DTA Flashcards
O botulismo infantil é provocado pela ingestão de toxinas pré-formadas no alimento, essas toxinas são as causadoras da síndrome do “bebê mole”.
FALSO
Ao contrário do botulismo transmitido por alimentos, o botulismo infantil não é provocado pela ingestão de toxinas pré-formadas. Os endósporos germinam no trato intestinal, e as bactérias produzem as toxinas causadoras da síndrome do “bebê mole”.
Embora existam 12 espécies de Vibrio patogênicas ao homem, apenas V. cholerae, V. parahaemolyticus e V. vulnificus são mais preocupantes no que se refere a infecção humana.
VERDADE
As intoxicações alimentares por Staphylococcus aureus são causadas pelas enterotoxinas.
VERDADE
O V. vulnificus é isolado a partir de moluscos e águas litorâneas, na maioria das vezes de águas do mar com temperaturas inferiores a 10 a 15 ºC.
FALSO
O V. vulnificus é isolado a partir de moluscos e águas litorâneas, mas raras vezes de águas do mar com temperaturas inferiores a 10 a 15 ºC; porém os números aumentam quando a temperatura da água é superior a 21 ºC.
As consequências crônicas da salmonelose incluem artrites reativas após as enterites e síndrome de Reiter, que podem aparecer de 3 a 4 semanas após o início dos sintomas agudos. A artrite reativa pode ocorrer em cerca de 1 a 2% dos casos.
VERDADE
O isolamento de pequenas quantidades do Clostridium perfringens em alimentos não significa necessariamente um perigo de toxinfecção alimentar.
VERDADE
As espécies de Salmonella invadem as células do alto trato intestinal de mamíferos pela indução de rearranjos de actina, o que resulta em formação de pseudópodos que engolfam a bactéria.
FALSO
As espécies de Salmonella invadem as células do baixo trato intestinal de mamíferos pela indução de rearranjos de actina, o que resulta em formação de pseudópodos que engolfam a bactéria.
A Yersinia enterocolitica é capaz de se multiplicar em temperaturas de refrigeração, essa não é uma técnica efetiva de controle, a menos que combinada com a adição de conservantes.
VERDADE
O Clostridium botulinum não pode se multiplicar em alimentos ácidos ou acidificados com pHs menores do que 4,6.
VERDADE
Os Campylobacter são finos bastonetes Gram-positivos e aerófilos, entretanto sua tolerância ao oxigênio é dependente da espécie e da cepa. Sua multiplicação ótima ocorre entre 42 a 46 ºC, e não se multiplicam em temperaturas abaixo de 30 ºC.
FALSO
Os Campylobacter são finos bastonetes Gram-negativos (0,2 –0,9 μm x 0,2-5,0 μm). São microaerófilos (que requerem 3 a 5% de oxigênio e 2 a 10% de dióxido de carbono), entretanto sua tolerância ao oxigênio é dependente da espécie e da cepa. Sua multiplicação ótima ocorre entre 42 a 46 ºC, e não se multiplicam em temperaturas abaixo de 30 ºC. Portanto, não se multiplicam em temperaturas ambientes ou de refrigeração.
A E. coli enteropatogênica (EPEC) causa vômitos, febre e diarreia aquosa contendo muco e sangue. O micro-organismo coloniza as microvilosidades de todo o intestino e produz a lesão característica de adesão e desaparecimento (“attaching and effacing”; A/E) nas bordas da microvilosidade.
FALSO
E. coli enteropatogênica (EPEC), causa diarreia aquosa em crianças. A EPEC causa vômitos, febre e diarreia aquosa contendo muco, mas não sangue. O micro-organismo coloniza as microvilosidades de todo o intestino e produz a lesão característica de adesão e desaparecimento (“attaching and effacing”; A/E) nas bordas da microvilosidade.
Os sintomas do botulismo incluem visão dupla, náusea, vômito, fadiga, tonturas, dores de cabeça, garganta e nariz secos e falhas respiratórias.
VERDADE
Campylobacter jejuni, C. coli e C. lari
C. jejuni e C. coli são comensais em bovinos, suínos e pássaros. O C. jejuni é com frequência a espécie dominante em aves, enquanto C. coli e C. lari predominam em suínos e pássaros, nessa ordem. O Campylobacter upsaliensis tem sido frequentemente isolado a partir de gatos e cachorros domésticos.
VERDADE
Em relação ao Bacillus cereus, a estabilidade da toxina causadora da síndrome emética é inativação a 56°C por 30 minutos.
FALSO
A toxina emética é estável (126 oC, 90 min; pH 2-11).
O botulismo pode durar de duas horas até 14 dias, dependendo da dose e da vulnerabilidade do hospedeiro. A taxa de fatalidade é de cerca de 10%.
VERDADE
Do mesmo modo que outras bactérias entéricas, as espécies de Salmonella invadem as células do baixo trato intestinal de mamíferos pela indução de rearranjos de actina, o que resulta em formação de pseudópodos que engolfam a bactéria. O papel das adesinas ainda não foi definido, mas a invasão das células epiteliais por Salmonella spp. muito provavelmente ocorra após adesão às microvilosidades por meio de adesinas (fímbria do tipo I sensível à manose). A Salmonella invade as células epiteliais do intestino. Embora essas células não sejam fagocíticas, a bactéria utiliza o sistema de secreção do Tipo III para injetar vários fatores bacterianos na célula hospedeira, os quais afetam uma série de processos dessa célula
VERDADE
A virulência do Vibrio parahaemolyticus é associada com a produção de uma hemolisina termoestável (TDH), com habilidade de invadir os enterócitos, e talvez com a produção de uma enterotoxina (provavelmente do tipo shigatoxina).
VERDADE
Os sintomas agudos e complicações crônicas E. coli ETEC incluem diarreia sanguinolenta.
FALSO
A E. coli EPEC que apresenta diarreia sanguinolenta.
Existem sete tipos de Clostridium botulinum: A, B, C, D, E, F e G. Eles são diferenciados basicamente pela antigenicidade da toxina.
VERDADE
As cepas de ETEC da E. coli assemelham-se ao V. cholerae porque ambos não aderem à mucosa do intestino delgado e produzem sintomas somente após invadi-la, produzindo toxinas que atuam nas células mucoides, provocando diarreia.
FALSO
As cepas de ETEC assemelham-se ao V. cholerae porque ambos aderem à mucosa do intestino delgado e produzem sintomas sem invadi-la, mas produzindo toxinas que atuam nas células mucoides, provocando diarreia.
A L. monocytogenes é resistente ao nitrito e à acidez, tolera altas concentrações de sal e sobrevive à estocagem sob congelamento por longos períodos.
VERDADE
As medidas de controle do Campylobacter incluem tratamento térmico (congelamento/esterilização) e processos higiênicos de abate e processamento.
FALSO
Tratamento térmico deve ser pasteurização ou esterilização, mas não o congelamento.
O Bacillus cereus é encontrado em toda a natureza, sendo isolado do solo, da vegetação, da água doce e dos pelos de animais. É comumente encontrado em baixos níveis nos alimentos (<102UFC/g), os quais são considerados aceitáveis.
VERDADE
O Plesiomonas shigelloides tem sido isolado a partir de água doce, peixes e moluscos de água doce, e de muitos tipos de animais, incluindo gado, caprinos, suínos, gatos, cães, macacos, urubus, cobras e sapos.
VERDADE
As cepas de E. coli enteropatogênica (EPEC) não produzem qualquer enterotoxina ou citotoxina. Elas invadem, aderem e acabam com as vilosidades das células epiteliais. Isso induz uma lesão característica nas células epiteliais, nas quais as microvilosidades são perdidas e a membrana celular subjacente é elevada para a formação de um pedestal.
