CA de pele Flashcards

1
Q

Conceito CBC:

A
  • Trata-se de um tumor constituído de células morfologicamente semelhantes às células basais da epiderme, de crescimento lento, com capacidade invasiva localizada, embora destrutiva.
  • Não provoca metástases, sendo, portanto, a neoplasia maligna de melhor prognóstico.
  • Tumor cutâneo maligno de origem tricoblástica e aspecto histopatológico característico que raramente metastiza.
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2
Q

Epidemiologia CBC:

A
  • É a neoplasia maligna mais comum (cerca de 50%com relação à totalidade de neoplasiasmalignas). No que concerne aos cânceres depele, sua frequência é a maior (cerca de 70%).
  • Incide preferencialmente na idade adulta.
  • É raro no negro, devido à proteção do pigmentoquanto à radiação solar. Sua frequência entrebrancos é tanto maior quanto mais claro for oindivíduo (olhos claros, cabelos louros, pele claraque não se pigmenta quando exposta aos raiossolares), sobretudo quando submetidos a maiorexposição de raios solares.
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3
Q

Etiopatogenia CBC:

A
  • Fatores Etiológicos: Radiações de todos os tipos,desde as calóricas até as ionizantes, certas substâncias químicas, como os derivados do alcatrão e o arsênico e, em escala quase desprezível, cicatrizes antigas (raro quando comparado ao carcinoma espinocelular).
  • Fatores Relevantes: Cor da pele e profissões de maior exposição às radiações (médicos, técnicos,marinheiros e lavradores).

Radiação ultravioleta exagerada com pele clara
Face, nariz (muitos fóliculos pilosos)

Fotoenvelhecimento + Ceratose actínica
HPV (especialmente no pênis)
Tabaco (especialmente na boca)

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4
Q

Clínica CBC:

A
Brilho perolado
Translúcido
Telangiectaias
Pigmentação em pontos
Friável
Face, nariz (muitos fóliculos pilosos)

• A lesão mais característica do CBC é a lesão perolada, ou seja, lesão papulosa translúcida e brilhante, de coloração amarelo-palha, com telangiectasias.
− Às vezes a lesão papulosa perolada de dimensões pequenas é a única manifestação do CBC.
− Outras vezes, a pérola ocorre na borda da lesão, que cresce centrifugamente.
− Em outras, ainda, a pérola cresce como tal, tornando-se uma lesão globosa, em cuja superfície há dicretas telangiectasias – esse tipo de lesão acaba por ulcerar-se.
− Vegetante ou ulcerovegetante.
ATENÇÃO! Em torno das lesões não há inflamação, ou seja, as lesões estão encastoadas em pele sã, não havendo comprometimento ganglionar ou sistêmico.− A localização preferencial é na região cefálica, seguida de tronco e, finalmente, dos membros.
OBS: Quando a localização é nas orelhas, tende a ser mais agressivo, pois comumente é do tipo esclerodermiforme, infiltrativo, basoescamoso ou micronodular
– Acometimento das mucosas ocorreexclusivamente por contiguidade.

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5
Q

Quando suspeitar de CBC ? ****

A
  1. Cor amarelo palha
  2. Aspecto perolado
  3. Translúcido
  4. Telangiectasias atravessando a lesão
  5. Friável
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6
Q

CBC forma Papulonodular, Globosa ou Nodulocística:

A

✓ É a presentação mais comum.✓ A pápula é a lesão inicial (pequena e comaspecto perolado). Seu crescimento, apósanos, leva à forma globosa ou nodular, quepode medirvárioscentímetros e, senão tratada,ulcerará.

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7
Q

CBC ulcerado:

A

✓ Pode iniciar-se como uma pequena úlceraou em consequência do crescimento daforma globosa.✓ A inflamação émínima e asecreção serosa éinsignificante.✓ A borda é SEMPREperolada.

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8
Q

CBC terebrante:

A

Terebrante (Ulcus rodens)✓ É uma forma ulcerada com invasão rápida,provocando grandedestruição domaciço central daface, reunindo emum só orifício bocae fossas nasais Síndrome Gansosa.✓ Outras vezes, pode destruir o globo oculare invadir até mesmo a calota craniana.

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9
Q

CBC plano cicatricial:

A

Plano Cicatricial✓ É relativamente superficial e crescecentrifugamente, de modo que a parte central apresenta um aspecto cicatricial e aperiferia é sempre perolada.✓ Na lesão, podemocorrermicroulcerações comcicatrizaçãoposterior e, assim, ircrescendo.✓ É mais comum naregião orbitária.

