EAMCSST Flashcards

1
Q

SCA: ECG vai diferenciar entre quais?

A

EAM c/ supra vs EAM s/ supra (ambos têm elevação das troponinas)

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2
Q

SCA: utilidade dos marcadores necrose miocárdica

A
  • Diferenciar AI x EAMSST

- Avaliar magnitude do EAMCSST

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3
Q

Que % dos doentes com EAMCSST morre antes de chegar ao hospital?

A

> 50%

Relembrar: causa principal é FV, sendo que 50% das mortes por FV são na 1ª hora após o enfarte.

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4
Q

Dos doentes c/ EAMCSST que morrem por FV antes de chegar ao hospital, 50% vai morrer quando?

A

Na 1ª hora

Relembrar: FV é a causa principal de morte no EAMCSST em doentes que morrem antes de chegar ao hospital.

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5
Q

EAMCSST: mortalidade a 1 ano

A

15%

Relembrar: EAMSST tem 10% mortalidade aos 30d

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6
Q

EAMCSST: mortalidade é quantas vezes maior em idosos?

A

4x

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7
Q

EAMCSST: ocorre por diminuição abrupta ou gradual do fluxo coronário?

A

Abrupta (oclusão por um trombo que se desenvolve rapidamente num local onde houve lesão endotelial)

Relembrar: estenoses progressivas não costumam dar EAMCSST porque dão tempo para se criar uma rede de vasos colaterais

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8
Q

Estenoses coronárias graves progressivas costumam dar EAMCSST?

A

Não, porque se desenvolve uma ampla rede de colaterais.

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9
Q

EAMCSST: qual costuma ser o trigger para a formação do trombo rapidamente oclusivo?

A

Ruptura da superfície de uma placa aterosclerótica -> expõe o seu conteúdo ao sangue -> Trombo desenvolve-se rápido -> Oclusão da coronária

Relembrar: as placas + susceptíveis a ruptura são as que têm núcleo lipídico abundante e cobertura fibrosa fina

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10
Q

50% dos casos de EAMCSST parece ter/não ter fator desencadeante

A

Ter (stress emocional, exercício físico intenso, doença)

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11
Q

EAMCSST ocorre mais em que parte do dia?

A

Manhã, nas primeiras horas após acordar

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12
Q

Apresentação clínica de um EAMCSST

A

DOR é o sintoma mais comum (pode não ocorrer em diabéticos ou idosos):

  • Ocorre em repouso
  • Se ocorrer durante exercício, não passa com o repouso
  • Mais grave e persistente que a angina de peito
  • Irradiação: braços (+++), região occipital, abdómen, mandíbula, pescoço, dorso. NUNCA abaixo do umbigo.
  • Idosos: pode-se apresentar apenas como dispneia súbita.

Relembrar: 25% dos EAM são silenciosos e têm o mesmo px que os não-silenciosos.

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13
Q

Em que doentes é que a dor pode não estar presente num EAMCSST?

A

DM e Idosos

Relembrar: em idosos pode-se apresentar como dispneia súbita

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14
Q

EAMCSST pode irradiar abaixo do umbigo?

A

Nunca

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15
Q

DDx da dor enfarte-like

A
  • Pericardite aguda (irradia para o trapézio; cuidado! não se pode dar anticoagulantes)
  • Embolia pulmonar
  • Disseção da aorta (cuidado! não se pode dar fibrinolíticos)
  • Costocondrite (extra-HPIM: dor à palpação; no EAM a dor não agrava com a palpação)
  • Distúrbios GI
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16
Q

Palidez + sudorese + extremidades frias é comum no EAMCSST?

A

Sim

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17
Q

Dor torácica subesternal >30min + Diaforese é fortemente sugestivo de…

A

EAMCSST

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18
Q

25% dos doentes com EAM (anterior/inferior) vão ter hiperatividade simpática (taquicardia e/ou HTA)

A

Anterior

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19
Q

% dos doentes com EAM anterior vão ter hiperatividade simpática

A

25%

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20
Q

25% dos doentes com EAM anterior vão ter hiperatividade (simpática/parassimpática)

A

Simpática (taquicardia e/ou HTA)

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21
Q

50% dos doentes com EAM (?) vão ter hiperatividade parassimpática (bradicardia e/ou hipotensão)

A

Inferior

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22
Q

% dos doentes com EAM inferior vão ter hiperatividade parassimpática (bradicardia e/ou hipotensão)

A

50%

Relembrar: 25% dos que têm EAM anterior vão ter hiperatividade simpática

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23
Q

EO no EAMCSST: precórdio é habitualmente silencioso?

A

Sim, podendo ser díficil palpar o ictus cordis.

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24
Q

EAMCSST: causa desdobramento paradoxal do S2?

A

Sim

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25
Q

Em doentes com EAM (?) pode ser audível atrito pericárdico

A

Transmural (EAMCSST)

Relembrar: nos doentes com pericardite aguda estão CI os anticoagulantes, pelo risco de derrame e tamponamento.

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26
Q

Disfunção da mitral num EAMCSST pode causar sopro…

A

Meso ou telessistólico apical

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27
Q

Sinais de disfunção ventricular na ACP de um EAMCSST

A
  • S3 , S4
  • Hipofonese S1
  • Desdobramento paradoxal S2
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28
Q

Num EAM (parede?) pode-se detectar uma pulsação sistólica anormal na região apical

A

Anterior. Devido ao abaulamento discinético do miocárdio enfartado.

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29
Q

EAMCSST: quando é que pode aparecer a febre (aumento de temperatura até 38º)?

A

1ª semana após o enfarte.

