Doenças da Hipofise Flashcards

1
Q

De onde surge a adeno-hipófise e a neuro-hipófise?

A

Neuro-hipófise→Assoalho Diencéfalo (tubo neural)
• Axônios não mielinizados cujos corpos celulares se encontram nos hipotálamo • Célula da glia (pituícito)

Adeno-hipófise→Ectoderma (Teto da Cavidade Oral/Bolsa de Rathke)
• Cordões de células epiteliais entremeadas por capilares sanguíneos
• Fibroblastos + fibras reticulares

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2
Q

Qual diferença das células cromofilas e cromofobas?

A

CÉLULAS CROMÓFOBAS
• Não secretam hormônios

CÉLULAS CROMÓFILAS
Secretam:
• ACIDÓFILAS
• GH
• Prolactina
• BASÓFILAS
• ACTH
• TSH
• LH
• FSH
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3
Q

Hormônios responsáveis pelo ciclo circadiano?

A

ACTH,Cortisol,melatonina

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4
Q

Hormônios ligados ao sono :

A

PRL,GH E TSH

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5
Q

Esquemas da regulação hormonal

A

Núcleo paraventricular—CRH (hipotálamo) — eminência mediana— corticotrofos— ACTH(hipófise)—Córtex adrenal —Cortisol e androgenos

Núcleo paraventricular— TRH( hipotálamo)—tireotrofos— TSH— Tireoide—T3 e T4

Núcleo arqueado— Dopamina(-)—lactotrofos—prolactina— Glândulas mamarias—Leite

Núcleo arqueado —GnRH—Gonadotrofos—FSH/LH—ovário/testiculo—Estrogênio,progesterona,testosterona

Núcleo arqueado—GHRH(+)—receptores acoplados à proteína G— Somatotrofos—GH—Figado/Ossos—IGF1

Área paraventricular anterior—Somatostatina(-)—receptores acoplados à proteína G— Somatotrofos—GH—Figado/Ossos—IGF1

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6
Q

Como diagnosticar um tumor da hipófise e como prosseguir diante disso?

A

Massa hipofisária—Rastreio de hipersecreção hormonal e avaliação da função hipofisária—Diagnóstico diferencial de ressonância magnética—Adenoma Não Secreto

Macroadenoma (>=l0 mm)—Cirurgia transesfenoidal—Ressonância magnética anual para monitorar a persistência ou recorrência de massa. Teste de reserva hipofisária a cada 6 meses para 2 anos de reposição hormonal conforme necessário.

Microadenoma (<10 mm)—Observação, se não houver efeitos de massa compressiva—Acompanhamento com ressonância magnética em 1, 2 e 5 anos Reavaliação se for sintomático

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7
Q

Sobre a prolactina , quem promove sua inibição , que receptores respondem a ela e o que estimula sua secreção ?

A

Dopamina
Receptores D2 acoplados à proteína G
SUCÇÃO→Reflexo Estimulação-Secreção
Fatores de Liberação: Estrogênio, TRH, ADH, VIP

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8
Q

Como se manifesta a hiperprolactinemia

A

Aumento na secreção de prolactina por causas fisiológicas(gestação,estresse,sono,exercício), medicamentos, adenomas hipofisarios ou diminuição do tônus inibitório dopaminergico.

Mulheres
Oligoamenorreia/Amenorreia,Disfunção Sexual (Libido),Galactorreia,Infertilidade,Osteoporose.
Tríade clássica: galactorreia,ciclos olianuvolatorios e perda de libido.

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9
Q

Tratamento para hiperprolactinemia

A

Diminuição dos Níveis Séricos de Prolactina
Diminuição do tamanho do tumor
Compressão quiasma / alteração visual / cefaleia / hipopituitarismo
Restauração da Função Gonadal

AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS
• Cabergolina / Bromocriptina
• Receptores dopaminérgicos (D1 a D5)
• Ligam-se aos receptores de dopamina do subtipo D2, inibindo a secreção dos lactotrofos e causando a redução do tumor.
• Primeira Escolha para tratamento de prolactinomas

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10
Q

Manifestações clínicas dos adenomas hipofisarios:

A

Síndrome de excesso hormonal,hipopituitarismo,sintomas decorrentes dos efeitos de massa.

