ESPONDILOLISTESES Flashcards
Espondilolisteses
- Definição:
- Deslocamento anterior da vértebra cefálica
- Qual a definição de espondilólise?
- Defeito da pars interarticularis da vértebra
- Geralmente pouco sintomática, bem tolerada
- Causa de espondilolistese ístimica
- Falha mecânica do arco posterior → sobrecarrega de ligamentos e disco
Espondilolisteses
- Quais as principais causas (4)?
- Degeneração (principal)
- Espondilólise
- Displasia facetaria
- Trauma
Espondilolisteses
- Quadro clínico:
- Dor axial
- Claudicação
- Radiculopatia
- Deformidade (aparente ou não)
Espondilolisteses
- Quais os principais parâmetros espinopélvicos?
- Incidência Pélvica (IP)
- Tilt Pélvico (TP)
- Slope Sacral (SS)
- Ângulo de escorregamento (ângulo de Boxal)
- Ângulo lombossacro
Espondilolisteses
- Qual a definição e as principais características da incidência pélvica (IP)?
- Ângulo entre a linha perpendicular ao platô superior do sacro e a linha entre o ponto médio do platô superior do sacro até o centro da cabeça do fêmur
- Normalidade: 50 a 55°
- Principais características:
- Aumentado nos pacientes com listese (escorregamento)
- Parâmetro fixo → anatomia individual
- NÃO prediz a progressão da deformidade
Espondilolisteses
- Qual a definição e as principais características do Tilt Pélvico (TP)?
Depende da posição da pelve
- Ângulo entre a linha que liga o centro da cabeça femoral ao centro do platô de S1 e a linha perpendicular ao solo, passando pelo centro da cabeça femoral
- Pode ser alterado pela translação e retroversão pélvica
Quanto > o Tilt Pélvico (TP) > a retroversão da pelve
Bizu: Tilt → Teto (a linha vai para o teto)
Espondilolisteses
- Qual a definição do Slope Sacral (SS)?
Depende da posição da pelve
- Ângulo entre a linha paralela ao platô superior de S1 e a linha paralela ao solo
- Relação direta com a incidência pélvica e tilt pélvico
- Deve ser 30°
Bizu: Slope Sacral → Solo
Espondilolisteses
- Na avaliação radiográfica da pelve, com pode ser calculada a incidência pélvica (IP)?
-
IP = TP + SS
- Tilt Pélvico (TP)
- Slope Sacral (SS)
Espondilolisteses
- Como traçar o ângulo de escorregamento (ângulo de Boxal) e o que ele prediz?
- Divergência na literatura
- 1° linha tangente, junto a região posterior ao sacro
- 2° linha perpendicular à 1°, passando pelo sacro
- 3° linha paralela ao platô inferior de L5
- Ângulo entre a 2° e 3° linha → ângulo de escorregamento
- Valor preditivo para escorregamento > 30°
Ângulo de deslizamento é a medida da cifose no local
Espondilolisteses
- Como traçar o ângulo lombossacro e o que ele prediz?
- 1° linha tangente, junto a região posterior ao sacro
- 2° linha paralela ao platô superior de L5
- Ângulo entre a 1° e 2° linha → ângulo lombossacro
- Valor preditivo para escorregamento > 10°
Espondilolisteses
- Quais as principais classificações (2)?
- Classificação de Wiltse (6)
- Classificação de Meyerding (5)
Espondilolisteses
- Classificação de Wiltse (6):
Baseada na etiologia
- Tipo 1 → Displásica ou congênita
-
Tipo 2 → ISTmica (defeito na pars interarticularis)
- Subtipo A → fx por estresse
- Subtipo B → alongamento da pars
- Subtipo C → fx aguda (“aCuda”) da pars
- Tipo 3 → DEgenerativa (resposta a uma cascata de degeneração)
- Tipo 4 → TRAumática (fratura aguda em uma vértebra, exceto na pars)
- Tipo 5 → PAtológica (fragilidade óssea)
- Tipo 6 → iatrogênica (adicionada posteriormente)
Bizu: “DesISTo DE TRAmPAr”
Espondilolisteses
- Com base na classificação de Wiltse, qual a causa (tipo) mais comum de espondilólise?
- Tipo 2 → ístmica (defeito na pars interarticularis)
Espondilolisteses
- Com base na classificação de Wiltse, qual a causa (tipo) mais comum de espondilolistese?
- Tipo 3 → degenerativa (resposta a uma cascata de degeneração)
Espondilolisteses
- Classificação de Meyerding (5):
Avalia o grau de escorregamento
- Quantifica a translação (gravidade)
- Divide o platô superior da vértebra caudal em 4 partes
- Grau 1 → escorregamento de 0 até 25% da vértebra
- Grau 2 → escorregamento de 25% a 50% da vértebra
- Grau 3 → escorregamento entre 50% e 75% da vértebra
- Grau 4 → escorregamento entre 75% e 100% da vértebra
- Grau 5 → escorregamento completo da vértebra (espondiloptose)
Espondilolisteses
- Quais as principais características da espondilolistese displásica (tipo 1 de Wiltse)?
- Displasia congênita das facetas de L5-S1
- Associada à espinha bífida
- Não ocorre lise ou alongamento da pars
- Típico de CRIANÇAS
- MULHERES
- Alteração do domo sacral
- Placa terminal de S1 arredondada e corpo de L5 trapezoidal
- Tipo menos comum
Espondilolisteses
- Quais as principais características da espondilolistese ístimica (tipo 2 de Wiltse)?
