contratilidade uterina conf Flashcards

1
Q

IMPORTÂNCIA CLÍNICA

A

● Inibição de contrações no trabalho de parto prematuro
● Indução do trabalho de parto, nos quais se faz necessária a resolução do parto.
● Período de pós-parto (miotamponamento e involução uterina nos dias seguintes ao
nascimento)

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2
Q

Tocometria:

A

registro gráfico da atividade uterina

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3
Q

MECÂNICA DO PARTO

A

● Objeto: Feto e anexos (conteúdo uterino)
● Trajeto: Bacia obstétrica
● Motor: Contrações uterinas durante o parto

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4
Q

COMPOSIÇÃO:

A

● Células musculares lisas com grau máximo de diferenciação
● Matriz de tecido conjuntivo composta por colágeno (envolve fibras musculares) que
auxilia a transmissão dos estímulos elétricos para as contrações
● Complexo proteico (actina-miosina): unidade geradora de contração uterina
disposta em fuso dentro do citoplasma
● A fibra muscular lisa é fusiforme, alongada e uninucleada
● É composta por filamentos finos (actina e tropomiosina) e filamentos grossos
(miosina)

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5
Q

FISIOLOGIA DAS CONTRAÇÕES UTERINAS

A

● A contração uterina depende da interação dos componentes do complexo proteico
entre si (modulado por ação enzimática)
● A enzima cinase de cadeia leve de miosina é influenciada por 3 sistemas reguladores:
○ Cálcio
○ Calmodulina
○ Monofosfato de adenosina cíclico (AMP-cíclico) de ação inibitória

Ativação da cinase da cadeia leve de miosina → modula a fosforilação da miosina →
deflagra interação actina miosina → contração local

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6
Q

SISTEMAS REGULADORES

A

Os sistemas reguladores da cinase da cadeia leve de miosina estão inter-relacionados e
respondem a ações hormonais e agentes farmacológicos

Progesterona (principal hormônio da gestação) → consolida ligações do cálcio no retículo
sarcoplasmático → reduz a fração livre de cálcio intracelular → aumenta o limiar de
excitabilidade da fibra miometrial → torna o útero quiescente (bloqueio progestagênico)

Prostaglandinas → alteram permeabilidade da membrana celular → aumenta o nível de
cálcio intracelular → favorece contração das fibras

GAP junctions (conexinas) → promovem conexões proteicas que comunicam as células
musculares umas com as outras, facilitam a sincronização e transmissão de estímulos
eletrofisiológicos, aumentam o número com a progressão da gestação e sofrem influência de
esteróides placentários (estrógeno- principal responsável pelo aumento da concentração)

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7
Q

CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS MIOMETRIAIS

A

BCT

Baixa sensibilidade a estimulos dolorosos
Excitabilidade
Capacidade contratil
Capacidade elastica
Tonicidade

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8
Q

Baixa sensibilidade a estimulos dolorosos

A

● Discreta no colo e no corpo uterino
● Parto vaginal: a dor coincide com a contração no trabalho do parto, devido à projeção
da apresentação fetal contra o segmento inferior e da compressão dos órgãos vizinhos
● A intensidade das contrações < 10 mmHg não são identificadas pelas gestantes

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9
Q

Excitabilidade

A

● As fibras miometriais podem ser excitadas
● Contrações em resposta a eventos estressantes, estando relacionada à produção de
catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) e com isso podem estar associadas à
trabalho de parto prematura

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10
Q

Capacidade Elástica

A

● Representa as características de extensibilidade e retralidade
- Extensibilidade: capacidade de adaptação da parede miometrial às alterações do
conteúdo uterino ao longo da gestação (as fibras têm a capacidade de estender,
sobretudo com o crescimento fetal)
-Retratilidade: amniotomia, expulsão fetal, após dequitação (as fibras têm a capacidade
de retrair, sobretudo após o nascimento)

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11
Q

Capacidade Contrátil

A

● Atividade contrátil do útero durante toda a gestação
● Existem 2 tipos de contração: A e B

A:
intensidade de 2-4mmhg
alta freq. baixa amplit.
geralmente localizadas
1 contracao por minuto

B( BRAXTON HICKS )
intensidade 10-20mmHg
alta amplitude
geralmente difusas
frequencia aumenta com o decorrer da gestacao
ausentes antes de 28 semanas
maior aumento nas 4 ultimas semanas

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12
Q

ATIVIDADE UTERINA

A

Na prática, é avaliado por meio de aparelhos

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13
Q

Tônus uterino:

A

representa a menor pressão entre 2 contrações

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14
Q

Frequência:

A

número de contrações no período de 10 minutos

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15
Q

CARACTERÍSTICAS

A

● As contrações uterinas são percebidas pela palpação quando a intensidade for > 10
mmHg, nesse momento sente-se o útero enrijecido
● A duração clínica da contração uterina é mais curta que a duração real
● Intensidade > 15 mmHg: contrações tornam-se dolorosas
● Tônus uterino é inferior a 10 mmHg