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11
Q

Como é feito a classificação dos adenomas hipofisarios

A

Podem ser classificados quanto a função , em clinicamente funcionantes(leva síndrome de excesso hormonal)ou clinicamente não funcionantes.

Adenomas clinicamente não funcionantes, adenomas clinicamente funcionantes, hiperprolactinemia, acromegalia, doença de cushing,hipertireoidismo.

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12
Q

Qual exame de escolha para o estudo da região hipofisaria?

A

Ressonância magnética ,lesão na região da sela turística deve motivas a pesquisa clínica e laboratorial de disfunções hormonais

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13
Q

Como é feito o diagnóstico da hiperprolactinemia?

A

Colher pelo menos 2 exames de prolactina — se elevada
< 100 a 150 ng/ml— mais provável outras causas( não prolactinoma— interrogar uso de drogas ou medicamentos e colher beta-HCG(em mulheres) e TSH— positivo—hiperprolactinemia secundária
Negativo— solicitar ressonância da sela tursica.

> 100 a 150 ng/ml— mais provável: prolactinoma — interrogar uso de drogas ou medicamentos e colher beta-HCG(em mulheres) e TSH— positivo—hiperprolactinemia secundária
Negativo— solicitar ressonância da sela tursica.

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14
Q

Principal causa da doença de cushing ?

A

Adenoma hipofisário secretor de ACTH em média 5 mim

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15
Q

Quais manifestações clínicas da doença de cushing?

A
“Fácies em Lua Cheia”
Hipertensão
Proptose da Gordura Supraclavicular
Diabetes
Giba cervical
Osteoporose
Pletora Facial
Hipocalemia
Hirsutismo / Acne
Psicose / Depressão
Estrias Violáceas
Amenorreia / Oligomenorreia
Fragilidade Capilar (hematomas)
Obesidade Central
Fraqueza Muscular Proximal
Ganho de Peso Acelerado
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16
Q

Como é feito o diagnóstico da síndrome de cushing?

A

Excluir exposição exógena aos glicocorticoodes— realizar um dos seguintes testes
UFC de 24 horas(>=2 testes)
Cortisol salivar noturno (>= 2 testes)
TSD de 1mg noturno

Normal (SC improvável)
Qualquer resultado anormal—excluir causas fisiológicas de hipercortisolismo—consultar um endocrinologista—Realizar um ou dois outros testes apresentados acima , sugerir a repetição do teste anormal, sugerir dex-CRH ou cortisol sérico a meia noite em certas populações

Discrepantes(sugerir avaliação adicional)
Anormal— Síndrome de cushing
Normal(SC improvável)

17
Q

Como é feito o tratamento da SC?

A
  • A) Cirurgia Transesfenoidal
  • B) Tratamento Clínico da Síndrome de Cushing
  • Ação no Tumor
  • Pasireotide
  • Cabergolina
  • Acido Retinóico
  • Inibidores da Esteroidogênese
  • Cetoconazol
  • Metirapona
  • Etomidato
  • Mitotato
18
Q

O que é a acromegalia?

A

É uma síndrome causa da pelo excesso crônico de GH onde mais de 95% dos casos é causa da por um adenoma hipofisário que secreta GH. Se esse excesso surgir antes do fechamento das cartilagens de crescimento , haverá um ganho excessivo de altura- gigantismo.

19
Q

Manifestações clínicas da acromegalia

A

Crescimento das mãos e pés,alargamento dos dedos, crescimento grosseiro de protuberâncias faciais , afastamento entre dente, artralgia , sintomas de efeito de massa ( cefaleia,perda de visão ou hipopituitarismo)

20
Q

Como é feito o diagnóstico e tratamento da acromegalia?

