Doença Renal Poliquística e Distúrbios Tubulares Hereditários Flashcards

1
Q

Quais são as características dos quistos simples?

A

São compostos por líquidos de parede fina com conteúdo homogéneo e anecóico na ecografia

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2
Q

Quais são as características dos quistos complexos?

A

Compostoor líquido com parede espessada com calcificações, septos e conteúdo heterogéneo. Podem ser quistos hemorrágicos, infetados, com proteínas ou neoplasias (se há nódulos na parede, septos e vascularização)

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3
Q

Qual é a doença poliquística hereditária mais comum?

A

Doença Poliquística Autossómica Dominante

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4
Q

Como se formam quistos?

A

A partir dos túbulos e com acumulação de fluído e proliferação epitelial normal

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5
Q

Que mutações surgem na DPQAD?

A

Policistina 1 (cromossoma 16) e policistina 2 (cromossoma 4)

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6
Q

Quando aparecem os sintomas na DPQAD?

A

Os doentes podem permanecer sintomáticos até à 4a/5a décadas de vida e o tipo 2 tem progressão mais lenta

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7
Q

Quais são as manifestações clínicas da DPQAD?

A

HTA (na fase inicial, podendo ser anterior à deterioração da função renal)
Litíase renal (de cálculos de ácido úrico)
Dor lombar
Proteinúria (pior prognóstico)
Infeção de quistos
Hematúria macroscópica
Massa abdominal
Quistos hepá
Aneurismas cerebrais
Hipertrofia do ventrículo esquerdo
Prolapso da válvula mitral (os eventos cardiovasculares são a principal causa de morte)
Diverticulose cólica
Hérnias da parede abdominal

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8
Q

Como diagnosticamos DPQAD?

A

Através da história familiar, ecografia renal (15-29 anos há doença se >=2 quistos uni ou bilaterais; 30-59 se >=2 quistos em cada rim e >60 se >=4 quistos em cada rim). Também podemos fazer TC ou RM, com outros critérios porque são mais sensíveis. A análise genética é pouco utilizada.

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9
Q

Como tratamos a DPQAD?

A

Medidas gerais: evicção tabágica e alcoólica, controlo de peso, exercício físico, restrição salina e ingestão de H2O>3L/dia
Controlo da HTA com IECA/ARA (objetivo <110/75
Também podemos considerar antagonistas recetor V2 da vasopressina, octreótido e inibidores mTOR

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10
Q

Quais são as características da Doença Poliqustica Autossómica Recessiva (DPQAR)?

A

É causada por uma mutação PKHD1, diagnosticada in utero/período natal. A diminuição da produção de urina pode contribuir para hipoplasia pulmonar e pode estar associada a doença hepática (como fibrose hepática a doença de Caroli). A mortalidade é muito elevada

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11
Q

Como surge e quais são as alterações clínicas da esclerose tuberosa?

A

Doença autossómica dominantte por mutação na hemartina ou na tuberina. Há hamartomas com envolvimento cutâneo (mácula hipomelanóticas, fibromas ungueais), ren (angiomiolipomas, quistos), neurológico (epilepsia, atraso no desenvolvimento) e pulmonar (linfangioleiomiomatose)

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12
Q

O que é o síndrome do gene contíguo?

A

Corresponde à inativação dos genes que originam eslcerose tuberosa e DPQAD, uma vez que estes estão seguidos no cromossoma 16. Há manifestações de ambas as doenças.

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13
Q

Quais são as características da doença de Von Hippl-Lindau?

A

É uma doença autossómica dominante por mutação no cromossoma3 que anifesta por múltiplos quistos no rim e no pâncreas, neoplasias benignas e malignas (70% dos doent desenvolvem carcinoma de células renais). Faz-e vigil̂áncia anual com TC/RM e, se houver carcinoma de células renais, faz-se nefrectomia parcial/total

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14
Q

O que são tubulopatias?

A

São defeitos específicos no transporte de solutos nos túbulos renais (principalmente de Na+ ou água)

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15
Q

Quais são as tubulopatias relacionadas com o Na+?

A

Alcalose HipoK+ sem HTA - Sínd. Barter e Sínd. Gitelman
Alcalose HipoK+ com HTA - Sínd. Liddle
Acidose HiperK+ - Pseudohipoaldosteronismotipo 1
Acidose HiperK+ com HTA - Sínd. Gordon

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16
Q

Quais são as tubulopatias relacionadas com a H2O?

A

Diabetes Insipidus Nefrogénica Congéntia e Síndrome de Secreção Inapropriada de ADH

17
Q

O que é a síndrome de Bartter e como é a sua hereditariedade?

A

É uma nefropatia perdedora de Sal e é de transmissão autossómica recessiva

18
Q

Quais são as alterações eletrolíticas da síndrome de Batter?