Relembrar:
Pericardite: febre -> dor OU febre + dor
vs.
EAMCSST: dor (enfarte) -> febre

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30
Q

Qual a diferença temporal entre a pericardite e o EAMCSST no que diz respeito ao surgimento da febre?

A

No EAMCSST a febre aparece na 1ª semana APÓS o enfarte; na pericardite a febre aparece ANTES ou AO MESMO TEMPO que a dor.

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31
Q

Como varia a TA num EAMCSST (transmural)?

A

Na maioria dos doentes a TAS vai descer 10-15mmHg em relação aos valores pré-enfarte

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32
Q

Quando é que consideramos que um EAMCSST já está cicatrizado?

A

A partir do 29º dia

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33
Q

EAMCSST: fase aguda dura quanto tempo

A

1-7dias

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34
Q

EAMCSST: cicatrização

A

7-28d

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35
Q

Maioria dos doentes com EAMCSST têm/não têm ondas Q no ECG

A

Têm. Mas, um PEQUENO nº não desenvolve ondas Q: trombo não causou oclusão total, obstrução foi transitória ou rede colateral rica.

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36
Q

Uma minoria dos doentes com EAM (?) pode ter ondas Q no ECG

A

Sem supra-ST

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37
Q

O desenvolvimento de ondas Q é mais dependente do (?) do enfarte do que da sua transmuralidade

A

Volume

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38
Q

Atualmente, a decisão de reperfusão num EAMCSST costuma ser tomada antes/depois dos resultados analíticos serem conhecidos

A

Antes. Se clínica + ECG de EAM com supra -> Cath lab (“golden ticket”)

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39
Q

EAMCSST: é custo-eficaz medir todos os marcadores em todos os estadios, em todos os doentes?

A

Não

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40
Q

Troponinas T e I são específicas do miocárdio?

A

Sim

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41
Q

Biomarcadores preferidos para o dx de EAM

A

Troponinas T e I (específicas do miocárdio)

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42
Q

No EAMCSST, as troponinas sobem (muita/poucas) vezes acima do limite superior do valor de referência

A

Muitas vezes!

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43
Q

Medição das troponinas tem menor valor imediato em doentes EAM com/sem supra-ST

A

Com supra-ST (porque nesse caso nem sequer esperamos pelos MNM, o doente vai directamente para reperfusão)

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44
Q

Durante quanto tempo após um EAM se mantêm elevadas as troponinas?

A

7-10dias

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45
Q

CK é específica para EAM?

A

Pouco específica (CK-MB é mais)

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46
Q

CK começa a subir quanto tempo após enfarte e normaliza em quanto tempo?

A

4-8h e normaliza em 48-72h

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47
Q

DDx de CK elevada

A
  • EAM
  • Traumatismo muscular
  • Injecção IM
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48
Q

DDx CK-MB elevada

A
  • Miocardite
  • Cardioversão
  • Cirurgia cardíaca
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49
Q

Razão CK-MB/CK>2.5 faz o diagnóstico de origem miocárdica?

A

Não, apenas SUGERE.

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50
Q

A (?) de proteínas libertadas correlaciona-se com o tamanho do enfarte (EAMCSST)

A

Quantidade total (área debaixo da curva)

Relembrar: no EAMSST quanto maior o pico das Troponinas, maior a MORTALIDADE

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51
Q

No EAMCSST o que é que se correlaciona com o tamanho do enfarte: quantidade total de troponinas libertadas ou pico?

A

Quantidade total

Relembrar:

  • No EAMSST o pico das troponinas correlaciona-se com a mortalidade
  • O pico das troponinas no EAMCSST tem correlação FRACA com o tamanho do enfarte
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52
Q

No EAMCSST o pico dos biomarcadores séricos tem correlação forte/fraca com o tamanho do enfarte

A

Fraca

Relembrar: reperfusão precoce produz picos mais precoces dos biomarcadores cardíacos porque há uma lavagem rápida do interstício da zona afectada -> sobrecarga rápida da depuração linfática dos biomarcadores

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53
Q

Num EAMCSST, quando é que aparece a leucocitose e durante quanto tempo persiste?

A

Aparece HORAS após início da dor e persiste durante 7 dias

Relembrar: as troponinas também permaneciam elevadas por 7 dias.

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54
Q

É comum os doentes com EAMCSST terem anomalias da motilidade segmentar na Eco?

A

Sim, quase TODOS vão ter.

  • Problema: não diferencia enfarte agudo de área antiga de fibrose ou isquemia aguda grave.
  • Utilidade: pode servir para fazer triagem num doente com ECG que não é diagnóstico.
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55
Q

Quais as desvantagens da Eco na avaliação de um EAMCSST?

A

Todos os doentes com EAMCSST vão ter anomalias da motilidade segmentar na Eco, o problema é que não dá para distinguir entre área antiga de fibrose, isquemia aguda grave e EAM.

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56
Q

EAMCSST: estimativa por eco da função do VE tem utilidade prognóstica e no caso de demonstrar disfunção é indicação para…

A

IECAs (longo-termo)

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57
Q

EAMCSST: são específicas para EAM?

A

Não, realçam áreas que podem ser cicatrizes antigas…

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58
Q

EAMCSST: cintigrafia de perfusão miocárdica é muito/pouco sensível?

A

Muito sensível, mas não é específica (pode ser uma cicatriz antiga)

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59
Q

EAMCSST: Cintigrafia mostra defeito quanto tempo após o enfarte transmural na maioria?

