Esôfago: esofagites e alterações motoras Flashcards
Quais os revestimentos histológicos do esôfago?
Camada submucosa + Epitélio escamoso estruturado
Quais são as peristalses do esôfago?
A primária, secundária e terciária.
O que é odinofagia?
É a deglutição dolorosa, resultante da ulceração da mucosa dentro da orofaringe ou do esôfago.
O que é o globo faríngeo?
É a sensação de corpo estranho localizada no pescoço que não interfere com a deglutição e às vezes é aliviada pela deglutição.
O que é a dor torácica retroesternal?
São várias patologias do esôfago fazendo diagnóstico com cardiopatia isquêmica (angina e IAM).
Quais são as duas fases da disfagia?
Fase orofaríngea (transferência): quando o problema se dá pela mastigação, salivação e ao engolir + Fase esofágica (condução): quando o sintoma se dá pela abertura altera do EES (Esfíncter esofágico superior/anterior), peristalse primária e aberto do EEI (Esfíncter esofágico inferior/posterior).
Quais são os exames complementares para avaliar o esôfago?
EDA; Esofagograma baritado; Manometria; e PHmetria com ou sem impedanciometria.
Quais são os tipos de esofagite?
Esofagite eosinofílica e infecciosa
O que é a esofagite eosinofílica?
É uma doença inflamatória crônica por reação imune que é antígeno mediada, e tem patologia desconhecida.
Qual o fator que leva ao diagnóstico de esofagite eosinofílica na patologia?
Uma contagem de mais de 15 eosinófilos por campo de grande aumento (40x) e eventual fibrose de lâmina própria.
Como é feito o tratamento da esofagite eosinofílica?
O uso de corticoide tópico, por possuir tratamento com evidências de efetividade + Budesonida ou Fluticasona deglutidos + IBPs e procinéticos, como apoio ao tratamento + Indicação de alimentos hipoalérgicos
Como é feito o tratamento da esofagite eosinofílica?
O uso de corticoide tópico, por possuir tratamento com evidências de efetividade + Budesonida ou Fluticasona deglutidos + IBPs e procinéticos (a exemplo de Bromopridas para auxiliar na contração do esôfago), como apoio ao tratamento + Indicação de alimentos hipoalérgicos
Qual a impactação possível do tratamento da esofagite eosinofílica?
Retira de urgência por EDA.
Quais são as esofagites infecciosas?
A) Esofagite por Candida
B) Esofagite por herpes vírus
C) Esofagite por CMV (Citomegalovírus)
OBS.: Normalmente, acometem pacientes imunossuprimidos por doenças terminais, HIV, caquexia e quimioterapia.
Quais são os principais sintomas das esofagites infecciosas?
Odinofagia; disfagia e eventual sangramento.
Como é feito o diagnóstico da esofagite infecciosa por Candida?
Anamnese, pela HPP + Sinais e sintomas: Odinofagia e disfagia + Exame físico, pois tem uma comum associação com candidíase oral (aspecto da mucosa em queijo cottages).
Qual o tratamento da esofagite infecciosa por Candida?
Fluconazol VO ou Anfotericina B, em casos graves + Tratamento da doença imunossupressora de base.
Como é feito o diagnóstico da esofagite infecciosa por Herpes?
Anamnese, pela HPP + EDA, por observar aspecto visual de úlceras em boca de vulcão + Biópsia, para avaliar aspectos patológicos de inclusão celular.
Como é feito o diagnóstico da esofagite infecciosa por Herpes?
Anamnese, pela HPP + EDA, por observar aspecto visual de úlceras em boca de vulcão + Biópsia, para avaliar aspectos patológicos de inclusão celular.
Qual o tratamento da esofagite infecciosa por Herpes?
De forma similar a herpes dermatológica - Aciclovir VO:
1) Crianças sem comprometimento imunológico – 20mg/kg/dose, via oral, 5 vezes ao dia, dose máxima de 800mg/dia, durante 5 dias.
2) Crianças com comprometimento imunológico ou casos graves – deve-se fazer uso de aciclovir endovenoso na dosagem de 10mg/kg, a cada 8 horas, infundido durante uma hora, durante 7 a 14 dias.
3) Adultos sem comprometimento imunológico – 800mg, via oral, 5 vezes ao dia, durante 7 dias. A maior efetividade ocorre quando iniciado nas primeiras 24 horas da doença, ficando a indicação a critério médico.