A

Hiponatrémia, hipoclorémia, hipocaliémia, hipomagnesémia, hipocalcémi, hipercalciúrica e nefrocalcionse

19
Q

Quais são as manifestações clínicas da Sínd. Bartter na sua variante neonatal?

A

Parto prematuro com polidrâmnio
Poliúria
Polidipsia
Avidez por sal
TA normal/diminuída
Atraso do crescimento
Alcalose metabólica hipoclorémica

Pode estar associada a síndrome hiperprostaglandinémia (com depleção do volume, atraso de crescimento, febre, vómitos e diarreia)

20
Q

Quais são as manifestações clínicas da Sínd. Bartter na sua variante clássica?

A

Atraso de crescimento e, se houver nefrocalcinose, é ligeira

21
Q

Quais são as manifestações clínicas da Sínd. Bartter na sua variante tipo 4?

A

Surdez neurossensorial

22
Q

Quais são as complicações da sínd. Bartter?

A

Prematuridade extrema, desiquilíbrios eletrolíticos (com arritmia, paralisia, rabdomiólise e apneia) e DRC

23
Q

Quais são os diagnósticos diferenciais da síndrome de Bartter?

A

Diuréticos da ansa, vómitos, diarreia/queimaduras, síndrome de Gitelman

24
Q

Como tratamos a síndrome de Bartter?

A

Suplementos de K+ e Mg2+, ingestão livre de sal, espirinolactona e AINEs

25
Q

Qual é o tipo de transmissão e as alterações eletrolíticas da síndrome de Gitelman?

A

Tem transmissão autossómica recessiva. Há hiponatrémia, hipoclorémia, hhipercalcémia com hipocalciúria e hipomagnesémia grave. Tudo isto está associado a alcalose metabólica hipocalciúrica e hiperalteronismo 2o

26
Q

Quais são as manifestações clínica da síndrome de Gitelman?

A

Poliúria, polidipsia, desejo de ingerir sal, TA normal/hipotensão, hipocalciúria sem nefrocalcinose, hipomagnesémia, fadiga, espasmos musculares, cãibras e tetania

27
Q

Quais são so diagnósticos diferenciais da Sínd. Gitelman?

A

Diuréticos da ansa, vómitos e síndrome de Batter

28
Q

Como tratamos a síndrome de Gitelman?

A

Suplementos de magnésio e de potássio, ingestão de sal e espirinolactona/amilorida

29
Q

Quais são as principais diferenças entre a síndrome de Batter e a síndrome de Gitelman?

A

Na síndrome de Batter a hipocaliémia e a poliúria são mais significativas e a síndrome de Gitelman há sempre hipomagnesémia e o cálcio está normal/elevado (na de Batter é diminuído)

30
Q

Quais são as manifestações clínicas do pseudohipoaldosteronismo?

A

Perda ponderal, hipovolémia e recusa alimar, hiponatrémia, hipercaliémia, acidose metabólica hiperclorémica, perda excesiva de sódio e cloro no suor, líquido em excesso nas vias respiratórias e propensão para infeções nas vias respiratórias inferiores

31
Q

Como tratamos o pseudo-hipoaldosteronismo tipo 1?

A

Reposição de sal, controlo da hipercaliémia e, na forma dominante, damos altas doses de corticoides. A forma recessiva, sem tratamené letal

32
Q

Quais são as principais características da síndrome de Liddle?

A

Tem transmissão autossómica dominante por mutação ativadora do ENaC. Há níveis baixos de Renina e Aldosterona, HTA em início precoce, hipocaliémia e alcalose metabólica

33
Q

Quais são os diagnósticos diferenciais da síndrome de Liddle?

A

Hiperaldosteronismo 1o e estenose da artéria renal

34
Q

Como tratamos a síndrome de Liddle?

A

Amilorida/triatereno e restrição salina

35
Q

Quais são as características do pseudohipoaldosteronismo tipo II?

A

É de transmissão autossómica recessiva, manifestando-se na adolescência por mutações que causam retenção de Na+ e K+. Assim, há HTA, hipercaliémia e acidose metabólica hiperclorémica. O tratamento é com diuréticos tiazídicos

36
Q

Quais são as características da diabetes insípida nefrogénica?

A

Pode ser congénita (ligada ao X) ou adquirida, por mutação nos genes das aquaporinas. Há incapacidade em concentrar a urina, manifestando-se no início da vida. Há polidipsia, muito apetite, vómitos, poliúria, perda ponderal, desidratação hipernatrémica, atraso cognitivo e de crescimento. O trmento passa por reduzir a carga osmótica e a ingestão de sal e administrar diuréticos tiazídicos e amilorida