Doenças túbulo-intersticiais Flashcards

1
Q

Que fármacos podem dar doença tubulo-intersticial aguda com proteinúria (que pode ser na faixa nefrótica?)

A

AINEs

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Q

Nefrite intersticial aguda pode dar dor?

A

Sim, pode dar dor no flanco devido a distensão da cápsula

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3
Q

Manifestações de disfunção tubular proximal na nefrite intersticial crónica

A

Sdr Fanconi

Mnemo: "o Sr Fanconi apanhou CAGUFA"
C = hiperCalciúria
A = Aminoacidúria
G = Glicosúria
U = hiperUricosúia
F = hiperFosfatúria
A = ATR tipo 2
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4
Q

Síndrome Fanconi

A
"o Sr Fanconi apanhou CAGUFA"
C = hiperCalciúria
A = Aminoacidúria
G = Glicosúria
U = hiperUricosúia
F = hiperFosfatúria
A = ATR tipo 2
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5
Q

Síndrome de Fanconi pode ser uma manifestação de nefrite intersticial crónica?

A

Sim, que causa disfunção tubular proximal

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6
Q

Causas principais de nefrite intersticial aguda

A
  1. Fármacos (+++)
  2. Infeções
  3. Autoimunes (ex: sdr Sjogren)
  4. Fenómenos obstrutivos (ex: rim mieloma)
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7
Q

Causa mais comum de nefrite intersticial aguda

A

Reacção alérgica a fármacos

Mnemo: “a causa mais FAmosa de NIA é a FArmacológic”

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8
Q

Que % dos casos de insuficiência renal aguda são causados por nefrite intersticial alérgica?

A

15% (e a prevalência é subestimada)

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9
Q

A apresentação clássica da nefrite intersticial alérgica é comum?

A

Não, a apresentação + frequente não é a clássica mas sim: SCr em ascenção + sintomas de IR

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10
Q

Apresentação clássica de nefrite intersticial alérgica

A

Mnemo: quadro “FEIO”

Febre
Exantema
Eosinofilia periférica
Insuficiência renal Oligúrica

Relembrar! Esta apresentação apesar de ser clássica, é rara.

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11
Q

Nefrite intersticial alérgica por AINEs commumente causa proteinúria ligeira/maciça

A

Maciça

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12
Q

Apresentação da nefrite intersticial alérgica causada por AINEs

A

IR + proteinúria maciça (faixa nefrótica)

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13
Q

Que fármacos causam nefrite intersticial alérgica com dano tubulointersticial progressivo?

A

IBPs

raramente sulfonamidas, 5ASA e antiretrovíricos

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14
Q

Quando devemos suspeitar nefrite intersticial alérgica?

A

LRA inexplicada (com ou sem oligúria) + exposição a fármaco potencialmente nocivo

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15
Q

Eosinofilia periférica suporta o diagnóstico de nefrite intersticial alérgica?

A

Sim, mas só acontece numa minoria dos doentes

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16
Q

Nefrite intersticial alérgica: eosinofilia periférica é um achado comum?

A

Não. Se presente apoia o dx, mas apenas uma minoria dos doentes vai ter.

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17
Q

Nefrite intersticial alérgica: pesquisa de eosinófilos na urina é recomendada?

A

Não. Baixa Sn e Sp

Mnemo: na nefrite intersticial aguda os eosinófilos (sangue ou urina) não nos vão ajudar (no sangue só estão presente numa minoria)

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18
Q

Biópsia renal é geralmente necessária na suspeita de nefrite intersticial aguda?

A

Não. É feita numa nefrite que não melhora (1 semana) ou agrava rapidamente após suspendermos o agente potencialmente causal e com características atípicas.

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19
Q

Nefrite intersticial alérgica: a interrupção do fármaco geralmente leva à reversão da lesão renal?

A

Sim (mas pode não ser totalmente reversível)

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20
Q

Nefrite intersticial alérgica: GCT aceleram a recuperação renal e melhoram a sobrevida renal?

A

Não têm impacto na sobrevida renal a longo prazo

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21
Q

Se na biópsia de uma nefrite intersticial aguda encontrarmos fibrose -> tratamento?

A

Conservador (não é para dar GCT ou ISS)

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22
Q

Indicações para CCT e ISS na nefrite intersticial (aguda)

A
  1. Nefrite intersticial Lúpica
  2. Adultos com TINU
  3. Sdr Sjogren
  4. Sarcoidose
  5. Nefrite idiopática ou granulomatosa

Mnemo: “LATINUSS”

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23
Q

Crianças com TINU + NIA é indicação absoluta ou relativa para GCT e ISS?