VERDADE
O V. vulnificus é associado a infecções em feridas e septicemias fatais, possuindo a maior taxa de morte que qualquer agente causador de doenças de origem alimentar.
VERDADE
A doença alimentar do tipo emética causada por Bacillus cereus tem origem em produtos de arroz, alimentos ricos em carboidratos.
VERDADE
Os sintomas típicos da febre tifoide incluem, entre outros, diarreia e icterícia.
FALSO
Os sintomas típicos da febre tifoide são:
- Febre alta contínua de 39 a 40 ºC
- Letargia
- Cãibras abdominais
- Cefaleia
- Perda de apetite
- Podem surgir erupções cutâneas achatadas, de coloração rósea
A Salmonella Typhimurium possui muitas espécies como hospedeiros, incluindo humanos, aves e camundongos. Esse sorovar é frequentemente associado com ovos, mas é mais comum estar relacionado à carne de frango, enquanto Salmonella Typhi infecta apenas humanos.
VERDADE
A SEA é a toxina que costuma estar mais associada com intoxicações causadas por Staphylococcus (cerca de 77% dos surtos), e é codificada por um bacteriófago temperado. Outras toxinas comums são a SED (38%) e a SEB (10%). Essas toxinas são altamente termoestáveis e resistentes a cocção e a enzimas proteolíticas.
VERDADE
A Shigella é uma bactéria altamente contagiosa que coloniza o trato intestinal. É bastante similar à E. coli, mas pode ser diferenciada por produzir gás a partir de carboidratos (aerogênica) e por ser lactose-positiva.
FALSO
A Shigella é uma bactéria altamente contagiosa que coloniza o trato intestinal, pode ser diferenciada por não produzir gás a partir de carboidratos (anaerogênica) e por ser lactose-negativa.
Na Síndrome Hemolítica Urêmica (HUS) causada pela E. coli O157:H7, trombocitopenia é a principal causa de morte em crianças, enquanto a falha renal aguda é a principal causa em adultos.
FALSO
Falha renal aguda é a principal causa de morte em crianças, enquanto trombocitopenia é a principal causa em adultos.
Clostridium botulinum tipos A, B, E e F são os principais causadores de botulismo humano e tipos C e D em animais.
VERDADE
O controle de contaminação de alimentos por estreptococos é realizado por meio do controle rigoroso da higiene pessoal e da exclusão de manipuladores com dor de garganta da área de produção.
VERDADE
A enterotoxina produzida pelo Clostridium perfringens é associada à esporulação, possivelmente induzida pelo ambiente ácido do estômago. Essa toxina é uma proteína termossensível e poucos casos de intoxicação alimentar são causados por sua ingestão.
VERDADE
As intoxicações humanas são causadas pela ingestão de alimentos contendo o Staphylococcus aureus, que replica nas células mucoides do intestino.
FALSO
As intoxicações humanas são causadas pela ingestão de enterotoxinas produzidas nos alimentos por algumas cepas de Staphylococcus aureus.
A doença causada pelo Clostridium perfringens dura normalmente 3 dias; entretanto, sintomas menos graves podem persistir, em alguns indivíduos, por 1 ou 2 semanas. Muitas mortes já foram relatadas como resultado de desidratação e de outras complicações.
FALSO
A doença dura normalmente 24 horas. Poucas mortes já foram relatadas como resultado de desidratação e de outras complicações.
Os sintomas causados por Plesiomonas shigelloides podem iniciar em 20 a 24 horas após o consumo de água ou alimento contaminado e duram de 1 a 9 dias. A diarreia é aquosa, sem muco e sem sangue. Em casos mais graves, entretanto, pode ser amarelo-esverdeada, espumosa e com sangue.
VERDADE
O Clostridium botulinum causa uma doença de origem alimentar denominada botulismo, a qual é uma intoxicação causada pela ingestão de neurotoxinas pré-formadas.
VERDADE
A maioria dos casos de shigelose resulta da ingestão de alimentos ou água contaminados com fezes humanas. A Shigella frequentemente causa surtos em creches.
VERDADE
Existe uma correlação entre a probabilidade de infecção pelo V. parahaemolyticus e os meses mais quentes do ano.
VERDADE
Há apenas duas espécies de Salmonella, S. enterica e S. bongori, que são divididas em oito grupos.
VERDADE
O Vibrio cholerae causa cólera, que é a infecção por Vibrio mais conhecida. Humanos infectados podem ser portadores, o que é um fator importante na transmissão da doença, uma vez que água utilizada para beber ou lavar alimentos pode tornar-se contaminada com material fecal.
VERDADE
As Yersinia spp invadem a camada mucosa e iniciam multiplicação intracelular.
FALSO
Yersinia spp penetram a camada mucosa e espalham-se na lâmina própria e nos nódulos linfáticos.
A Yersinia enterocolitica é resistente a condições de estocagem adversas como congelamento durante 16 meses.
VERDADE
Mesmo que pequenas quantidades, o isolamento do Clostridium perfringens em alimentos significa necessariamente um perigo de toxinfecção alimentar.
FALSO
O isolamento de pequenas quantidades dessa bactéria em alimentos não significa necessariamente um perigo de toxinfecção alimentar.
Os Campylobacter são a causa mais comum da paralisia flácida aguda.
VERDADE
O Yersinia enterocolitica possui alta incidência em carne suína crua.
VERDADE
A E. coli enteropatogênica (EPEC) comumente conhecida como causadora da diarreia dos viajantes, causa diarreia aquosa, com aparência similar à água de arroz, e produz febres baixas.
FALSO
A EPEC causa vômitos, febre e diarreia aquosa contendo muco, mas NÃO sangue.
E. coli enterotoxigênica (ETEC) é comumente conhecida como causadora da diarreia dos viajantes.
As infecções causadas por Yersinia são similares a apendicites e linfadenites mesentéricas. A bactéria pode também provocar infecções em outros lugares, como ferimentos, articulações e trato urinário.
VERDADE
O V. parahaemolyticus é bastante resistente ao calor, e os surtos frequentemente se devem a processos de manipulação inadequados e a temperaturas elevadas.
FALSO
O organismo é bastante sensível ao calor.
Em relação aos Campylobacter, o período de incubação é de 2 a 10 dias, com a maioria das pessoas apresentando sintomas aos 4 dias.
VERDADE
A Shigella dysenteriae povoa o colo e entra nas células mucoides, onde se multiplica com rapidez, e move-se em direção lateral para infectar as células mucoides adjacentes, provocando inflamação intensa na lâmina própria e na camada mucoide, e a resposta inflamatória acarreta a presença de sangue e muco nas fezes da vítima.
VERDADE
Os estreptococos do Grupo D causam dor de garganta séptica e febre escarlatina, além de outras infecções pirogênicas e septicêmicas. O organismo também pode causar “síndrome do choque tóxico”.
FALSO
Os estreptococos do Grupo A causam dor de garganta séptica e febre escarlatina, além de outras infecções pirogênicas e septicêmicas. O organismo também pode causar “síndrome do choque tóxico”.
A enterotoxina produzida pelo Clostridium perfringens é associada à esporulação, possivelmente induzida pelo ambiente ácido do estômago. Essa toxina é uma proteína termorresistente e muitos casos de intoxicação alimentar são causados por sua ingestão.
FALSO
Essa toxina é uma proteína TERMOSSENSÍVEL de 36 mil Da de tamanho. É destruída pelo calor (o valor D90 é de 4 minutos) e POUCOS casos de intoxicação alimentar são causados por sua ingestão.
Os Campylobacter não se multiplicam em temperaturas ambientes ou de refrigeração.
VERDADE
Salmonella é um gênero da família Enterobacteriaceae. São Gram-negativas, anaeróbias facultativas, não formam endósporos e têm forma de bastonetes curtos. A maioria das espécies é móvel, com flagelos peritríquos; S. Gallinarum e S. Pullorum não são móveis.
