FRATURAS TORACOLOMBARES Flashcards

1
Q

Fraturas toracolombares

  • Quais as características das vértebras da coluna torácica?
A
  • Fóveas costais (onde se articulam as costelas)
  • Forame vertebral → circular e menor
  • Processos transversos - longos e fortes
  • Processos espinhosos longos em vértebras mais altas
  • Canal vertebral pequeno e redondo
  • Vértebras vão aumentando de tamanho
  • São responsáveis pela rotação / flexão mínima
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2
Q

Fraturas toracolombares

  • Arco de movimento (ADM) da coluna torácica:
    • Flexo-extensão?
    • Rotação lateral (para os dois lados)?
A
  • Flexo-extensão → 45°
    • Maior flexo-extensão na torácica baixa (semelhança com lombares)
  • Rotação lateral (para os dois lados) → 45°
    • Maior rotação lateral na torácica alta (semelhança com cervicais)
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3
Q

Fraturas toracolombares

  • Quais as características das vértebras da coluna lombar?
A
  • Corpo vertebral → grande e reniforme (sustentar maior peso)
  • Forame vertebral triangular
  • Processos transversos longos e delgados (com processo acessório)
  • Processos mamilares → inserção dos músculos
  • Canal vertebral largo e triangular
  • Processos espinhosos → curtos, em forma de machadinha
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4
Q

Fraturas toracolombares

  • Arco de movimento (ADM) da coluna lombar:
    • Flexão?
    • Extensão?
    • Flexão lateral?
    • Rotação lateral (para os dois lados)?
A
  • Flexão → 45°-60°
  • Extensão → 20°-30°
  • Flexão lateral → 10°-20°
  • Rotação lateral (para os dois lados) → 5°-15°
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5
Q

Fraturas toracolombares

  • Dentro da articulação da coluna lombar, quais ligamentos fazem parte do complexo ligamentar posterior (4)?
A
  • Ligamento amarelo
  • Ligamento interespinhal
  • Cápsula da faceta
  • Ligamento supraespinhal

LLP não faz parte

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6
Q

Fraturas toracolombares

  • Qual o trajeto e características da artéria radicular anterior (Adamkiewicz)
A
  • T9 a T11 à esquerda
  • Fluxo reverso e avalvular
  • Responsável por disseminação de tumores e infecção, favorecendo metástases
  • Se lesada, favorece ainda mais uma síndrome isquêmica medular
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7
Q

Fraturas toracolombares

  • Epidemiologia:
A
  • 90% das fraturas da coluna
  • 60% entre os níveis T11 e L2
  • Apresentação bimodal
    • Jovens → traumas de ↑ energia
    • Idosos → traumas de ↓ energia (osteoporose)
  • Maioria das lesões na zona de transição
  • Coluna torácica tem risco de lesão isquêmica
    • T4 a T8 → zona de pobreza vascular
    • T9 a T11 → zona nutrida pela artéria de Adamkiewicz
  • Coluna lombar tem menor dano neurológico → canal vascular maior
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8
Q

Fraturas toracolombares

  • Quais os cuidados pré-hospitalares?
A
  • ATLS
  • Manter colar cervical
  • Não retirar o capacete até excluir lesão

Alta chance de sequela se não diagnosticada

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9
Q

Fraturas toracolombares

  • Mecanismo de trauma:
A
  • Geralmente por combinação de vetores de força
  • Compressão → normalmente acomete o platô anterior
  • Explosão → normalmente acomete o platô anterior e coluna posterior
    • Mais instáveis
  • Flexão
  • Extensão
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10
Q

Fraturas toracolombares

  • Quais parâmetros devem ser considerados na avaliação radiográfica?
A
  • Alinhamento
  • Afastamento pedicular
  • Afastamento dos processos espinhosos
  • Altura vertebral
  • Angulação de Cobb
  • Sinais de instabilidade (incapacidade de sustentar cargas fisiológicas)
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11
Q

Fraturas toracolombares

  • Quais os principais critérios de instabilidade (3)?
A
  • Cifose > 30° (medido pelo ângulo de Cobb da vértebra ou do segmento)
  • Translação > 2,5 mm
  • Perda de altura (encunhamento) > 50%

Sugerem lesão ligamentar posterior

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12
Q

Fraturas toracolombares

  • Dentro dos parâmetros de instabilidade, como é medida a translação vertebral?
A
  • Traça-se 2 linhas paralelas ao muro posterior de cada vértebra e mede-se a distância entre elas
  • Medidas > 2,5 mm → sugestivo de instabilidade
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13
Q

