HPIM 314: Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica Flashcards

1
Q

O que é a DPOC?

A

Estado patológico caracterizado por limitação do fluxo aéreo não totalmente reversível crónico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Quais são os distúrbios-componente da DPOC?

A

1) Enfisema (anatómico);
2) Bronquite crónica (clínica);
3) Doença das pequenas vias respiratórias.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Qual é o papel do TGF-beta na DPOC?

A

1) Presença - fibrose das vias respiratórias;

2) Ausência - inflamação do parênquima e enfisema.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Quais são os 4 eventos-paradigma responsáveis pelo enfisema?

A

1) Exposição crónica ao tabaco com recrutamento de células inflamatórias e imunes para as vias terminais;
2) Libertação de proteinases elastolíticas;
3) Morte celular estrutural por senescência e EROs;
4) Reparo ineficaz da elastina e MEC.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Como se define a hipótese da elastase/anti-elastase?

A

Suscetibilidade do pulmão à DPOC depende do equilíbrio entre enzimas que degradam a elastina e os seus inibidores.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Quais são as premissas da hipótese da elastase/anti-elastase?

A

1) Deficiência da alfa-1-AT aumenta risco de enfisema;

2) Injeção de elastases resultou em enfisema.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Quais são as células inflamatórias primariamente responsáveis pela instalação e progressão da DPOC?

A

1) Macrófagos;

2) Neutrófilos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Qual o evento primário na génese da ativação dos macrófagos e neutrófilos?

A

Inativação da HDAC-2, com ativação dos macrófagos por expressão do NFkB.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Quais são as funções dos macrófagos neste contexto?

A

1) Produção de metaloproteinases (MPM-12) em resposta ao estímulo da IP-10 das CD8+ citotóxicas;
2) Produção de quimiocinas e citocinas (IL-8);
3) Produção de TNF-alfa;
4) Ativação do neutrófilo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Quais são as funções dos neutrófilos neste contexto?

A

1) Produção de elastase.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Como interagem as proteinases neste contexto?

A

1) MPM e elastase do neutrófilo amplificam a ação mútua por degradação do inibidor uma da outra;
2) Produtos da clivagem promovem feedback positivo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Quais são as funções dos linfócitos neste contexto?

A

1) Aumento de células B;
2) Aumento dos folículos linfóides;
3) Anticorpos contra fragmentos de elastina;
4) Auto-anticorpos IgG c/ avidez pelo epitélio pulmonar.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

A que tipo de infeção predispõem os mecanismos anteriormente citados?

A

Infeção bacteriana com neutrofilia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Os mecanismos que promovem a resposta inflamatória antes e após cessação tabágica são os mesmos?

A

Não, porque em ambas se observa resposta inflamatória exuberante.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Quais são os mecanismos responsáveis pela morte celular via oxidação causada pelo fumo de tabaco?

A

1) Inibição da mTOR;

2) Comprometimento da fagocitose do macrófago.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Os mecanismos da bronquite crónica (grandes vias) e enfisema (pequenas vias) estão mecanicamente relacionados?

A

Não.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Como se caracterizam as alterações patológicas das grandes vias respiratórias?

A

1) Principal efeito: tosse e expectoração (alterações não relacionadas com a limitação do fluxo respiratório);
2) Dilatação das glândulas mucosas;
3) Hiperplasia e extensão das células caliciformes;
4) Metaplasia escamosa brônquica pré-maligna;
5) Interrupção da clearance muco-ciliar;
6) Hipertrofia e hiper-reatividade brônquicas;
7) Expectoração purulenta pela elastase neutrofílica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Como se caracterizam as alterações patológicas das pequenas vias respiratórias?

A

1) Principal efeito: aumento da resistência das vias respiratórias c/ diâmetro < 2mm;
2) Metaplasia das células Clara com diminuição da produção de surfactante e início da produção de muco;
3) Estreitamento e/ou colapso por < surfactante;
4) Hipertrofia da musculatura lisa;
5) Destruição elástica dos bronquíolos e ductos alveolares.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

A afeção das pequenas vias respiratórias precede ou sucede o enfisema?

A

Precede.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Como se caracterizam as alterações patológicas do parênquima pulmonar?

A

1) Destruição das unidades alveolares;
2) Coalescência de pequenos espaços aéreos;
3) LBA 5x > macrófagos nos indivíduos fumadores.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Como é constituído o LBA de indivíduos fumadores com afeção das pequenas vias respiratórias?