VERDADE
São exemplos de bactérias que produzem toxinas, mas não aderem ou se multiplicam no trato intestinal, o B. cereus, o St. aureus, o Clostridium perfringes e o Cl. botulinum.
VERDADE
A E. coli é uma bacteria Gram-negativa, formadora de endósporos, anaeróbia estrita; é um gênero que faz parte do grupo Enterobacteriaceae.
A E. coli é não formadora de endósporos e anaeróbia facultativa
A toxina termoestável (ST) produzida por cepas de ETEC da E. coli é uma família de toxinas pequenas, as quais podem ser divididas em dois grupos: solúveis em metanol (STa) e não solúveis em metanol (STb). A STa causa aumento nos níveis de GMP cíclico (não no cAMP) no citoplasma da célula hospedeira, o que leva à perda de fluidos.
VERDADE
Os sintomas agudos e complicações crônicas da E. coli EIEC incluem cãibras abdominais, vômito, febre, calafrios, letargia generalizada, síndrome urêmica hemolítica.
VERDADE
A L. monocytogenes é bastante forte e resiste extraordinariamente bem, considerando que é uma bactéria não esporulada, aos efeitos deletérios do congelamento, da secagem e do calor. Sua capacidade multiplicação em temperaturas tão baixas quanto 3ºC propicia que se multiplique em alimentos refrigerados. Os alimentos que apresentam os maiores riscos são aqueles que permitem a multiplicação da L. monocytogenes. Ao contrário, alimentos que apresentam os menores riscos de causarem listeriose são os que foram processados ou têm fatores intrínsecos ou extrínsecos que previnem a multiplicação dessa bactéria. Por exemplo, se o pH do alimento for igual ou menor que 4,4, a atividade de água for igual ou menor que 0,92, ou se for congelado.
VERDADE
Os animais são os únicos reservatórios do Staphylococcus aureus, apesar de, frequentemente, estar presente nas vias nasais e na garganta de indivíduos saudáveis.
FALSO
Os estafilococos existem no ar, na poeira, no esgoto, na água, no leite e nos alimentos ou equipamentos para processar alimentos, nas superfícies expostas aos ambientes, nos seres humanos e nos animais. OS HUMANOS E OS ANIMAIS SÃO OS PRINCIPAIS RESERVATÓRIOS. OS ESTAFILOCOCOS ESTÃO PRESENTES NAS VIAS NASAIS E NA GARGANTA E TAMBÉM NO CABELO E NA PELE DE 50% OU MAIS DOS INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS. Essa incidência pode ser ainda maior para indivíduos associados ou que entram em contato com pessoas doentes e ambientes hospitalares.
Embora causem disenterias similares às causadas por espécies de Shigella, as cepas de EHEC provavelmente não invadam as células mucoides tanto quanto as cepas de Shigella.
VERDADE
Uma vez que a Salmonella não tolera o baixo pH do estômago, a dose infecciosa (ingerida) é na ordem de 105 bactérias.
VERDADE
O principal sintoma apresentado na infecção pelo V. cholerae é diarreia aquosa profusa.
VERDADE
Os tipos A, C e D de Clostridium perfringens são patógenos humanos, enquanto os tipos B, C, D e E são patógenos animais.
VERDADE
As cepas de ETEC da E. coli produzem dois tipos de enterotoxinas: uma do tipo cólera, chamada de toxina termossensível (LT), e uma segunda toxina diarreica denominada toxina termoestável (ST).
VERDADE
O Bacillus cereus produz toxinas diarreicas durante a multiplicação no intestino delgado humano, enquanto as toxinas eméticas são pré-formadas no alimento.
VERDADE
O fato de o organismo não ser facilmente destruído pela acidez do estômago pode ser o motivo de a Sh. dysenteriae ter uma dose de infecção baixa.
VERDADE
Em relação a Salmonella, gastrenterites geralmente são causadas S. Typhi e S. Paratyphi.
FALSO
A febre entérica geralmente é causada por S. Typhi e S. Paratyphi.
O C. jejuni adere à mucosa do intestino delgado e produzem sintomas sem invadi-la, mas produzindo toxinas que atuam nas células mucoides, provocando diarreia .
FALSO
O mecanismo de ação apresentado na assertiva é característico das cepas E. coli enterotoxigênica (ETEC).
O C. jejuni, após colonização da mucosa e adesão à superfície das células intestinais, perturba a capacidade de absorção normal do intestino devido aos danos causados na função das células epiteliais. Isso é resultado tanto de ação direta, que se caracteriza por INVASÃO CELULAR OU PRODUÇÃO DE TOXINA(S), quanto indireta, seguindo o início de uma resposta inflamatória. Além disso, o C. jejuni coloniza o íleo distal e o colo no trato intestinal humano.
Em relação ao Campylobacter, fontes desse micro-organismo incluem água potável.
FALSO
Campylobacter jejuni, C. coli e C. lari
…
Fontes desse micro-organismo incluem:
- Animais de criação: suínos, bovinos e caprinos
- Animais domésticos: gatos e cães
- Frango
- Leite cru
- Água poluída
Os critérios utilizados para identificação dos coliformes são a produção de gás proveniente da glicose (e de outros açúcares) e a fermentação da lactose com produção de ácido e gás, em um período de 48 horas, a 35 ºC.
VERDADE
A forma mais comum de toxinfecção por Cl. perfringens é caracterizada por cólicas abdominais intensas e diarreias que iniciam 24 horas após o consumo do alimento contendo grande quantidade do micro-organismo capaz de produzir as toxinas causadoras da enfermidade.
FALSO
As cólicas abdominais intensas e diarreias que iniciam 8 a 12 horas após o consumo do alimento contaminado.
A Brucella é um cocobacilo Gram-negativo, estritamente aeróbio, que causa a brucelose.
VERDADE
Campylobacter jejuni O:19 (GBS) e Clostridium perfringens do tipo C são considerados perigos graves para populações restritas, riscos de vida, sequelas crônicas e longa duração.
VERDADE
A toxina produzida pelas E. coli produtoras de shigatoxinas” ou STEC destrói as células intestinais do colo humano e pode causar danos adicionais aos rins, ao pâncreas e ao cérebro. As células mortas se acumulam e bloqueiam os rins, causando síndrome hemolítica urêmica (HUS).
VERDADE
O Clostridium botulinum pode se multiplicar em alimentos ácidos ou acidificados com pHs menores do que 4,6.
FALSO
O Clostridium botulinum não pode se multiplicar em alimentos ácidos ou acidificados com pHs menores do que 4,6.
A E. coli entero-hemorrágica (EHEC) causa diarreia sanguinolenta, colite hemorrágica, síndrome hemolítica urêmica (HUS) e púrpura trombótica trombocitopênica. Esse grupo inclui a E. coli produtora de shigatoxina ou STEC (antes conhecida como E. coli verotoxigênica, VTEC), sorovares O157:H7, O26:H11 e O111:NM.
VERDADE
A toxina botulínica é formada por duas proteínas, fragmento A (cadeia leve – LC) e fragmento B (cadeia pesada – HC), as quais são ligadas por uma ponte dissulfídica. A cadeia pesada é responsável pelo efeito da toxina nas células nervosas.
FALSO
A cadeia leve é responsável pelo efeito da toxina nas células nervosas.
O controle do Clostridium perfringens é atingido sobretudo por meio da cocção e do resfriamento. Os resfriamentos rápidos de 55 para 15 ºC reduzem a possibilidade de germinação dos endósporos que possam ter sobrevivido. Pelo reaquecimento do alimento até 70 ºC logo antes do consumo, é possível destruir qualquer célula vegetativa presente.
