Doenças de vias biliares Flashcards
O que compõe o trígono de Calot e qual sua importância?
Trígono anatômico que evidencia a região da artéria cística, importante na cirurgia de colecistectomia.
Formado pelos limites:
- Borda hepática
- Ducto Hepático comum
- Ducto cístico
Qual a principal complicação de Colelitíase?
Colecistite aguda
Qual a principal complicação de Coledocolitíase?
Colangite aguda
Paciente com dor em cólica que irradia para dorso, desencadeada por libação alimentar, que tem melhora após 6 horas.
HD:
Colelitíase (dor biliar)
Qual o exame padrão ouro para avaliar colelitíase?
USG
- Imagem hiperecoica com sombra acústica posterior
Paciente com Colelitíase Assintomático; Em quais situações operar esse paciente?
Se:
- Cálculo de risco (>2,5-3cm)
- Se pólipo de risco (>1cm, >60 anos, ou com cálculo junto)
- Vesícula em porcelana
- Anomalia congênita em vesícula
- Anemia hemolítica!
Quando operar um paciente com pedra na vesícula?
- sintomáticos
- complicações prévias (pancreatite, colecistite…)
- Cálculo de risco (>2,5-3cm)
- Se pólipo de risco (>1cm, >60 anos, ou com cálculo junto)
- Vesícula em porcelana
- Anomalia congênita em vesícula
- Anemia hemolítica!
Paciente com dor abdominal há mais de 6 horas em cólica que irradia para dorso, associado com febre e massa palpável e dolorosa em quadrante superior direito.
Sinal de Murphy positivo.
HD:
Colecistite aguda
Como fazer o diagnóstico de Colecistite aguda?
Clínica + laboratoriais + Imagem de US
Qual o exame padrão ouro para avaliação de colecistite aguda?
Cintilografia biliar
Tratamento de Colecistite aguda:
- Internação sempre
- ATB
- CX: Colecistectomia videolaparoscópica em até 72 horas idealmente, pode até 7 dias.
Se paciente não tolerar ou ↑ risco cirúrgico: colecistotomia percutânea
Classificação de Coleciste aguda pelos critérios de Tokyo:
Grau III (grave): __________________
Grau II (moderado):________________
Grau I (Leve): _____________________
Grau III (grave): Com disfunção orgânica
Grau II (moderado):Sem disfunção orgânica,porém com outros achados (leucocitose, massa palpável, complicações)
Grau I (Leve): Colecistite aguda e mais nada.
Como tratar a colecistite aguda de acordo com os critérios de Tokyo?
Grau I: ___________
Grau II:___________
Grau III: ___________
Grau I: CVL
Grau II: CVL em centro especializado
Grau III: Estabilizar + corrigir disfunção orgânica + CVL ou Colecistostomia.
Paciente grave, internado em UTI, evolui com piora do estado geral, hipotensão e sensibilidade em quadrante superior direito + vesícula biliar palpável.
USG não evidencia litíase em vesícula. Vesícula espessada.
HD:
Colecistite aguda Alitiásica
Paciente grave, internado em UTI, evolui com piora do estado geral, hipotensão e sensibilidade em quadrante superior direito + vesícula biliar palpável.
USG não evidencia litíase em vesícula. Vesícula espessada.
HD: colecistite alitíasica
Como tratar?
CVL se paciente suporta, se não Colecistostomia (drenagem).
Paciente homem, idoso, Diabético de difícil controle, préviamente bem, desenvolve quadro de dor abdominal em cólica irradiando para dorso, com murphy positivo e evolui com piora do quadro.
Feito TC que evidenciou regiões hipodensas em região intramural de vesícula biliar:
HD e TTO:
Colecistite aguda enfisematosa
CD: CVL ou Colecistostomia
O que é a síndrome de Mirizzi?
Compressão do ducto hepático comum por conta de um cálculo impactado no infundíbulo da vesícula ou no ducto cístico
Paciente com quadro de dor abdominal em cólica que irradia para dorso, principalmente em quadrante superior direito, com murphy positivo.
Apresenta-se ictérico no exame físico.
HD:
CD: O primeiro exame a se pedir é _______
HD: síndrome de mirizzi
CD: CPRE (Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica)
Classificação de Czendes para Síndrome de Mirizzi e seus tratamento:
Tipo I: Sem fístula -> CVL
Tipo II: 1/3 de fístula -> Rafia + dreno de Kehr
Tipo III: 2/3 de fístula -> Coledocoplastia
Tipo IV: fístula completa -> Coledocoplastia ou bileodigestiva
A partir de qual grau de Czendes há fístula na síndrome de Mirizzi?
