Doenças da Hipofise Flashcards
De onde surge a adeno-hipófise e a neuro-hipófise?
Neuro-hipófise→Assoalho Diencéfalo (tubo neural)
• Axônios não mielinizados cujos corpos celulares se encontram nos hipotálamo • Célula da glia (pituícito)
Adeno-hipófise→Ectoderma (Teto da Cavidade Oral/Bolsa de Rathke)
• Cordões de células epiteliais entremeadas por capilares sanguíneos
• Fibroblastos + fibras reticulares
Qual diferença das células cromofilas e cromofobas?
CÉLULAS CROMÓFOBAS
• Não secretam hormônios
CÉLULAS CROMÓFILAS Secretam: • ACIDÓFILAS • GH • Prolactina • BASÓFILAS • ACTH • TSH • LH • FSH
Hormônios responsáveis pelo ciclo circadiano?
ACTH,Cortisol,melatonina
Hormônios ligados ao sono :
PRL,GH E TSH
Esquemas da regulação hormonal
Núcleo paraventricular—CRH (hipotálamo) — eminência mediana— corticotrofos— ACTH(hipófise)—Córtex adrenal —Cortisol e androgenos
Núcleo paraventricular— TRH( hipotálamo)—tireotrofos— TSH— Tireoide—T3 e T4
Núcleo arqueado— Dopamina(-)—lactotrofos—prolactina— Glândulas mamarias—Leite
Núcleo arqueado —GnRH—Gonadotrofos—FSH/LH—ovário/testiculo—Estrogênio,progesterona,testosterona
Núcleo arqueado—GHRH(+)—receptores acoplados à proteína G— Somatotrofos—GH—Figado/Ossos—IGF1
Área paraventricular anterior—Somatostatina(-)—receptores acoplados à proteína G— Somatotrofos—GH—Figado/Ossos—IGF1
Como diagnosticar um tumor da hipófise e como prosseguir diante disso?
Massa hipofisária—Rastreio de hipersecreção hormonal e avaliação da função hipofisária—Diagnóstico diferencial de ressonância magnética—Adenoma Não Secreto
Macroadenoma (>=l0 mm)—Cirurgia transesfenoidal—Ressonância magnética anual para monitorar a persistência ou recorrência de massa. Teste de reserva hipofisária a cada 6 meses para 2 anos de reposição hormonal conforme necessário.
Microadenoma (<10 mm)—Observação, se não houver efeitos de massa compressiva—Acompanhamento com ressonância magnética em 1, 2 e 5 anos Reavaliação se for sintomático
Sobre a prolactina , quem promove sua inibição , que receptores respondem a ela e o que estimula sua secreção ?
Dopamina
Receptores D2 acoplados à proteína G
SUCÇÃO→Reflexo Estimulação-Secreção
Fatores de Liberação: Estrogênio, TRH, ADH, VIP
Como se manifesta a hiperprolactinemia
Aumento na secreção de prolactina por causas fisiológicas(gestação,estresse,sono,exercício), medicamentos, adenomas hipofisarios ou diminuição do tônus inibitório dopaminergico.
Mulheres
Oligoamenorreia/Amenorreia,Disfunção Sexual (Libido),Galactorreia,Infertilidade,Osteoporose.
Tríade clássica: galactorreia,ciclos olianuvolatorios e perda de libido.
Tratamento para hiperprolactinemia
Diminuição dos Níveis Séricos de Prolactina
Diminuição do tamanho do tumor
Compressão quiasma / alteração visual / cefaleia / hipopituitarismo
Restauração da Função Gonadal
AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS
• Cabergolina / Bromocriptina
• Receptores dopaminérgicos (D1 a D5)
• Ligam-se aos receptores de dopamina do subtipo D2, inibindo a secreção dos lactotrofos e causando a redução do tumor.
• Primeira Escolha para tratamento de prolactinomas
Manifestações clínicas dos adenomas hipofisarios:
Síndrome de excesso hormonal,hipopituitarismo,sintomas decorrentes dos efeitos de massa.
Como é feito a classificação dos adenomas hipofisarios
Podem ser classificados quanto a função , em clinicamente funcionantes(leva síndrome de excesso hormonal)ou clinicamente não funcionantes.
Adenomas clinicamente não funcionantes, adenomas clinicamente funcionantes, hiperprolactinemia, acromegalia, doença de cushing,hipertireoidismo.
Qual exame de escolha para o estudo da região hipofisaria?
Ressonância magnética ,lesão na região da sela turística deve motivas a pesquisa clínica e laboratorial de disfunções hormonais
Como é feito o diagnóstico da hiperprolactinemia?
Colher pelo menos 2 exames de prolactina — se elevada
< 100 a 150 ng/ml— mais provável outras causas( não prolactinoma— interrogar uso de drogas ou medicamentos e colher beta-HCG(em mulheres) e TSH— positivo—hiperprolactinemia secundária
Negativo— solicitar ressonância da sela tursica.
> 100 a 150 ng/ml— mais provável: prolactinoma — interrogar uso de drogas ou medicamentos e colher beta-HCG(em mulheres) e TSH— positivo—hiperprolactinemia secundária
Negativo— solicitar ressonância da sela tursica.
