso de anormalidade, o sítio adequado para a
realização de biópsia, se indicada.
HISTOPATOLÓGICO
O exame histopatológico é considerado o padrão-ouro no diagnóstico das lesões
induzidas pelo HPV, mas não do HPV. O padrão-ouro para diagnóstico da
infecção é a biologia molecular, pesquisa do DNA do vírus.
*Coilocitose: alterações citológicas
patognomônicas da infecção pelo HPV.
Caracteriza-se por células com halo claro em volta
do núcleo.
IMUNOISTOQUÍMICA
A grande ajuda desse método
veio pela inclusão na rotina, para casos
de dúvida, do marcador p16ink4a. Esse
marcador deve ser utilizado pelo
patologista para casos mimetizadores
de HSIL e quando da presença de
NIC2.
TRATAMENTO
➢ Infecção latente em qualquer sítio: conduta expectante.
➢ Lesão subclínica: LSIL: pode ser expectante com seguimento até sua involução.
HSIL: dependendo da idade pode ser seguimento (≤ 24 anos) ou tratamento (> 24 anos).
➢Lesão clínica: pode ser por imunomodulação, exérese ou destruição
conforme o sítio, número de lesões e experiência do especialista
tratamento:
aplicado pelo paciente:
imiquimode creme a 5% aplicado em cima da lesao 1x ao dia, 3 vezes na semana por até 16 semanas
aplicado pelo médico:
crioterapia com nitrogenio liquido
remocao cirurgica
laser
*Ác. tricloroacético a 85% em solução alcoólica — 1 frasco
Aplicar nas lesões condilomatosas, uso médico
CONIZAÇÃO
A conização do colo do útero desempenha
um importante papel no tratamento da NIC
(neoplasia intraepitelial cervical). Pode ser
realizada com bisturi, agulha eletrocirúrgica ou
laser.
A conização é um procedimento
diagnóstico e terapêutico, está indicada para diagnóstico
com lesão de alto grau do colo do útero (NIC2 ou
NIC3)
PROFILAXIA (VACINA)
estão disponíveis no mercado brasileiro as vacinas contra o HPV,
especificamente contra os tipos 6, 11, 16 e 18 (quadrivalente) e 16 e 18 (bivalente).
vacina nonavalente (6, 11, 16, 18, 31, 33, 45,
52, 58), já adotada desde 2016 nos Estados Unidos.
O Ministério da Saúde disponibiliza a vacina quadrivalente (HPV 6, 11, 16, 18) em
duas doses para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos durante todo
o ano.
A eficácia é máxima quando a vacinação é realizada antes do início sexual, mas
deve ser indicada mesmo em quem já iniciou atividade sexual.