A

Primeiras horas

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60
Q

EAMCSST: Ventriculografia com radionuclídio auxilia no diagnóstico de EAM do…

A

VD (demonstra distúrbios da motilidade e diminuição da FEV)

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61
Q

EAMCSST: na RM cardíaca de alta resolução o sinal brilhante vai ser visto nas áreas enfartadas ou saudáveis?

A

Enfartadas (gadolínio pouco entra no miocárdio normal)

Mnemo: “o GADOLÍNIO que tem um nome muito estranho, não entra em sítios NORMAIS”

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62
Q

EAM relacionado com PCI: critérios definidores

A
  • Elevação das Troponinas >5x o P99 em doentes com valores de base normais
    OU
  • Elevação das Tn >20% se os valores de base estavam elevados e estáveis/em descida
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63
Q

EAM relacionado com CABG: critérios definidores

A

Elevação das Tn >10x o P99 em doentes com valores base normais

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64
Q

Classificação dos EAMCSST (5 tipos)

A
  • Tipo I: EAM espontâneo
  • Tipo II: EAM secundário a desequilíbrio isquémico
  • Tipo III: EAM que resultou em morte quando os biomarcadores estavam indisponíveis
  • Tipo IVa: EAM relacionado com PCI
  • Tipo IVb: EAM relacionado com trombose do stent
  • Tipo V: EAM relacionado com CABG
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65
Q

O que é que influencia o px do EAMCSST?

A
  • Complicações elétricas: arritmias

- Complicações mecânicas: insuficiência de bomba

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66
Q

Maioria das mortes fora do hospital são devidas a…

A

Fibrilhação Ventricular (maioria das mortes ocorre nas primeiras 24h, sendo que 1/2 é na 1ª hora)

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67
Q

A maioria dos doentes que sofre um EAMCSST vai morrer quando?

A
Primeiras 24H (1/2 morrem na 1ª hora)
\++ FV
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68
Q

EAMCSST: o maior atraso é na procura de ajuda?

A

Sim. E o doente deve ativar os meios pré-hospitalares (ir de ambulância para o hospital, porque >50% vai morrer antes de chegar ao hospital, ++ FV)

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69
Q

EAMCSST:

  • Início sintomas-resposta doente
  • Resposta doente-porta hospital
  • Porta hospital-Agulha
  • Porta hospital-Balão
  • Tempo isquémico total
A
  • Início sintomas-resposta doente: 5 min (é onde há o maior atraso)
  • Resposta doente-porta hospital: 30min
  • Porta hospital-Agulha: 30min
  • Porta hospital-Balão: 90min
  • Tempo isquémico total: <120min
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70
Q

Fármacos a dar quando temos um doente com EAMCSST no SU

A
"MONA-B"
Morfina
Oxigénio (se hipoxémia)
Nitratos
Aspirina
B-bloqueador
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71
Q

Aspirina é eficaz em todos os SCA?

A

Sim

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72
Q

EAMCSST: dose inicial de AAS e dose de manutenção

A

Inicial: 325mg mastigado

Manutenção: cca 100mg/dia

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73
Q

Damos oxigénio a todos os doentes com EAMCSST?

A

Não, apenas em doentes com hipoxemia (4L/min durante as primeiras 12H após o enfarte)

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74
Q

Nitroglicerina sublingual pode ser dada sem risco à maioria dos doentes com EAMCSST?

A

Sim (3 x 0,4mg em intervalos 5min)

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75
Q

EAMCSST: CI para nitratos

A

Evitar:

  • PAS <90mmHg
  • Suspeita de EAM VD: enfarte inferior, hipotensão, PVJ ++, AP normal

Não dar:
- Doente tomou inibidor da Fosfodiesterase-5 nas últimas 24

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76
Q

Morfina é eficaz no tx da dor do EAMCSST? É dada por que via?

A

Sim

EV (absorção imprevisível por via SC)

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77
Q

Efeitos secundários da Morfina (EAMCSST)

A
  • Bradicardia e BAV (++ EAM inferior)
  • Diminuição DC e TA (pooling de sangue na circulação venosa): elevação MIs
  • Sudorese
  • Naúseas
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78
Q

EAMCSST: BB diminuem a dor?

A

Sim, provavelmente por diminuírem a necessidade de O2.

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79
Q

Benefício muito importante dos BB num doente com EAMCSST

A
  • Diminuem risco de re-enfarte

- Diminuem risco de FV

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80
Q

EAMCSST: BB são dados inicialmente por via EV. Devem ser passados para PO quando?

A

Nas primeiras 24h (cca 15min após última dose EV)

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81
Q

EAMCSST: que doentes é que não podem passar para BB PO?

A
  • Sinais IC
  • Estado baixo débito
  • Risco de choque cardiogénico
  • CIr: PR >0.24s, BAV 2º ou 3º grau, asma ativa ou doença reativa das VAs
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82
Q

Um doente com EAMCSST para iniciar BB ev deve cumprir os seguintes requisitos:

  • FC > ?
  • PAS > ?
  • PR <
  • Crepitações no máx (?) cm acima do diafragma
A
  • FC >60bpm
  • PAS>100mmHg
  • PR<0.24s
  • Crepitações no máx. 10cm acima do diafragma
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83
Q

BCCs, corticóides e AINEs podem ser dados no EAMCSST?

A

Não.
BCC: dihidropiridinas de curta acção podem aumentar a mortalidade e têm pouca utilidade!

Corticóides + AINEs:

  • Alteram cicatrização e podem provocar cicatriz maior
  • Aumentam resistência vascular coronária
  • Diminuem fluxo para miocárdio
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84
Q

EAMCSST: dihidropiridinas de acção curta (BCC) podem estar associadas a um aumento da…

A

Mortalidade! (não dar!)