VERDADE
Entre outros, os sintomas de infecções causadas por estreptococos do grupo A são: inflamação e irritação na garganta, dores ao engolir, amigdalite, febre alta e dor de cabeça.
VERDADE
As SEA, SED, e a SEB são toxinas gastrintestinais, assim como superantigênicas, e estimulam os monócitos e os macrófagos a produzir citocinas. Essas toxinas têm sido associadas com a síndrome de choque tóxico, intoxicações alimentares, bem como alergias e doenças autoimunes.
VERDADE
A espécie L. monocytogenes é subdividida em 13 sorovares. Surtos provocados pelo sorovar ___ são bem mais frequentes em casos envolvendo gestantes, enquanto o sorovar ___ é mais comum em casos com mulheres não grávidas
4b
1/2b
O Campylobacter é relatado como produtor de pelo menos três toxinas, quais são elas?
A enterotoxina termossensível, a toxina distensora citoletal (CLDT) e as citotoxinas proteicas termossensíveis.
Em relação à Salmonella, o período de incubação antes da doença é de cerca de ____. A enfermidade costuma ser autolimitada e persiste durante ___
12 a 36 horas.
4 a 7 dias.
A E. coli _____, comumente conhecida como causadora da diarreia dos viajantes, causa diarreia aquosa, com aparência similar à água de arroz, e produz febres baixas. O micro-organismo coloniza a parte proximal do intestino delgado.
Enterotoxigênica (ETEC)
A transmissão da E. coli O157:H7 para humanos ocorre, principalmente, por meio do consumo de ovos contaminados.
FALSO
O gado parece ser o principal reservatório de E. coli O157:H7. A transmissão para humanos ocorre, principalmente, por meio do consumo de alimentos contaminados, tais como carnes cruas ou pouco cozidas e leite cru.
A Salmonella é capaz de metabolizar a lactose e a sacarose.
FALSO
A Salmonella é incapaz de metabolizar a lactose e a sacarose.
Coliforme é um termo geral para bactérias Gram-negativas, anaeróbias, facultativas, em forma de bastonetes.
VERDADE
Os Campylobacter são a maior causa de gastrenterites bacterianas em humanos, totalizando até 400 a 500 milhões de casos no mundo em cada ano.
VERDADE
No intestino delgado, o Vibrio cholerae invade os enterócitos e produz uma enterotoxina, a toxina da cólera, que age nas células epiteliais causando necrose no intestino.
FALSO
O V. cholera ADERE À SUPERFÍCIE MUCOIDE devido a adesinas associadas à célula e PRODUZ UMA EXOTOXINA, toxina da cólera, que age nas células mucoides do intestino.
Em relação ao Clostridium perfringens, sintomas crônicos incluem gangrena gasosa e enterite necrotizante.
VERDADE
A temperatura ótima de multiplicação da Salmonella é de cerca de ___ e a mínima fica em torno de ___.
…38 ºC
…a mínima fica em torno de 5 ºC.
A Y. enterocolitica possui flagelos peritríquios quando se multiplica a 25 ºC, mas não quando se desenvolve a 35 ºC. A multiplicação ótima do micro-organismo ocorre na faixa de 30 a 37 ºC.
VERDADE
_____________ produzem a febre tifoide e doenças semelhantes em humanos. Essa febre é uma doença que causa risco de vida. O micro-organismo multiplica-se no tecido submucoso do epitélio do íleo e propaga-se no corpo via macrófagos.
S. Typhi e S. Paratyphi A, B e C
O Campylobacter jejuni não é destruído quando cozido a 60 ºC, ainda que por vários minutos, devido a formação de endósporos. Por isso, os principais mecanismos de controle são regimes de cozimento acima de 85 ºC.
FALSO
O C. jejuni é rapidamente destruído quando cozido a 55 a 60 ºC por vários minutos, e não forma endósporos.
Atualmente, os incidentes notificados envolvendo Campylobacter são mais frequentes do que quaisquer outros patógenos, e têm sido relacionados com graves distúrbios neurológicos, como a síndrome de Guillain-Barré (GBS) e a síndrome de Miller-Fischer.
VERDADE
O Clostridium botulinum é um bastonete Gram-positivo, anaeróbio estrito com flagelos peritríquios.
VERDADE
A Salmonella em geral causa uma das seguintes doenças:
- Gastrenterites: S. Enteritidis e S. Typhimurium
- Febre entérica: S. Typhi e S. Paratyphi
- Doença sistêmica invasiva: S. Cholerasuis
VERDADE
A E. coli EAggEC alinha-se em fileiras paralelas, tanto em tecidos celulares quanto em lâminas. Essa agregação foi descrita como “empilhamento de tijolos”. Elas produzem uma toxina termossensível e hemolítica.
FALSO
A EAggEC produz uma TOXINA TERMOSSENSÍVEL, relacionada antigenicamente à hemolisina, mas que NÃO É HEMOLÍTICA, e uma toxina termoestável codificada por um plasmídeo (EAST1) sem qualquer relação com a enterotoxina termoestável da ETEC. Imagina-se que a EAggEC fique aderida à mucosa intestinal e produza as enterotoxinas e citotoxinas, as quais resultam em diarreia secretória e em danos à mucosa. Essa bactéria tem sido associada a má nutrição e retardo de crescimento, na ausência de diarreia.
A EHEC tem duas vias principais de virulência que contribuem para a doença: o gene que codifica a shigatoxina e os genes da ilha de patogenicidade denominada local de desaparecimento do enterócito (locus of enterocyte effacement – LEE).
VERDADE
Entre outros, as características de enterites causadas por ____ incluem doença semelhante a gripe, dores abdominais, febre e diarreia, que pode ser profusa, aquosa e frequentemente com sangue em crianças.
Campylobacter.
As infecções por Escherichia coli enterotoxigênica e Vibrio cholerae são exemplos clássicos de toxinfecções.
VERDADE
Toxinfecções – são causadas por micro-organismos toxigênicos (que produzem toxinas), cujo quadro clínico é provocado por toxinas liberadas quando estes se multiplicam, esporulam ou sofrem lise na luz intestinal. Essas toxinas atuam nos mecanismos de secreção/absorção da mucosa do intestino. As infecções por Escherichia coli enterotoxigênica, Vibrio cholerae, Vibrio parahaemolyticus, Clostridium perfringens e Bacillus cereus (cepa diarreica) são exemplos clássicos.
A dose infectante é sempre um limiar preciso de um micro-organismo, toxina ou agente químico contida no alimento capaz de causar DTA.
FALSO
Não é um limiar preciso e sim um indicador relativo de infectividade.
“Dose infectante – Dose mínima de um microrganismo, toxina ou agente químico contida no alimento capaz de causar DTA. Não é um limiar preciso, mas é útil como indicador relativo da infectividade de um patógeno de origem alimentar. Essa dose é dependente do organismo, hospedeiro e alimento”.
O peristaltismo e a acidez gástrica influenciam a variedade e a localização das bactérias no tubo digestivo, assim, a distribuição da microbiota é homogênea e a sua diversidade e quantidade é decrescente ao longo do trato gastrointestinal.
FALSO
A distribuição da microbiota não é homogênea e a sua diversidade e quantidade é crescente ao longo do trato.
Os vômitos presentes nas intoxicações possivelmente estão associados a uma ação das toxinas sobre o estômago.
FALSO
Intoxicações – são provocadas pela ingestão de toxinas formadas em decorrência da intensa proliferação do micro-organismo patogênico no alimento (diferente da toxinfecção, o microrganismo produz essa toxina ainda no alimento). Os mecanismos de ação dessas toxinas em humanos não estão bem esclarecidos. Observações em animais sugerem alterações na permeabilidade vascular e inibição da absorção de água e sódio levando às diarreias. Os vômitos possivelmente estão associados a uma ação das toxinas sobre o sistema nervoso central. Exemplos clássicos deste processo são as intoxicações causadas por Staphylococcus aureus, Bacillus cereus (cepa emética) e Clostridium botulinum”.