A

1) Macrófagos > 95%;
2) Neutrófilos - 1 a 2%;
3) CD8+ aumentadas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Que tipos de enfisema existem e de que são característicos?

A

1) Enfisema centro-acinar focal (tabagismo), mais comum nos lobos superiores e segmentos sup. dos inferiores;
2) Enfisema pan-acinar uniforme e ao longo das unidades acinares (deficiência de alfa-1-AT), mais comum nos lobos inferiores.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Quais são as alterações fisiopatológicas major observadas na DPOC?

A

1) < persistente do FEV1;
2) > volume residual;
3) > taxa volume residual/CPT;
4) Distribuição heterogénea da ventilação;
5) Desequilíbrio da V/Q.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Quais são as anormalidades encontradas na espirometria de um doente com DPOC?

A

1) Redução crónica VEF1/CVF;

2) Resposta broncodilatadora rara (até 15%).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Quais são as determinantes do fluxo aéreo durante a expiração forçada?
1) Retração elástica (compliance) pulmonar; | 2) Resistência das vias respiratórias.
26
Como varia a curva fluxo-volume na doença 1) inicial; 2) grave?
1) Parte inferior côncava no segmento descendente; | 2) Curva inteira mostra redução do fluxo expiratório.
27
Porque é que existe hiperinsuflação nos doentes com DPOC?
Tentativa de preservação do fluxo expiratório máximo com retenção de ar para aumento da compliance pulmonar.
28
Quais são as consequências da hiperinsuflação?
1) Aplanamento do diafragma e dificuldade respiratória; | 2) Maior esforço dos músculos inspiratórios acessórios.
29
Como se caracterizam as trocas gasosas na DPOC?
1) PaO2 diminui quando VEF1 < 50%; 2) PaCO2 aumenta quando VEF1 < 25%; 3) HTP grave quando VEF1 < 25% e PaO2 < 55mmHg; 4) Variações não são lineares; 5) HTP é um fator independente.
30
Porque é que as elevações modestas de O2 inspirado são tão eficazes no tratamento da hipoxémia?
Porque o desequilíbrio V/Q é responsável por quase toda a redução de PaO2 associada à DPOC e o volume de shunting é mínimo.
31
Quais são os fatores de risco para DPOC?
1) Tabagismo (+++); 2) Hiper-reatividade das vias respiratórias; 3) Infeções respiratórias (?); 4) Exposições ocupacionais (?); 5) Poluição do ar ambiente (?); 6) Exposição passiva ao tabagismo (?); 7) Genética.
32
Como se caracteriza o tabagismo enquanto fator de risco para a DPOC?
1) Principal fator de risco; 2) Relação dose-resposta; 3) Justifica > DPOC com idade (acumulação UMAs); 4) Provável justificação para > DPOC em homens; 5) UMAs são principal preditor de VEF1 (no entanto, diminuição de VEF1 é multi-fatorial e UMAs apenas explicam 15% da sua variabilidade).
33
Como se caracteriza a hiper-reatividade brônquica enquanto fator de risco para a DPOC?
1) Fator preditivo significativo da reduçã FEV1; 2) Hipótese holandesa: propõe que asma, bronquite crónica e enfisema sejam variações da mesma doença; 3) Hipótese inglesa: propõe que asma e DPOC sejam doenças fundamentalmente diferentes.
34
Como se caracterizam as infeções respiratórias enquanto fator de risco para a DPOC?
1) Controverso, ainda não comprovado; 2) Reduções não são detetadas após 1 único episódio; 3) Causas importantes de exacerbação (+++).
35
Como se caracterizam as exposições ocupacionais enquanto fator de risco para a DPOC?
1) Não comprovado para a maioria das exposições; 2) Exposição ao pó de carvão bem documentada; 3) Significativamente - importante que tabagismo.
36
Como se caracteriza a poluição do ar ambiente enquanto fator de risco para a DPOC?
1) Não comprovado; 2) Combustão de biomassa poderá ser significativo; 3) Significativamente - importante que tabagismo.
37
Como se caracteriza a exposição passiva ao tabagismo enquanto fator de risco para a DPOC?