A
  • DIAGNÓSTICO
  • Dosagem de IGF-1 elevada para idade, sexo e estado nutricional.
  • Dosagem de GH (secreção pulsátil)
  • Teste oral de tolerância a Glicose (TOTG) com 75g de Glicose
  • GH tempos: zero, 30’, 60’, 90’ e 120’
  • GH < 1mcg/L em pessoas normais
  • TRATAMENTO
  • Ressecção transefenoidal do tumor
  • Tratamento Clínico
  • A) Análogos de Somatostatina
  • Octreotide, Lanreotide e Pasereotide • B) Pegvisomanto
  • Análogo Biossintético do GH que se liga nos receptores promovendo diminuição dos níveis de GH
  • C) Radioterapia→risco de hipopit
21
Q

O que é o hipopituitarismo e qual etiologia?

A

deficiência de um ou mais hormônios hipofisário

 APRESENTAÇÃO Congênito  Adquirido:traumático,infiltrativo ou inflamatório,tumoral,infeccciosa,vascular
ETIOLOGIA
Genética 
Orgânica 
Idiopática
Deficiências hormonais: GH,TSH,ACTH,LH,FSH,PRL, ADH
22
Q

Manifestações clínicas do hipopituitarismo

A

GH: atraso na velocidade de crescimento,baixa estatura,micropenis,implantação anômala de dentes,hipoglicemia,lipodistrofia abdominal,hipotrofia muscular,depressão.
ACTH:Fraqueza,astenia,perda ponderal,hipotensão postural,náuseas e vômitos,diarreia,mialgias
TSH:fraqueza,astenia,constipação intestinal,depressão
Gonadotrofinas-LH e FSH:Atraso puberal,amenorreia,diminuição da libido,hipotrofia testicular,infertilidade.

23
Q

Principais características laboratoriais do hipopituitarismo

A

Deficiência de GH,deficiência de ACTH,deficiência de TSH,deficiência de gonodotrofinas

24
Q

Como é feita a regulação de ADH?

A
ESTIMULA LIBERAÇÃO
• Osmolaridade elevada
• Redução volume plasmático 
• Náusea e vômito
• Estresse
• Hipóxia
• Exercício
• Dopamina / Acetilcolina
• Angiotensina II / Histamina
  • INIBE LIBERAÇÃO
  • Osmolaridade reduzida
  • Aumento volume plasmático
  • Álcool
  • Opioides
  • GABA

Receptores de ADH
• ADH→receptores acoplados a proteína G específica
• 4 tipos: AVPR1(1a), AVPR2, AVPR3(1b) e receptores de ocitocina

25
Q

O que é a diabetes insipidus?

A

• Síndrome Clínica caracterizada pela excreção crônica anormal de grande volume de urina diluída (poliúria). Associado ao quadro pode ocorrer aumento excessivo de ingesta de líquidos (polidipsia).

  • Diabetes Insipidus Central
  • Diabetes Insipidus Nefrogênico
  • Diabetes Insipidus Gestacional
  • Polidipsia Primária
26
Q

Qual fisiopatologia de todos tipo de de diabetes insípidos?

A

A) DIABETES INSIPIDUS CENTRAL: diminuição da secreção de AVP/ADH— estímulos osmóticos normais,alterações da concentração urinária(poluiria)—Diminuição discreta da água corporal,Aumento ligeiro da osmolaridade sérica/sódio.

B) DIABETES INSIPIDUS NEFROGÊNICO
 • FISIOPATOLOGIA
• Insensibilidade renal a ação
antidiurética do AVP
• Apresentação clínica semelhante ao DI central
• ADH plasmático elevado

C) DIABETES INSIPIDUS GESTACIONAL
• FISIOPATOLOGIA
• Vasopresinase Placentária
• Degradação do ADH→Deficiência ADH plasmático
• Resistência renal ao ADH e redução do limite da sede são considerados
fatores adjuntos para DI gestacional.
• Inicia-se em torno do 12-16 semanas de gestação e pode se estender até 4-6 semanas pós-parto.
• Aspectos laboratoriais semelhantes ao DI.
• OSM pl / Na→normais (valores menores 3-4% comparadas a não grávidas)

