Abortamento 2 Flashcards
definição
interrupção da gestação com menos
de 20 semanas ou com produto da
concepção (embrião ou feto)
pesando menos de 500 g
FATORESDE RISCO
● idade > 35 anos
● história de abortamento espontâneo
● tabagismo
● uso de determinados drogas (p. ex.,
cocaína, álcool)
● doença crônica mal controlada (p.
ex., diabetes, hipertensão,
distúrbios da tireoide evidentes) na
mãe.
CLASSIFICAÇÃO
Quanto a intenção:
espontanea
induzida
Quanto a cronologia:
precoce: abaixo das 12 semanas
tardia: 12-20 semanas
ETIOLOGIA
Causas uterinas
Alterações cromossômicas
Alterações endócrinas
Fatores imunológicos
Infecções
Drogas e agentes nocivos
TRAUMA
TACAFID
Causas Uterinas
sinéquias intrauterinas
(síndrome de Asherman):
aderências intrauterinas
(secundárias à curetagem pós
abortamento infectado)
- causa abortamento de repetição
- diagnóstico por
histerossalpingografia ou
histeroscopia
miomas:
intramurais e
principalmente os submucosos que
distorcem a cavidade uterina
- deciduação deficiente na região de
implantação do ovo e rápido
crescimento tumoral
- suprimento sanguíneo
comprometido e sofrer necrose
tumoral → liberação de citocinas
→ contratilidade uterina e
abortamento
incompetência cervical
- perda fetal recorrente no segundo
trimestre
malformações uterinas
defeitos da fusão dos ductos de
Müller → útero unicorno, didelfo,
septado, bicorno e arqueado
- exposição intrauterina ao
dietilestilbestrol
- abortamento habitual (tardio),
restrição do crescimento fetal,
prematuridade, apresentações
anômalas e hemorragia pós-parto
quadro clínico:
dilatação cervical indolor
- ausência de sangramento
pressão pélvica
- contrações do tipo de
Braxton-Hicks
- cólicas e/ou dores nas costas
semelhantes às pré-menstruais
- mudança no corrimento vaginal
fatores etiológicos:
causas traumáticas, como dilatação
e curetagem;
- laceração cervical pós-parto
traumático ou pós-abortamento;
- amputação ou conização do colo
uterino
diagnóstico:
história obstétrica de perdas fetais
recorrentes no segundo trimestre da
gravidez (entre 12 e 20 semanas de
gravidez) ou partos prematuros
extremos (entre 21 e 32 semanas de
gestação)
fora da gestação:
histerossalpingografia durante fase
lútea
achados ultrassonográficos:
suspeita-se do diagnóstico de
insuficiência cervical em mulheres
com fatores de risco ou sinais e
sintomas característicos. Ou
histórico de perdas gestacionais,
sempre na mesma época da
gravidez, que começam com
cervicodilatação, seguido de rotura
das membranas, com expulsão
rápida do concepto associado a
pouca dor e pouco sangramento e
concepto vivo e sem
malformações.
cerclagem cervical:
indicação:
→ o colo uterino medir menos de 25 mm
(2,5 cm)
reforço do anel cervical com
material de sutura não absorvível
Alterações cromossômicas
primeiras 12 semanas → 50 a 80%
por alterações cromossômicas
● trissomia autossômica → 50%
dos abortamentos de causa
genética, alteração mais frequente
ligada ao abortamento no primeiro
trimestre
- cromossomos 16, 22, 21, 15, 13, 2
e 14
- erros na meiose
monossomia do cromossomo X
→ segunda causa mais comum
triploidia
- mola parcial
- saco gestacional
desproporcionalmente grande
- degeneração hidrópica parcial das
vilosidades coriônicas
- hiperplasia do trofoblasto
- defeitos do tubo neural, onfalocele,
dismorfismo facial, fenda labial e
sindactilia
fecundação por dois
espermatozoides (dispermia) ou
por um espermatozoide que duplica
seu genoma
tetraploidia
- rara
- gestação raramente evolui além da
terceira semana
translocação balanceada pode
gerar não balanceada → pode
causar abortamento
- fenótipo normal
- mais comum em mulher
Alterações endócrinas
defeitos na fase lútea
- produção deficiente de
progesterona pelo corpo lúteo
diabetes mellitus
- aumentada em mulheres com DM1
que não estão metabolicamente
controladas no início da gravidez
tireopatias
- maior incidência de anticorpos
antitireoidianos
SOP
- maior resistência à insulina →
hiperinsulinemia
- elevação do hormônio luteinizante
- obesidade
hiperandrogenismo
Infecções
lesões da decídua, da placenta, das
membranas ovulares e do produto
conceptual
● abortamento tardio e infecções por
treponema
● Chlamydia trachomatis, Neisseria
gonorrhoeae, Streptococcus
agalactiae, herpes-vírus,
citomegalovírus
Fatores imunológicos
Causas autoimunes:
SAF: síndrome antifosfolípide
Causas aloimunes
aloimune: diferenças genéticas
entre indivíduos da mesma espécie
● resposta materna anormal para
antígenos paternos, ou do
trofoblasto
Trombofilias hereditárias
● alterações que predispõem à
ocorrência de trombose
● deficiências da antitrombina e das
proteínas C e S
Drogas e agentes nocivos
● tabagismo → vasoconstrição e
danos placentários
● álcool → efeito teratogênico
● cafeína
Trauma
● queda ou trauma abdominal direto
FORMAS CLÍNICASDE ABORTAMENTO
Ameaça de abortamento ou abortamento
evitável
Abortamento em curso
Abortamento incompleto
Abortamento completo
Aborto retido/ gestação anembrionada
Abortamento habitual
Abortamento infectado
Gestação anembrionada
DICA:
3 abortamentos com colo fechado:
ameaça de abortametno
abortamento completo
abortamento retido
3 abortamentos com colo aberto:
abortamento inevitavel
incompleto
infectado
todos começam com IN
ameaca de abortametno
colo fechado
BCF presente
utero compativel com IG
hematomo subcorionico
conduta: expectante
abortamento completo
colo fechado
utero vazio e menor que IG
diferencial com gravidez ectopica
conduta: acompanhanhamento ambulatorial
aborto retido
colo fechado
embriao com BCF ausente
utero menor que IG
conduta: esvaziamento uterino ( curetagem ou aspiracao )
ou
expulsao natural ( induzindo trabalho de parto )
abortamento inevitavel
colo aberto
BCF presente ou ausente
utero compativel ou nao com IG
conduta: esvaziamento uterino
abortamento incompleto:
colo aberto
utero menor que IG
USG com restos ovulares
conduta: esvaziamento uterino
abortamento infectado
colo aberto
utero amolecido e doloroso
febre
conduta: antibiotico e esvaziamento uterino