FRATURA CERVICAL BAIXA Flashcards
Fratura cervical baixa
- Epidemiologia:
- Principal causa de TRM
- Trauma de alta energia
- Colisões > queda de altura > atropelamento > mergulho em águas rasas
- 80% → > 20 a 60 anos
- Glasgow < 9 → 3X mais chance de ter fratura
- 40% → C6-C7
Fratura cervical baixa
- Quais os cuidados pré-hospitalares?
- ATLS
- Manter colar cervical
- Não retirar o capacete até excluir lesão
Alta chance de sequela se não diagnosticada
Fratura cervical baixa
- Quais os cuidados hospitalares?
- Menor manipulação possível
- Mobilizar em bloco (nem sempre previne a lesão)
- PAM > 85 mmHg
- Corticóide é controverso
- Choque neurogênico pode estar presente
Fratura cervical baixa
- Qual a diferença entre choque hipovolêmico e choque neurogênico?
Fratura cervical baixa
- Qual a sequência de realização do exame físico inicial?
- De cranial para caudal
- Atentar se o paciente possui rotação fixa da cabeça
Fratura cervical baixa
- Quais os critérios “NEXUS” para solicitação de imagens?
- Défcit neurológico focal
- Evidência de Intoxicação
- Ponto de Sensibilidade na linha cervical
- Alteração do nível de Consciência
- Lesão dolorosa Secundária que possa distrair o paciente
Se preencher 1 critério → “DISCS” socorro! → imagem (RX e TC)!
Fratura cervical baixa
- Na avaliação por imagem no RX, onde traçar as linhas cervicais e quais as distâncias esperadas entre partes moles e óssea?
- 1) Cervical anterior
- 2) Cervical posterior
- 3) Espinolaminar
- 4) Espinhosos
- A) C2 → 6 mm
- B) C6 → 22 cm
Fratura cervical baixa
- Qual o padrão ouro de imagem para diagnóstico?
- Tomografia
Fratura cervical baixa
- Na classificação de Allen e Fergunson, quais parâmetros são levados em consideração (2)?
-
Posição da cabeça
- Flexão
- Extensão
-
Direção do trauma
- Compressão
- Distração
- Lateral
Fratura cervical baixa
- De acordo com os parâmetros considerados na classificação de Allen e Fergunson, quais as divisões / combinações descritas (6)?
- Flexão-compressão (mais importante)
- Flexão-distração (2° mais importante)
- Flexão-Lateral
- Extensão-compressão
- Extensão-distração
- Compressão vertical
Fratura cervical baixa
- Dentro da classificação de Allen e Fergunson, de forma geral, quais as características do mecanismo de “compressão”?
- Lesão óssea
- 5 estágios
- Ocorre translação a partir do 4° estágio
Fratura cervical baixa
- Dentro da classificação de Allen e Fergunson, de forma geral, quais as características do mecanismo de “distração”?
- Lesão ligamentar
- Flexão → 4 estágios
- Extensão → 2 estágios
Fratura cervical baixa
- Dentro da classificação de Allen e Fergunson, qual a divisão mais importante?
- Flexão-compressão
Fratura cervical baixa
- Dentro da classificação de Allen e Fergunson, quais os 5 estágios de “Flexão-compressão”?
- 1° estágio → compressão ântero-posterior do corpo
- 2° estágio → bico do corpo
- 3° estágio → fratura em gota de lágrima
- 4° estágio → translação posterior < 3 mm
- 5° estágio → translação posterior > 3 mm
Fratura cervical baixa
- Dentro da classificação de Allen e Fergunson, quais os 4 estágios de “Flexão-distração”?
- 1° estágio → Subluxação facetária
- 2° estágio → luxação Unifacetária
- 3° estágio → luxação Bifacetária // 50% de translação
- 4° estágio → luxação Bifacetária // 100% translação (vértebra flutuante)
Bizu: SUBB51
Fratura cervical baixa
- Como podem ser divididas as fraturas segundo a Classificação AO (4)?
- Tipo A → lesão por compressão (5 subtipos)
- Tipo B → lesão por distração / da banda de tensão (3 subtipos)
-
Tipo C → lesão por translação (rotação) (não tem subtipos)
- As mais graves
- Tipo F (para fraturas subaxiais) → lesão facetária (5 subtipos)
Fratura cervical baixa
- Dentro da classificação AO, qual a subdivisão do tipo A (lesão por compressão) (5 subtipos - A0 → A4)?
- Subtipo A0 → lesões mínimas (processo espinhoso, lâmina…)
- Subtipo A1 → compressão de 1 platô; não acomete o muro posterior
- Subtipo A2 → compressão de 2 platôs (split coronal); não acomete o muro posterior
- Subtipo A3 → explosão incompleta; acomete 1 platô; acomete o muro posterior
- Subtipo A4 → explosão completa; acomete 2 platôs; acomete o muro posterior
Diferença básica
A0, A1 e A2 → não acomete o muro posterior
A3 e A4 → acomete o muro posterior
Fratura cervical baixa
- Dentro da classificação AO, qual a subdivisão do tipo B (lesão por distração / da banda de tensão) (3 subtipos - B1 → B3)?
- Subtipo B1 → lesão transóssea da banda de tensão posterior
- Subtipo B2 → lesão do complexo capsuloligamentar posterior
- Subtipo B3 → lesão do complexo capsuloligamentar anterior
Fratura cervical baixa
- Dentro da classificação AO, qual a lesão do tipo C (lesão por translação)?
Não tem subdivisões
São as mais graves
- Luxação
Fratura cervical baixa
- Dentro da classificação AO, qual a subdivisão do tipo F (lesão facetária) (5 subtipos - F1 → F4 + BL)?