A EPEC adere aos enterócitos do intestino delgado, mas destrói a arquitetura microvilar normal, induzindo a fixação característica e apagamento da lesão. Os distúrbios do citoesqueleto são acompanhados por uma resposta inflamatória e diarreia. Adesão inicial, 2. Translocação de proteínas por secreção de tipo III, 3. Formação de pedestal (não invade e não produz toxina) -> lesão A/C (ilhas patogênicas de LEE -interina).
Verdade
A EHEC também induz a inserção e apagamento, mas no cólon. A característica distintiva da EHEC é a elaboração da toxina Shiga (Stx), cuja absorção sistêmica leva a complicações potencialmente fatais. Causa diarreia com sangue, pode ou não invadir.
Verdade
Da mesma forma, a ETEC adere aos enterócitos do intestino delgado e induz diarreia aquosa pela secreção de enterotoxinas termolábeis (LT) e / ou estáveis ao calor (ST). Não invade - Diarreia dos viajantes
Verdade
A EAEC (agregativa) adere aos epitélios do intestino delgado e grosso em um biofilme espesso e elabora enterotoxinas e citotoxinas secretoras. Não invade, tem toxina ST, causa diarreia com muco.
Verdade
A EIEC (invasiva - plasmídios) invade a célula epitelial do cólon, lisa o fagossoma e se move através da célula por nucleação de microfilamentos de actina. A bactéria pode mover-se lateralmente através do epitélio por propagação direta célula a célula, podendo sair e reentrar na membrana plasmática basolateral. Causa diarreia com muco e sangue, não tem toxina.
VERDADE
Shigella spp. são bacilos anaeróbicos facultativos Gram-negativos, não formadores de esporos. A doença é transmitida por via fecal-oral, com uma dose infecciosa de apenas 10–100 organismos. Na maioria dos casos, Shigella spp. causa uma doença autolimitada, mas pode ser fatal em crianças e em indivíduos imunocomprometidos. Sinonímia – Disenteria bacilar clássica.
VERDADE
Shigella sp.
A entrada no epitélio do cólon é mediada de duas maneiras: ruffling (ondulação) da membrana das células M e desestabilização da barreira epitelial.
VERDADE
O organismo produz shigatoxina, uma exotoxina, com estrutura AB5 e uma CLDT pouco caracterizada. A toxina AB5 é estruturalmente semelhante à toxina do cólera, embora haja pouca semelhança nas sequências de aminoácidos. As subunidades B da shigatoxina, da mesma forma que as da toxina do cólera, reconhecem o glicolipídeo (GB3) da superfície da célula hospedeira. A shigatoxina primeiro se liga à superfície das células de mamíferos e então é internalizada por endocitose. A remoção para ativação e translocamento da subunidade A ocorre no interior da célula hospedeira.
VERDADE
Os sintomas aparecem no período de 16 até 71 horas, após a exposição à Shigella; o período de incubação costuma ser de uma semana para Sh. dysenteriae ( mais grave e mais comum em países subdesenvolvidos). Os sintomas da Sh. sonnei são em geral menos graves do que os das outras espécies de Shigella. A Sh. dysenteriae pode ser associada com graves doenças, incluindo megacólon tóxico e síndrome hemolítica urêmica. As células de Shigella são encontradas nas fezes por 1 a 2 semanas durante a infecção.
Verdade
A gama de sintomas clínicos está relacionada ao estado imunológico do hospedeiro e à espécie causadora de Shigella, que diferem na presença de alguns fatores de virulência críticos, incluindo a toxina Shiga.
Verdade
Shigella sp.: O dano ao longo do epitélio do cólon leva ao principal sintoma clínico de diarreia, contendo sangue e, às vezes, muco, que pode ser acompanhado por cólicas abdominais e febre.
Verdade
Shigella sp.: A disseminação da infecção é geralmente limitada ao revestimento intestinal, mas outras manifestações podem estar presentes, tais como: anorexia, náuseas, vômitos, cefaleia, convulsões e sinais meningíticos. A principal complicação em crianças é o megalocólon tóxico, enquanto outras complicações possíveis incluem a síndrome hemolítico-urêmica, caracterizada por insuficiência renal, níveis baixos de plaquetas e glóbulos vermelhos e uma taxa de letalidade de 35%, bem como artrite pós-reativa.
Verdade
Listerias são Gram-positivas, não formadoras de endósporos, móveis, anaeróbias facultativas em forma de bastão, podem crescer em baixas temperaturas (0 a 42°C) e são bastante resistentes a estresses ambientais, como baixo pH (4,1 a 9,6), baixa atividade de água (> 0,92) e altas concentrações de sal (10%).
Verdade
O gênero Listeria conta com 18 espécies identificadas, duas delas, Listeria monocytogenes e Listeria ivanovii, patogênicas para humanos e ruminantes, respectivamente. A espécie L. monocytogenes é classificada de acordo com os antígenos somático (O) e flagelar (H).
Verdade
Os sorovares considerados responsáveis por mais de 98% dos casos de listeriose em humanos são:
1/2a (15 a 25% dos casos)
1/2b (10 a 35% dos casos - surtos principalmente em mulheres não grávidas)
4b (37 a 64% dos casos – surtos principalmente em gestantes).
Verdade
A pasteurização não é suficiente para destruir a Listeria spp.
FALSO
A pasteurização é suficiente para destruir a Listeria spp.
Listeria spp. : Os sinais clínicos são geralmente similares à gripe (febre, cefaleia, vômito, náusea), e sintomas crônicos incluem aborto, nascimento de feto morto ou prematuro quando a mulher grávida é infectada no segundo e terceiro trimestres, abscessos, meningite, encefalite, septicemia.
V
L. monocytogenes possui capacidade de produzir biofilmes, assim como aderir, invadir e se multiplicar em diferentes tipos celulares, como macrófagos e uma variedade de células não fagocíticas como as células endoteliais e os hepatócitos. Essa capacidade está relacionada a uma variedade de proteínas conhecidas como internalinas. As principais são as internalinas A (InlA) e a internalina B (InlB), que são proteínas de superfície caracterizadas por repetições ricas em leucina (LRR).
VERDADE
L. monocytogenes move-se através do citoplasma para invadir células adjacentes pela polimerização da actina formando longas caudas.
VERDADE
L. monocytogenes:
Sua presença intracelular em células fagocitárias também permite acesso ao cérebro e provavelmente migração da placenta para o feto em mulheres grávidas.
VERDADE
Mecanismos de infecção da Listeria monocytogenes:
1) Engolfamento no vacúolo
2) Formação da cauda de actina
3) Invasão da célula adjacente
Verdade
“Infecções – são causadas pela ingestão de micro-organismos patogênicos, denominados invasivos, com capacidade de penetrar e invadir tecidos, originando quadro clínico característico como as infecções por Salmonella spp, Shigella spp, Yersinia enterocolitica e Campylobacter jejuni”.
Verdade
O Clostridium perfringens é um bacilo Gram-positivo, aeróbico, capaz de esporular, que pode ser facilmente encontrado em diversos tipos de ambientes (solo, dejetos sólidos, esgotos) além do intestino de diversos animais e homem (sem necessariamente causar doença).
FALSO
o C. perfringens é anaeróbico.
Clostridium perfringens
Além de ser capaz de invadir células, essa bactéria também produz toxinas e enzimas que podem causar doenças tanto intestinais (relacionadas com alimentos) quanto musculares (relacionadas com infecção de feridas).