1) Redução do crescimento infantil; 2) Exposição intra-uterina associada a redução do crescimento pós-natal; 3) Importância incerta.
38
Que doença genética está associada a maior risco de desenvolvimento de DPOC?
Deficiência de alfa-1-antitripsina, associada a mutação genética do inibidor de protease IP/SERPINA1 que codifica a alfa-1-AT.
39
Que % de doentes com DPOC tem deficiência de alfa-1-AT?
1%.
40
Que variantes alélicas estão na base das alterações observadas na deficiência de alfa-1-AT?
1) Alelo M - níveis normais; 2) Alelo S - níveis ligeiramente reduzidos; 3) Alelo Z - níveis marcadamente reduzidos; 4) Alelo nulo - ausência completa.
41
Como se designam os indivíduos com combinações Z-Z ou Z-nulo?
Pi-Z, a forma mais comum e mais grave da deficiência de alfa-1-AT.
42
Que % de indivíduos são heterozigóticos M-Z para a deficiência de alfa-1-AT?
A maioria: 60%. Associação a doença moderada.
43
Como se caracteriza o curso da doença nos indivíduos Pi-Z?
1) Início mais precoce; 2) % de Pi-Z que desenvolverá DPOC incerta; 3) Haverá mais indivíduos sem DPOC com def. alfa-1-AT;; 4) Variabilidade (++) da função pulmonar de doentes Pi-Z; 5) Tabaco, asma e sexo masc. > risco de DPOC em Pi-Z.
44
Quais são os outros fatores de risco genéticos para DPOC?
1) SNP MMP12 com expressão < MPM-12: efeito positivo; 2) HHIP e SNP upstream do cromossoma 4; 3) Cromossoma 15: Recetor nicotínico ACh e FAM13A.
45
Como se caracteriza a história natural do doente com DPOC?
1) Risco de mortalidade relacionado com VEF1; 2) Cessação tabágica em idade precoce c/ > benefício; 3) Padrões: declínio precoce/rápido/crescimento reduzido; 4) Progressão com maior número de exacerbações. 5) Normal doentes datarem exacerbação como início da doença.
46
Quais são os sintomas da DPOC?
1) Tosse com expectoração; | 2) Dispneia aos esforços - braços elevados acima do nível do ombro particularmente difíceis.
47
Quais são os achados físicos na DPOC?
1) O indivíduo pode ser absolutamente normal; 2) Sinais de tabagismo ativo; 3) Fase expiratória longa e sibilância à expiração; 4) Tórax em barril; 5) Ampliação dos volumes pulmonares c/ limitação da excursão diafragmática avaliada por percussão; 6) Posição típica de tripé; 7) Sinais de cianose.
48
Como se caracteriza a DPOC em fase avançada?
1) Caquexia por ingestão oral inadequada e > TNF-alfa (fator de prognóstico INDEPENDENTE e desfavorável); 2) Sinal de Hoover - movimentos paradoxais da grelha costal; 3) Cor pulmonale (incomum).
49
O clubbing digital é sinal de DPOC?
NÃO, mas pode ser de neoplasia do pulmão.
50
Como se apresentam a gasimetria e oximetria?
1) Hipoxémia em repouso/esforço; | 2) Insuficiência respiratória global se PCO2 > 45mmHg.
51
Como variam as alterações de pH com a PaCO2 na gasimetria arterial?
1) 0,08 unidades/10mmHg nos estados agudos; | 2) 0,03 unidades/10mmHg nos estados crónicos.
52
Que sinais sugerem presença de hipoxémia crónica?
1) Htc elevado; | 2) HVD.
53
Quais são os estadios de gravidade da DPOC de acordo com a GOLD?
I) Leve - VEF/FVC < 0,7 e VEF1 < 80%; 2) Moderada - VEF/FVC < 0,7 e 50% < VEF1 < 80%; 3) Grave - VEF/FVC < 0,7 e 30% < VEF1 < 50%; 4) Muito grave - VEF/FVC < 0,7 e VEF1 < 30%.
54
Qual é o melhor exame para confirmar presença de DPOC? Qual é a sua utilidade?
TC. Utilidade APENAS como: 1) Confirmação de diagnóstico; 2) Avaliação pré-cirúrgica.
55
Quais são os achados radiográficos encontrados em contexto de enfisema?
1) Bolhas evidentes; 2) Rarefação parenquimatosa; 3) Hipertransparências.
56
Quais são os achados radiográficos encontrados em contexto de hiperinsuflação?
1) Aumento dos volumes pulmonares; | 2) Aplanamento diafragmático.
57
A realização de teste para deficiência de alfa-1-AT está preconizada em todos os indivíduos com DPOC?
Sim, e ainda naquelas com asma e padrão de obstrução CRÓNICA do fluxo aéreo.
