ECG Flashcards

1
Q

As derivações do ECG mostram as diferenças (?) de potencial entre os electrodos

A

Instantâneas

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2
Q

(?) é o evento inicial para a contracção cardíaca

A

Despolarização do coração

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3
Q

O ECG regista apenas os potenciais de despolarização e repolarização gerados pelo (?) auricular e ventricular

A

Miocárdio (apesar das correntes elétricas serem produzidas também pelas células pacemaker e tecido especializado de condução)

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4
Q

As ondas de despolarização propagam-se pela parede ventricular em que direção?

A

Endocárdio -> Epicárdio (desencadeando a contracção ventricular)

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5
Q

Qual dos ramos do feixe His tem 2 fascículos?

A

Esquerdo (fascículo anterior esquerdo + fascículo posterior esquerdo)

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6
Q

Onda P

A

Despolarização auricular

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7
Q

Repolarização auricular (STa e Ta) consegue ser detectada no ECG?

A

Normalmente não (amplitude baixa demais). Excepções: pericardite aguda e enfarte auricular.

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8
Q

Na pericardite aguda e no enfarte auricular a (?) consegue ser detectada no ECG

A

Repolarização auricular -STa e Ta (normalmente a sua amplitude é baixa demais para ser detectada)

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9
Q

Complexo QRS

A

Despolarização ventricular

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10
Q

Complexo ST-T-U

A

Repolarização ventricular

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11
Q

Ponto J

A

Junção entre o final do QRS e inicio do ST

Relembrar:
- Hipotermia: ondas J de Osborn (elevação convexa do ponto J); sendo um ddx de supraST e prolongamento QT

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12
Q

As ondas QRS-T do ECG correspondem às diferentes fases dos potenciais de acção ventricular: o que é que corresponde ao quê?

A

Fase 0 (rápida ascensão): inicio QRS

Fase 2 (plateau): segmento ST isoeletrico

Fase 3 (repolarização activa): onda T

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13
Q

HiperK+ e Fleicainide causam (encurtamento/prolongamento) do QRS

A

Prolongamento QRS

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14
Q

Amiodarona e HipoCa encurtam ou prolongam o QT?

A

Prolongam

Mnemo: no HPIM só há 2 causas para encurtamento QT e/ou ST = digitálicos e hiperCa

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15
Q

Digitálicos e HiperCa fazem o quê ao segmento ST / QT?

A

Encurtam

Mnemo: únicas causas de encurtamento ST e/ou QT no HPIM

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16
Q

Intervalo PR

A

120-200ms (tempo entre despolarização auricular e despolarização ventricular)

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17
Q

Intervalo QRS

A

<100-110ms (duração da despolarização ventricular)

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18
Q

Intervalo QT

A

<0.44s (<0.43s nos homens e <0.45s nas mulheres)

Período entre a despolarização e a repolarização ventriculares

Varia inversamente com a FC

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19
Q

Como é que varia o intervalo QT com a frequência cardiaca?

A

Inversamente (à medida que aumentamos FC o QT devia diminuir porque o coração precisa de repolarizar mais rápido de batimento em batimento)

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20
Q

QTc corrigido para a FC

A

(QTc) = QT/√RR

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21
Q

Como se chama a um complexo QRS totalmente negativo?