FALSO
C. perfringens não invade células!
Clostridium perfringens é subdividido em 5 sorotipos: A, B, C, D e E, baseado nas toxinas intracelulares produzidas, as chamadas toxinas alfa, beta, épsilon e iota. A maioria das toxinas produzidas por essa bactéria possuem um único alvo, a membrana plasmática da célula hospedeira.
FALSO
as toxinas são extracelulares
Clostridium perfringens
As formas patogênicas mais comuns em humanos se dividem em 3 tipos: toxinfecção alimentar, enterite necrosante e gangrena gasosa, sendo as duas primeiras relacionadas ao consumo de alimentos contaminados, já a gangrena está associada a feridas superficiais.
FALSO
as feridas da gangrena gasosa são profundas.
Clostridium perfringens
A toxinfecção alimentar é a forma de apresentação mais prevalente, e geralmente está relacionada com o sorotipo A, em especial em cepas capazes de produzir a Clostridium perfringens enterotoxin (CPE). Os sintomas mais comuns desse tipo de contaminação incluem diarreia e dores abdominais, que têm início de 8 a 16 horas após a ingestão do alimento contaminado, podendo persistir por até 24 horas antes de serem interrompidas naturalmente em indivíduos saudáveis. Apesar de não ser considerado um quadro especialmente grave, em idosos e pessoas com imunidade comprometida pode chegar a ser fatal.
VERDADE
a E. coli é uma bactéria Gram-negativa em forma de bastonete, anaeróbia facultativa e que faz parte do grupo Enterobacteriaceae.
VERDADE
A maioria dos sorovares de E. coli não são patogênicos e fazem parte da flora intestinal normal (cerca de 106 organismos/g). Entre os patógenos intestinais, existem seis categorias bem descritas: E. coli enteropatogênica (EPEC), E. coli enterohemorrágica (EHEC), E. coli enterotoxigênica (ETEC), E. coli enteroagregativa (EAEC), E. coli enteroinvasiva (EIEC) e E. coli difusamente aderente (DAEC).
VERDADE
A presença dessa população de bactérias no intestino suprime a multiplicação de bactérias prejudiciais e é importante para a síntese de vitamina B. Fermentam lactose e são imóveis, além de serem capazes de crescer na temperatura de 5°C a 67°C, e a temperatura ideal é de 45°C a 60°C (termófilas). A faixa de pH de crescimento é de 3,8 a 9,5, e o pH ideal entre 7 e 7,5.
FALSO
são móveis e com flagelos peritríquios. Além disso, crescem em temperaturas de de 5°C a 47°C, e a temperatura ideal é de 35°C a 40°C (mesófilas).
Três síndromes clínicas gerais podem resultar da infecção por um desses patotipos: doença entérica / diarreica, infecções do trato urinário (ITU) e sepse/meningite. Um patotipo animal adicional, conhecido como E. coli patogênica bovina (BPEC), causa infecções extra intestinais - principalmente respiratórias, pericardite e septicemia de bovídeos.
FALSO
o patótipo animal não é de bovinos e sim de aves (APEC).
Os vários sorotipos de E. coli são caracterizados com base na detecção dos antígenos L (lipopolissacarídeo), Vi (flagelar) e F (fímbrias) compartilhados, mas atualmente também vêm sendo utilizados métodos que consideram aspectos fenotípicos e genotípicos.
FALSO
os antígenos do lipopolissacarideo são o “O”, o flagelar é o “H” e o fimbrial é o “F”.
O Campylobacter é ubíquo no meio ambiente e é considerado um micro-organismo comensal em muitas espécies. A respeito disso: são bastonetes, Gram-negativos, móveis, microaerófilos, termófilas, com crescimento ideal entre 37 e 42°C e, por isso, a elevada temperatura metabólica (42°C) das aves predispõe esta espécie para ser o principal reservatório de Campylobacter spp. e auxilia na manutenção desse agente.
VERDADE
Campylobacter
Apesar de não serem capazes de formar esporos, em condições de desenvolvimento desfavoráveis, pode ocorrer uma retração citoplasmática levando as células a adquirirem uma forma cocóide. Esta característica confere à bactéria a capacidade de entrar num estado descrito como “viável não cultivável” (VNC), que permite sobreviver ao estresse ambiental de forma a manter a virulência.
VERDADE
Das espécies identificadas, as que estão frequentemente implicadas nos surtos de doença gastrointestinal são C. coli e C. jejuni, sendo reconhecidas como as mais importantes e com maior potencial patogênico do ponto de vista da segurança alimentar. Também o C. upsaliensis e o C. lari ocasionalmente estão envolvidos em surtos alimentares.
Verdade
C. jejuni e C. coli são comensais em bovinos, suínos e pássaros. O C. jejuni é com frequência a espécie dominante em bovinos, enquanto C. coli e C. lari predominam em suínos e pássaros, nessa ordem. O Campylobacter upsaliensis tem sido frequentemente isolado a partir de gatos e cachorros domésticos.
FALSO
C. jejuni é frequentemente a espécie dominante em aves e não em bovinos.
A campilobacteriose é caracterizada por uma gastroenterite autolimitada, com presença de diarreia, febre, dor de cabeça, vômitos, cãibras e cólicas abdominais entre 1 e 72 horas após a infecção.
VERDADE
Shigella spp. são bacilos anaeróbicos facultativos Gram-negativos, não formadores de esporos. A doença é transmitida por via fecal-oral, com uma dose infecciosa de apenas 10–100 organismos.
VERDADE
Na maioria dos casos, Shigella spp. causa uma doença autolimitada, mas pode ser fatal em crianças e em indivíduos imunocomprometidos. Sinonímia – Disenteria bacilar clássica.
VERDADE
S. dysenteriae (sorotipo A) causa doença epidêmica grave em países menos desenvolvidos, S. flexneri (B) causa doenças em países em desenvolvimento, S. bodyii (C)está confinado ao subcontinente indiano e S. sonnei (D) ocorre em países desenvolvidos e é uma causa importante da diarreia do viajante.
VERDADE
Em 60% de todos os casos, S. flexneri é a causa mais comum de shigelose em todo o mundo. Cada espécie de Shigella contém um único cromossomo circular e um plasmídeo de virulência.
VERDADE
Shigella flexneri (sorotipo A) é a mais grave e mais comum em países subdesenvolvidos
Verdade
A exploração da maquinaria de montagem de actina epitelial permite que a Shigella se mova tanto intra quanto intercelularmente
Verdade
Os sintomas aparecem no período de 16 até 71 horas, após a exposição à Shigella; o período de incubação costuma ser de uma semana para Sh. dysenteriae.
Verdade
Os sintomas da Sh. sonnei são em geral menos graves do que os das outras espécies de Shigella
Verdade
As células de Shigella são encontradas nas fezes por 1 a 2 semanas durante a infecção.
Verdade
SHIGELLA
O dano ao longo do epitélio do cólon leva ao principal sintoma clínico de diarreia, contendo sangue e, às vezes, muco, que pode ser acompanhado por cólicas abdominais e febre.
VERDADE
SHIGELLA
A disseminação da infecção é geralmente limitada ao revestimento intestinal, mas outras manifestações podem estar presentes, tais como: anorexia, náuseas, vômitos, cefaleia, convulsões e sinais meningíticos.
VERDADE
SHIGELLA
A principal complicação em crianças é o megalocólon tóxico, enquanto outras complicações possíveis incluem a síndrome hemolítico-urêmica, caracterizada por insuficiência renal, níveis baixos de plaquetas e glóbulos vermelhos e uma taxa de letalidade de 35%, bem como artrite pós-reativa.
VERDADE
Listeria monocytogenes
Listerias são Gram-positivas, não formadoras de endósporos, móveis, anaeróbias facultativas em forma de bastão, podem crescer em baixas temperaturas (0 a 42°C) e são bastante resistentes a estresses ambientais, como baixo pH (4,1 a 9,6), baixa atividade de água (> 0,92) e altas concentrações de sal (10%).