58
Quais são as 3 intervenções terapêuticas que influenciam a história natural dos doentes com DPOC?
1) Cessação tabágica; 2) Oxigenoterapia; 3) Cirurgia de redução de volume pulmonar.
59
Qual é a intervenção terapêutica com potencial para influenciar a história natural dos doentes com DPOC?
Corticoterapia inalatória.
60
Quais as classes terapêuticas farmacológicas utilizadas na DPOC?
1) Terapêutica de cessação tabágica; 2) Beta-agonistas de longa ação; 3) Agentes anti-colinérgicos; 4) Teofilina; 5) Roflumilaste; 6) Corticoterapia inalatória; 7) Antibioterapia; 8) Oxigenoterapia; 9) Mucolíticos; 10) Reposição i.v. de alfa-1-AT.
61
Quais as classes terapêuticas não farmacológicas utilizadas na DPOC?
1) Vacinação; 2) Reabilitação pulmonar; 3) Cirurgia para redução de volume pulmonar; 4) Transplante pulmonar.
62
Que fármacos são utilizados na terapêutica da cessação tabágica?
1) Bupropriona; 2) Vareniclina; 3) Terapêutica de reposição da nicotina.
63
A que indivíduos não é recomendada cessação tabágica famarcológica?
Gestantes.
64
Como se caracteriza a utilização de beta-agonistas na terapêutica da DPOC?
1) Para alívio sintomático; 2) Salmeterol e formoterol; 3) Beta-agonista + anti-colinérgico com efeito sinérgico; 4) Risco de morte aumentado em doentes afro-americanos se não acompanhado por corticoterapia.
65
Como se caracteriza a utilização de anti-colinérgicos na terapêutica da DPOC?
1) Diminuição das exacerbações e melhoria aguda VEF1; 2) Brometo de ipratrópio e tiotrópio; 3) Possível aumento de risco CV em doentes com DPOC.
66
Como se caracteriza a utilização de corticoterapia inalatória na terapêutica da DPOC?
1) Potencial benefício na mortalidade; 2) Diminuição das exacerbações em 25%; 3) Teste terapêutico a considerar em contexto de exacerbações frequentes.
67
Como se definem exacerbações frequentes com recomendação para teste terapêutico com corticoterapia inalatória?
1) Dois ou mais episódios anuais; | 2) Grau significativo de reversibilidade aguda em resposta a broncodilatadores.
68
Como se caracteriza a utilização de corticoterapia oral na terapêutica da DPOC?
1) NÃO recomendada: custo/benefício desfavorável; | 2) Efeitos colaterais significativos.
69
Como se caracteriza a utilização de antibioterapia na terapêutica da DPOC?
1) Azitromicina; | 2) Diminuição e espaçamento das exacerbações.
70
Como se caracteriza a utilização de oxigenoterapia na terapêutica da DPOC?
1) Diminuição da mortalidade; 2) Proporcional ao nº de horas/dia de utilização; 3) Para doentes com hipoxémia em repouso.
71
Como se caracteriza a utilização de N-acetilcisteína na terapêutica da DPOC?
1) Não previne exacerbações ou diminui mortalidade; | 2) Propriedades mucolíticas e anti-oxidantes.
72
Como se caracteriza a utilização da reposição i.v. de alfa-1-AT na terapêutica da DPOC?
1) Eficácia terapêutica indefinida; 2) Nível sérico < 11uM ou 50mg/dL; 3) NÃO recomendada aos indivíduos com deficiência grave e função pulmonar preservada.
73
Como se caracteriza a vacinação profilática na terapêutica da DPOC?
1) Influenza; 2) Pneumococo; 3) Bordetella pertussis pode ser benéfica.
74
Como se caracteriza a reabilitação pulmonar na terapêutica da DPOC?
1) Melhoria da qualidade de vida; | 2) Diminuição das taxas de internamento até 1 ano.
75
Como se caracteriza a cirurgia de reposição de volume pulmonar na terapêutica da DPOC?
1) Diminuição da mortalidade; | 2) Enfisema nos lobos superiores e baixa capacidade de realizar esforços têm maior probabilidade de melhoria!
76
Quais são os critérios de exclusão para cirurgia de reposição de volume pulmonar?
1) Doença pleural significativa; 2) PAAP > 45mmHg; 3) Falta de condicionamento extremo; 4) ICC e outras co-morbilidades graves; 5) VEF < 20% do valor previsto; 6) DCO < 20% do valor previsto; 7) Enfisema difusamente distribuído na TC.
