DRGE Flashcards
Qual o conceito de Doença do Refluxo Gastroesofágico?
Incompetência da barreira antirrefluxo que fica na junção do esôfago com o estômago e desequilíbrio entre os fatores de agressão e defesa do estômago
Quais as 2 classificações endoscópicas da DRGE?
Pode ser classificada em:
- Esofagite Erosiva
- Esofagite não-erosiva (quando há refluxo, no entanto a EDA é negativa)
esofagite = inflamação do esôfago
Qual a classificação de Montreal da DRGE?
Síndromes Esofágicas:
- Síndromes Sintomáticas: Pirose + Dor Torácica
- Síndromes com lesão esofágica:
Esofagite Refluxato
Estenose de Esôfago
Esôfago de Barret
Adenocarcinoma
Síndormes Extra-esofágicas
- Associações Estabelecidas:
refluxo
tosse
laringite
asma
erosão dental - Associações Propostas:
Faringite
Sinusite Idiopática
Fibrose Pulmonar
Otite Média recorrente
Quais os 2 sintomas mais indicativos de DRGE
Pirose + Dor torácica
Indique os fatores de risco para DRGE
- Idade: menor percepção em idosos, mas neles acaba sendo mais grave
- Sexo: mais prevalente e agressivo em homens
- Obesidade: naturalmente, a Ptorácica < Pabdominal, por isso, quando a pessoa é obesa, a Pabdominal sobe ainda mais, gerando tendência ao refluxo (hérnia de hiato e relaxamento transitório do EIE)
- Determiante Genética: histórico na família
outros fatores: tabagismo, café, alimentos gordurosos (pois são, entre carboidratos e proteínas, os que mais demoram para digerir)
Por que o H. pylori não é um fator de risco para DRGE?
O H.pylori tem como característica inibir a secreção ácida estomacal e, em quadros crônicos, pode até mesmo causar atrofia gástrica. Por isso ele causa Gastrite, mas não tem associação direta com DRGE
no entanto, se o pcte tem DRGE e H.pylori, não se deve pensar em “não tratar a infecção pra não piorar a DRGE”, deve-se SEMPRE tratar H.pylori, e depois a DRGE é resolvida
Quais são as 5 Fisiopatologias mais frequentes na DRGE
- Incompetência do EIE:
o EIE deveria ter a pressão acima de 15mmHg para fisiologia normal. Na DGRE, há uma falha desse mecanismo, permitindo a volta do conteúdo gástrico - Hérnia de Hiato:
ocorre quando a porção proximal do estômago se desloca em direção ao tórax acima do diafragma, formando a chamada BOLSA ÁCIDA - Peristalse Inadequada:
Musculatura esofágica encontra-se disfuncional, o que reduz o esvaziamento esofago-gástrico ideal - Conteúdo Refluxato:
O conteúdo refluxato é o retorno da Bile e Pepsina para o esôfago, substâncias mais alcalinas e mais agressivas, o que causa ainda maior lesão lesão da mucosa - Distensão do Estômago Proximal
Resuma a fisiopatologia da DRGE
Quando há o refluxo e ele alcança a mucosa esofágica, há perda da integridade da barreira mucosa e dilatação dos espaços intracelulares. O refluxo pode causar lesão mucosa OU somente aumento da percepção da dor, o que explica o porque muitos pacientes não tem evidência endoscópica
Não encontrar lesão não exclui o diagnóstico de DRGE
Quais as 3 possíveis complicações da DRGE?