85
Q

Definição de Supra-ST

A

Elevações de ST de pelo menos 2 mm em 2 derivações pré-cordiais contíguas
+
Elevações de ST de pelo menos 1 mm em 2 derivações de membros contíguas

86
Q

No EAM Sem ST a fibrinólise pode ser útil?

A

Não, é inútil e pode mesmo ser perigosa.

87
Q

EAMCSST: que % dos doentes podem ter reperfusão espontânea em 24H?

A

33%

88
Q

ICP é aplicável em doentes com EAMCSST que têm CI para fibrinólise?

A

Sim

Relembrar: ICP > Fibrinólise na eficácia a reperfundir

89
Q

Qual é mais eficaz a reperfundir um EAMCSST -ICP ou Fibrinólise?

A

ICP

Relembrar: ICP tem resultados clínicos mais favoráveis a curto e longo prazo

90
Q

Score TIMI (Thrombolysis in Myocardial Infarction grading system)

A

TIMI 0 - oclusão completa
TIMI 1 - penetração de algum contraste, sem perfusão do leito distal
TIMI 2 - perfusão do leito distal, mas com fluxo atrasado
TIMI 3 - perfusão completa com fluxo normal (objectivo da reperfusão por fibrinólise!)

91
Q

EAMCSST: TIMI (?) é o objectivo na reperfusão por fibrinólise

A

TIMI 3

  • Limita tamanho do enfarte
  • Mantém fx VE
  • Reduz mortalidade
92
Q

EAMCSST: quando a fibrinólise consegue obter um TIMI 3 está associado a uma mortalidade diminuida?

A

Sim

93
Q

TIMI frame count e TIMI myocardial perfusion grade têm uma correlação mais ou menos estreitas com os desfechos após EAMCSST, do que o grau de fluxo TIMI mais frequentemente usado?

A

++

94
Q

Fibrinolíticos específicos (ex: tPA) são mais ou menos eficazes que a Estreptoquinase?

A

+++

Relembrar: aumentam um pouco a sobrevida

95
Q

CI absolutas para fibrinólise

A
  • Hx hemorragia cerebrovascular
  • AVC não-hemorrágico ou outro evento cerebrovascular no último ano
  • PAS >180 e/ou PAD>110 mmHg
  • Suspeita dissecção aórtica
  • Hemorragia interna ativa (excepto menstruação)
96
Q

CI relativas para fibrinólise

A
  • Anticoagulação (INR ≥ 2)
  • Cirurgia ou procedimento invasivo recente (< 2 semanas)
  • Reanimação cárdio-pulmonar prolongada (> 10 minutos)
  • Diátese hemorrágica conhecida
  • Gravidez
  • Doença oftalmológica hemorrágica
  • Úlcera péptica ativa
  • História de HTA grave atualmente controlada
  • Estreptoquinase: se foi administrada nos últimos 5 dias a 2 anos
97
Q

Idade é CI para fibrinólise num EAMCSST?

A

Não. Em idosos o benefício justifica o uso desde que não existam outras CI e a extensão do enfarte seja significativa.

98
Q

EAMCSST: que % dos doentes têm alergia a Estreptocinase?

A

2% (10% vão ter hipotensão branda; raramente hipotensão profunda)

99
Q

EAMCSST: doentes que receberam Estreptocinase (quando?) não devem receber nova dose

A
  • Últimos 5 dias a 2 anos (serve para qualquer fibrinolítico, não apenas para estreptoquinase)
100
Q

Complicação + comum e potencialmente grave da fibrinólise no EAMCSST

A
  • Hemorragia: 0,9% AVC hemorrágico (incidência aumenta 2x se >70A)
101
Q

Incidência de AVC hemorrágico em doentes com EAMCSST tratados por fibrinólise

A

0,5-0,9%

Relembrar: pessoas >70A têm incidência de hemorragia intracraniana 2x maior comparado com pessoas <65A

102
Q

Doente com EAMCSST + Choque Cardiogénico ou IC severa -> ?

A

Se tiver sido avaliado num hospital sem ICP, deve ser transferido para cath lab asap, independemente do tempo decorrido desde o início do enfarte

103
Q

EAMCSST: quanto tempo se deve esperar após uma fibrinólise para fazer angiografia e revascularização em caso de necessidade?

A

2-3H (antes disso , risco ++ hemorragia)

104
Q

EAMCSST: definição de falência de reperfusão após fibrinólise

A

Dor torácica persiste + Supra-ST > 90min -> ICP!

105
Q

EAMCSST: definição de re-oclusão coronária

A
  • Reaparecimento supra-ST
  • Reaparecimento dor torácica
  • Isquemia recorrente: prova esforço positiva antes da alta; angina recidivante nos 1ºs dias
106
Q

EAMCSST: para que doentes está reservada a CABG?

A

Anatomia inadequada para ICP, mas nos quais a revascularização é recomendável devido a haver uma extensão área de miocárdio sob risco

107
Q

Retorno à atividade dos doentes que tiveram EAMCSST

A
  • Primeiras 12H: repouso no leito
  • Primeiras 24H: regressar à posição ereta
  • 2º-3º dia: deambular pelo quarto/tomar banho
  • 3º dia: deambular 185m pelo menos 3x/dia
108
Q

Duração de internamento de um EAMCSST não complicado

A

5 dias

Relembrar: duração de internamento da pancreatite aguda são 4d

109
Q

Doente que sofreu EAMCSST deve fazer dieta zero ou líquida durante quanto tempo?

A

Primeiras 12H (= tempo de repouso no leito)

110
Q

Há risco de realizar toque retal num doente que teve EAMCSST?