Fraturas toracolombares

  • Dentro dos parâmetros de instabilidade, como é calculado o ângulo de Coob para avaliação da cifose vertebral?
A
  • Traça-se uma linha na borda superior da vértebra cranial e outra inferior da vértebra caudal à lesão
  • Duas linhas perpendiculares às primeiras são traçadas e o ângulo entre elas é o Coob (cifose)
  • Ângulo > 30° → sugestivo de instabilidade

Pode ser realizado no segmento ou na vértebra afetada

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14
Q

Fraturas toracolombares

  • Na avaliação por imagens, quais as principais indicações da TC?
A
  • Fratura vista na radiografia
  • Paciente com alto grau de suspeição
  • Diferenciar compressão de explosão
  • Planejamento cirúrgico
  • Avaliar o grau de oclusão do canal medular
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15
Q

Fraturas toracolombares

  • Pela TC, quais parâmetros de oclusão do canal vertebral por segmento sugerem baixo risco de comprometimento neurológico?
A
  • T11 a T12 → até 35%
  • L1 → até 45%
  • L2 a L5 → até 55%
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16
Q

Fraturas toracolombares

  • Quais as principais indicações da ressonância magnética?
A
  • Avaliar
    • Medula
    • Disco
    • Ligamento
17
Q

Fraturas toracolombares

  • Classificação de Denis (3):

Classificação anatômica → separa em 3 colunas

A
  • Coluna anterior
    • 1/2 anterior da vértebra
    • 1/2 anterior do disco
    • LLA
  • Coluna média
    • 1/2 posterior da vértebra
    • 1/2 posterior do disco
    • LLP
  • Coluna posterior
    • Complexo ligamentar posterior
      • Lig. amarelo
      • Lig. interespinhoso
      • Lig. supraespinhoso
      • Cápsula facetária
18
Q

Fraturas toracolombares

  • Quais os princípios da classificação de Denis?
A
  • Acometimento de 1 coluna = estável
  • Acometimento de ≥ 2 colunas = instáveis
  • Estabilidade neurológica → se a lesão for grave o suficiente para causar déficit neurológico, é provável que a lesão seja instável
19
Q

Fraturas toracolombares

  • Quais os mecanismos básicos de fratura de acordo com a classificação de Denis (4 tipos → de A a D)?

Podem ocorrer de forma individual ou combinada

A
  • A) → Compressão (“Amassado”)
  • B) → Explosão (“Bomba”)
  • C) → Flexão-distração (“Chance”)
  • D) → Fratura-luxação (“Deslocada”)
20
Q

Fraturas toracolombares

  • Escala TLICS (classificação de Vaccaro) para lesões toracolombares (leva em consideração 3 parâmetros):

Critérios de instabilidade
Define o tratamento

A
  • Morfologia
    • Sem alteração → 0 ponto
    • Compressão → 1 ponto
    • Explosão → 1 ponto
    • Translação/rotação → 3 pontos (na cervical pontua 4)
    • Distração → 4 pontos (na cervical pontua 3)
  • Integridade do Complexo Ligamentar Posterior
    • Intacto → 0 ponto
    • Indeterminado → 1 ponto
    • Lesado → 2 pontos
  • Estado Neurológico
    • Intacto → 0 ponto
    • Lesão de raiz → 2 pontos
    • Lesão medula/cauda equina completa → 2 pontos
    • Lesão medula/cauda equina incompleta → 3 pontos
  • Se ≤ 3 → tratamento conservador
  • Se = 4 → indeterminado
  • Se ≥ → tratamento cirúrgico
21
Q

Fraturas toracolombares

  • Como podem ser divididas as fraturas segundo a Classificação AO (3)?
A
  • Tipo A → Lesão por compressão (5 subtipos)
  • Tipo B → Lesão da banda de tensão (3 subtipos)
  • Tipo C → Lesão por translação (rotação) (não tem subtipos)
22
Q

Fraturas toracolombares

  • Dentro da classificação AO, qual a subdivisão do tipo A (lesão por compressão) (5 subtipos - A0 → A4)?
A
  • Subtipo A0 → lesões mínimas
  • Subtipo A1 → compressão de 1 platô; não acomete o muro posterior
  • Subtipo A2 → compressão de dois platôs (split coronal); não acomete o muro posterior
  • Subtipo A3 → explosão incompleta; acomete 1 platô; acomete o muro posterior
  • Subtipo A4 → explosão completa; acomete 2 platôs; acomete o muro posterior

Diferença básica
A0, A1 e A2 → não acomete o muro posterior
A3 e A4 → acomete o muro posterior

23
Q

Fraturas toracolombares

  • Dentro da classificação AO, qual a subdivisão do tipo B (lesão da banda de tensão) (3 subtipos - B1 → B3)?
A
  • Subtipo B1lesão óssea da banda de tensão posterior (Fratura de Chance)
    • Mecanismo: hiperflexão
  • Subtipo B2 → lesão do complexo capsuloligamentar posterior (sem acometimento ósseo)
    • Mecanismo: hiperflexão
  • Subtipo B3 → lesão do complexo capsuloligamentar anterior (sem acometimento ósseo)
    • Mecanismo: hiperextensão
    • mais comum em colunas rígidas
24
Q

Fraturas toracolombares

  • Dentro da classificação AO, qual a lesão do tipo C (lesão por translação)?

