Hanseníase Flashcards
Agente Hanseníase:
Mycobacterim leprae
Características Hanseníase:
Doença infecto-contagiosa crônica
Transmissão via nasorespiratória
Período de incubação longo: 3-7 anos
Contato com doente multibacilar
É uma doença de nervo periférico
Somente um pequeno percentual da população é susceptível : alta infectividade e baixa patogenicidade
Fisiopatologia Hanseníase:
Doença do nervo periférico, ou de troncos ou de terminações
Genética e imunologia da Hanseníase:
Doença depende da exposição e da susceptibilidade genética, cujo grau de gravidade depende de outros fatores polimórficos.
Quanto maior a resposta Th1, melhor a resposta ao bacilo. Quando maior Th2, a pior.
Classificação de Madrid:
tuberculoide: meior resistencia
indeterminada: inicial
dimórfico
virchowiana:
Forma indeterminada Hanseníase:
Principalmente em crianças
Máculas hipocrômicas mal delimitadas , em pequeno numero, hipoestesia, sem acometimento de tronco nervoso, baciloscopia negatica (lobo da orelha e cotovelo)
Tesde de mitsuda: positivo ou negativo
(teste de sensibilidade retardada, 3-4 semanas após, dá medida de resistência a doença) NÃO É UM MÉTODO DIAGNÓSTICO
DD hanseníase indeterminada:
- Pitiríase alba - Eczemátide
Comum em pessias com bronquite, rinite - pessoas atópicas
Sensibilidade normal
Ceratose pilar
- Pitiríase versicolor
Lesões bem delimitadas - Vitiligo
Forma tuberculóide da Hanseníase:
Assimetria
Pequeno número de lesões
Hiper/hipo\anestesia
Acomete anexos cutâneos - hipohidrose, alopécia
Acometimento de tronco nervoso
Baciloscopia negativa
Teste de mitsuda positivo
Histopatológico - granuloma tuberculoide
DD forma tuberculoide da hanseniase:
Deramtofitoses - Tinea corporis
- Exame micológico da borda da lesão positivo
- Sem alteração de sensibilidade
Pitiríase rósea
- Herpes
- Placas eritematoescamosas no tronco
- Benigna, pode dirar semanas até um mês
- inicialmente única, depois surgem lesões satélites
Granuloma anular
- degeneração do colágeno com resposta
- comum em crianças
Sarcoidose
- parecida com a hanseníase ao histopatológico
Form virchowiana/lepromatosa:
Resistência 0 a doença
Lesões mal delimitadas, infiltrações e nódulos disseminados (hansenomas)
Madarosa, infiltração dos pavilhões auriculares, facies leonina (sulcos na pele)
Competimento simétrico e mais insidioso
Hipohidrose, alopécia destroi anexos cutaneos
Doença sistêmica: mucosas, linfonodos, testículo, olhos, rins, fígado
Exames na forma vorchowiana da hanseníase:
Histopatológico- Células de virchow - macrófago incompetente sofre degeneração gordurosa e se torna cheio de bacilos
Baciloscopia positiva
Teste de mitsuda negativo
DD forma vorchowiana da hanseníase:
Neurofibromatose
- neurofibromas
- manchas hipercrômicas - manchas café com leite ( mais de 6, suspeita)
- relacionada a malformações
Linfoma
Sífilis secundária
Forma diforma hanseníase:
Lesões foveolares ( em queijo suíço)
Placas bem delimitadas, com infiltrações assimétricas dos pavilhões
Comprometimento de troncos nervosos
Teste de Mitsuda negativo
Baciloscopia positiva - multibacilar
DD forma dimirfa hanseníase:
Urticária
Linfoma
Neuropatia hansênica:
Sensibilidade (primariamente) e motora
Forma paucibacilar - mononeuropatia
Forma multibacilar - o comprometimento confluente dos nervos pode simular uma polineuropatia
Perdas sensitivas precedem motores e manifestações cutâneas
Comprometimento inicial das células de Schwann
Sintomas: dor e espessamento dos nervos periféricos, alteração de sensibilidade nas áreas inervadas por estes nervos (olhos mãos e pés), perda de força nos mm. inervados por esses nervos (principalmente pálpebras MMSS e MMII.