A

QS

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22
Q

Complexo QRS: 1ª deflexão negativa

A

Onda Q

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23
Q

Complexo QRS: 1ª deflexão positiva

A

Onda R

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24
Q

Complexo QRS: deflexão negativa após uma onda R

A

Onda S

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25
Complexo QRS: ondas subsequentes positivas ou negativas
R' ou S'
26
Complexo QRS: ondas de amplitude pequena
letras minúsculas
27
As 6 derivações de membros do ECG registam os potenciais transmitidos para o plano...
Frontal
28
As 6 derivações precordiais do ECG registam potenciais transmitidos para o plano...
Horizontal
29
Posições dos eletrodos precordiais
V1: 4º EIC, à direita do esterno V2: 4ºEIC, à esquerda do esterno V3: meia distância entre V2 e V4 V4: linha hemiclavicular, 5ºEIC V5: linha axilar anterior, mesmo nível V4 V6: linha axilar média, mesmo nível de V4 e V5 Relembrar: derivações adicionais posteriores são por vezes colocadas no mesmo plano horizontal de V4 para detectar enfartes posterolaterais
30
Onde são colocadas as derivações precordiais posteriores adicionais para deteção de enfartes posterolaterais?
No mesmo plano horizontal de V4: V7: linha médio-axilar (= V6??) V8: linha axilar posterior V9: linha escapular posterior
31
Derivações precordiais posteriores são utilizadas com que intuito?
Detectar enfartes posterolaterais
32
Derivações V7, V8 e V9 permitem identificar...
Enfartes posterolaterais Relembrar: o ECG convencional de 12 derivações pode ser suplementado com derivações adicionais. V3R e V4R são para detectar isquemia ventricular aguda direita.
33
Derivações precordiais direita V3R e V4R conseguem detectar...
Isquemia ventricular direita aguda Relembrar: 33% dos EAM inferiores causam, pelo menos, necrose leve do VD. Alguns, podem mesmo ter enfartes extensos do VD. MAS... enfartes limitados ao VD são raros.
34
Juntos os elétrodos dos planos frontal e horizontal permitem uma representação (2D/3D) da atividade elétrica cardíaca
3D Representação tridimensional
35
Os monitores à beira doleito e o Holter habitualmente empregam quantas derivações modificadas?
1-2
36
Uma deflexão bifásica ocorre quando a orientação do vector de despolarização é (?) ao eletrodo
Perpendicular
37
Orientação do vector de despolarização auricular normal (onda P)
Para baixo e para a esquerda
38
Onda P é + em (?) e - em (?)
Positiva: DII (vector vai na direcção do pólo positivo de DII) Negativa: aVR (vector vai na direcção do pólo negativo de aVR)
39
Em que derivação é que a onda P é positiva e em qual é negativa?
+ em DII | - em aVR
40
Activação das aurículas por um pacemaker ectópico pode produzir ondas P retrógadas: + em (?) e - em (?)
Ondas P retrógadas (são ao contrário): - em DII + em aVR
41
Onda P NORMAL pode ser bifásica em que derivação?
V1 componente +: despolarização AD componente -: despolarização AE
42
Quais as duas fases do processo de despolarização ventricular?
1. Despolarização do septo interventricular: vector 1 aponta da esquerda -> direita e anteriormente 2. Despolarização simultânea VD e VE (dominada pelo VE mais volumoso): vector 2 aponta para a esquerda e posteriormente (i. e. os vectores 1 e 2 apontam em direções totalmente opostas)
43
A derivação precordial em que as ondas R e S têm amplitudes aproximadamente iguais é denominada a zona de transição e é geralmente em...
V3-V4
44
O que acontece ao complexo QRS à medida que se progride V1 -> V6
V1: onda r septal (pequena) + onda S (grande) Intermediárias: onda R vai aumentando de amplitude e onda S vai diminuindo à medida que se progride ao longo do tórax da direita para a esquerda... V6: onda q septal (pequena) + onda R (grande) Mnemo: a onda correspondente à despolarização do septo é sempre pequena porque o vector é pequeno, enquanto que a onda correspondente à despolarização dos ventrículos é sempre grande porque o vector tem grande magnitude