Principal causa da doença de cushing ?
Adenoma hipofisário secretor de ACTH em média 5 mim
Quais manifestações clínicas da doença de cushing?
“Fácies em Lua Cheia” Hipertensão Proptose da Gordura Supraclavicular Diabetes Giba cervical Osteoporose Pletora Facial Hipocalemia Hirsutismo / Acne Psicose / Depressão Estrias Violáceas Amenorreia / Oligomenorreia Fragilidade Capilar (hematomas) Obesidade Central Fraqueza Muscular Proximal Ganho de Peso Acelerado
Como é feito o diagnóstico da síndrome de cushing?
Excluir exposição exógena aos glicocorticoodes— realizar um dos seguintes testes
UFC de 24 horas(>=2 testes)
Cortisol salivar noturno (>= 2 testes)
TSD de 1mg noturno
Normal (SC improvável)
Qualquer resultado anormal—excluir causas fisiológicas de hipercortisolismo—consultar um endocrinologista—Realizar um ou dois outros testes apresentados acima , sugerir a repetição do teste anormal, sugerir dex-CRH ou cortisol sérico a meia noite em certas populações
Discrepantes(sugerir avaliação adicional)
Anormal— Síndrome de cushing
Normal(SC improvável)
Como é feito o tratamento da SC?
- A) Cirurgia Transesfenoidal
- B) Tratamento Clínico da Síndrome de Cushing
- Ação no Tumor
- Pasireotide
- Cabergolina
- Acido Retinóico
- Inibidores da Esteroidogênese
- Cetoconazol
- Metirapona
- Etomidato
- Mitotato
O que é a acromegalia?
É uma síndrome causa da pelo excesso crônico de GH onde mais de 95% dos casos é causa da por um adenoma hipofisário que secreta GH. Se esse excesso surgir antes do fechamento das cartilagens de crescimento , haverá um ganho excessivo de altura- gigantismo.
Manifestações clínicas da acromegalia
Crescimento das mãos e pés,alargamento dos dedos, crescimento grosseiro de protuberâncias faciais , afastamento entre dente, artralgia , sintomas de efeito de massa ( cefaleia,perda de visão ou hipopituitarismo)
Como é feito o diagnóstico e tratamento da acromegalia?
- DIAGNÓSTICO
- Dosagem de IGF-1 elevada para idade, sexo e estado nutricional.
- Dosagem de GH (secreção pulsátil)
- Teste oral de tolerância a Glicose (TOTG) com 75g de Glicose
- GH tempos: zero, 30’, 60’, 90’ e 120’
- GH < 1mcg/L em pessoas normais
- TRATAMENTO
- Ressecção transefenoidal do tumor
- Tratamento Clínico
- A) Análogos de Somatostatina
- Octreotide, Lanreotide e Pasereotide • B) Pegvisomanto
- Análogo Biossintético do GH que se liga nos receptores promovendo diminuição dos níveis de GH
- C) Radioterapia→risco de hipopit
O que é o hipopituitarismo e qual etiologia?
deficiência de um ou mais hormônios hipofisário
APRESENTAÇÃO Congênito Adquirido:traumático,infiltrativo ou inflamatório,tumoral,infeccciosa,vascular
ETIOLOGIA Genética Orgânica Idiopática Deficiências hormonais: GH,TSH,ACTH,LH,FSH,PRL, ADH
Manifestações clínicas do hipopituitarismo
GH: atraso na velocidade de crescimento,baixa estatura,micropenis,implantação anômala de dentes,hipoglicemia,lipodistrofia abdominal,hipotrofia muscular,depressão.
ACTH:Fraqueza,astenia,perda ponderal,hipotensão postural,náuseas e vômitos,diarreia,mialgias
TSH:fraqueza,astenia,constipação intestinal,depressão
Gonadotrofinas-LH e FSH:Atraso puberal,amenorreia,diminuição da libido,hipotrofia testicular,infertilidade.
Principais características laboratoriais do hipopituitarismo
Deficiência de GH,deficiência de ACTH,deficiência de TSH,deficiência de gonodotrofinas
Como é feita a regulação de ADH?
ESTIMULA LIBERAÇÃO • Osmolaridade elevada • Redução volume plasmático • Náusea e vômito • Estresse • Hipóxia • Exercício • Dopamina / Acetilcolina • Angiotensina II / Histamina
- INIBE LIBERAÇÃO
- Osmolaridade reduzida
- Aumento volume plasmático
- Álcool
- Opioides
- GABA
Receptores de ADH
• ADH→receptores acoplados a proteína G específica
• 4 tipos: AVPR1(1a), AVPR2, AVPR3(1b) e receptores de ocitocina
O que é a diabetes insipidus?
• Síndrome Clínica caracterizada pela excreção crônica anormal de grande volume de urina diluída (poliúria). Associado ao quadro pode ocorrer aumento excessivo de ingesta de líquidos (polidipsia).
- Diabetes Insipidus Central
- Diabetes Insipidus Nefrogênico
- Diabetes Insipidus Gestacional
- Polidipsia Primária
Qual fisiopatologia de todos tipo de de diabetes insípidos?
