Empiema Pleural Flashcards
(EP) Conceito
Presença macroscópica de pus na cavidade pleural
Acúmulo de líquido infectado (presença de bactérias no bram e/ou cultura positiva) no espaço pleural
Critérios de Light
pH < 7,2
Glicose < 40mg/dL
DHL > 1000UI/dL
Derrame parapneumônico
É definido como a presença de líquido no espaço pleural desencadeada por pneumonia, abscesso pulmonar e bronquiectasias
Epidemiologia
0-3 anos
0,6 a 2% das pneumonia causam empiema
40% das crianças hospitalizadas por pneumonia apresentam algum grau de derrame pleural
Meninos
Fase aguda ou exsudativa
Líquido pleural transparente
Baixa contagem de leucócitos
Poucas bactérias presentes
24h/72h
Fase fibrino-purulenta
Líquido espesso, turvo, aparecimento de fibrina e pus e tendência a loculações
Até 14° dia
Neurófilos PMN
Glicose diminuída (metabolismo bacteriano e glicólise PMN) = CO2 e ácido láctico
Diminuição pH
DHL aumenta (lise celular)
Fase organizada
Espessa camada fibrosa junto às pleuras visceral e parietal, que pode encarcerar o pulmão
Organiza-se pelo crescimento de capilares e fibroblastos
14° mais
O aparecimento da fase organizada ou crônica está associado
Retardo de diagnóstico
Antibióticos impróprios
Cavidade pleural não-drenada, drenagem inadequada, ou drenada tardiamente
Remoção prematura da drenagem
Quadro clínico (EP)
Febre, piora da pneumonia, taquipneia, tosse, cianose, dor torácica, dor abdominal 20%, distensão abdominal por íleo paralítico, egofonia (voz caprino- alterações da voz alta), diminuição da amplitude dos movimentos respiratórios, abaulamento do hemitórax, desvio do ictus, desvio da traqueia, macicez à percussão, diminuição ou ausência do frêmito toracovocal, diminuição dos sons respiratórios, sopro pleural (sopro tubário modificado pela presença de camada líquida), pectoriloquia afônica (voz cochichada que é transmitida perfeitamente)
Investigação diagnóstica (EP)
Radiografias de tórax (AP, lateral, decúbito ipsilateral com raios horizontais) - obliteração do ângulo costo-frênico, baixa penetração do lado afetado, sinal do menisco, laurell
USG torácica
USG torácica
Ajuda a definir a existência de líquido livre, loculações, septos, espessamento pleural, quantifica a fibrina, orienta a toracocentese, ou drenagem torácica
Efusões de baixo grau de complexidade
Fluido anecoico ou loculação única
Efusões de alto grau de complexidade
Evidências de organização fibrinosa, com múltiplas septações e locucações
Tomografia computadorizada (EP)
Estuda espessamento pleural, loculação de fluidos e consolidação pulmonar
Cintilografia de perfusão (EP)
Hipocaptação por compressão do parênquima pulmonar
Germes mais comuns
Streptococcus pneumoniae
Staphylococcus aureus
Haemophilus influenzae
Streptococcus pyogenes
Klebsiella e pseudomas
(Agentes anaeróbios não são comuns em crianças abaixo dos seis anos)
Tratamento (sem consenso)
Antibióticos com início precoce
Agentes fibrinolíticos intrapleurais (estreptoquinase e uroquinase)
Toracocentese/drenagem
Vantagens da toracocentese
Confirma a presença de líquido, determina se o líquido é purulento, providencia material para cultura e dosagem bioquímicas, primeira forma de tratamento
Meios alternativos de tratamento cirúrgico
Debrudamento pleural (empiectomia) toracoscópico vídeo assistido
Minitoracotomia descrita por Raffensperger
Drenagem pleural aberta com dreno tubular
Drenagem pleural aberta não-entubada
Complicações (EP)
Encarceramento pulmonar que costuma ser reversível ao longo dos meses