A

Não

111
Q

Farmacoterapia de um EAMCSST na fase aguda: antitrombóticos

A

Antiplaquetários + Anticoagulantes

  1. Antiplaquetários
    AAS (325mg) + um dos seguintes: clopidogrel, prasugrel, ticagrelor ou inibidor GPIIb/IIIa
  2. Anticoagulantes
    HNF (standard) ou HBPM (melhor benefício clínico geral) ou Fondaparinux (mau) ou Bivalirudina (menos hemorragia)
112
Q

Uso de AAS no tratamento de um EAMCSST na fase aguda diminuiu em quanto a mortalidade?

A

27%

113
Q

EAMCSST: comparação entre Clopidogrel vs. Prasugrel/Ticagrelor

A

Prasugrel/Ticagrelor: + eficazes na prevenção de complicações isquémicas em doentes submetidos a ICP. Mas, ++ hemorragia.

114
Q

EAMCSST: inibidores GpIIb/IIIa são úteis para prevenir complicações trombóticas em doentes a realizar ICP?

A

Sim

115
Q

EAMCSST: HNF + AAS + Estreptoquinase vs. HNF + AAS + Fibrinolíticos específicos

A

A combinação c/ fibrinolíticos específicos estão relacionados com pequeno aumento do risco de hemorragia (aPTT alvo: 1,5-2)

116
Q

EAMCSST: HBPM vs HNF

A
HBPM
Pros:
- Não precisa de ser monitorizada
- Maior atividade anti-Xa:IIa
- Doentes que receberam fibrinólise: reduz morte/reenfarte não fatal e morte/reenfarte não fatal/revascularização urgente.

Cons:
- Maior risco de hemorragia

= Maior benefício clínico geral!

117
Q

No EAMCSST, qual é que tem maior benefício clínico geral - HNF ou HBPM?

A

HBPM

118
Q

EAMCSST: Fondaparinux vs. HNF em doentes que não fizeram reperfusão

A

Fondaparinux menos eficaz e seguro que a HNF.

119
Q

EAMCSST: podemos dar Fondaparinux isoladamente num doente submetido a ICP?

A

Não, risco de trombose no cateter. Só pode ser usado se combinado com outro anticoagulante (ex: HNF, Bivalirudina)

120
Q

EAMCSST: Bivalirudina tem o benefício de…

A

Taxa mais baixa de hemorragia

121
Q

EAMCSST: quais são os doentes que devem manter anticoagulação em ambulatório devido a risco > de tromboembolismo?

A
  • EAM anterior
  • IC
  • Disfunção grave VE
  • Hx embolia
  • Trombo mural
  • FA

Como? doses terapêuticas máximas de HNF ou HBPM (internamento) -> Varfarina (ambulatório) durante 3 meses

122
Q

EAMCSST: benefícios dos BB na fase aguda

A

Melhoram a relação entre necessidade e oferta de O2 (i.e. diminuem a necessidade para se correlacionar melhor com a oferta disponível)

  • Diminuem mortalidade (excepto em doentes que foram imediatamente submetidos a fibrinólise)
  • Diminui recidivas de isquémia e re-enfarte
  • Reduzem dor
  • Reduzem tamanho do enfarte
  • Reduzem arritmias ventriculares
123
Q

EAMCSST: que doentes é que vão fazer BB também na fase crónica?

A

Maioria! (maioria vai beneficiar)

Quem é que não faz?

  • IC grave
  • BAV
  • Hipotensão ortostática
  • Asma
  • Doentes com px excelente (não vão ter grande benefício)

Relembrar: px excelente = <55A, sem enfarte prévio, fx ventricular normal, s/ ectopias ventriculares complexas, sem angina. Têm mortalidade <1%

124
Q

EAMCSST: quais são os doentes que vão ter um px excelente? Que fármaco é que vão dispensar a longo-prazo?

A
  • <55A
  • Sem enfarte prévio
  • Fx ventricular normal
  • Sem ectopias ventriculares complexas
  • Sem angina

Mortalidade: <1%

Não precisam de tomar BB na fase crónica (só na aguda), porque não iriam oferecer grande benefício adicional. De resto todos os doentes fazem, a menos que tenham CI.

125
Q

EAMCSST: IECAs são dados na fase aguda/crónica ou ambas?

A

São dados na fase aguda (todos) e podem ser dados na fase crónica (ad eternum): IC, redução fx do VE, extensa anormalidade regional da motilidade da parede, HTA.

126
Q

EAMCSST: IECAs na fase aguda vão reduzir a mortalidade?

A

Sim (= AAS, BB, AAS + Clopidogrel)

Relembrar: IECAs têm benefícios a curto-prazo em todos os doentes, desde que estejam hemodinamicamente estáveis (PAS>100mmHg)

127
Q

EAMCSST: benefícios dos IECAs a curto prazo

A
  • Diminuem remodelação ventricular
  • Diminuem risco de ICC
  • Diminuem recorrência de enfarte
128
Q

EAMCSST: que doentes vão fazer IECAs indefinidamente?

A
  • IC
  • Redução fx global VE / FEV<40% (quer haja ou não IC)
  • Extensa anormalidade regional da motilidade da parede
  • HTA
129
Q

EAMCSST: para poderem receber Espironolactona, os doentes já devem estar a receber…

A

IECA

Relembrar: não devem ter disfunção renal ou hiperK+

130
Q

EAMCSST: Espironolactona pode ser especialmente benéfica em doentes com FEV <40%, ICC e DM?