Perdas nervosas são irreversíveis - Prevenção de incapacidades
Ulnar, tibial posterior, fibular comum, ramos do facial
Avaliação do SNO na hanseníase :
Espessamento do nervo, teste de sensibilidade, pesquisa de força muscular, eetroneuromiografia, biopsia do nervo
DD neuropatia da hanseníase:
Neuropatia hereditária com susceptibilidade à Paralisia por Pressão
DM
Amiloidose
Sd. paraneoplásica
Meralgia parestésica (Mononeuropatia do nervo cutâneo lateral da coxa )
Paralisia por pressão
Lesão nervo mediano:
Dor na região do mediano, principalmente, no punho.
Dificuldade de levantar o polegar.
Dificuldade de segurar objetos.
Dormência no polegar, 2° e 3° dedos.
Paresia ou paralisia da musculatura inervada pelo nervo mediano,
levando à garra do polegar, 2° e 3° dedos.
Diminuição, ou perda, da sensibilidade na área inervada pelo nervo
mediano.
Atrofia da região tenar.
Lesão nervo tibial posterior:
Anestesia plantar (mal perfurante plantar)
Deformidade em flexão dos dedos - luxação das metacarpofalangeanas
Diagnóstico hanseníase:
Suspeitar (um ou mais deve-se começar o tratamento)
Lesões e áreas da pele com alteração de sensibilidade
Acometimento de nervos periféricos, com ou sem espessamento, associado a alterações sensitivas e ou motoras/autonomomicas
Baciloscopia positiva
Como proceder a partir a suspeita clínica:
Pesquisa de sensibilidade, se for aprovado (mesma sensibilidade dentro e fora das lesões)
- Térmica, dolorosa (são acometidas primeiro) e tátil
Baciloscopia
Teste de mitsuda
Identificação do Mycobacyerium leprae
Histopatológico - padrão ouro
Prova de histamina:
Tríplice reação de Lewis:
Eritema traumático
Eritema reflexo (integridade das terminações nervosas) - não ocorre na hanseníase - Prova da histamina incompleta
Urtica (ação da histamina)
Onde coletar os bacilos na hanseníase?
Lobo da orelha, cotovelo e lesão
Com lesão cutânea: LD, LE, CD
sem lesão: LD e LE, CE e CD
Colhe-se a linfa!
Baciloscopia de hanseníase exclui Diagnóstico de Hanseníase ?
Não
Baciloscopia positiva classifica o paciente como caso multibacilar independentemente do número de lesões?
Sim.
A sorologia na hanseníase é um método diagno?
Não, pois depende do número de bacilos.
Reações hansênicas:
Aumento de chance de incapacidade
Surgimento de novas lesões
Dois tipos:
1. Borderline
Reação reversa (tipo 1): reagudização de lesões antigas, surgimento de novas lesões, geralmente em vigência do tratamento, ocorre no grupo borderline
- Multibacilares - sintomatologia sistêmica - Eritema nodoso (sd de hipersensibilidade nódulos vermelhos, dolorosos, linfadenomegalia, febre, leucocitose, prostração, neurite, uveíte, nefrite, hepaite)
Tratamento hanseníase é dividido em:
Específico: negativa o caso e interrompe transmissão
Episódios reacionais
Prevenção de incapacidades
Classificação operacional:
Em palci (PB - até 5 lesões) ou multibacilar (MB - de 6 a mais lesões)
Importante no tratamento
Lesão nervo fibular comum:
Diminuição da sensibilidade na face lateral da perna e do pé
Queda do primeiro dedo, queda do pé, incapacidade de eversão, marcha escarvante
Pé caído
Tratamento específico hanseníase:
PAUCIBACILAR
- rifampicina: uma dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de 300 mg) com
administração supervisionada,
- dapsona: uma dose mensal de 100mg supervisionada e uma dose diária autoadministrada;
• duração do tratamento: 6 doses mensais supervisionadas de rifampicina.
• critério de alta: 6 doses supervisionadas em até 9 meses
MULTIBACILAR
- rifampicina: uma dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de 300 mg) com
administração supervisionada;
- clofazimina: uma dose mensal de 300 mg (3 cápsulas de 100 mg) com
administração supervisionada e uma dose diária de 50mg auto-administrada; e
- dapsona: uma dose mensal de 100mg supervisionada e uma dose diária autoadministrada;
• duração do tratamento: 12 doses mensais supervisionadas de rifampicina;
• critério de alta: 12 doses supervisionadas em até 18 meses
Definição hanseníase:
Doença infecto-contagiosa, crônica, causada pelo Mycobacterium leprae. O Brasil é o segundo país no mundo em números de doentes.
Como é a neuropatia hansênica?