Não tem subdivisões

A
  • Ocorre luxação
    • Fraturas instáveis graves
25
Q

Fraturas toracolombares

  • Dentro da classificação AO, quais os modificadores neurológicos?
A
  • N0 → sem lesão neurológica
  • N1 → lesão transitória, não mais presente
  • N2 → lesões radiculares
  • N3 → lesão incompleta ou cauda equina
  • N4 → lesão neurológica completa
  • NX → neurológico desconhecido
  • N+ → lesão progressiva
26
Q

Fraturas toracolombares

  • Dentro da classificação AO, quais os modificadores “M”?

Avaliação sistêmica do paciente

A
  • M1 → lesão indeterminada da banda de tensão
  • M2 → comorbidades que podem afetar a decisão cirurgica
27
Q

Fraturas toracolombares

  • Qual a definição / característica da fratura de Chance:
A
  • Subtipo B1 da classificação AO
  • Lesão transóssea da banda de tensão posterior
  • Mecanismo de trauma: hiperflexão
  • Pode acometer órgãos intra-abdominais
  • Fratura do “cinto de segurança”
28
Q

Fraturas toracolombares

  • Quais os fatores determinantes para a escolha do tratamento (conservador X cirúrgico)
A
  • Morfologia da fratura
  • Desvios
  • Estabilidade
  • Lesão neurológica
  • Lesões associadas
29
Q

Fraturas toracolombares

  • Quais as indicações para o tratamento conservador?
A
  • Ausência de déficit neurológico
  • Cifose < 30°
  • Perda de altura < 50%
  • Ausência de lesão do CLP
  • Fraturas do tipo A
30
Q

Fraturas toracolombares

  • Quais as opções de imobilização para o tratamento conservador?
A
  • Coletes
    • Acima de T6 → CTLSO (ex: colete de Milwaukee)
    • T7 a L3 → TLSO (ex: colete de Jwett)
    • Abaixo de L3 → HTLSO (ex: colete de Putti e colete de Jwett)
    • 6 a 12 semanas
31
Q

Fraturas toracolombares

  • Quais as indicações para o tratamento cirúrgico?
A
  • Presença de déficit neurológico
  • Paciente que precisam manter o alinhamento
  • Fraturas instáveis
  • Fraturas tipo B e C
32
Q

Fraturas toracolombares

  • Quais as principais opções para o tratamento cirúrgico pela via posterior (3)?
A
  • Parafusos pediculares → fixam as 3 colunas
  • Ligamentotaxia → acometimento até 50%
  • Laminectomia → para descompressão
33
Q

Fraturas toracolombares

  • No tratamento cirúrgico por via posterior, quais os marcos anatômicos são levados em consideração na introdução dos parafusos pediculares?
A
  • Faceta articular
  • Processo transverso
34
Q

Fraturas toracolombares

  • Como é realizada a técnica mais utilizada para introdução de parafusos pediculares na coluna torácica e lombar?
A
  • Traça-se uma linha no meio da faceta e outra no meio do processo transverso
  • Coluna torácica → o parafuso deve ser posicionado no quadrante supero-lateral do cruzamento das linhas
  • Coluna lombar → o parafuso deve ser posicionado no cruzamento das duas linhas
35
Q

Fraturas toracolombares

  • Quais os principais fatores de risco para fraturas osteoporóticas (3)?
A
  • Tabagismo
  • Idade avançada
  • Trauma de alta energia nas 3 primeiras décadas
36
Q

Fraturas toracolombares

  • Quais as opções para tratamento conservador das fraturas osteoporóticas?
A
  • Medicamento (tratar a osteoporose)
  • Colete
  • Plastias
    • Vertebroplastia → injeção cimento ósseo na vértebra
    • Cifoplastia → infla um balão e posteriormente injeta-se cimento ósseo na vértebra
37
Q

Fraturas toracolombares

  • Quais as indicações para tratamento cirúrgico das fraturas osteoporóticas?
A
  • Alteração neurológica
  • Deformidade progressiva
  • Dor insuportável

Artrodese do segmento é opção