Doenças dos Glomérulos Flashcards
Como é caracterizada a síndrome nefrítica?
Hematúria Proteinúria subnefrótica (menos que 3,5g/24h) Oligúria Edema HAS
Como surge a hematúria com dismorfismo eritrocitário na síndrome nefrítica?
Leucócitos e células inflamatórias nas fendas de filtração mudam sua estrutura, deixando passar hemácias (que se deformam) e leucócitos (piúria e cilindros leucocitários).
O que são cilindros?
A proteína de Tamm-Horsfall é produzida na alça de Henle e fica na parede do túbulo coletor, criando superfície pegajosa e descamável. Qualquer substância pode grudar nela ao passar pelo TC, dando origem aos cilindros (de variados tipos).
Quais são os tipos de cilindros?
Obs: são dois grupos!
Celulares (epiteliais, hemáticos e leucocitários) e acelulares (hialinos, céreos, largos e graxos).
Como é caracterizada a glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica?
É uma sequela tardia de uma infecção por cepas nefritogênicas do estreptococo beta hemolítico do grupo A (pyogenes). Pode ser por piodermite (impetigo bolhoso ou erisipela) ou por faringoamigdalite. É mais comum em crianças (2 a 15 anos).
Qual o tempo de incubação de estrepto beta hemolítico A na GNPE?
Se via cutânea, 15-28 dias. Se orofaringe, 7-21 dias.
Qual a patogênese da GNPE?
Deposição de imunocomplexos nos glomérulos, ativando cascata de complemento.
Como diagnosticar GNPE?
Questionar faringite ou piodermite recentes;
Verificar se período de incubação é compatível;
Documentar infecção estreptocócica pelo laboratório (ASLO ou anti DNAse B);
Demonstrar queda transitória de C3 com um retorno ao normal em um máximo de 8 semanas.
Na GNPE pós faringoamigdalite, qual marcador é mais comumente encontrado? E na pós piodermite?
Na pós faringoamigdalite, o ASLO é encontrado em 80-90% dos pacientes, enquanto o anti-DNAse B somente em 75%.
Já na pós piodermite, o ASLO só está presente em 50% dos pacientes, sendo mais frequente encontrar o anti-DNAse B (60-70%), seguido do anti-hialuronidase.
Quais as indicações de biópsia na GNPE?
Obs: são 7!
Oligúria por mais de 7 dias;
Hipocomplementenemia por mais de 8 semanas;
Proteinúria maior que 3,5g/24h ou maior que 50 mg/kg/dia (crianças);
Evidências clínicas ou sorológicas de doença sistêmica;
Evidência clínica de GN rapidamente progressiva (anúria ou aumento acelerado de escórias);
Ausência de evidências laboratoriais de infecção estreptocócica;
Complemento sérico normal.
Qual a história natural da GNPE?
Oligúria até 72h (máximo de 7 dias); Hematúria microscópica até 1 ano (podendo ir até 2 anos) e macroscópica até 6 semanas; C3 baixo até 8 semanas; Proteinúria leve até 5 anos (2 a 5); Azotemia leve e não progressiva.
Lembrar que ASLO é cicatriz sorológica, sem valor prognóstico.
Quais as indicações de biópsia da SBP?
Anúria ou oligúria importante por mais de 72h;
C3 não melhorando até 8 semanas;
Proteinúria nefrótica por mais de 4 semanas;
HAS ou hematúria macroscópica por mais de 6 semanas;
Azotemia importante ou prolongada.
Qual o aspecto histopatológico da GNPE na microscopia eletrônica?
Corcovas, gibas ou “humps” (nódulos subepiteliais). Estão relacionados com a gravidade do quadro.
Quais os diagnósticos diferenciais de GNPE?
Outras GN pós infecciosas, nefrite lúpica e GN membranoproliferativa (proteinúria nefrótica e hipocomplementenemia por mais de 8 semanas).
Quando há uma síndrome nefrítica durante um quadro infeccioso, o que podemos inferir?
Que já havia uma glomerulopatia crônica pré-existente.