estenose hipertrófica de piloro Flashcards
O que é?
obstrução progressiva ao esvaziamento gástrico pela hipertrofia da musculatura pilorica
Características
estreitado, alongado e espessado
Possíveis causas:
hiperacidez, piloroespasmo, imaturidade dos gânglios mioentéricos
(Predisposição familiar)
Epidemiologia
mais comum em meninos, principal causa de vômito de tratamento cirúrgico em recém-nascidos e lactentes, não é comum após a décima segunda semana de vida (4-8 semanas)
Diagnóstico diferencial
refluxo gastroesofágico, síndrome adrenogenital perdedora de sal, hipertensão endocraniana por lesões no SNC, auresia pilórica, duplicação cística do piloro;
Quadro clínico
vômitos após a alimentação, em jato, alcalose hipoclorêmica, perda de peso, desidratação, desnutrição, icterícia, constipação intestinal, distensão do andar superior do abdome, podem existir ondas peristálticas visíveis
Oliva pilórica
Investigação laboratorial
hemograma, plaquetas, eletrólitos, creatinina, ureia, cálcio, gasometria arterial, provas de coagulação
Tratamento pré-operatório
NPO (nada da via oral), decúbito elevado, sonda nasogástrica, não existe nenhuma indicação cirúrgica de urgência na EHP, corrigir previamente os déficits de líquido, no caso de desnutrição grave usar a via parenteral
Tratamento cirúrgico
pequena laparotomia, incisão circumbilical, piloromiotomia
Complicações
perfuração de mucosa, vômitos pós-operatórios, infecção
Investigação por imagem
Radiografia de abdome (distensão gástrica com pouco ar distal ao piloro)
Radiografia contrastada do TGI superior
Na USG (espessura maior do que 3, comprimento maior que 17 e diâmetro maior que 14)
Incisão de Robertson
Pequena laparotomia subcostal direita paralela ao rebordo costal, lateral ao músculo reto abdominal com separação das fibras musculares)
Incisão circumbilical
Incisão curvilínea junto à prega umbilical superior
Abertura da fáscia na linha média no sentido longitudinal com amplas vantagens estéticas
O umbigo deve estar
Seco, sem secreção e o piloro hipertrófico móvel à palpação
Piloromiotomia
Via videolaparoscópica
(Pode ser por uma laparotomia transversal no QSD/incisão circumbilical - fechar, girar 90-180° e refazer a piloromiotomia, suturar a mucosa)
Fred-ramsted - incisão até a submucosa
Tratamento de piloros hipertróficos grandes, difíceis de ser exteriorizados
Pilorotomia intracorpórea (sem exteriorização)
Pilorotomia clássica
Realizada na porção ântero-superior do piloro, área relativamente avascular após sua exteriorização pela incisão abdominal
Cuidados pós-operatorios
Nada por via oral e sonda nasogástrica por 8h a 12h
Hidratação parenteral
Realimentação gradual após as primeiras 12h
Se tiver havido perfuração, deverá ficar sem nada por via oral e com sonda nasogástrica por 48h
Sinal do ombro
Representa a pressão do piloro sobre a borda côncava da teta
Por causa da direção cefálica do músculo hipertrofiado, a porção superior do antro fica mais indentada que a porção inferior
Sinal do bico de seio
Representa a onda peristáltica no início do canal pilórico estreitado
Sinal da teta
Representa a onda peristáltica junto à pequena curvatura e a compressão do antro pelo piloro hipertrofiado
Sinal do barbante ou fio
Representa o canal antro-pilórico aperistáltico, longo e estreitado. O piloro curva-se para cima e para esquerda. É representado por traço único, longo e central
Sinal do cogumelo
Representa a indentação convexa do bulbo duodenal pelo piloro hipertrofiado
Sinal do duplo trato
Formado pelo abaulamento da mucosa redundante dentro do canal pilorico estreitado que, por compressão, resulta na separação da coluna de contraste em dois traços longitudinais e paralelos
Causas de falso-negativos
Estômago hiperdistendido com leite e ar, inexperiência do radiologista, bebê muito pequeno e apresentação muito precoce
Causa de falso-positivo
Piloroespasmo