A

Sim

Relembrar: para receberem espironolactona os doentes não devem ter insuficiência renal, hiperK+ e devem estar já a tomar IECA

131
Q

EAMCSST: efeito do controlo glicémico (DM) intensivo na mortalidade

A

Reduz

132
Q

EAMCSST: controlo do Mg deve ser feito em TODOS os doentes, a fim de evitar…

A

HipoMg (-> hipoK -> QT prolongamento -> Torsade des pointes)

133
Q

EAMCSST: BCC estão recomendados na fase crónica?

A

Não, nem na fase aguda.

Relembrar: BCC (esp: dihidropiridinas de acção curta) aumentam a mortalidade quando dados na fase aguda

134
Q

EAMCSST: doentes com FEV <40% vão fazer IECA/ARA mesmo que não tenham IC?

A

Sim

Relembrar: IECA a curto prazo diminui o remodelling ventricular

135
Q

Complicações EAMCSST: a dilatação das câmaras cardíacas é maior se enfarte onde?

A

Anterior VE

Ápice do VE

136
Q

Complicações EAMCSST: como atenuar a remodelação ventricular?

A

Vasodilatadores (ex: nitratos) + IECAs

137
Q

Complicações EAMCSST: doentes com FEV<40% devem tomar IECA independentemente de terem ou não IC?

A

Sim

138
Q

Complicações EAMCSST: causa nº1 de morte intra-hospitalar

A

Falência de bomba

139
Q

Complicações EAMCSST: a extensão do enfarte correlaciona-se bem a gravidade da IC e…

A

Mortalidade (precoce e tardia)

140
Q

EAMCSST: Sinais de disfunção global do VE surgem com comprometimento de que % do VE?

A

20-25%

141
Q

EAMCSST: choque cardiogénico surge com comprometimento de que % do VE?

A

Pelo menos 40%

142
Q

Complicações EAMCSST: se houver elevação acentuada da pressão de enchimento VE (>22mmHg) os doentes beneficiam de…

A

Diuréticos

Relembrar: pressão de enchimento do VE adequada é 20mmHg

143
Q

Complicações EAMCSST: pressão enchimento VE baixa (<15mmHg) + índices cardíacos reduzidos podem beneficiar de…

A

Expansão de volume

Relembrar: pressão enchimento VE adequada é 20mmHg

144
Q

Complicações EAMCSST: a pressão venosa central é um indicador adequado para o ajuste de volume?

A

Não.

Reflete mais a pressão enchimento VD do que do VE, e quase sempre: disfunção VE&raquo_space; disfunção VD

145
Q

Complicações EAMCSST: ICC - quais os fármacos que podem ser benéficos?

A
  • Diuréticos de ansa IV: extremamente efectivos. Diminuem congestão pulmonar, melhorando dispneia/ortopneia.
  • Nitratos: mais vantajosos que os diuréticos. Reduzem a pré-carga sem reduzir o volume total.
  • IECA (++ longo prazo)
146
Q

Complicações EAMCSST: % de doentes que vai ter Choque Cardiogénico na admissão?

A

10%

147
Q

Complicações EAMCSST: % doentes que vai ter choque cardiogénico no internamento

A

90% (??)

+++ DAC grave, multi-vaso e necrose piecemeal

148
Q

Complicações EAMCSST: 1/3 dos doentes com EAM inferior apresentam, pelo menos…

A

Necrose LEVE do VD (podem ser extensos em alguns doentes)

149
Q

Complicações EAMCSST: doentes com EAM inferior costumam ter enfarte limitado ao VD?

A

Não, raramente é limitado ao VD. Na maioria o VE é atingido.

Relembrar: 1/3 dos doentes com EAM inferior vai ter pelo menos necrose leve do VD.

150
Q

Complicações EAMCSST: sinais de disfunção VD

A
  • Engurgitamento jugular
  • Hepatomegalia
  • +/- hipotensão
  • Sinal de Kussmaul

Relembrar: pericardite constritiva, MCR, embolia pulmonar maciça, enfarte VD, IC sistólica VE grave (causas de sinal Kussmaul)

151
Q

Complicações EAMCSST: o padrão hemodinâmico de um EAM do VD é semelhante ao da…

A

Pericardite Constritiva:

  • deflexão y acentuada
  • inclinação diastólica precoce
  • plateau nas curvas do VD
152
Q

Complicações EAMCSST: EAM VD causa elevação do segmento ST nas derivações (?) e é FREQUENTE nas primeiras (?) horas

A
  • Pré-cordiais direitas (V4R)

- 24H

153
Q

Complicações EAMCSST: tx EAM VD

A
  • Volume! (manter pré-carga)

- Melhorar fx do VE

154
Q

Complicações EAMCSST: arritmias têm maior incidência nos doentes atendidos logo após o início dos sintomas?

A

Sim (a maioria das arritmias acontece nas primeiras horas após EAM)

155
Q

Complicações EAMCSST: a grande maioria das mortes por arritmia ocorre quando?

A

Primeiras horas após EAM

Relembrar: >50% dos doentes morria antes de chegar ao hospital. A maioria ia ser por FV, sendo que 50% dessas mortes era na 1ª hora.

156
Q

Complicações EAMCSST: eficácia do tx de uma arritmia está diretamente relacionada com a rapidez da procura de auxílio médico?

A

Sim

157
Q

Quais os iões que devem sempre ser avaliados num doente com EAMCSST?

A

K+ e Mg+ (se baixos corrigir!). São FR para FV após EAMCSST.

158
Q

Que disturbios eletroliticos são FR para FV após EAMCSST?

A

HipoMg, HipoK (pedir sempre e tratar caso anormais)

159
Q

HipoK+ e HipoMg são FR para (?) após EAMCSST

A

FV

160
Q

Complicações EAMCSST: que proprção dos doentes vai ter ESV esporádicas e isoladas? Precisam de tratamento?