VERDADE
O gênero Listeria conta com 18 espécies identificadas, duas delas, Listeria monocytogenes e Listeria ivanovii, patogênicas para humanos e ruminantes, respectivamente.
VERDADE
A espécie L. monocytogenes é classificada de acordo com os antígenos somático (O) e flagelar (H), em 13 sorotipos.
Os sorovares considerados responsáveis por mais de 98% dos casos de listeriose em humanos são: 1/2a (15 a 25% dos casos)
1/2b (10 a 35% dos casos - surtos principalmente em mulheres não grávidas)
4b (37 a 64% dos casos – surtos principalmente em gestantes).
VERDADE
LISTERIA
A pasteurização é suficiente para destruir o organismo.
VERDADE
LISTERIA
A bactéria é oportunista e raramente infecta indivíduos saudáveis. Indivíduos sujeitos a alto risco de contrair listeriose após a ingestão de alimentos infectados incluem fetos e recém-nascidos que se contaminam por meio da mãe durante a gravidez, idosos e pessoas com o sistema imune comprometido, além de indivíduos com a acidez estomacal reduzida, caracterizada por um alto número de fatalidades, variando entre 20 e 30%
VERDADE
LISTERIA
Os sinais clínicos são geralmente similares à gripe (febre, cefaleia, vômito, náusea), e sintomas crônicos incluem aborto, nascimento de feto morto ou prematuro quando a mulher grávida é infectada no segundo e terceiro trimestres, abscessos, meningite, encefalite, septicemia.
VERDADE
L. monocytogenes possui capacidade de produzir biofilmes, assim como aderir, invadir e se multiplicar em diferentes tipos celulares, como macrófagos e uma variedade de células não fagocíticas como as células endoteliais e os hepatócitos. Essa capacidade está relacionada a uma variedade de proteínas conhecidas como internalinas. As principais são as internalinas A (InlA) e a internalina B (InlB), que são proteínas de superfície caracterizadas por repetições ricas em leucina (LRR)
VERDADE
LISTERIA
O organismo move-se através do citoplasma para invadir células adjacentes pela polimerização da actina formando longas caudas. Através de protuberâncias nas células adjacentes, entra no citoplasma e repete o ciclo em que escapa do vacúolo e se multiplica.
VERDADE
LISTERIA
Uma vez que entre nos monócitos, macrófagos ou leucócitos polimorfonucleares do hospedeiro, a bactéria pode se disseminar pela corrente sanguínea (podendo causar septicemia) e se multiplicar. Sua presença intracelular em células fagocitárias também permite acesso ao cérebro e provavelmente migração da placenta para o feto em mulheres grávidas.
VERDADE
O gênero Yersinia pertencente à família Enterobacteriaceae e consiste em 18 espécies, das quais apenas três, Yersinia pestis, Yersinia enterocolitica e Yersinia pseudotuberculosis, são patogênicas para humanos e animais.
VERDADE
Y. enterocolitica é um patógeno de distribuição cosmopolita, isolado de humanos em vários países ao redor do mundo, principalmente em áreas de clima mais frio.
VERDADE
É um pequeno bacilo Gram-negativo, não esporulado, anaeróbio facultativo. Predominam as formas cocóides quando em cultivo jovem de 22º a 25ºC e, em culturas mais velhas a 37ºC, os bacilos tendem ao pleomorfismo (quando apresenta mais de uma forma). São psicrotróficos (resistem bem ao congelamento), podendo se multiplicar em temperaturas que variam de 0 a 44ºC (multiplica-se em temperatura de refrigeração), e temperatura ótima de crescimento entre 25 e 28ºC. Crescem numa faixa ampla de pH que varia de 4 a 10, e o ideal é pH 7,6. Crescem em uma concentração máxima de 5% de sal (NaCl).
VERDADE
Os perfis bioquímicos da Y. enterocolitica variam da temperatura de incubação (possui flagelos peritríquios quando se multiplica a 25 ºC, mas não quando se desenvolve a 35 ºC = móvel a 25ºC e imóvel a 37ºC).
VERDADE
YERSINIA ENTEROLITICA
As mais altas taxas de incidência da infecção são reportadas em crianças de até quatro anos de idade, as quais costumam apresentar uma diarreia autolimitada, por vezes com sangue. Crianças acima de cinco anos e adultos costumam apresentar febre e dor abdominal com episódios de diarreia e/ou vômito.
VERDADE
YERSINIA ENTEROLITICA
A literatura registra um largo espectro de sinais e sintomas, como febre, diarreia, náuseas, vômitos e dores abdominais; um perfil clínico que abrange desde uma gastrenterite autolimitada, passando por enterocolite, linfadenite mesentérica aguda (similar à apendicite – dor no quadrante direito inferior), ileíte terminal, até septicemia fatal.
VERDADE
A septicemia/bacteremia não é uma complicação comum em decorrência de uma infecção por Y. enterocolitica, no entanto, quando ocorre, pode levar a óbito em 30 a 60% dos casos. Embora na maioria dos casos seja autolimitada e não deixe sequelas, poderá também desencadear complicações autoimunes. As complicações imunológicas decorrentes deste quadro incluem artrite reativa, eritema nodoso, glomerulonefrite, miocardite e tireoidite.
VERDADE
O suíno e seus produtos ocupam uma posição de destaque como fonte de infecção e de veiculação de Y.enterocolitica para os seres humanos. Na maioria das vezes, é transmitida ao homem através da ingestão de carne suína malcozida, leite, água ou tofu.
VERDADE
YERSINIA ENTEROLITICA
O primeiro evento da patogênese é a colonização no trato intestinal, particularmente intestino delgado distal (íleo terminal) e cólon proximal.
VERDADE
YERSINIA ENTEROLITICA
- Móvel a 25ºC e imóvel a 37ºC
- Principal reservatório: suíno
- Muito resistente à estocagem
VERDADE
Algumas bactérias possuem características diferenciais, como o Clostridium perfringens, que desenvolve formas esporuladas que são resistentes a altas temperaturas, mas inativadas pelo frio. Com relação às toxinas, sabe-se que algumas são termolábeis (lábil = instável; inativadas pelo calor), como a toxina do botulismo e outras são termoestáveis (não são inativadas pelo calor), como as toxinas produzidas pelo Staphylococcus aureus e o Bacillus cereus
VERDADE
O sistema imune elimina toxinas de baixo peso molecular. Entretanto, compostos de alto peso molecular e não polares, como micotoxinas, não são eliminados e, portanto, são rapidamente absorvidos no trato intestinal.
FALSO
A assertiva encontra-se incorreta, visto que o sistema imune elimina toxinas de alto peso molecular e são os de baixo peso molecular (como micotoxinas) que não são eliminados e são absorvidos.
Cocos Gram-positivos são importantes no trato intestinal do ponto de vista numérico e incluem Peptostreptococcus e Enterococcus. Os bastonetes Gram-negativos e facultativos, tais como Proteus, Klebsiella e E. coli, se apresentam em quantidades muito maiores que os Bacteroides.
FALSO
Os bastonetes Gram-negativos se apresentam em quantidades muito menores que os Bacteroides.
Infecções – são causadas pela ingestão de micro-organismos patogênicos, denominados invasivos, com capacidade de penetrar e invadir tecidos, originando quadro clínico característico como as infecções por Salmonella spp, Shigella spp, Yersinia enterocolitica e Campylobacter jejuni
VERDADE
Toxinfecções – são causadas por micro-organismos toxigênicos (que produzem toxinas), cujo quadro clínico é provocado por toxinas liberadas quando estes se multiplicam, esporulam ou sofrem lise na luz intestinal. Essas toxinas atuam nos mecanismos de secreção/absorção da mucosa do intestino. As infecções por Escherichia coli enterotoxigênica, Vibrio cholerae, Vibrio parahaemolyticus, Clostridium perfringens e Bacillus cereus (cepa diarreica) são exemplos clássicos.