A

Relativa

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24
Q

Manifestação renal mais comum de Síndrome de Sjogren

A

Nefrite tubulointersticial aguda com infiltrado LINFOCÍTICO (ATR distal + DIN + IR moderada)

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25
Q

Nefrites tubulointersticiais com predomínio linfocítico

A
  • Sdr Sjogren

- TINU (uveíte)

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26
Q

Nefrite tubulointersticial com uveite (TINU)

A

Nefrite intersticial de predomínio linfocítico associada a uveíte anterior dolorosa. Etiologia desconhecida. <5% de todos os casos de NTI.

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27
Q

Em que população é mais frequente a TINU?

A

Mulheres, com idade mediana de início de 15A

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28
Q

TINU é auto-limitada em quem?

A

Crianças

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29
Q

Adultos costumam ter recidiva de TINU?

A

Sim

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30
Q

TINU: em que % dos casos os sintomas oculares precedem ou acompanham a doença renal?

A

33% (pode dificultar o dx)

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31
Q

Nefrite intersticial granulomatosa: é frequente encontrarmos uma doença associada?

A

Não

32
Q

Tratamento precoce da nefrite intersticial granulomatosa

A

CCT

33
Q

Numa nefrite intersticial granulomatosa que doença devemos excluir antes de iniciar tratamento?

A

TB (causa rara desta condição)

34
Q

Doença sistémica relacionada com o IgG4 responde a GCT?

A

Sim

35
Q

4 manifestações da doença sistémica relacionada com o IgG4

A

Mnemo: “FCP é uma SECa”

  1. Fibrose retroperitoneal
  2. Colangite esclerosante
  3. Pancreatite AI
  4. Sialoadenite Esclerosante Crónica
36
Q

Nefrite intersticial associada à infecção por poliomavírus BK acontece em quem?

A

Imunodeprimidos (ex: transplantados renais)

37
Q

Nefropatia induzida pelo urato acontece em que contexto?

A

Síndrome de lise tumoral -> ácido úrico -> cristaliza -> obstrução dos túbulos

38
Q

Papel do Alopurinol na nefropatia aguda induzida pelo urato

A

Profilaxia (não tem benefício se a lise já ocorreu)

39
Q

Tratamento da nefropatia aguda induzida pelo urato

A
  1. Alopurinol profiláctico
  2. Diurese alcalina (aumenta fluxo tubular + solubiliza ácido úrico)
  3. HD e Rasburicase (emergente)
40
Q

Phospho-soda oral deve ser evitado na DRC. Porquê?

A

Pode causar deposição de cristais de fosfato de cálcio nos túbulos e interstício. Incomum.
Usado na preparação da colonoscopia.

41
Q

A detecção laboratorial de proteinúria conjugada com um resultado negativo na tira-teste é altamente sugestivo de…

A

Proteinúria de Bence-Jones (MM)

42
Q

Plasmaférese tem valor na nefropatia por cilindros de cadeias leves?

A

Questionável

43
Q

Causas principais de nefrite intersticial crónica

A

Reflexo VU
Doença falciforme
Exposição CRONICA a toxinas ou agentes terapêuticos

44
Q

Nefropatia de refluxo geralmente ocorre na infância, mas só é detectada…

A

Na idade adulta

45
Q

Numa nefropatia de refluxo quando é que está indicada a reimplantação dos uretéres?

A

Crianças pequenas com refluxo de ALTO grau persistente (não é eficaz após ocorrência de fibrose)

46
Q

Causas major de necrose papilar

A

“FADA”

  1. nefropatia Falciforme
  2. Analgésicos
  3. Diabetes com ITU
  4. AINEs prolongados
47
Q

Doença tubulointersticial crónica associada a GN costuma ser um processo secundário?

A

Sim, é mais frequente do que ser um processo primário. Há lesão mediada por proteinúria.

48
Q

Nefropatia analgésica: fármacos

A

Mnemo: “INA”

Contendo fenacetina, aspirina e cafeína

49
Q

Forma clássica de nefropatia analgésica

A

Mnemo: “INA”
Insuficiência renal
Necrose papilar
Alterações na TC (rins com calcificações papilares)

Relembrar causas de necrose papilar (FADA): anemia falciforme, aspirina, DM com ITU, AINEs prolongados

50
Q

Nefropatia analgésica está associada a risco aumentado de neoplasia maligna urotelial?

A

Sim

51
Q

Recomenda-se o rastreio para evidência de lesão renal em utilizadores crónicos de acetaminofeno e AINEs?

A

Sim, apesar do seu uso crónico moderado parecer não causar aquilo que conhecemos classicamente por nefropatia analgésica.