A) DIABETES INSIPIDUS CENTRAL: diminuição da secreção de AVP/ADH— estímulos osmóticos normais,alterações da concentração urinária(poluiria)—Diminuição discreta da água corporal,Aumento ligeiro da osmolaridade sérica/sódio.
B) DIABETES INSIPIDUS NEFROGÊNICO • FISIOPATOLOGIA • Insensibilidade renal a ação antidiurética do AVP • Apresentação clínica semelhante ao DI central • ADH plasmático elevado
C) DIABETES INSIPIDUS GESTACIONAL
• FISIOPATOLOGIA
• Vasopresinase Placentária
• Degradação do ADH→Deficiência ADH plasmático
• Resistência renal ao ADH e redução do limite da sede são considerados
fatores adjuntos para DI gestacional.
• Inicia-se em torno do 12-16 semanas de gestação e pode se estender até 4-6 semanas pós-parto.
• Aspectos laboratoriais semelhantes ao DI.
• OSM pl / Na→normais (valores menores 3-4% comparadas a não grávidas)
D) POLIDIPSIA PRIMÁRIA
• FISIOPATOLOGIA
• Supressão da secreção de ADH devido ingesta excessiva de líquidos. • Psicogênicas→anormalidades psiquiátricas/cognitivas
• Dipsogênicas→sede anormal
• Redução discreta da osmolaridade
Excesso de líquidos→Diminuição da OSM pl / Na→Diminuição secreção de ADH Diminuição ADH → Diminui OSM uri → Aumento excreção urinária H20 → Prevenção Hiperidratação
Quadro clínico da diabetes insípidos
Poliuria—início abrupto no DI central
DI central/PP:volume urinário até 18 litros
Nocturia:DI central e nefrogênico
Polidipsia/Predileção por água gelada
Como é feito o diagnóstico da diabetes insípidos?
• Importante para determinar o tratamento adequado
• EXAMES LABORATORIAIS E TESTES
• Urina I: densidade < 1010
• Dosagem de Ácido úrico plasmático: elevado no DI central
• (ADH→receptor V1R rim→depuração uratos)
• Dosagem de ADH plasmático / Copeptina plasmática
• Teste terapêutico com desmopressina ( 10 a 20 mcg via nasal por 2-3 dias)
• Se houver efeito antidiurético exclui DI nefrogênico completo
• Havendo redução da poliúria e polidipsia sem alteração na natremia indica DI central
• Se houver melhora da poliúria, sem melhora da polidipsia e surgir hiponatremia indica PP
Teste da dosagem de ADH plasmático
RNM hipófise
Para que serve o teste da restrição hídrica?
- Indicação: moderada políúria
- Ingestão de líquidos até 20h dia anterior ou no início do teste pela manhã com orientação do paciente não abusar da ingesta hídrica na noite anterior
- Inicio do teste preferencialmente as 8h. Opta por fazer o teste pela manha devido o risco de desidratação e/ou outras complicações relacionadas ao teste
- Avaliação a cada hora dos seguintes parâmetros: • Peso, FC, PA
- Osm pl / Osm uri / Na pl / volume urinário
- Critérios de interrupção do teste:
- Perda ponderal em torno 3-5%
- Estabilização da Osm uri (variação < 30mOsm/kg ou < 10%) em duas amostras consecutivas
- Osm pl > 360mOsm/kg ou Na >150mEq/l
- Coleta de ADH (se disponível)
- Aplicação do DDAVP (10mcg via nasal) + liberação de ingesta hídrica • Dosagem de osmolaridade urinaria nas próximas 7h.
Tratamento para diabetes insípidos
- Objetivo: manter a qualidade de vida do paciente com objetivo de manter noite de sono adequada e realizações das atividades diárias com o mínimo de interrupções.
- Formas parciais de DI podem ser tratadas com adequação da ingesta hídrica.
- Tratamento da doença de base contribui para melhora dos sintomas.
- Panhipopituirarismo ( hipotireoidismo e hipocortisolismo)→podem mascarar a poliúria)
Central:reposição do AVP, DDAVP(desmopressiva)—analogo específico dos V2R.
Tratamento do diabetes insípidos nefrogênico
• Tratar doenças de base
• Correção de distúrbios hidroeletrolíticos
• Suspenção de drogas potencialmente relacionadas ao DIN
• DDPAV: formas parciais podem responder a altas doses de desmopressina (40mcg IN – 4/4h)
• Depleção volumétrica leve → diminuir volume urinário e nictúria
• Hidroclorotiazida
• Terapia de escolha DIN
• Dose 50mg/dia
• Mecanismo de ação no DI: Contração do volume extracelular secundário a natriurese levando a diminuição da filtração glomerular e consequente reabsorção de agua e sódio no TCP. Pode ser associado amilorida no intuito de prevenir a hipocalemia
• Amilorida
• Terapia de escolha nos paciente com
DI associado ao uso de Lítio
• Dose 10 mg/dia
• Previne captação do lítio nos túbulos renais assim não há inibição sobre a reabsorção de água nesses locais.