- Estenose de Esôfago
- Esôfago de Barret
- Predisposição à Adenocarcinoma
A Endoscopia Digestiva alta é feita quando são vistos os sinais de alarme. Cite pelo menos 4
Sinais de Alarme:
- Sintomatologia persistente após tratamento
- Vômito persistente
- Disfagia ou Odinofagia
- Emagrecimento involuntário acima de 5% do peso
- Suspeita de Manifestação extra-esofágica
- Suspeita de Barret
Dite a Classificação da Endoscopia de Los Angeles
Dica: são 4
A: Lesão mínima menor que 5mm
B: Lesão maior que 5mm sem confluência
C: Lesões confluentes entre si envolvendo menos de 75% do órgão
D: Lesões confluentes entre si envolvendo mais de 75% do órgão
Cite os 6 Exames Diagnósticos para DRGE
1. EDA não é padrão ouro
Feito quando há pelo menos um dos citados abaixo:
- há sinais de alarme
- pct já fez tratamento prévio
- não houve resolução com tratamento empírico
- > 50 anos
2. PhMetria padrão ouro pra confirmação diagnóstica de DRGE
É feita para medir o ph esofágico
- Normal: em torno de 6
- Suspeita de refluxo: menor que 4
Pode haver também presença de refluxo alcalino, o que indica origem duodenal e provável presença de bile. Nessa situação, usa-se Phmetria com Cápsula Bravo
3. Manometria (análise pré-cirúrgica)
Analisa o tônus do EIE (hipo ou hipertonia)
- Hipotonia: DRGE
- Hipertonia: Acalasia (megaesôfago chagásico)
4. Impedânciometria
Analisa-se o volume do refluxo, mas na sua composição. Útil para analisar sintomas extra-esofágicos
5. Esofagograma
Utiliza-se radiografia com contraste para analisar a morfologia esofágica. Não é muito útil no diagnóstico de DRGE
6. Biópsia
Feito apenas com indicação para analisar possíveis diagnósticos diferenciais. As indicações são: Pacientes imunossuprimidos, Úlcera irregular/profunda, Esofagite proximal, Massa ou modularidade, Estenose de esôfago
O que é o teste IBP?
É uma prova terapêutica. É dada a medicação para um paciente que tem uma história de pirose + dor torácica recente e se avalia como ele vai evoluir após o tratamento
Cite pelo menos 1 Diagnóstico Diferencial com esofagite e 1 sem esofagite
Com esofagite:
- por medicação
- Dermopatia autoimune
- Zollinger Ellison
- Esofagite eosinofílica
- Resistência ao IBP
Sem esofagite:
Escape ácido noturno
Pirose funcional
Refluxo alcalino
Cite a medida padrão ouro para tratamento medicamentoso da DRGE e o seu tempo de uso
IBP de 4-8 semanas para pessoas sem sinais de alarme, sem tratamento prévio e < 50 anos
Quando será usada a chamada terapia (ou dose) de manutenção?
A terapia de manutenção, ou seja, a continuação do uso do IBP vai ocorrer em 2 situações:
- se após a suspensão do tratamento inicial o pct persistir com os sintomas (80% dos pcts têm rcidiva da DRGE aopós 6/12 meses)
- O paciente já chegar para o médico com complicações da DRGE (esofagite erosiva, Barret…)
Qual o procedimento para pacientes com H. pylori
Precisam primeiro tratar a infecção e depois se preocupar com a DRGE, pois apenas erradicação do H.pylori não é terapia anti-refluxo!! eles não são associados
Qual o tratamento cirúrgico indicado para principalmente hérnia de hiato?
Fundoplicatura: reposicionamento do estômago
Qual a sequência correta de ação quando o paciente relata sintomas compatíveis com DRGE?
Paciente relata Pirose + Dor Torácica, não tem tratamento prévio, não tem sinais de alarme e < 50 anos
1. Tratamento empírico IBP 4 à 8 semanas
- se melhorar, considerar suspensão do IBP ou manter se reicidiva em baixa dose
- Se não melhorar, é um sinal de alarme e dever ser feita a EDA
- Se houver persistência, considerar alguma falha no tratamento medicamentoso ou um diag. diferencial. Deve-se fazer Phmetria
- A cirurgia será feita se houver
- refluxo volumoso
- intolerância ao IBP (tratamento clínico não funcionou)
- desejo do paciente
Homem, 55 anos, antecedente de HAS e dislipidemia, evoluindo com desconforto em região torácica há 4 meses. Relata sensação de queimação e pressão em região médio-esternal. O desconforto surge cerca de uma hora após a alimentação e persiste por 2-3 horas. Relata tosse frequente, gosto amargo pela manhã. Fez uso de ratinidina com alívio discreto. Após episódio de dor torácica intensa, realizou ECG, enzimas cardíacas e cintilografia miocárdica que foram normais. No exame físico, apresentou PA 140/90 mmHg, pulso: 76 pbm, FR: 16 ipm, ausculta cardíaca e pulmonar normais, abdome globoso, indolor, sem visceromegalias, IMC 30 kg/m2.
- Em relação ao caso, qual a conduta
mais adequada para o paciente?
a) Manter a ranitidina
b) Iniciar IBP
c) Endoscopia digestiva alta
d) Esofagograma
e) pHmetria
R: C
Pelo paciente ter mais de 50 anos e já ter histórico de tratamento prévio, a conduta é fazer EDA
O que é Acalasia
Acalasia é o contrário do refluxo, ou seja, é a não abertura do EIE
O que é Gastroparesia?
É permanência do conteúdo gástrico no estômago por um longo período