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10
Q

CBC forma Superficial, Eritematosa ou Pagetoide:

A

✓ Representada por área geralmente oval,eritematoescamosa ou superficial,semelhante ao LE.✓ A borda é nítida,delimitada por umcordão muito fino,nem sempreperceptível.✓ Mais frequente notroco.✓ Tem certa correlação com a ingestão dearsênico, lembrando a Doença de Bowen.✓ É a apresentação do CBC própria dospacientes submetidos à radioterapia,porém sem evidências clínicas deradiodermite.✓ Na patologia, há brotos superficiais dotumor, a partir da epiderme.

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11
Q

CBC Esclerodermiforme, Fibrosante ou MorfeiaSímile:

A

Assemelha-se a uma placa deesclerodermia.✓ A borda não é nítida nem perolada.✓ A superfície é lisa e brilhante, de coramarelada e dura à palpação devido àfibrose.✓ É uma forma rara, de limites pocuodefinidos e infiltrativa. Esta característica,evidencia, na patologia, poucas camadasde células tumorais entre as fibrascolágenas.✓ Altamente recidivante.

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12
Q

V ou F: o CBC vegetante é muito comum.

A

F. É raro.

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13
Q

CBC pigmentado:

A

✓ Lesão papulosa, globosa ou ulcerada, comgrande quantidade de melanina, o queprovoca certa confusão com o melanoma.✓ É mais comum em negros.

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14
Q

CBC Fibroepitelial ou Fibroepitelioma de Pinkus:

A

✓ Lesões solitárias ou múltiplas, moles, muitasvezes pedunculadas, localizadas no dorso,lembrando fibromas.✓ Na histologia, pode-se observar massastumorais estreitas interconectadas comestroma proeminente, que lembram aceratose seborreia reticulada.

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15
Q

Síndrome do Nevo Basocelular (Síndrome deGarlin-Goltz):

A

✓ Consiste noaparecimento detumores nainfância, que, coma idade, aumentamem número etamanho.✓ Os tumores podem lembrar nevos oufibromas.✓ Outras manifestações da síndrome são:anormalidades nas costelas, espinha bífida,cistos odontogênicos na mandíbula,calcificação cerebral e retardo mental.

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16
Q

Síndrome do Nevo Basocelular Linear Unilateral:

A

✓ Inúmeros tumores e comedões, emdistribuição linear, já presentes aonascimento.✓ É raríssima.

17
Q

Síndrome de Bazex:

A

✓ Atrofodermia folicular ao nascimento edesenvolvimento de numerosos CBC na face,a partir da adolescência.✓ A localização preferencial das cicatrizesfoliculares é o dorso das mãos e pés.

18
Q

Diagnóstico CBC:

A

• Idade adulta do paciente.• Morfolgia da lesão – Crescimento lento, em geralna face e com aspecto perolado.• Suspeitar quando qualquer lesão passa a sangrarespontaneamente ou por mínimos traumas,manipulação do médico, crescimento súbito ousintomatologia local.• Exame histopatológico é decisivo.

19
Q

DD CBC:

A

• CEC• LES• Esclerodermia em placa• Ceratoses actínica, seborreica e liquenoide• Nevo intradérmico• Dermatoses ulceradas• Melanoma• Doença de BowenOBS: A ceratose liquenoide se diferencia do CBC,sobretudo pela aparição súbita, enquanto alguns nevosintradérmicos o fazem por sua existência de longa data.OBS: Pode-se observar no histopatológico o que échamado de Carcinoma basoescamoso / metatípico, queapresenta características histopatológicas de CBC e deCEC. Pode ser uma forma transicional (mais agressiva eque pode estar relacionada a metástases). NÃO écarcinoma misto, que se caracteriza pela colisão entreum carcinoma basocelular e um espinocelular puro, nãohavendo, portanto, áreas de transição entre ambos)

20
Q

Tratamento CBC:

A
  • Tratamento altamente individualizado,dependendo do tamanho e da morfologia dalesão, sua localização, idade do paciente,disponibilidade técnica do meio e experiência dodermatologista.’
  • De modo geral, exérese cirurgica eeletrodessecção com curetagem são ostratamentos preferíveis.
  • Eletrodessecção seguida de curetagem paralesão papulosa e globosa de pequenasdimensões. Exérese cirúrgica, no entanto, deixauma cicatriz mais estética.
  • Crioterapia, eletrocoagulação, criocirurgia,imiquimod e 5-fluoracial podem ser usados paralesões primárias, pequenas e superficiais.
  • Terapia fotodinâmica é eficaz no tratamento daforma superficial e na nodular com até 6 mm deprofundidade.• Microcirugia de Mohs está indicadaprincipalmente nos casos recidivantes, proximosaos olhos e no CBC esclerodermiforme.
  • Conduta expectante em casos incompletamenteexcisados (apenas bordas laterais) e que não setrate de um tumor recorrente, histologicamente agressivo ou em região anatômica crítica, commaior chance de recidiva (H da face).
  • Quimioterapia indicada nas recidivas após outros tratamentos.
21
Q

Tratamento melanoma:

A

Identificação + Biópsia excisional + Margem definida pelo Breslow
Biópsia excisional sempre que possível. Se não houver metástases o paciente está curado.