Nunca foi cobrada em prova! difícil de cair!
- Subtipo F1 → fratura não deslocada da faceta superior ou inferior
- Subtipo F2 → fratura facetária deslocada ou com instabilidade potencial da faceta superior ou inferior
- Subtipo F3 → fratura com massa lateral flutuante
- Subtipo F4 → lesão ligamentar capsular com separação das superfícies articulares das faceta
- Subtipo BL → modificador que indica que a lesão é bilateral no mesmo nível
Fratura cervical baixa
- Quais os critérios de instabilidade de White e Panjabi?
Definem o tratamento (conservador ou cirúrgico)
- Acometimento dos elementos Anteriores → 2 pts
- Acometimento dos elementos Posteriores → 2 pts
- Angulação de 11° → 2 pts
- Rotação de 11° → 2 pts
- Translação > 3,5 mm → 2 pts
- Antecipação de carga → 1 pt
- Acometimento Medular → 2 pts
- Estreitamento discal → 1 pt
- Acometimento de Nervo → 1 pt
- Teste de Tração positivo → 2 pts
≥ de 5 pontos → lesões instáveis → cirurgia!
BIZU master: APARTAMENT 3511
Fratura cervical baixa
- Dentre os critérios de instabilidade de White e Panjabi, quais pontuam 1 (3)?
- Bizu: “Todos pontuam 2, menos a ANE que pontua 1”
- Antecipação de carga
- Acometimento de Nervo
- Estreitamento discal
- Escala SLICS (classificação de Vaccaro) para lesões subaxiais (leva em consideração 3 parâmetros):
Critérios de instabilidade
Define o tratamento
- Morfologia da lesão / Mecanismo de fratura → pontua de 0 a 4
- Complexo discoligamentar → pontua de 0 a 2
- Estado neurológico → pontua de 0 a 4
- Se ≤ 3 → tratamento conservador
- Se = 4 → indeterminado
- Se ≥ 5 → tratamento cirúrgico
Fratura cervical baixa
- Quais as indicações para o tratamento conservador (3)?
- Fraturas estáveis
- Fraturas sem déficit neurológico
- Impossibilidade de tratamento cirúrgico
Fratura cervical baixa
- Quais as opções de imobilização para o tratamento conservador (4)?
- Órtese cervical
- Órtese cervicotorácica
- Halovest
- Pinça de Garner-Wells
Fratura cervical baixa
- No tratamento conservador, quais as características da órtese cervical?
- Reduzem mobilidade, mas não imobiliza
- Uso prolongado → lesões de pele
Fratura cervical baixa
- No tratamento conservador, qual a principal característica da órtese cervicotorácica (órtese de Minerva)?
- Melhor controle da cabeça
Fratura cervical baixa
- No tratamento conservador, quais as principais características da utilização do halovest?
- Controle de força rotacional e translacional
- Alta mortalidade em idosos
- Tem importância na manutenção da redução
- É utilizado prévio a cirurgia
Fratura cervical baixa
- No tratamento conservador, quais as principais características da pinça de Garner-Wells?
- Usado para aplicação tração
- Temporário
- Depende de integridade ligamentar
- 1 cm acima do mento auricular
-
Posição dos pinos → ver vetor de força
- Anterior → flexão
- Posterior → extensão
Fratura cervical baixa
- Qual a técnica de aplicação do halovest?
- Colocação de pinos anteriores e posteriores
- Pino anterior → 1 cm acima do 1/3 lateral do arco orbital
- Pino posterior → oposto ao pino anterior
- Manter olhos fechados na aplicação
- Riscos → n. supraorbital e n. supratroclear
- Deve-se apertar os pinos novamente em 24 - 48 horas
Fratura cervical baixa
- Na colocação do halovest, quais os nervos em risco (2)?
- N. supraorbital
- N. supratroclear
Fratura cervical baixa
- Quais as opções de acesso no tratamento cirúrgico (3)?
-
Via anterior
- Menor taxa de complicação
-
Via posterior
- Manter-se sobre o lig. nucal
- Não dissecar mais que 1,5 cm para lateral → risco de lesão da a. vertebral
- Combinado (ant. + post.)
Fratura cervical baixa
- No tratamento cirúrgico, qual o padrão ouro de material de síntese pela via posterior?
- Parafuso de massa lateral
Fratura cervical baixa
- No tratamento cirúrgico por via posterior, quais as principais técnicas para colocação de parafuso na massa lateral (3)?
- Roy-Camille (permite o melhor encaixe parafuso-haste)
- Margel (permite parafusos mais longos)
- An modificada (menor risco de lesão neurológica)
Fratura cervical baixa
- No tratamento cirúrgico por via posterior, pela técnica de Roy-Camille, como são colocados os parafusos na massa lateral?
- Entrada central na massa lateral
- Parafuso inclinado 10° lateral (mão do cirurgião para medial)
- Parafuso reto
permite o melhor encaixe parafuso-haste
Fratura cervical baixa
- No tratamento cirúrgico por via posterior, pela técnica de Margel, como são colocados os parafusos na massa lateral?
- Entrada supero-medial na massa lateral
- Parafuso inclinado 25° lateral (mão do cirurgião para medial)
- Parafuso inclinado 45° cefálica (superior)
Permite parafusos mais longos
Fratura cervical baixa
- No tratamento cirúrgico por via posterior, pela técnica de An modificada, como são colocados os parafusos na massa lateral?
- Entrada ínfero-medial
- Parafuso inclinado 25° lateral (mão do cirurgião para medial)
- Parafuso inclinado 25° cefálica (superior)
Menor risco de lesão neurológica