45
O padrão QRS nas derivações de membros pode variar entre individuos normais?
Sim, dependendo do eixo.
46
Eixo QRS normal varia entre
-30º a +100º Se eixo é mais negativo que -30º: desvio para a esquerda Se deixo é mais positivo do que +100º: desvio do eixo para a direita
47
Causas de desvio do eixo para a esquerda
- Variante do normal - Hipertrofia VE - Bloqueio fascículo anterior esquerdo - Enfarte do miocárdio inferior (*) (*) afecta principalmente VD -> desvio lado oposto -> desvio esquerdo Mnemo: "regras" 1. Variante do normal nos dois 2. Hipertrofia - desvia para mesmo lado 3. Enfarte - desvia para lado oposto 4. Bloqueio de ramo - desvia para o mesmo lado (excepto: hemibloqueio POSTERIOR esquerdo)
48
Causas de desvio do eixo para a direita
- Variante do normal (++ crianças, adultos jovens) - Achado espúrio (troca eletrodos) - Sobrecarga VD (aguda ou crónica) - Enfarte parede lateral VE - Bloqueio fascículo POSTERIOR esquerdo - Dextrocardia - PTX esquerdo Mnemo: "regras" 1. Variante do normal nos dois 2. Hipertrofia - desvia para mesmo lado 3. Enfarte - desvia para lado oposto 4. Bloqueio de ramo - desvia para o mesmo lado (excepto: hemibloqueio POSTERIOR esquerdo)
49
A repolarização normalmente ocorre na direcção inversa da despolarização: de onde para onde?
Epicárdio para o endocárdio
50
Onda U tem polaridade (igual/oposta) à onda T
Igual
51
Causas de aumento anormal da onda U
Fármacos: dofetilide*, amiodarona*, sotalol*, quinidina Hipocaliémia * anti-arritmicos classe III: bloqueadores canais K+ Relembrar: - HipoK+ prolonga o QT - Ondas U muito proeminentes sugerem uma susceptibilidade aumentada a desenvolver torsades des pointes - Inversão onda U nas derivações precordiais é anormal e pode ser um sinal de isquemia.
52
Ondas U muito proeminentes sugerem uma susceptibilidade aumentada a desenvolver...
Torsades des Pointes Relembrar: - Ondas U aumentadas: fármacos como dofetilide, amiodarona, sotalol e quinidina + hipoK - Ondas U invertidas nas precordiais: sinal subtil de isquemia
53
Ondas U invertidas nas derivações precordiais sugere...
Isquemia (sinal subtil)
54
ECG: sobrecarga AD (aguda ou crónica)
"P-pulmonale": aumento da amplitude da onda P (>2.5mm)
55
ECG: sobrecarga AE
- Onda P bifásica em V1 tem o componente negativo alargado ou - Onda P alargada (>120ms) e frequentemente entalhada em uma ou + derivações dos membros ("P-mitral"). Contudo, este padrão pode ocorrer devido a atrasos de condução AE sem dilatação real.
56
Hipertrofia VD: achados no ECG
- Onda R ampla em V1 (pelo menos da mesma amplitude que a onda S) - Desvio direito do eixo (eixo desvia para onde há mais massa) - "Strain ventricular direito": infraST e inversão da onda T nas derivações precordiais direitas e médias - Ondas S proeminentes nas derivações precordiais laterais e esquerdas - Se HVD for secundária a CIA ostium secundum: bloqueio de ramo direito (total ou parcial) com desvio do eixo do QRS para a direita Relembrar: hipertrofias geralmente associam-se a bloqueios de ramo
57
A HVD devido a CIA ostium secundum acompanha-se comummente de um padrão de bloqueio de ramo direito (total ou parcial) com desvio do eixo para...
Direita Relembrar: também causa padrão rSr' nas précordiais direitas. Mnemo: o eixo desvia para o lado do bloqueio, excepto no caso do fascículo posterior esquerdo, que causa desvio p/ direita (corrigi isto).
58
Um doente com DPOC e cor pulmonale crónico costuma apresentar os padrões electrocardiograficos clássicos de HVD?
Não, porque a hiperinsuflação dos pulmões desloca o diafragma para baixo e com ele o coração, ptt os complexos vão ser de baixa voltagem.
59
DPOC associa-se a ondas R (grandes/pequenas) em derivações precordiais e médias decorrentes do deslocamento inferior do diafragma e coração