Mononeuropatia múltipla
Distúrbio da sensibilidade, dor e espessamento dos nervos periféricos, perda da força dos músculos inervados (pálpebras, MMSS, MMII)
Comprometimento inicial das células de Schwan
Pode ser crônica, aguda ou silenciosa
Lesão das fibras sensoriais, que prejudicam a sensibilidade. Então ocorrem queimaduras, ferimentos, úlceras, lesões, infecções.
Pela lesão das fibras autonômicas há diminuição da sudorese, com xerose e fissuras, que também favorece as complicações supracitadas.
Por déficit motor há paresia e paralisia, com desequilíbrio muscular (garra, pé caído, lagoftalmo), aumento da pressão em áreas específicas, contratura articulações rígidas, cursando com destruição de estruturas e deformidades
Nervos mais acometimento na hanseníase:
Ulnar, tibial, fibular comum, radial, mediano, facial.
Acometimento do nervo mediano:
Anestesia da borda lateral do antebraço e metade cubital dorsal e palmar. Amiotrofia da região hipotenar e dos interósseos, hiperextensão das articulações metacarpofalangeanas e flexão das interfalangeanas, garra cubital
Lesão nervo facial:
Ramo Orbicular - lagoftalmo, dificuldade de ocluir a pálpebra
Pode cursar com lesão da córnea e até cegueira
Hanseníase neural pura:
Apresenta somente lesão neuronal, sem lesões cutâneas
Eletroneuromiografia de 4 membros, biópsia do membro
Hanseníase histoide (Wade):
Paciente virchowiano apresenta hansenomas endirecidos, semelhantes a neurofibromas.
V ou F: É impossível haver formas multibacilares com poucas lesões.
F. É muito raro, porém pode acontecer.
Hanseníase de Lucio:
Infiltração da pele de forma uniforme, com ausência de nódulos (lepra bonita).
Diagnóstico da Hanseníase:
Suspeitar (um ou mais deve-se começar o tratamento)
•Lesões e áreas da pele com alteração de sensibilidade
•Acometimento de nervos periféricos, com ou sem espessamento, associado a alterações sensitivas e ou motoras/autonômomicas
•Baciloscopia positiva
Pode fazer pesquisa da sensibilidade, baciloscopia, Teste de Mitsuda, histopatológico, pesquisa de anticorpos para auxílio do quadro
Teste da sensibilidade na hanseníase:
Incialmente: térmica e dolorosa, depois a tátil
Testar bilateralmente
Prova da pilocarpina:
Aplica-se solução de nitrato ou cloridrato de pilocarpina a 1-2% na área suspeita e em área homóloga contralateral. Em 1-2 minutos observa-se sudorese induzida. Pode ser sensibilizada pincelando lugol ou amido. Identifica-se sudorese pelo aparecimento de pontos azulados onde emergem gotículas de suor.
Colheita do material para baciloscopia:
Lobo da orelha, cotovelo e lesão
Com lesão cutânea: LD, LE, CD
sem lesão: LD e LE, CE e CD
Colhe-se a linfa!
V ou F: Baciloscopia negativa exclui o diagnóstico de hanseníase.
F. Pacientes paucibacilares não tem carga detectável.
V ou F: Baciloscopia positiva diz que o paciente tem hanseníase somente.
F. O significado da baciloscopia positiva é classificar o caso com multibacilar, independente dó número de lesões.
Teste de mitsuda:
Imunidade celular, retardada, leitura em 21-28 dias
Não tem valor diagnóstico, mas avalia imunidade.
Episódio reacional:
Tipo 1 (reversa): reagudização de lesões antigas e surgimento de novas. Geralmente em vigência do tratamento, devido a incapacidade do sistema imune em eliminar o bacilo. Pode acontecer neurite. Tipo 2 (eritema nodoso hansênico): Ocorre nas formas multibacilares, quadro sistêmico: linfonodomegakua, febre, leucocitose, prostração. Pode haver neurite, orquite, iveíte, hepatite
Tratamento episódios reacionais:
Prednisona acima de 1mg/kg (tipo 1) -prolongado
Talidomida 300-400mg:d com retirada de 100/sem (tipo 2). Se tiver glomerulonefrite, orquite, neurite, vasculites, eritema nodoso, artrote - fazer corticoide também
ATENÇÃO TALIDOMIDA É TERATOGÊNICO
Tratamento da dor neuropática:
Amitriptilina 25-250 mg/dia
Carbamazepina 200-1200
Gabapentina 900-2400 mg/dia