A

Quase todos vão ter e não precisam de tratamento específico (só tratamos arritmias ventriculares incessantes).

161
Q

Complicações EAMCSST: está recomendada profilaxia com anti-arrítmicos?

A

Não, está CI porque pode&raquo_space; mortalidade.

Relembrar: quase todos os doentes vão ter ESV esporádicas e isoladas que não precisam de ser tratadas.

162
Q

Complicações EAMCSST: quais os fármacos que são eficazes na supressão das extrassístoles e na profilaxia da FV?

A

Beta-bloqueadores -> dar em TODOS os doentes.

Relembrar:

  • Quase todos os doentes vão ter ESV esporádicas e intermitentes que não requerem tx específico.
  • Profilaxia com anti-arrítmicos está CI.
163
Q

Complicações EAMCSST: FV e Taquicardia ventricular podem ocorrem nas primeiras 24H sem arritmias de aviso?

A

Sim

164
Q

Complicações EAMCSST: Lidocaína IV reduz a incidência de FV? É recomendada como tx profilático?

A

Apesar da Lidocaína conseguir reduzir a incidência de FV, o seu uso rotineiro como profilaxia não está recomendado uma vez que tem efeitos adversos (bradicardia, assistolia, etc) e as outras estratégias terapêuticas de que dispomos são eficazes.

Relembrar: Lidocaína IV apesar de reduzir incidência de FV, NÃO reduz a mortalidade global associada a EAMCSST

165
Q

Complicações EAMCSST: Lidocaína reduz/não reduz a mortalidade global associada a EAMCSST

A

Não reduz

Relembrar: a Lidocaína NÃO é rotineiramente recomendada para profilaxia de FV, apesar de ser eficaz a diminuir a sua incidência.

166
Q

Complicações EAMCSST: tx TV mantida SEM deterioração HD

A

1º) Amiodarona ou Procainamida IV

2º) Cardioversão elétrica sincrónica

167
Q

Complicações EAMCSST: tx FV ou TV com deterioração HD

A

Cardioversão elétrica assíncrona

168
Q

Complicações EAMCSST: Torsade de Pointes pode ser secundária a…

A
  • HipoK+ (medir sempre K+ e Mg+ e tratar!)
  • Distúrbios eletróliticos
  • Hipóxia
  • Fármacos (digoxina, quinidina)
169
Q

Complicações EAMCSST: devemos SEMPRE investigar causas secundárias numa TV ou FV?

A

Sim

170
Q

Complicações EAMCSST: FV pode ser dividida em primária e secundária, qual o critério para esta divisão e como varia o px?

A
  • FV primária: <48H após enfarte. Bom px. Secundária à isquemia aguda e não a fatores predisponentes.
  • FV secundária: >48H após enfarte. Mau px (++ mortalidade). Secundária à falência grave de bomba.
171
Q

Complicações EAMCSST: Se FV/TV >48H (secundária) devemos fazer…

A

Estudo eletrofisiológico + implantação CDI pelo menos 40d após EAMCSST (FV secundária é causada por falência de bomba)

172
Q

Tem indicação para CDI (avaliar pelo menos 40d após enfarte)?

  • Teve EAMCSST
  • Não teve TV/FV primária (<48H)
  • LVEF >40%
A

Não

173
Q

Tem indicação para CDI (avaliar pelo menos 40d após enfarte)?

  • Teve EAMCSST
  • Não teve TV/FV primária (<48H)
  • LVEF <30-40% + NYHA II-III ou LVEF<30-35% + NYHA I
A

Sim

174
Q

Complicações EAMCSST: um ritmo idioventricular acelerado (60-100bpm) é frequente em que situação?

A

Pode ocorrer de forma transitória durante fibrinólise, no momento da reperfusão

Relembrar: não é presságio de TV logo não requer tx (benigno)

175
Q

Complicações EAMCSST: ritmo idioventricular acelerado deve ser tratado por medo de degenerar em formas mais graves de arritmia?

A

Não, geralmente é benigno, não é presságio de TV.

176
Q

Complicações EAMCSST: arritmia supraventricular + comum

A

Taquicardia sinusal (tx: BB)

177
Q

Complicações EAMCSST: o que é essencial excluir num doente com ritmo juncional acelerado?

A

Intoxicação digitálicos

178
Q

Complicações EAMCSST: ritmo juncional acelerado é mais comum com enfartes em que localização?

A

Ínfero-posterior

179
Q

Complicações EAMCSST: Flutter/FA frequentemente são secundários a…

A

Insuficiência VE

180
Q

Complicações EAMCSST: indicação para cardioversão síncrona num doente com arritmia supraventricular

A
- >2H com FC >120bpm
ou;
Induziu:
- IC
- Choque
- Isquemia
181
Q

Complicações EAMCSST: tx arritmias supraventricular caso haja IC e caso não haja

A

IC: digoxina

s/ IC: BB, Verapamil ou Diltiazem

182
Q

Complicações EAMCSST: o tratamento de uma bradicardia sinusal só está indicado no caso de (?). Qual o tx?

A

Compromisso HD
Atropina -> persiste -> Pacing

Relembrar: evitar isoproterenol

183
Q

Complicações EAMCSST: BAV em associação com EAM anterior tem bom ou mau px?

A

Mau px

Relembrar: BAV associado a EAM inferior tem bom prognóstico, costuma ser transitório.

184
Q

Complicações EAMCSST: num doente com EAM anterior + BAV o pacing tem impacto significativo no px?