4) Adultos com comprometimento imunológico – 10 a 15mg de aciclovir endovenoso, 3 vezes ao dia por no mínimo 7 dias.
+ Tratamento da doença imunossupressora de base.
Como é feito o diagnóstico da esofagite infecciosa por CMV?
Semelhante as outras esofagites infecciosas + Achados de EDA: Úlceras superficiais extensas.
Qual o tratamento da esofagite infecciosa por CMV?
Ganciclovir + Tratamento da doença imunossupressora de base.
Como é feito o diagnóstico da esofagite infecciosa associada ao HIV+?
Semelhante as outras esofagites infecciosas + Achados de EDA: Úlceras gigantes e distais (no terço distal do esôfago).
A esofagite eosinofílica faz diagnóstico diferencial com qual patologia?
Diagnóstico diferencial com asma, que levanta a suspeita de DRGE.
Quais são os principais distúrbios motores do esôfago?
A) Acalasia
B) Divertículos esofágicos
C) Espasmos esofágicos
O que é a Acalasia?
É o não relaxamento adequado do EEI (Cardia), sendo chamado antigamente de espasmo de Cardia.
Qual a sintomatologia da Acalasia?
Disfagia progressiva crônica + Desnutrição.
Como é feito o diagnóstico de Acalasia?
Sintomas + Esofagograma + EDA
Qual é a consequência natural da fisiopatologia da Acalasia?
A formação de um megaesôfago.
Quais são as etiologias possíveis da Acalasia?
Idiopática, que é por idade + Secundária, em virtude da Doença de Chagas. Sendo que ambas ocasionam uma desmielinização do plexo miontérico.
Qual a classificação de Rezende para um megaesôfago (visualizado em esofagograma baritado)?
Grupo I - Diâmetro esofágico normal + Presença de contrações terciárias + Pequena retenção de bário em esôfago inferior.
Grupo II - Dilatação esofágico moderada + Maior número de contrações terciárias + Retenção de bário no terço médio esofágico.
Grupo III - Retenção esofágica e retenção de bário significantes + O eixo longitudinal do órgão é mantido em padrões normais
Grupo IV - Dilatação esofágica severa +Desvio do eixo longitudinal do corpo esofágico, que pode posicionar-se sobre o diafragma.
Quais os tratamentos da Acalasia?
Cirúrgico: com a EDA terapêutica (nos graus I e II); e com a Cirurgia/Cardiomiotomia de Heller + Cirurgia de Nissen (nos graus III e IV).
Doença de Barret e Acalasia grau IV.
Qual o melhor tratamento para Acalasia grau IV?
Esofagectomia.
O que são os divertículos esofágicos?
São saculações da parede de esôfago.
Qual a sintomatologia dos divertículos esofágicos?
Quais as patologias possíveis dos divertículos esofágicos?
Por pulsão e por tração.
Quais os tipos de divertículos esofágicos?
1) Divertículos de Zenker (únicos e por pulsão)
2) Divertículos mesoesofágicos (vários e por tração)
3) Divertículos epifrênicos (únicos e por pulsão)
Qual o tratamento do divertículo de Zenker?
É cirúrgico, implicando uma incisão lateral do pescoço seguida do simples encerramento da comunicação entre o divertículo e a faringe ou, em alternativa, a remoção completa do divertículo.
Qual o tratamento dosdivertículos mesoesofágicos?
Apesar da maioria ser assintomática (e constar apenas como achados endoscópicos), está indicada cirurgia antirrefluxo (quando este estiver presente).
Qual o tratamento dos divertículos epifrênicos?
Atualmente, quando gigante e sintomático, a diverticulectomia com cardiotomia e fundoplicatura laparoscópica é o tratamento cirúrgico de eleição.
Qual a etiologia e sintomatologia dos espasmos esofágicos?
Etiologia degenerativas e senilidade.
Sintomatologia: Dor torácica, disfagia, diagnóstico diferencial de angina pectoris e FORTE associação com transtornos de ansiedade.
Quais os tipos de espasmos esofágicos?
A) Esôfago em saca-rolhas
B) Esôfago em quebra-nozes
C) Espasmo esofagiano difuso
Quais as entidades funcionais do esôfago que devem ser pensadas a luz da anamnese, idade do paciente e dados epidemiológicos?
Dismotilidades, acalasia e divertículos.
Quais os sintomas de apresentação frequentes das entidades que devem ser pensadas em diagnósticos diferenciais com cardiopatias isquêmicas e DRGE?
Dor retroesternal e disfagia.