ALTERAÇÕES DA COLUNA PEDIÁTRICA Flashcards

1
Q

Alterações da coluna pediátrica

  • No desenvolvimento, quantos centros de ossificação possue o Atlas (C1) e quando se dá o fechamento dos mesmos?
A
  • 3 centros de ossificação
    • Corpo vertebral (x1)
    • Arco neural (x2)
  • Fechamento → 7 anos
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Q

Alterações da coluna pediátrica

  • No desenvolvimento, quantos centros de ossificação possue o Axis (C2) e quando se dá o fechamento dos mesmos?
A
  • 4 centros de ossificação
    • Corpo vertebral (x1)
    • Arco neural (x2)
    • Dente (x1)
  • Fechamento
    • Dente → 6 a 7 anos
    • Arco neural / corpo → 3 a 6 anos
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3
Q

Alterações da coluna pediátrica

  • No desenvolvimento, quantos centros de ossificação possuem as vértebras da coluna subaxial (C3 a C7) e quando se dá o fechamentos dos mesmos?
A
  • 3 centros de ossificação
    • Corpo vertebral (x1)
    • Arco neural (x2)
  • Fechamento
    • Arco neural → 2 a 3 anos
    • Arco neural / corpo → 3 a 6 anos
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4
Q

Alterações da coluna pediátrica

  • Qual a definição de torcicolo?
A
  • Pescoço torcido

É um sintoma e não um diagnóstico

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Q

Alterações da coluna pediátrica

  • Quais as principais características do torcicolo?
A
  • Pode ser doloroso ou não doloroso
  • Congênito ou adquirido
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6
Q

Alterações da coluna pediátrica

  • Quais condições / patologias apresentam torcicolo (4 principais)?
A
  • Impressão basilar
  • Síndrome de Klippel-Feil
  • Subluxação rotatória atlantoaxial (Síndrome de Grisel)
  • Torcicolo muscular congênito
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7
Q

Impressão basilar

  • Definição:
A
  • Insinuação da coluna cervical na base o crânio
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8
Q

Impressão basilar

  • Quais as principais características?
A
  • Rara (primária: 1% da população geral)
  • Pode cursar com sintomas neurológicos
    • Constrição do forame magno ou compressão direta
  • Pode cursar com compressão da art. vertebral
  • Pescoço curto, assimetria da face, torcicolo
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9
Q

Impressão basilar

  • Como pode ser classificada / dividida (2)?
A
  • Primária
    • Associada a outros defeitos vertebrais
  • Secundária
    • Decorrente de uma doença sistêmica (ex: osteogênese imperfeita, Paget, osteomalácia)
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10
Q

Impressão basilar

  • Quais “linhas” podem ser utilizadas / traçadas na avaliação radiológica?
A
  • Linhas basilares
    • Linha de macRae
    • Linha de Chamberlain
    • Linha de McGregor
  • Linha digástrica (Metzger)
  • Linha do processo mastóide (Fischgold)
  • Regra de Clark
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11
Q

Impressão basilar

  • Na avaliação radiológica, como são traçadas as linhas basilares (3)?

Avaliam a “invasão” do odontóide no crânio

A
  • Linha de macRae = basio → opístio
    • Odontóide deve estar sempre abaixo desta linha
  • Linha de Chamberlain = palato duro → opístio
    • Odontóide só pode passar 3 mm desta linha
  • Linha de McGregor = palato duro → occipto
    • Odontóide só pode passar 5 mm desta linha

Bizu: Rae = Rei → ninguém pode estar acima do Rei (odontóide sempre abaixo!)

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12
Q

Impressão basilar

  • Na avaliação radiológica, como são traçadas as linhas digástrica (Metzger) e do processo mastóide (Fischgold) e quais os valores de referência?

Traçadas no corte coronal da TC

A
  • Linha digástrica (Metzger) → traçada entre as incisuras mastóideas → deve estar > 10,7 mm acima da ponta do odontóide (valores menores = impressão basilar)
  • Linha do processo mastóide (Fischgold) → traçada no polo inferior do processo mastoide → deve estar > 11, 6 mm acima da articulação atlanto-occipital (valores menores = impressão basilar)
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13
Q

Impressão basilar

  • Na avaliação radiológica, como são determinadas as zonas 1,2 e 3 na regra de Clark?
A
  • Odontóide é dividido em 3 partes iguais no plano sagital
  • Se o anel anterior do atlas estiver nivelado com o terço médio (zona 2) ou o terço inferior (zona 3) do processo odontóide, a impressão basilar estará presente
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14
Q