D) POLIDIPSIA PRIMÁRIA
• FISIOPATOLOGIA
• Supressão da secreção de ADH devido ingesta excessiva de líquidos. • Psicogênicas→anormalidades psiquiátricas/cognitivas
• Dipsogênicas→sede anormal
• Redução discreta da osmolaridade
Excesso de líquidos→Diminuição da OSM pl / Na→Diminuição secreção de ADH Diminuição ADH → Diminui OSM uri → Aumento excreção urinária H20 → Prevenção Hiperidratação

27
Q

Quadro clínico da diabetes insípidos

A

Poliuria—início abrupto no DI central
DI central/PP:volume urinário até 18 litros
Nocturia:DI central e nefrogênico
Polidipsia/Predileção por água gelada

28
Q

Como é feito o diagnóstico da diabetes insípidos?

A

• Importante para determinar o tratamento adequado
• EXAMES LABORATORIAIS E TESTES
• Urina I: densidade < 1010
• Dosagem de Ácido úrico plasmático: elevado no DI central
• (ADH→receptor V1R rim→depuração uratos)
• Dosagem de ADH plasmático / Copeptina plasmática
• Teste terapêutico com desmopressina ( 10 a 20 mcg via nasal por 2-3 dias)
• Se houver efeito antidiurético exclui DI nefrogênico completo
• Havendo redução da poliúria e polidipsia sem alteração na natremia indica DI central
• Se houver melhora da poliúria, sem melhora da polidipsia e surgir hiponatremia indica PP
Teste da dosagem de ADH plasmático
RNM hipófise

29
Q

Para que serve o teste da restrição hídrica?

A
  • Indicação: moderada políúria
  • Ingestão de líquidos até 20h dia anterior ou no início do teste pela manhã com orientação do paciente não abusar da ingesta hídrica na noite anterior
  • Inicio do teste preferencialmente as 8h. Opta por fazer o teste pela manha devido o risco de desidratação e/ou outras complicações relacionadas ao teste
  • Avaliação a cada hora dos seguintes parâmetros: • Peso, FC, PA
  • Osm pl / Osm uri / Na pl / volume urinário
  • Critérios de interrupção do teste:
  • Perda ponderal em torno 3-5%
  • Estabilização da Osm uri (variação < 30mOsm/kg ou < 10%) em duas amostras consecutivas
  • Osm pl > 360mOsm/kg ou Na >150mEq/l
  • Coleta de ADH (se disponível)
  • Aplicação do DDAVP (10mcg via nasal) + liberação de ingesta hídrica • Dosagem de osmolaridade urinaria nas próximas 7h.
30
Q

Tratamento para diabetes insípidos

A
  • Objetivo: manter a qualidade de vida do paciente com objetivo de manter noite de sono adequada e realizações das atividades diárias com o mínimo de interrupções.
  • Formas parciais de DI podem ser tratadas com adequação da ingesta hídrica.
  • Tratamento da doença de base contribui para melhora dos sintomas.
  • Panhipopituirarismo ( hipotireoidismo e hipocortisolismo)→podem mascarar a poliúria)

Central:reposição do AVP, DDAVP(desmopressiva)—analogo específico dos V2R.

31
Q

Tratamento do diabetes insípidos nefrogênico

A

• Tratar doenças de base
• Correção de distúrbios hidroeletrolíticos
• Suspenção de drogas potencialmente relacionadas ao DIN
• DDPAV: formas parciais podem responder a altas doses de desmopressina (40mcg IN – 4/4h)
• Depleção volumétrica leve → diminuir volume urinário e nictúria
• Hidroclorotiazida
• Terapia de escolha DIN
• Dose 50mg/dia
• Mecanismo de ação no DI: Contração do volume extracelular secundário a natriurese levando a diminuição da filtração glomerular e consequente reabsorção de agua e sódio no TCP. Pode ser associado amilorida no intuito de prevenir a hipocalemia
• Amilorida
• Terapia de escolha nos paciente com
DI associado ao uso de Lítio
• Dose 10 mg/dia
• Previne captação do lítio nos túbulos renais assim não há inibição sobre a reabsorção de água nesses locais.