Pequenas (progressão lenta da onda R) Relembrar: - onda R tem baixa amplitude em V1 e onda S tem alta amplitude
60
Achados ECG no cor pulmonale agudo
Normal ou Vários: - Inversão ondas T V1-V4 (padrão + comum) - Taquicardia sinusal (arritmia + comum) - Outras taquis (FA e FLA) - Desvio QRS para direita - S1Q3T3 (padrão + citado, pouco Sn apesar de específico) - Alteração na condução VD
61
Critérios de voltagem ECG HVE
SV1 + (RV5 ou RV6) > 35mm Mnemo: saber os critérios de voltagem da HVE é um FILME! = Mário Augusto tem um programa chamado 35 mm = Qual é o filme? Saí com 1 (SV1) e Retornei com 5 ou 6 (RV5 ou RV6) RaVL + SV3 > 20mm (M) ou > 28mm (H) Mnemo: "Éramos 3 pessoas e Saímos (SV3) para ir a uma Rave (RaVL), uma amiga minha tinha 20A e o meu amigo tinha 28A"
62
Anormalidades da AE (aumenta/diminui) a probabilidade de HVE subjacente nos casos com critérios de voltagem limítrofes
Aumentam Relembrar: SV1 + (RV5 ou RV6)>35mm RaVL + SV3 > 20mm (M) ou 28mm (H)
63
A HVE (frequentemente/infrequentemente) progride para bloqueios de ramo esquerdo parcial ou total
Frequentemente
64
A HVE frequentemente progride para bloqueios de ramo...
Esquerdo (parcial ou total)
65
A sensibilidade dos critérios de voltagem para HVE é menor em quem?
- Obesos - Fumadores Relembrar: SV1 + (RV5 ou RV6) >35mm RaVL + SV3 >20mm (M) ou >28mm (H)
66
ECG tem utilidade (?) no diagnóstico dos auemntos auricular e ventricular
Limitada (++ FP e FN) -> melhor ECO
67
HVE no ECG é um indicador de morbimortalidade CV elevada?
Sim
68
Bloqueios de ramo causam atrasos da condução intraventricular e consequentemente (?) do QRS
Prolongamento QRS: N = <100-110ms BRincompleto = 100-120 BRcompleto = >120ms (inclusive)
69
Valores de QRS que definem normal, bloqueio de ramo incompleto e bloqueio de ramo completo
Normal: <100-110 ms Bloqueio ramo incompleto: 100-120ms Bloqueio ramo completo: >120ms
70
O vector QRS está (geralmente) orientado na direcção da região em que a despolarização está atrasada: V ou F
V (bloqueios de ramo) A única excepção é o bloqueio do fascículo posterior esquerdo -> desvio eixo para dta
71
Orientação do vector QRS no BRD
Direita e anteriormente (= orientação do vector 1ª fase da despolarização ventricular) rSR' em V1 qRS em V6 Mnemo: Mo(RR)oW M = V1 (rSR') W = V6 (qRS)
72
No BRE há alteração da fase (inicial/tardia/ambas) da despolarização ventricular
Ambas. Relembrar: - BRD: vector orientado para a direita + anterior - BRE: vector orientado para a esquerda + posterior - Despolarização septal passa a ocorrer ao contrário: direita -> esquerda
73
No BRE a despolarização septal ocorre ao contrário... logo = ?
Direita para a esquerda
74
No BRE os complexos QRS estão estreitos ou alargados?
Alargados: V1 = negativos V6 = positivos Mnemo: Wi(LL)iaM W = negativos em V1 M = positivos em V6
75
Um padrão semelhante ao BRE, precedido por um spike amplo, é observado na MAIORIA dos casos de (?)
Pacing do VD, devido atraso RELATIVO na activação do VE
76
É frequente observamos um padrão semelhante ao BRE nos doentes com pacing do VD?
Sim (devido ao atraso relativo na activação do VE). É visto na MAIORIA. Precedido por um spike amplo.
77
Em indivíduos sem cardiopatia estrutural, o bloqueio de ramo (?) é mais comum que o (?)
BRD > BRE (pensar que o VD é o mais sensível e fraco logo qualquer coisa dá um bloqueio)
78
Causas bloqueio ramo direito
- Ausência de cardiopatia estrutural (pessoas com corações normais saudáveis) - Cardiopatias congénitas (ex: CIA) - Cardiopatias adquiridas (ex: valvulopatia* e cardiopatia isquémica*) * são também causas de BRE
79
Causas de BRE
- DAC (++ função VE deprimida) - Cardiopatia hipertensiva - Valvulopatia aórtica - Cardiomiopatia Relembrar: BRE é frequentemente indicador de 1 das 4 condições associadas a maior risco de morbimortalidade CV
80
Bloqueio de ramo (?) é frequentemente indicador de 1 das 4 condições associadas a maior risco de morbimortalidade CV