- Defeito na pars interarticularis
- Causa mais comum da espondilólise
- 90 a 95% acomete L5-S1, depois L4-L5
- Relacionados a movimentos de hipertextensão da coluna
- Tensão / compressão → microfraturas da pars → podem consolidar ou gerar pseudoartrose
- 2 picos → 5 a 7 anos / adolescência
- Mais comum em HOMENS
- Mulheres tem mais risco de progressão
- Bilateral em 80% dos casos
Espondilolisteses
- Qual o quadro clínico da espondilolistese ístimica (tipo 2 de Wiltse)?
- Degrau palpável
- Dor lombar, irradiada ou não para o membro (não é proporcional ao deslizamento)
- Raiz de L5 é a mais acometida
- Sem achados específicos ao exame físico
- Costuma se tornar sintomático no estirão do crescimento
- Pode ocorrer mudança postural ou associação com escoliose olistética
- Dor radicular ou claudicação neurogênica podem estar presentes
- 2º tipo mais comum (1º degenerativo)
Espondilolisteses
- Dentro do quadro clínico, o que representa a postura de Phalen-Dickson na espondilolistese ístimica?
- Marcha com flexão dos joelhos e quadril e encurtamento dos isquiotibiais com hiperlordose compensatória
Espondilolisteses
- Quais as principais incidências radiográficas para avaliação da espondilolistese ístimica?
- AP + Perfil (em pé)
- Oblíqua (mostra o cachorro de Lachapelle)
- Ap de Fergunson
Espondilolisteses
- Na avaliação radiográfica, o que representa o cachorro de Lachapelle na espondilolistese ístimica?
- Visualizado na incidência oblíqua
- Articulação superior → orelha
- Pescoço → pars (fratura = coleira)
- Olho → pedículo
- Focinho → processo transverso
- Processos articulares inferiores → patas
- Corpo → lâmina e processo espinhoso
Espondilolisteses
- Na avaliação radiográfica em AP, o que representa o sinal de napoleão invertido?
- Grau 5 de Meyerding → escorregamento completo de L5
Espondilolisteses
- Na avaliação radiológica, qual a utilidade da tomografia na espondilolistese ístimica?
- Proporciona um melhor delineamento do defeito
Espondilolisteses
- Na avaliação radiológica, qual a utilidade da ressonância magnética?
- Avaliação dos elementos neurais
- Bulging do disco → pseudohérnia
- Avalia a degeneração discal
Espondilolisteses
- Como se dá o tratamento conservador para pacientes assintomáticos na espondilolistese ístimica (tipo 2 de Wiltse)?
- Se > 10 anos → não precisa acompanhar
- Se potencial de crescimento → acompanhamento
Não precisa restringir atividade
Espondilolisteses
- Como se dá o tratamento conservador para pacientes sintomáticos na espondilolistese ístimica (tipo 2 de Wiltse)?
-
Repouso com fisioterapia
- Fortalecimento da musculatura do tronco
- Cessar esporte
- Órtese antilordótica
- Se não houver melhora ou piora até 3 semanas → intervenção
Espondilolisteses
- Quais as principais indicações para o tratamento cirúrgico na espondilolistese ístimica (tipo 2 de Wiltse)?
- Déficit neurológico
- Desbalanço sagital
- Deformidade progressiva
- Falha do tratamento conservador
Deve-se avaliar o equilíbrio sagital global e a estrutura óssea
Espondilolisteses
- Quais as principais opções para o tratamento cirúrgico na espondilolistese ístimica (tipo 2 de Wiltse)?
-
Reparo da pars
- Indicada para ausência de escorregamento ou degeneração
- Preserva a mobilidade lombar
- Artrodese in situ
-
PLIF ou TLIF (artrodese posterior)
- Redução é realizada de forma indireta
- Não precisa reduzir lesões de baixo grau
- Procedimento mais comum
- Restaura o alinhamento lombossacro
- É realizada a técnica de Gil (laminectomia de L5) em associação
- ALIF (artrodese anterior)
Espondilolisteses
- No tratamento cirúrgico da espondilolistese ístimica, quando está contraindicada a técnica de Gil (laminectomia de L5)?
- Somente se for realizada de forma isolada
- Normalmente é associada a artrodese posterior in situ (PLIF ou TLIF)
Espondilolisteses
- Quais as principais características da espondilolistese degenerativa (tipo 3 de Wiltse)?
- Tipo mais comum em adultos
- MULHERES, acima de 50 anos
- O seguimento L4- L5 é o mais acometido (depois L3-L4)
- Muitos pacientes são assintomáticos
- Pars intacta → alterações degenerativas
Espondilolisteses
- Qual o quadro clínico da espondilolistese degenerativa (tipo 3 de Wiltse)?
- Muitos assintomáticos → tende a estabilização
- Dor lombar baixa
- Claudicação neurogênica
- Alterações esfincterianas (raras)
Espondilolisteses
- Como se dá o tratamento conservador na espondilolistese degenerativa (tipo 3 de Wiltse)?
-
Fisioterapia
- Alongamento, fortalecimento e analgesia
- Condicionamento aeróbico
- Perda de peso
- Cessar o tabagismo
Espondilolisteses
- Quais as principais indicações para o tratamento cirúrgico na espondilolistese degenerativa (tipo 3 de Wiltse)?
- Falha do tratamento conservador
- Déficit neurológico progressivo
Espondilolisteses
- Quais as principais opções para o tratamento cirúrgico na espondilolistese degenerativa (tipo 3 de Wiltse)?
- Descompressão isolada
- Artrodese
- PLIF ou TLIF (artrodese posterior)
- ALIF (artrodese anterior)
- LLIF (abordagem minimamente invasiva com incisão lateral)
Espondilolisteses
- Quais as principais complicações do tratamento da espondilolistese degenerativa (tipo 3 de Wiltse)?
- Infecção
- Pseudoartrose
- Déficit neurológico
- Lesão vascular