77
Como se caracteriza o transplante pulmonar na terapêutica da DPOC?
1) DPOC é 2ª indicação para transplante pulmonar; | 2) Distribuição enfisematosa e HTP não são critérios de exclusão para transplante.
78
Quantas exacerbações em média doentes em estadio III/IV da GOLD apresentam anualmente?
3 a 4.
79
Qual é o fator mais relacionado com a qualidade de vida dos doentes com DPOC?
Nº e frequência das exacerbações.
80
A correlação entre a gravidade da doença e nº de exacerbações em doentes com DPOC é linear?
Não.
81
Que fator imagiológico foi ultimamente relacionado com risco aumentado de exacerbação da DPOC?
Diâmetro da artéria pulmonar em relação à aorta.
82
Quais são as causas mais comuns de exacerbação da DPOC?
1) Colonização/infeção da nova estirpe bacteriana (< 50%); 2) Infeção viral (33%); 3) Causa desconhecida (20 a 35%).
83
Quais são as estratégias farmacológicas para diminuir a frequência e nº de exacerbações?
1) Corticoterapia inalatória (25 a 30% de redução); 2) Beta-agonistas de longa duração (+ anti-colinérgicos); 3) Vacinação profilática influenza; 4) Azitromicina.
84
Que % de doentes apresenta anormalidades radiográficas nas exacerbações de DPOC?
25%.
85
Os testes de função pulmonar têm utilidade no diagnóstico ou tratamento da exacerbação da DPOC?
Não.
86
Qual é a terapêutica das exacerbações da DPOC?
1) Broncodilatção; 2) Antibioterapia; 3) Corticoterapia; 4) Oxigenoterapia; 5) Suporte ventilatório mecânico.
87
Como se caracteriza o papel da broncodilatação na terapêutica da exacerbação de DPOC?
1) Beta-agonista inalatório (+ anti-colinérgico); 2) Nebulização vs. inaladores de dose calibrada; 3) Pode ser acrescentada teofilina (monitorizar!).
88
Como se caracteriza o papel da antibioterapia na terapêutica da exacerbação de DPOC?
1) Utilizados mesmo não existindo isolamento de agente; | 2) AB empírica ou dirigida baseada nos padrões locais de sensibilidade.
89
Quais são os agentes patogénicos mais comuns nas exacerbações de DPOC?
1) S. pneumoniae; 2) Haemophilus influenzae; 3) Moraxella catarrhalis; 4) Mycoplasma pneumoniae (5 a 10%); 5) Chlamydia pneumoniae (5 a 10%).
90
Como se caracteriza o papel da corticoterapia na terapêutica da exacerbação de DPOC?
1) Redução da permanência hospitalar, aceleração da recuperação e diminuição das exacerbações até 6m; 2) Prednisona oral (30 a 40mg) por 10 a 14 dias.
91
Como se caracteriza o papel da oxigenoterapia na terapêutica da exacerbação de DPOC?
1) Manutenção de spO2 > 90%; 2) O2 suplementar NÃO reduz a ventilação em doentes crónicos, pelo que não se deve fornecer O2 abaixo do limiar necessário.
92
Quais são os fatores a ser levados em consideração durante o suporte ventilatório mecânico?
1) Ceder tempo expiratório suficiente aos indivíduos; 2) Presença de auto-PEEP (PE final positiva intrínseca); 3) Taxas de mortalidade elevadas (17 a 30% durante o internamento, 60% em contexto de idade > 65 anos).
93
Como se caracteriza o papel da VPP-NI na terapêutica da exacerbação de DPOC?
1) < mortalidade; 2) < entubação; 3) < complicações do internamento; 4) < duração do internamento.
94
Quais são as contra-indicações da VPP-NI?
1) Instabilidade CV; 2) Alteração do estado mental ou não cooperação; 3) Secreções copiosas ou incapacidade de eliminação; 4) Anormalidades cranio-faciais; 5) Obesidade extrema; 6) Queimaduras significativas.
95
Quais as indicações para VPP-I por tubo endotraqueal na terapêutica exacerbação da DPOC?
1) Dificuldade respiratória refratária; 2) Acidose e/ou hipercápnia graves; 3) Comprometimento profundo do estado mental; 4) PCR; 5) Instabilidade HD.
96
Qual a eficácia do roflumilaste na terapêutica de manutenção da DPOC?
1) Inibidor da PDE-4; | 2) Reduz a frequência das exacerbações.