A partir do grau II.
O que é uma coledocolitíase primária e uma secundária? Qual é mais comum?
Coledocolitíase primária é um cálculo que se formou no próprio colédoco.
Coledocolitíase secundária é um calculo que se alojou no colédoco mas sua origem é a vesícula.
Coledocolitíase secundária é quase 90% dos casos.
Paciente se queixa de estar amarelo, porém há momentos de melhora e momentos de piora da icterícia.
HD:
Coledocolitíase
Quando há pedra no colédoco, como prosseguir a investigação?
1º passo: USG
- Avaliar espessura do colédoco (>5mm) e se há cálculo lá.
2º passo: Confirmação diagnóstica
- CPRE (é terapêutico)
- ColangioRM
Paciente com Colangite, USG que evidencia cálculo e colédoco dilatado, Bilirrubina total de >4.
Como proceder para tratamento?
Paciente com alto risco de cálculo impactado no colédoco.
Portanto, a conduta é a CPRE
Paciente >55 anos, com colédoco dilatado ao exame e laboratoriais alterados.
Como proceder para tratamento?
Paciente com médio risco de presença de cálculo em colédoco.
Portanto a conduta é realizar a ColangioRM e USG endoscópica.
Paciente jovem com cálculo no colédoco em exame de rotina, sem sintomas, sem alteração laboratorial.
Como proceder para o tratamento?
Paciente com baixo risco de presença de cálculo atual em colédoco.
Portanto, pode-se realizar logo a CVL (colecistectomia videolaparoscópica)
Paciente fez a CVL e depois evoluiu com nova coledocolitíase.
Como saber se o cálculo sempre esteve lá ou se foi formado um cálculo primário em colédoco?
Pelo tempo.
Residual até 2 anos da CVL
após 2 anos, pensar em Coledocolitíase primária.
O que é a colangite aguda?
Infecção bacteriana de vias biliares após obstrução das vias biliares (cálculo, tumor, estenose…)
O que compõe a tríade de Charcot?
Tríade de Charcot é a clínica da colangite aguda:
- Febre
- Dor abdominal
- Icterícia
O que é e do que compõe a pêntade de Reynoulds?
Pêntade de Reynoulds é a clínica da colangite aguda grave/supurativa:
- Febre
- icterícia
- Dor abdominal
- ↓ nível de consciência
- Hipotensão arterial
Tratamento de Colangite aguda:
ATB
Na maioria dos casos (leves), a resposta é dramática ao uso de antibióticos.
Na Colangite aguda grave, deve-se fazer também Drenagem imediata das vias biliares.
Classificação de tokyo para Colangite aguda:
Grau III (grave): _____________
Grau II (moderada): __________
Grau I (leve): _______________
Grau III (grave): Disfunção orgânica (pêntade de reynolds)
Grau II (moderada): Sem disfunção orgânica, mas com:
- Leucocitose, febre alta, Idade >75 anos, Bilirrubina total >5, hipoalbuminemia
Grau I (leve): Colangite (charcot) e mais nada de alteração.
Tratamento de Colangite aguda:
Leve: ATB apenas! Resposta dramática ao ATB.
- Caso refratário: Drenar vias biliares
Moderada: ATB + Drenagem urgente
Grave: ATB + Drenagem na emergência
Qual tamanho de cálculo biliar está associado à pancreatite aguda?
Cálculo pequeno <5mm
Paciente com pancreatite aguda não complicada, com leucocitose de 16mil.
Faço ATB ou não inicialmente?
não fazer. TTO inicial deve ser:
- Hidratação
- Jejum
- Analgesia
- suporte
ATB na pancreatite apenas na necrose infectada
Quando fazer ATB na pancreatite aguda?
Apenas na complicação da necrose (infecção da necrose)
Sobre classificação de Pancreatite aguda:
Paciente com Coleção necrótica extrahepática, que teve melhora da PA após hidratação.
leve, moderada ou grave?
Moderada, já que teve disfunção orgânica transitória, apesar das complicações.
Qual é o melhor exame para detecção de coledocolitíase?
Colangiografia endoscópica retrógrada (CPRE)