Impressão basilar

  • Qual o critério para a escolha do tratamento (conservador x cirúrgico)?
A
  • Status neurológico
    • Ausência de sintoma neurológico →conservador (observação)
    • Presença de sintoma neurológico → cirurgia
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15
Q

Impressão basilar

  • Quais os principais tipos de tratamento cirúrgico?
A
  • Fusão de C1-C2
  • Excisão do odontóide
  • Craniectomia + laminectomia
  • Fusão posterior
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16
Q

Síndrome de Klippel-Feil

  • Definição:
A
  • Fusão cervical congênita, envolvendo 2 segmentos, vários segmentos ou até mesmo a coluna cervical inteira (Campbell)
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17
Q

Síndrome de Klippel-Feil

  • Etiologia:
A
  • Falha na segmentação normal dos somitos cervicais entre a 3ª a 8ª semanas
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18
Q

Síndrome de Klippel-Feil

  • Epidemiologia:
A
  • Incidência estimada: 1:42.000
  • Predomínio masculino (1,5 M:1 F)
  • Etilismo materno
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19
Q

Síndrome de Klippel-Feil

  • Quadro clínico:
A
  • Tríade clássica → pescoço curto // baixa implantação dos cabelos // restrição da mobilidade cervical
  • Pterígio cervical → em alterações graves
  • Rotação e inclinação são mais afetadas
  • Degeneração precoce
  • Pode haver instabilidade
  • Fusão dos elementos posteriores (primeiros a se fundirem)
20
Q

Síndrome de Klippel-Feil

  • Qual o primeiro sinal da Síndrome de Klippel-Feil?
A
  • Fusão dos elementos posteriores
21
Q

Síndrome de Klippel-Feil

  • Qual a tríade da Síndrome de Klippel-Feil?
A
  • Paciente com pescoço curto
  • Implantação baixa dos cabelos
  • Restrição da mobilidade cervical (+ comum)
22
Q

Síndrome de Klippel-Feil

  • Dentro do quadro clínico, qual a alteração mais comum?
A
  • Restrição da mobilidade cervical
23
Q

Síndrome de Klippel-Feil

  • Classificação de Feil (3):
A
  • Tipo 1 → fusões cervicais + torácicas altas
  • Tipo 2 → fusão de 1 ou 2 pares de vértebras cervicais
  • Tipo 3 → fusões cervicais + torácicas baixa ou lombares
24
Q

Síndrome de Klippel-Feil

  • Classificação de Samartzis (3):

Radiográfica

A
  • Tipo 1um segmento cervical fusionado
  • Tipo 2múltiplos segmentos fusionados (não contíguos)
  • Tipo 3múltiplos segmentos fusionados (contíguos)
25
Q

Síndrome de Klippel-Feil

  • Principais condições associadas:
A
  • Cervical→ impressão basilar / anormalidades do odontóide
  • Escoliose (60%)
  • Anomalias renais (30%) → agenesia renal (+ comum)
  • Cardiopulmonar (4 a 14%) → defeito do septo ventricular
  • Surdez (30%)
  • Sincinesia (movimentos espelhados) (20%) → diminue com a idade
  • Deformidade de Sprengel (20 a 30%)
26
Q

Síndrome de Klippel-Feil

  • Qual a condição ortopédica mais associada?
A
  • Escoliose (60%)
    • Congênita → secundária a mal formação
    • Sem mal formação → abaixo da área de fusão (tendência a progressão da curva)
27
Q

Síndrome de Klippel-Feil

  • Qual o tratamento para sintomas mecânicos?
A
  • Conservador
    • Colar cervical + analgésico
28
Q

Síndrome de Klippel-Feil

  • Qual o tratamento para sintomas neurológicos?
A
  • Cirúrgico
    • Fusão + descompressão
      • Haloveste
      • Fusão occipitocervical

Fusão profilática é controversa!

