Epidemiologia Flashcards
Valor preditivo (VP): Probabilidade de um caso identificado com um instrumento ser de fato o resultado obtido (VP positivo ou VP negativo). O valor preditivo depende da sensibilidade e da especificidade do teste e, mais importante ainda, da prevalência da doença na população que está sendo testada. Mesmo que o teste possua alta sensibilidade e especificidade, se a prevalência da doença for baixa, o valor preditivo do teste pode ser muito baixo.
Diferença de risco - A diferença de risco, também chamada de excesso de risco, refere-se à diferença nas taxas de ocorrência entre expostos e não expostos. É uma medida útil em saúde pública porque dá uma ideia, em nível populacional, da extensão do problema causado pela exposição.Quando dois ou mais grupos são comparados, é importante que eles sejam o mais parecido possível, exceto no que se refere à exposição em estudo.
Fração atribuível - A fração atribuível, também chamada fração etiológica, é a proporção de todos os casos que pode ser atribuída a uma exposição em particular. É estimada dividindo-se a diferença de risco pela taxa de ocorrência de doença na população exposta.
Risco atribuível na população - O risco atribuível na população (RAP) é a incidência de uma doença na população que está associada a uma exposição para um determinado fator de risco. Essa medida é útil na determinação da importância de uma exposição em relação a toda a população, que inclui, portanto, expostos e não expostos. O RAP indica a proporção de redução na incidência da doença em toda a população, se a exposição fosse totalmente eliminada.
Risco relativo - O risco relativo ou razão de riscos (RR) é o resultado da divisão entre a ocorrência de doença no grupo exposto pela ocorrência de doença no grupo não exposto. Como indicador da força de associação, o risco relativo é melhor que a diferença de risco porque é expresso em relação a um grupo de referência, no caso, o grupo não exposto.
Ao contrário da diferença de risco, o RR está diretamente relacionado à magnitude da incidência no grupo de referência.
Risco atribuível - Risco atribuível refere-se à proporção (taxa) de doença ou qualquer outro desfecho que pode ser atribuído à exposição. Expressa o quanto a doença seria reduzida em caso de eliminação de uma dada exposição. Através do risco atribuível, é possível calcular o total excedente de doentes de uma população em decorrência de uma determinada exposição. Para isso, basta subtrair a taxa do desfecho, que pode ser doença ou morte, dos expostos em relação aos não expostos.
A investigação epidemiológica é dividida conceitualmente em três tipos: Epidemiologia descritiva, Epidemiologia analítica e Epidemiologia experimental.
Epidemiologia descritiva: Ocupa-se de observar a distribuição e a progressão da enfermidade na população. Por meio da observação, procura-se obter toda a sorte de informações relacionadas com a natureza e a magnitude do problema, procurando caracterizar todas as variáveis que concorram para sua ocorrência, como, por exemplo, extensão, espécies envolvidas, sexo, idade, estado físico, condições ambientais etc.
A epidemiologia descritiva pode fazer uso de dados secundários (dados pré-existentes de mortalidade e hospitalizações, por exemplo) e primários (dados coletados para o desenvolvimento do estudo).
Epidemiologia analítica: Os estudos analíticos abordam as relações entre o estado de saúde e as outras variáveis análise das observações feitas anteriormente. Com base nas informações recolhidas no estudo descritivo, procura-se formular e investigar hipóteses, com a finalidade de explicar o fenômeno, bem como os fatores que contribuem para sua causa. O estudo analítico pode ser retrospectivo, quando se refere a situações passadas, ou prospectivo, quando se realiza o acompanhamento da população durante a ocorrência da doença. Os estudos epidemiológicos são, em sua maioria, analíticos.
Os principais delineamentos de estudos analíticos são: a) ecológico; b) seccional (transversal); c) caso-controle (caso-referência); e d) coorte (prospectivo).
Epidemiologia experimental: Nesse tipo de estudo, também chamado estudo de intervenção, são realizados experimentos controlados. Estudos experimentais ou de intervenção envolvem a tentativa de mudar os determinantes de uma doença, tais como uma exposição ou comportamento, ou cessar o progresso de uma doença através de tratamento. São similares a experimentos realizados em outras ciências.Os principais delineamentos experimentais são: ensaios clínicos randomizados, cujos participantes são os pacientes; ensaios de campo em que os participantes são pessoas saudáveis; e ensaios comunitários, onde os participantes são os próprios membros da comunidade.
Os estudos epidemiológicos podem ser classificados em observacionais e experimentais. De uma maneira geral, os estudos epidemiológicos observacionais podem ser classificados em descritivos e analíticos.
- Observacionais: Estudos descritivos Estudos analíticos Ecológico Transversais (seccionais ou prevalência) Caso-Controle (caso-referência) Coorte (longitudinais ou incidência)
-Experimentais: Ensaio clínico randonizado controlado Ensaio clínico randonizado controlado em grupos Ensaios de campo Ensaios comunitários
Os estudos descritivos informam sobre a frequência e a distribuição de um evento. Como o próprio nome indica, têm o objetivo de determinar a distribuição de doenças ou condições relacionadas à saúde, segundo o tempo, o lugar e/ou as características dos indivíduos. Ou seja, responder à pergunta: quando, onde e quem adoece? Geralmente é a primeira parte de uma investigação epidemiológica, na qual são feitos o registro e a observação da doença e de possíveis fatores causais.
Os estudos puramente descritivos não tentam analisar possíveis associações entre exposições e efeito. Usualmente, são baseados em estatísticas de mortalidade e podem analisar a ocorrência de óbitos de acordo com a idade, sexo ou grupo étnico durante um período específico de tempo ou em vários países.
Em um estudo ecológico, as unidades de análise são grupos de pessoas ao invés de indivíduos. Compara-se a ocorrência da doença/condição relacionada à saúde e a exposição de interesse entre agregados de indivíduos (populações de países, regiões ou municípios, por exemplo) para verificar a possível existência de associação entre elas. Em um estudo ecológico típico, medidas de agregados da exposição e da doença são comparadas.
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