A

Tem um impacto LIMITADO (deve ser efectuado se melhorar a hemodinâmica)

185
Q

Complicações EAMCSST: BAV em EAM anterior vs BAV em EAM inferior - qual é permanente e qual é transitório?

A

BAV EAM anterior = permanente, devido a dano isquémico extenso. Mau px.

BAV EAM inferior = transitório, devido a hiperatividade vagal.

186
Q

Complicações EAMCSST: indicações para pacing provisório

A
  • Bradicardia sinusal refratária a fármacos
  • BAV 2º grau Mobitz II
  • BAV 3º grau
  • Bloqueio bifascicular
187
Q

Complicações EAMCSST: em doentes com bloqueio bifascicular persistente com BAV 3º grau transitório na fase aguda do EAM um (?) pode reduzir o risco de morte súbita a longo prazo

A

pacemaker permanente

188
Q

Complicações EAMCSST: alguns doentes com enfarte VD responde mal ao pacemaker ventricular por isso pode ser necessário…

A

Pacemaker de dupla câmara

189
Q

Complicações EAMCSST: o que pode significar desconforto torácico recorrente?

A
  • Extensão do enfarte original
  • Re-enfarte de novo miocárdio

Relembrar: aumenta 3x o risco de morte -> Angiografia + Reperfusão URGENTE

190
Q

Complicações EAMCSST: desconforto torácico recorrente aumenta quantas x o risco de morte?

A

3x

191
Q

Complicações EAMCSST: doente com desconforto torácico recorrente, o que fazer?

A

Angiografia URGENTE e Reperfusão mecânica

192
Q

Complicações EAMCSST: distinguir pericardite x dor anginosa recorrente

A

Pericardia irradia para o trapézio. É preciso ter cuidado porque na pericardite não podemos usar anticoagulação.

193
Q

Complicações EAMCSST: tx pericardite

A

AAS 650mg 4x/dia

194
Q

Complicações EAMCSST: tromboembolia costuma ser assintomática?

A

Sim:
10% sintomática
20% autópsia

Relembrar: tromboembolia é um contribuinte importante para a morte em 25% dos doentes

195
Q

Complicações EAMCSST: tromboembolia é um contribuinte importante para a morte em % dos doentes

A

25%

196
Q

Complicações EAMCSST: que % vai ter tromboembolia sintomática?

A

10%

197
Q

Complicações EAMCSST: no caso de tromboembolia, é comum os trombos terem origem na região enfartada?

A

Não, a incidência deste fenómeno é pequena.

198
Q

Complicações EAMCSST: que % dos EAM anteriores vão apresentar trombo no VE?

A

33% (poucos EAM inferiores ou posteriores)

199
Q

Complicações EAMCSST: qual a localização do enfarte que mais frequentemente leva ao desenvolvimento de trombos VE?

A

Anteriores

200
Q

Complicações EAMCSST: que doentes devem fazer anticoagulação em ambulatório (provavelmente 3-6M)?

A
Alto risco:
- IC
- Redução global função VE
- Extrema anormalidade funcional da parede
- HTA
\+
- Trombo na Eco
201
Q

Complicações EAMCSST: aneurismas verdadeiros predispõem e estão associados a rutura cardíaca?

A

Não (mas pseudoaneurismas crescem e frequentemente rompem)

202
Q

Complicações EAMCSST: aneurismas verdadeiros costumam ocorrer mais em que localização?

A

Ápex

Relembrar: não tem risco de ruptura cardíaca

203
Q

Complicações EAMCSST: achado físico + valioso de um aneurisma verdadeiro

A

Ictus cordis:

  • Duplo
  • Difuso
  • Desviado

Mnemo: “um aneurisma verdadeiro tem um ictus cordis triple D”

204
Q

Complicações EAMCSST: pseudoaneurismas rompem espontaneamente frequentemente?

A

Sim, pelo que devem ser operados

205
Q

Fatores clínicos associados a aumento do risco CV após EAM

A
  • Isquemia persistente (espontânea ou induzida)
  • FEV <40%
  • Crepitações acima das bases pulmonares
  • Congestão no RXT
  • Arritmias ventriculares sintomáticas
206
Q

EAMCSST: quando é que os doentes devem ser submetidos a prova de esforço e com que objectivo?

A
  • Avaliação do risco pós-EAM.
  • Prova de esforço submáxima (FC): antes da alta.
  • Prova de esforço máxima (sintomas): 6 semanas após enfarte.
207
Q

Que doentes devem fazer angiografia e/ou estudo eletrofisiológico após EAMCSST para estratificação de risco?

A

(maioria faz prova de esforço + ECO)

Doentes alto risco:

  • Angina para pequenos esforços
  • FEV baixa
  • Grande defeito reversível na cintigrafia
  • Isquemia demonstrável
  • Arritmias ventricular sintomáticas com o exercício
208
Q

Prevenção secundária de EAMCSST

A

TODOS: 1. Antiplaquetários: AAS (ad eternum) ou Clopidogrel (se não tolerar AAS)

MAIORIA:
2. Beta-bloqueador (mín. 2 anos): a menos que CI ou excelente px

ALGUNS:

  1. IECA/ARA: FEV<40%, anomalias segmentares da contractilidade, IC
  2. Antagonistas aldosterona (espironolactona): tem que estar a tomar IECA! ++ FEV<40%, IC, DM.
  3. Anticoagulante (Varfarina): alto risco de tromboembolia

SE STENT:
6. AAS + Clopidogrel Varfarina + IBP (fazer hemograma/PSOF regularmente)

209
Q

Prevenção secundária pós-EAM: Varfarina conseguiu diminuir mortalidade e re-enfarte?

A

Sim