Esquerdo. - DAC - Cardiopatia hipertensiva - Valvulopatia aórtica - Cardiomiopatia Relembrar: causas. BRD incluem cardiopatias congénitas (ex: CIA) e cardiopatias adquiridas (valvulopatia, cardiopatia isquémica), mas podem acontecer na ausência de alterações estruturais.
81
Em que patologias a onda T tem uma polaridade OPOSTA à ultima deflexão do QRS?
Bloqueios de ramo
82
Nos bloqueios de ramo a onda T apresenta uma polaridade (igual/oposta) à ultima deflexão do QRS
Oposta Relembrar: tanto os bloqueios de ramo como as despolarizações secundárias a pacemakers comprometem tanto a despolarização ventricular como a repolarização.
83
Os bloqueios de ramo podem estar relacionados com a FC?
Sim. MUITAS vezes ocorrem quando a FC excede um valor crítico.
84
É frequente os bloqueios de ramo aparecerem quando a FC excede um valor critico?
Sim
85
Causas primárias de alterações ST-T
- Isquemia - Distúrbios hidroeletroliticos - Fármacos (digitálicos)
86
Inversão da onda T pode ser vista nas derivações precordiais (direitas/esquerdas) em quem tem BRE
Direitas (e ao contrário para BRD) Indicador importante de isquemia subjacente ou outras alterações-
87
Inversão da onda T nas derivações precordiais (esquerdas/direitas) em quem tem BRD
Esquerdas (e a o contrário para BRE) Indicador importante de isquemia subjacente ou outras alterações-
88
Padrão Brugada
Simula um BRD, com elevação do segmento ST nas derivações precordiais direitas
89
Padrão Brugada pode simular um...
BRD
90
Padrão de Brugada causa supraST com segmento concâvo em que derivações?
Precordiais direitas (V1-V3)
91
Bloqueios parciais do ramo esquerdo causam prolongamento substancial do QRS?
Não, mas associam-se a desvios do eixo.
92
Bloqueio fascicular anterior esquerdo: eixo?
Desvio para a esquerda
93
Bloqueio fascicular posterior esquerdo: eixo?
Desvio para a direita
94
(?) é a causa + comum de desvio marcado do eixo à esquerda em adultos
Bloqueio fascicular anterior esquerdo
95
Bloqueio fascicular posterior esquerdo é uma causa (comum/rara) de desvio do eixo para a direita
Extremamente rara Relembrar: bloqueio fascicular anterior esquerdo é a causa mais frequente de desvio marcado do eixo à esquerda em adultos Mnemo: o que é a excepção é extremamente raro!
96
Bloqueio bifascicular crónico assintomático tem alto ou baixo risco de progressão para BAV de grau avançado?
Baixo Relembrar: os bloqueios bifasciculares podem ter diversas combinações
97
Bloqueio bifascicular recém-desenvolvido com EAM anterior tem risco (mais alto/baixo) de BAV completo (3º grau)
Alto Relembrar: - Bloqueio bifascicular crónico assintomático tem baixo risco de progressão para BAV de alto grau
98
Alternância dos bloqueios de ramo direito e esquerdo é um sinal de doença...
Trifascicular
99
Prolongamento do intervalo PR + bloqueio bifascicular indica necessariamente doença trifascicular?
Não, pois essa combinação pode acontecer por doença do NAV e bloqueio bifascicular
100
Prolongamento do QRS pode ser devido a fatores que atrasam a condução intraventricular. Exemplos de fatores extrínsecos.
- Fármacos: antiarritmicos da classe I, TCAs, fenotiazidas. | - HiperK+
101
HiperK+ causa prolongamento do QRS?
Sim, porque diminui a condução intraventricular. Relembrar: fármacos são a outra causa extrínseca de prolongamento do QRS: anti-arritmicos classe I, TCAs, fenotiazidas.
102
Um prolongamento do QRS implica necessariamente um atraso da condução intraventricular?
Não. Pode ocorrer na pré-excitação dos ventículos por vias acessórias (ex: WPW e variantes)
103
Tríade WPW
1. Prolongamento QRS 2. Encurtamento intervalo PR (os ventrículos são activados mais cedo o que move o QRS mais próximo da onda P) 3. Borramento da parte inicial do QRS (onda Delta)
104
ECG: isquemia limitada ao subendocárdio
InfraST nas derivações precordiais anteriores e supraST na derivação aVR
105
ECG: isquemia aguda transmural