VERDADE
Intoxicações – são provocadas pela ingestão de toxinas formadas em decorrência da intensa proliferação do micro-organismo patogênico no alimento (diferente da toxinfecção, o microrganismo produz essa toxina ainda no alimento). Os mecanismos de ação dessas toxinas em humanos não estão bem esclarecidos. Observações em animais sugerem alterações na permeabilidade vascular e inibição da absorção de água e sódio levando às diarreias. Os vômitos possivelmente estão associados a uma ação das toxinas sobre o sistema nervoso central. Exemplos clássicos deste processo são as intoxicações causadas por Staphylococcus aureus, Bacillus cereus (cepa emética) e Clostridium botulinum.
VERDADE
Intoxicações não bacterianas – quando outros agentes não bacterianos estão envolvidos com DTA, como nas intoxicações por metais pesados, agrotóxicos, fungos silvestres, plantas e animais tóxicos (Ex.: moluscos, peixes). Os mecanismos fisiopatológicos são variáveis, envolvendo ação química direta do próprio agente sobre tecidos ou órgãos específicos ou a ação de aminas biogênicas presentes no alimento tóxico.
VERDADE
A ocorrência de surtos de DTA é de notificação compulsória mensal.
FALSO
A notificação é compulsória e imediata.
As infecções por Clostridium perfringens e Bacillus cereus (cepa emética) são exemplos clássicos de toxinfecções.
FALSO
A cepa emética do B. cereus se enquadra como uma intoxicação.
Toxinfecções: Escherichia coli enterotoxigênica, Vibrio cholerae, Vibrio parahaemolyticus, Clostridium perfringens e Bacillus cereus (cepa diarreica).
Staphylococcus aureus são micro-organismos pertencentes à família Staphylococcaceae, cocos, Gram e catalase positivos, imóveis, anaeróbios facultativos, não-esporulados, geralmente não-encapsulados, que ocorrem em agrupamentos semelhantes a cachos de uvas. Podem também ser encontrados isolados, aos pares ou em pequenas cadeias, dependendo da idade da colônia.
VERDADE
Staphylococcus aureus habitam a pele e a mucosa de animais de sangue quente, incluindo o homem. São microrganismos mesófilos e apresentam ampla faixa de crescimento, entre 7°C e 48°C, sendo a temperatura ótima entre 20°C e 37°C. Sob uma ampla faixa de temperatura, entre 10°C e 48°C são capazes de produzir enzimas e exotoxinas.
VERDADE
Staphylococcus aureus estão entre os patógenos mais relacionados a surtos de intoxicação alimentar, sendo o leite e os derivados lácteos, principalmente os queijos elaborados a partir de leite cru
VERDADE
Estima-se que cerca de 30 a 50% da população humana seja portadora assintomática de Staphylococcus aureus, sendo as fossas nasais, a cavidade oral, pele e pelo, os locais de predileção do microrganismo no homem. Por esta razão, é comum a contaminação dos alimentos pelos manipuladores.
VERDADE
Staphylococcus aureus
A intoxicação alimentar estafilocócica é causada pela ingestão de alimentos contendo uma ou mais enterotoxinas estafilocócicas (EE).
A doença tem início repentino e com sinais agudos, sendo o período de incubação variável de 30 minutos a oito horas após a ingestão do alimento contaminado.
VERDADE
Staphylococcus aureus
Os sintomas normalmente são caracterizados por náusea, vômitos, cólicas, prostração, hipotensão e hipotermia. A doença tem caráter autolimitante, sendo que a recuperação ocorre em torno de dois dias.
VERDADE
Staphylococcus aureus
O principal fator de patogenicidade associado aos quadros de intoxicação é a enterotoxina estafilocócica (EE), sendo este o único fator indispensável para o desenvolvimento do quadro clínico no homem.
VERDADE
Staphylococcus aureus
As enterotoxinas estafilocócicas (EE) são hidrossolúveis e resistentes à ação de enzimas proteolíticas do sistema digestivo, permanecendo ativas após a ingestão. A produção de EE ocorre durante toda fase do crescimento bacteriano, mas principalmente durante a fase exponencial. Além disso, elas são estáveis ao aquecimento e não são totalmente inativadas por tratamentos térmicos como a pasteurização e a ultra pasteurização.
VERDADE
As enterotoxinas podem apresentar várias ações no hospedeiro, sendo elas: ação emética, ação diarreica e atividade de superantígeno. A ação emética é a mais frequentemente observada. Outros fatores de patogenicidade de Staphylococcus aureus importantes para a ocorrência da intoxicação alimentar são aqueles ligados à formação de biofilme, principal forma de apresentação do micro-organismo que o auxilia na colonização do alimento ou das plantas de processamento do alimento.
VERDADE
O gênero Streptococcus pertence à ordem Lactobacillales e à família Streptococcaceae. É composto por bactérias Gram-positivas, que geralmente crescem em cadeias ou podem ser observadas aos pares, sendo microrganismos nutricionalmente exigentes, catalase negativos e anaeróbios facultativos. Algumas espécies podem ser encontradas no solo, plantas, água, laticínios, alimentos, seres humanos e animais. Os Streptococcus de importância clínica são homofermentadores, capazes de obter ácido lático através da fermentação da glicose sem a produção de gás.
VERDADE
Os mais associados a doenças humanas são os estreptococos do grupo A, B, C, D e G
Principais
grupos:
A = Streptococcus pyogenes - principalmente faringite
B = Streptococcus agalactiae agalactiae - importância em gestantes
D =
Enterococcus faecalis faecalis, Ent. faecium, Strep. durans, Strep. avium e Strep. Bovis = causadores
de gastroenterites, SC similares ao Staphylococcus aureus
VERDADE
Os estreptococos β-hemolíticos do grupo A (S. pyogenes) são as mais patogênicas no gênero e infectam exclusivamente o ser humano, sendo encontrados, geralmente, colonizando assintomaticamente a pele, as mucosas da garganta, o nariz, a nasofaringe, o ânus e o couro cabeludo.
VERDADE
grupo A (S. pyogenes) A infecção mais comum é a faringite estreptocócica, são responsáveis por 20 a 30% das faringoamigalites bacterianas, além de causar várias infecções piogênicas supurativas, síndrome do choque tóxico estreptocócica, fascíte necrotizante, febre escarlatina, infecções da pele (impetigo, erisipela, e diversas outras formas de piodermites) e até infecções não supurativas como glomerulonefrite difusa aguda, febre reumática, doença reumática do coração e “síndrome do choque tóxico”.
VERDADE
grupo A (S. pyogenes) O início da doença acontece no período de 1 a 3 dias. A dose infecciosa é provavelmente pequena, no máximo mil micro-organismos. Os alimentos que atuam como fonte de enfermidade incluem leite, sorvete, ovos, lagosta cozida no vapor, presunto moído, salada de batatas, creme de ovos, arroz-doce e salada de camarão.
VERDADE
Os estreptococos do grupo D podem produzir uma síndrome clínica similar a intoxicações estafilocócicas. Os sintomas gerais das infecções causadas pelos estreptococos do grupo D são diarreia, cólicas abdominais, náusea e vômitos, febres, tremores e tonturas. Os sintomas aparecem de 2 a 36 horas após a ingestão do alimento contaminado.
VERDADE
C. jejuni e C. coli se multiplicam em temperatura ambiente a temperatura mínima para que isso ocorra é de 15 oC.
FALSO
Esse micro-organismo não se multiplica em temperatura ambiente (a temperatura mínima para que isso ocorra é de 30 oC)