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16
Q

● Até 28 semanas: contrações do tipo A
● A partir de 28 semanas: predomínio das contrações do tipo B

17
Q

CONTRAÇÕES DE BRAXTON HICKS

A

Contração de treinamento
Provocam distensão do segmento inferior do útero e pequeno grau de encurvamento
cervical → queda do ventre (“minha barriga está mais baixa”)
● Desconforto
○ Conduta: repouso + antiespasmódico
● Diagnóstico diferencial: contrações do trabalho de parto

18
Q

Características CONTRAÇÕES UTERINAS DO TRABALHO DE PARTO

A

Dolorosas, rítmicas e não cessam com repouso ou uso de uterolíticos

○ Nulíparas: ocorre primeiro o apagamento e depois a dilatação do colo do útero
○ Multíparas: apagamento e dilatação do colo do útero ao mesmo tempo

19
Q

INÍCIO DO TRABALHO DE PARTO

A

Atividade uterina entre 80 a 120 Unidades Montevidéu

Fase de dilatação
○ Frequência: 2 a 3 contrações em 10 minutos
○ Intensidade: 30 mmHg

20
Q

Período expulsivo

A

○ Frequência: 5 contrações em 10 minutos
○ Intensidade: 50 mmHg
○ Puxo: contração voluntária da musculatura abdominal em cima da contração
(acelera a expulsão)

21
Q

Tríplice gradiente descendente (dominância fúndica):

A

○ Sentido descendente de progressão das contrações (no sentido do corpo para o
colo do útero)
○ Maior duração no seu ponto de origem
○ Intensidade decrescente à medida que se aproxima do segmento inferior

22
Q

CONTRAÇÕES DO PUERPÉRIO

A

Após a expulsão do feto, as contrações tornam-se rítmicas e indolores
● Função: dequitação (saída da placenta) e hemostasia (conter sangramento)
● Tempo corpóreo: 2 a 3 primeiras contrações que ocorrem nos minutos iniciais após a
expulsão do feto (6 a 10 minutos), as quais auxiliam no desprendimento da placenta
ou dequitação
● Miotamponamento: 1ª linha de defesa anti-hemorrágica, chamado de laqueadura
viva dos vasos uterinos ou globo de segurança de Pinard
● 12h pós parto: 1 contração em 10 min
● “Dor de tortos”: aumento na frequência das contrações durante as mamadas pelo
estímulo da ocitocina

23
Q

UTEROTROPINAS E UTEROTONINAS

A

As uterotropinas possuem a função que tornar o útero responsivo aos estímulos
contráteis determinados pela uterotoninas

uterotropinas:
Receptores de prostaglandinas
Receptores de ocitocinas
gap junctions (conexinas)
cicloxigenase

uterotoninas:
prostaglandinas
ocitocina

24
Q

TEORIAS QUE TENTAM EXPLICAR AS CONTRAÇÕES

A

TEORIA OCITÓCICA
TEORIA DA GANGORRA
TEORIA PROSTAGLANDÍNICA
TEORIA FETAL

25
TEORIA OCITÓCICA
Durante a gestação também é produzida pela decídua Liga-se ao receptor no miométrio → ativa formação de trifosfato de inositol → libera cálcio do retículo sarcoplasmático → contrações uterinas Inativada rapidamente na circulação sanguínea pela ocitocinase Concentração sérica máxima em torno de 36 semanas Maior eficácia: fase mais avançada do trabalho de parto Importante participação na expulsão do feto e dequitação
26
*ACETATO DE ATOSIBANA:
Bloqueador dos receptores de ocitocina - Agonista parcial fraco (molécula parecida) -Mecanismo para impedir o cálcio livre no meio intracelular, usado para retardar o trabalho de parto.
27
TEORIA DA GANGORRA
Afirma que o parto ocorre em virtude do estiramento miometrial crescente determinado pelo crescimento do concepto ○ Distensão excessiva da fibra muscular leva a sua contração reflexa ○ Altas concentrações de progesterona: ação inibitória (mantém o útero refratário às contrações) ○ Diminuição da progesterona → parto (ação das prostaglandinas) ○ Volume uterino excessivo + deficiência de progesterona = parto prematura Controvérsias: ○ Em seres humanos não há queda de progesterona antes do trabalho de parto ○ No momento do parto, há aumento da expressão de IL-8 e de GAP junctions
28
TEORIA PROSTAGLANDÍNICA
● COX-1: Produzida durante toda a gravidez ● COX-2: Produção aumentada em resposta a ação das citocinas e fatores de crescimento principalmente no período próximo ao parto
29
TEORIA FETAL
O eixo hipotálamo-hipófise-adrenal do feto se relaciona com o trabalho de parto, uma vez que é precedido por um incremento da síntese de estrogênio, com consequente diminuição da concentração sérica de progesterona Reação mediada pela enzima 17-alfa-hidroxilase placentária (não está presente na placenta humana)