SupraST e ondas T amplas e positivas (hiperagudas) sobre a zona isquémica
106
A elevação ou depressão profundas do segmento ST em múltiplas derivações habitualmente indicam...
Isquemia muito grave
107
Terapia de reperfusão na fase aguda (com fibrinólise) só é eficaz no EAMCSST?
Sim
108
As derivações do ECG são geralmente (mais/menos) uteis para localizar as regiões isquémicas com supraST do que aquelas sem supraST
Mais
109
Isquemia da parede inferior causa supraST em que derivações?
DII, DIII e aVF
110
Isquemia transmural aguda da parede anterior causa SupraST / aumento positividade onda T em que derivações?
V1-V6 DI aVL
111
Isquemia da parede posterior pode ser observada como infraST em que derivações?
V1-V3 (recíprocos)
112
Quando as elevações isquémicas do segmento ST ocorrem como 1º sinal de EAM, são seguidas, dentro de horas-dias, por...
Inversões das ondas T + Ondas Q (na mesma distribuição das derivações)
113
Causas supraST transitórios, que não desenvolvem ondas Q
- Vasoespasmo coronário (angina Prinzmetal) - Miocardite Tako-Tsubo - Revascularizações muito precoces SCA = isquemia transmural (supraST) reversível
114
Vasoespasmo coronário (angina de Prinzmetal) pode dar Supra ou InfraST?
SupraST, SEM ondas Q Relembrar (causas SupraST sem ondas Q): miocardite Tako-Tsubo, revascularizações muito precoces SCA
115
Ondas T Wellens
Inversões profundas da onda T em múltiplas derivações precordiais (V1-V4, DI e aVL), com ou sem aumento dos MNM, característico de obstrução grave da descendente anterior esquerda
116
Ondas T Wellens ocorrem sempre com elevação dos MNM?
Não, podem ocorrer sem elevação dos MNM e indicam tipicamente obstrução GRAVE da descendente anterior esquerda.
117
Ondas T de Wellens indicam obstrução ligeira ou grave da descendente anterior esquerda?
Grave Relembrar: inversões profundas da onda T em múltiplas derivações precordiais (V1-V4, DI e aVL)
118
Pacientes cujo ECG de base já revele inversões anormais da onda T podem desenvolver (?) durante episódios de isquemia transmural aguda
Normalização da onda T ("pseudonormalização")
119
No enfarte, alterações da despolarização (QRS) costumam acompanhar alterações da repolarização (ST-T)?
Sim (vs. pericardite aguda, onde o QRS está normal)
120
Enfartes transmurais podem ocorrer sem ondas Q?
Sim, tal como enfartes subendocárdicos podem ocorrer com ondas Q Relembrar: o desenvolvimento de ondas Q depende mais do volume de tecido enfartado do que da transmuralidade
121
Enfartes subendocárdicos (não transmurais) podem ser acompanhados de ondas Q?
Sim, assim como enfartes transmurais podem não ter ondas Q.
122
Enfartes posteriores ou laterais podem causar aumentos recíprocos na amplitude daonda R nas derivações V1 e V2 (com/sem) ondas Q
Sem (há uma perda das forças de despolarização -> iria dar ondas R pequenas nas derivações posteriores, pelo que dá ondas R grandes nas derivações anteriores)
123
ECG enfartes auriculares
- Desvios do segmento PR - Alterações na morfologia da onda P - Arritmias auriculares
124
É comum haver normalização completa do ECG num enfarte com ondas Q?
Não, é incomum, contudo pode acontecer se for um enfarte pequeno.
125
SupraST que persistam semanas após um enfarte com onda Q correlacionam-se com...
Anomalias graves da motilidade da parede (não necessariamente com aneurisma ventricular franco!)
126
SupraST c/ondas Q que persiste várias semanas após enfarte implica que exista um aneurisma ventricular franco?
Não, quer dizer que existem anomalias da motalidade da parede, mas não necessariamente um aneurisma.
127
ECG tem limitações de Sn e Sp no dx de cardiopatia isquémica?
Sim. Mas embora um único ECG normal não exclua isquemia ou enfarte agudo, um ECG normal ao longo da evolução de um enfarte agudo é muito incomum.
128
Dor torácica prolongada sem alterações diagnósticas de isquemia no ECG deve levar sempre a...