52
Q

Nefropatias induzidas pelo ác artistolóquico

A

Nefropatia das ervas chinesas

Nefropatia dos Balcãs

53
Q

Nefropatia do ác artistolóquico: histologia

A

Fibrose intersticial com escassez de infiltrados

54
Q

Particularidade da anemia associada à nefropatia do ácido artistolóquico

A

Anemia desproporcional grave relativamente ao grau de lesão renal

55
Q

Critérios de diagnóstico da nefropatia do ác artistolóquico

A

Pelo menos 2:

  1. Histologia compatível na biópsia renal
  2. Ingestão do ác artistolóquico
  3. Complexos aristolactam-DNA
56
Q

Nefropatia do ác artistolóquico está associada a risco aumentado de neoplasias uroteliais do tracto alto?

A

Sim (risco cumulativo com a dose)

57
Q

Nefropatia do ác artistolóquico requer vigilância com TC, ureteroscopia e citologia urinária porquê?

A

Risco elevado de neoplasias uroteliais do tracto alto. Pode estar indicada nefroureterectomia bilateral.

58
Q

Nefropatia intersticial cariomegálica está associada a que mutação?

A

FAN1

Mnemo: “és o FA Número 1 do CARa!”

59
Q

Qual é + frequente: DIN associada ao Litio ou Nefrite Tubulointersticial Crónica associada ao Lítio?

A

DIN
- Lítio entra no ducto colector via ENaC e infrarregula canais de aquaporina

Relembrar principais causas adquiridas de DIN:

  • HiperCa
  • HipoK
  • Fármacos (lítio, ifosfamida)
  • Gravidez tardia
60
Q

Lítio pode causar DIN adquirida?

A

Sim porque ele entra nos ductos colectores via ENaC e infrarregular canais de aquaporina

61
Q

Contexto clínico de nefropatia tubulointersticial crónica por Lítio

A

> 10-20A a tomar Lítio, especialmente se o doente tiver tido episódios repetidos de níveis tóxicos

62
Q

Nefropatia tubulointersticial crónica por Lítio: sintomas

A

Assintomáticos + proteinúria mínima + pouca leucocitúria + PA normal

Mnemo: “a cLÍnica do LÍtio é LImitada”

63
Q

nefropatia tubulointersticial crónica por Lítio: biópsia renal histologia

A
  1. Fibrose e dano tubular desproporcionais ao grau de glomerulosclerose ou doença vasculares
  2. Infiltrado linfocítico escasso
  3. Pequenos cistos ou dilatação tubular distal (característicos)
64
Q

nefropatia tubulointersticial crónica por Lítio: o grau de fibrose intersticial correlaciona-se com a duração e com a dose cumulativa de Lítio?

A

Sim

i.e. ++ dose/tempo de Lítio&raquo_space;> ++ fibrose

65
Q

Níveis de Lítio recomendados para prevenir nefropatia TI crónica

A

<1mEq/L

66
Q

Amilorido Lítio

A

Impede a entrada do lítio através do ENaC

67
Q

Amilorido é eficaz para prevenir e tratar DIN induzida pelo Lítio?

A

Sim

68
Q

Benefício terapêutico do Amilorido na nefropatia TI induzida pelo lítio

A

Escasso/Não esclarecido

69
Q

DRC devido a Lítio é irreversível?

A

Frequentemente sim. Pode evoluir lentamente para DRT.

70
Q

Lesão crónica por inibidores da calcineurina leva a redução reversível ou irreversível da TFG?

A

Irreversível

71
Q

Inibidores da calcineurina causam commumente hiperK?

A

Sim

72
Q

Histologia na nefropatia por inibidores da calcineurina

A

Fibrose intersticial e atrofia tubular em padrão “às riscas”, hialinose e GESF

73
Q

Redução da dose/evicção dos inibidores da calcineurina mitiga as alterações tubulointersticiais crónicas?

A

Sim

74
Q

Quando pensar no dx de intoxicação por chumbo?

A

Gota saturnina (chumbo causa disfunção tubular proximal com secreção reduzida de urato) + HTA + IR

75
Q

Causas principais de nefrite TI secundária a distúrbios metabólicos

A
  • Hipercalcémia
  • Hiperuricemia
  • Hipocalémia prolongada

Mnemo: “nas causas metabólicas, é tudo HIPER, excepto a hipoK+”

76
Q

Tratamento da nefropatia crónica por ácido úrico

A

Alopurinol + Alcalinização urinária (mas pode não responder a estas medidas)

77
Q

Foi demonstrada uma melhoria consistente da função renal pelo Alopurinol em doentes com hiperuricemia assintomática?

A

Não