29
Q

Subluxação rotatória atlantoaxial (Síndrome de Grisel)

  • Quais as principais características?
A
  • Causa comum de torcicolo na infância (a mais comum é o torcicolo muscular congênito)
  • Costuma ser autolimitada
  • Pode ser causada por trauma mínimo ou pós IVAS
  • Ocorre devido ao aumento da frouxidão ligamentar e capsular
30
Q

Subluxação rotatória atlantoaxial (Síndrome de Grisel)

  • Apresentação clínica:
A
  • Cabeça inclinada para o mesmo lado da luxação e rodada para outro (posição de Cock Robin)
  • ECOM em espasmo do lado contrário da luxação
31
Q

Subluxação rotatória atlantoaxial (Síndrome de Grisel)

  • Qual a apresentação radiológica (RX)?
A
  • RX transroal → assimetria das massas laterais
  • RX perfil → massa lateral em cunha e anterior
32
Q

Subluxação rotatória atlantoaxial (Síndrome de Grisel)

  • Classificação de Fielding-Hawkins (4):
A
  • Tipo 1 → rotação anterior sem translação (deslocamento)
  • Tipo 2 → rotação anterior com translação > 3 a 5 mm (ruptura lig. transverso)
  • Tipo 3 → rotação anterior com translação > 5 mm (ruptura lig. transverso + alar)
  • Tipo 4 → rotação posterior
33
Q

Subluxação rotatória atlantoaxial (Síndrome de Grisel)

  • Qual o tipo da classificação de Fielding-Hawkins mais comum?
A
  • Tipo 1 → rotação anterior sem translação (deslocamento)
34
Q

Subluxação rotatória atlantoaxial (Síndrome de Grisel)

  • O tratamento está condicionado ao ______ de subluxação.
A
  • Tempo
35
Q

Subluxação rotatória atlantoaxial (Síndrome de Grisel)

  • Tratamento não cirúrgico para < 1 semana de evolução:
A
  • Colar cervical de espuma + analgésico + repouso

A síndrome de Grisel costuma ser autolimitada!

36
Q

Subluxação rotatória atlantoaxial (Síndrome de Grisel)

  • Tratamento não cirúrgico para > 1 semana e < 1 mês de evolução:
A
  • Hospitalização + tração cervical para redução + colar de espuma por 4 a 6 semanas
37
Q

Subluxação rotatória atlantoaxial (Síndrome de Grisel)

  • Tratamento não cirúrgico para > 1 mês de evolução:
A
  • Hospitalização + halo craniano para redução e estabilização + colar de espuma por 4 a 6 semanas
38
Q

Subluxação rotatória atlantoaxial (Síndrome de Grisel)

  • Quais as principais indicações para o tratamento cirúrgico?
A
  • Falha do tratamento conservador
  • Alterações neurológicas
  • Desvio anterior
  • Deformidade > 3 meses
  • Deformidade recorrente (pelo menos 6 semanas de imonilzação)
39
Q

Subluxação rotatória atlantoaxial (Síndrome de Grisel)

  • Qual a principal modalidade cirúrgica?
A
  • Artrodese posterior C1-C2
40
Q

Torcicolo muscular congênito

  • Quais as principais características?
A
  • Causa MAIS comum de torcicolo na infância
  • Costuma ser notado ao nascimento
  • Nódulo palpável no lado acometido nos 3 primeiros meses
  • Causa desconhecida
41
Q

Torcicolo muscular congênito

  • Etiologia:
A
  • Entende-se como uma síndrome compartimental do músculo ECOM
  • A cabeça permanece intrauterinamente, rodada e torcida, o que leva à isquemia e posterior edema, hipoperfusão e fibrose
42
Q

Torcicolo muscular congênito

  • Quais os principais achados no exame físico inicial?
A
  • Cabeça inclinada para o lado acometido
  • Queixo rodado no sentido contrário
  • Plagiocefalia pode estar associada
43
Q

Torcicolo muscular congênito

  • Quais as principais indicações para o tratamento conservador?
A
  • Indicado na maioria dos casos
  • Fisioterapia com alongamento e massagem → melhora em 90% dos casos
44
Q

Torcicolo muscular congênito

  • Quais as principais indicações para o tratamento cirúrgico?
A
  • Restrição importante de mobilidade (< 30° de rotação)
  • Tratamento de exceção
  • Realizar até os 6 anos
  • Realizar alongamento ou liberação do ECOM
45
Q

Torcicolo muscular congênito

  • No tratamento, qual nervo está em risco na liberação do ECOM?
A
  • Nervo acessório
46
Q

Torcicolo muscular congênito

  • Como relação a contratura do ECOM, qual a diferença entre a subluxação rotatória atlantoaxial (síndrome de Grisel) e o torcicolo muscular congênito?
A
  • Subluxação rotatória atlantoaxial (síndrome de Grisel) → contratura do ECOM do lado NÃO acometido (sem subluxação)
  • Torcicolo muscular congênito → contratura do ECOM do lado acometido
47
Q

Torcicolo muscular congênito

  • O ECOM é acometido mais em qual porção?
A
  • Na inserção clavicular