Procura meticulosa por outras causas não coronárias de dor torácica (++ causas GI)
129
ECG normal ao longo da evolução de um enfarte agudo é...
Muito incomum
130
ECG normal único exclui isquemia ou enfarte agudo?
Não. Mas, um ECG normal ao longo da evolução de um enfarte agudo é muito incomum.
131
Fenómenos que podem frequentemente mascarar alterações isquémicas num ECG
- BRE - Pacing ventricular - Pré-excitação WPW Relembrar: pacing do VD causa um padrão de BRE precedido por um spike
132
DDx de Supra-ST
1. Isquemia/enfarte - EAM - Isquemia transmural sem enfarte (angina de Prinzmetal, síndrome de Tako-Tsubo) - Pós-enfarte (padrão de aneurisma ventricular*) 2. Variantes normais 3. Pericardite aguda 4. HVE/BRE 5. Outras (raras): - Embolia pulmonar aguda - Padrões Brugada - Anti-arritmicos 1C - Cardioversão - Hipercalcémia - Hipercalémia - Hipotermia (ondas J - Osborn) - Lesão miocárdica não isquémica: miocardite, traumatismo ventricular, tumor VE Relembrar: - *Persistência de supraST semanas após enfarte indica anomalia da motilidade da parede, não necessariamente um aneurisma ventricular. - Angina Prinzmetal: dor isquémica severa + ocorre em repouso + SupraST transitório +
133
Ondas T amplas e positivas represem sempre alterações isquémicas hiperagudas?
Não: - Variante do normal - HiperK+ (também causa de supraST) - Lesão vascular encefálica - Sobrecarga volume VE - BRE (V1 e V2) - HVE sem isquemia (V1 e V2)
134
Causas supraST + ondas T amplas e positivas em V1 e V2
BRE | HVE na ausência de isquemia
135
DDx Ondas Q
1. Variantes fisiológicas ou posicionais 2. Hipertrofia ventricular 3. lesões miocárdicas não coronarias agudas ou crónicas 4. Miocardiopatia hipertrofica 5. Disturbios da condução ventricular
136
DDx infraST
1. Isquemia subendocárcica 2. Digoxina 3. Hipertrofia ventricular 4. Hipocalémia
137
DDx inversão onda T
1. Hipertrofia ventricular 2. Cardiomiopatias 3. Miocardite 4. Lesão vascular encefálica (+++ hemorragia IC)
138
Agentes metabólicos e farmacológicos que alteram o ECG causam alterações principalmente na...
Repolarização (ST-T-U) e, algumas vezes, PROLONGAM o QRS
139
Sequência de alterações no ECG na hiperK+
Ondas T estreitas e pontiagudas ("T em tenda") -> distúrbios condução AV -> diminuição amplitude onda P -> prolongamento QRS -> paragem cardíaca (padrão da onda sinusal) --> assistolia Relembrar: - K+ = 3.5-5mM - HiperK+ >5.5mM - HiperK+ grave >6mM (1% doentes hospitalizados) - Alterações no ECG são insensíveis particularmente na DRC/DRT (doentes podem ter K+ muito alto e não se ver no ECG)
140
HipoK+ alterações ECG
- Prolonga repolarização ventricular - Ondas U proeminentes - Prolonga QT
141
Tríade clássica de derrame pericárdico com tamponamento
1. Taquicardia sinusal 2. QRS de baixa voltagem 3. Alternância eléctrica (Sn limitada!)
142
Causas mais importantes de QRS de baixa voltagem
- Derrames: pleurais, pericárdicos - DPOC - Cardiomiopatias infiltrativas - Anasarca - (Pericardite constriritva)
143
Critérios para definir QRS como sendo de baixa voltagem
Derivações membros: <5mm Derivações precordiais: <10mm
144
Alterações inespecíficas e transitórias da repolarização podem ocorrer após refeições, alterações posturais, hiperventilação ou...
Exercício
145
Causas encurtamento QT
Hipercalcemia e digitálicos
146
Hipercalcemia: ECG
- Encurta QT - SupraST Relembrar: a única outra causa de encurtamento do QT são os digitálicos e esses causam InfraST
147
Efeito da hipocalcémia no QT
Prolonga (++ porção ST)
148
Causas de prolongamento do QT
TUDO (encurtamento: digitálicos e hiperCa) - HipoCa - HipoK - Fármacos: anti-arritmicos classe 1A e classe III - Hemorragia subaracnóide - Hipotermia (ondas J de Osborn) - Overdose TCAs
149
Hemorragia IC (++ subaracnóide) no ECG
Prolongamento do QT, às vezes, com onda T invertida, alargada e profunda (padrão onda T no AVC)
150
Overdose TCAs: ECG
- Prolongamento QT - Prolongamento QRS - Taquicardia sinusal