22
Q

Como identificar um melanoma:

A
A - assimetria
B - bordas
C - cor (variáveis)
D - diâmetro (diâmetro maior que 6 mm, porém se for menos não excluir diagnóstico)
E - evolução (modificação)
23
Q

Melanoma subungueal

A

Não relacionado a exposição solar

24
Q

Índice de Breslow:

A

Dá a profundidade do tumor (in situ, até 1mm, 1-2mm, acima de 2mm) Com isso podemos definir a margem que deve ser feita.
As remoções devem incluir a totalidade do tecido celular subcutâneo até a fáscia, mas não necessariamente incluindo-a.

25
Q

Acompanhamento do melanoma:

A

Não há necessidade de exames de rotina em pacientes com Breslow < 4mm
Acompanhamento no mínimo anual
Promover autoexame

26
Q

Sítios de metástases de melanoma:

A

Pele, linfonodos, pulmão, ossos, fígado, SNC

27
Q

Incidência de CA de pele:

A

Representam 1/3 dos CA

28
Q

Principais tipos de CA de pele:

A
95% são:
CA basocelular (70%)
CA espinocelular (mais frequente entre os não caucasianos)
29
Q

CA espinocelular definição:

A

Tumor maligno cutâneo derivado dos queratinóticos.

Metástases são mais comuns que no basocelular.

30
Q

Metastases no CA basocelular:

A
São raras, porém quando ocorrem estão relacionadas a:
Tumores negligenciados (longo período de evolução)
Múltiplas recidivas
Tratados previamente com radioterapia
Invasão para outros tecidos que não a pele e tecido subcutâneo
31
Q

Fatores que influenciaram nas metástases do CEC:

A
Grau de diferenciação
Profundidade
Imunocompetência
Localização
Preferencialmente linfática
32
Q

V ou F:

Avaliação linfonodal é necessária em todo CEC.

A

Palpação e exames de imagem.

33
Q

V ou F:

Linfadenectomia é necessária em todo CEC.

A

F. Linfadenectomia eletiva pode ser realizada em casos mais graves de CEC e em imunocomprometidos. Está não está justificada em CEC derivados de ceratoses actínicas que apresentam boa diferenciação e pequenas dimensões.

34
Q

O que são ceratoses actínicas?

A

São lesões cutâneas pré-malignas que consistem da proliferação de queratinócitos aberrantes, que se desenvolvem em resposta à exposição prolongada à radiação ultravioleta. As lesões só atingem a camada basal.
Em geral, são lesões múltiplas e pequenas (milímetros a centímetros), discretamente salientes, de coloração acastanhada, com superfície rugosa e com limites imprecisos − “As lesões são mais palpáveis do que visíveis”. Às vezes, o aspecto é de lesão atrófica eritematosa com descamação.

35
Q

Prognóstico ceratose actínica:

A

• As lesões podem persistir indefinidamente ou trasformar-se em carcinoma espinocelular, com baixo risco de metástase (exceto nos casos de quelite actínica no lábio inferior), nunca em CBC!

36
Q

Tratamento ceratose actínica :

A

• De 1 a 5 lesões: Crioterapia ou eletrocoagulação.
• > 5 lesões: Campo de cancerização− 5-fluorouracil (5-FU): Quimioterápico tópico – Aplicação no segmento cefálico por 21 dias e no corpo por 28 dias, 1-2x/dia.
OBS: O uso de 5-fluorouracil tópico serve para o tratamento e, ao mesmo tempo, revela o início de algumas ceratoses ainda não constituídas em toda a sua plenitude clínica. Isso se deve ao fato de que essa substância tem predileção por células em mitose, originando, nessas áreas, certo grau de eritema inflamatório, geralmente intenso. Aliás, esse é o grande problema, pois o quadro inflamatório muitas vezes inviabiliza o seu uso.
− Imiquimod: Imunomediador + Quimioterápico – Ação antiinflamatória – Aplicação 2x/semana por 4 semanas.− Mebutato de Ingenol: Tem muitos efeitos colaterais, no entanto, há melhora das lesões em 2 dias – Aplicação por 3 dias para lesões na face ou couro cabeludo e por 2 dias para lesões no tronco/extremidades.− Terapia fotodinâmica: Aplicação de ácido metilaminolevulínico, o qual é absorvido pelas células da epiderme e transformado em protoporfirina 9 (PP9). Em seguida, há aplicação de luz visível para excitar a PP9, promovendoexcitação da célula havendo produção de radicais livresde oxigênio (peróxido) e consequente morte química da célula.OBS: Só há indicação cirúrgica quando a lesão está infiltrada, sangrando ou hipertrófica