DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA - DIP Flashcards

1
Q

O tratamento da tricomoníase é realizado com __________; o parceiro deve ser tratado pois é uma IST.
metronidazol
albendazol

A

O tratamento da tricomoníase é realizado com metronidazol. Trata-se de infecção sexualmente transmissível, o que justifica tratamento do parceiro ou parceira e investigação de outras ISTs.

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2
Q

O tratamento da DIP é baseado na classificação de Monif que varia de 1 a 4.
Em caso de Monif 1

A

Endometrite e salpingite sem peritonite)
o tratamento é ambulatorial com ceftriaxone IM + doxiciclina VO + metronidazol VO.

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3
Q

O tratamento da DIP é baseado na classificação de Monif que varia de 1 a 4. Em caso de Monif 4

A

Abscesso tubo-ovariano roto ou acima de 10cm) o tratamento é cirúrgico (podendo ser realizado por videolaparoscopia) e com antibióticos. Quando disponível, pode ser feita drenagem guiada por ultrassonografia.

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4
Q

Tratamento
Em caso de Monif 2 (salpingite com peritonite) e Monif 3 (salpingite com oclusão tubária ou abscesso tubo-ovariano pequeno íntegro)

A

o tratamento é hospitalar com
1a opção Ceftriaxona (IV), Doxiciclina (Vo), Metronidazol (EV) ou (2a opção) Clindamicina (EV) e Gentamicina (EV ou IM).

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5
Q

Um caso de uma paciente jovem SEM atraso menstrual, com dor em baixo-ventre importante (náusea, vômitos), com sinais de peritonismo em ambas fossas ilíacas, e febre de 38 C além de exame ginecológico típico
Conduta:

A

a paciente deve ser encaminhada para tratamento em ambiente hospitalar
Estagio II. Salpingite aguda, COM peritonismo focal, porém estável hemodinamicamente: tratamento hospitalar com ATB EV

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6
Q

Principais Agentes envolvidos na DIP

A

Neisseria gonorrhoeae (gonococo) e Chlamydia trachomatis, no entanto, lembre-se de que a infecção é polimicrobiana, podendo ter participação de outros microorganismos que colonizam o trato genital inferior, tais como Escherichia coli e anaeróbios.

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7
Q

DIP
CRITÉRIOS MAIORES:

A

(1) DOR EM HIPOGASTRO
(2) DOR À MOBILIZAÇÃO DO COLO UTERINO
(3) DOR À PALPAÇÃO DE ANEXOS

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8
Q

CRITÉRIOS MENORES:

A

(1) FEBRE
(2) LEUCOCITOSE
(3) AUMENTO DE MARCADORES INFLAMATÓRIOS: PCR, VHS
(4) CORRIMENTO VAGINAL OU SECREÇÃO CERVICAL ANORMAL
(5) PRESENÇA DE MASSA PÉLVICA AO EXAME FÍSICO

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9
Q

CRITÉRIO ELABORADOS

A

(1) ENDOMETRITE EM EXAME ANATOMOPATOLÓGICO
(2) ABSCESSO TUBO-OVARIANO OU EM FUNDO DE SACO EM EXAME DE IMAGEM
(3) LAPAROSCOPIA COM EVIDÊNCIA DE INFLAMAÇÃO PÉLVICA

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10
Q

Critérios de gravidade que indique necessidade de tratamento em ambiente hospitalar.

A
  • Gestante
  • Presença de abscesso tubo-ovariano
  • Presença de peritonite ou descompressão brusca positiva
  • Ausência de resposta clínica ao tratamento ambulatorial após 72h do início do antibiótico
  • Queda do estado geral, com náuseas e vômitos
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11
Q

Nos casos em que se observa abscesso com diâmetro maior do que 10 cm ou roto,

A

há indicação de cirurgia, no entanto não deve adiar o início do antibiótico.

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12
Q

Critérios menores.

A

Temperatura axilar >37,5 °C; Conteúdo vaginal ou secreção endocervical anormal;
Massa pélvica; >5 leucócitos por campo de imersão em secreção endocervical;
Leucocitose;
Proteína C reativa ou VHS elevada; Comprovação laboratorial de infecção pelo gonococo, clamídia ou micoplasma.

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13
Q

Massa pélvica e mais de __________ por campo de imersão em secreção de endocervical são critérios diagnósticos menores na DIP.
5 leucócitos 10 leucócitos

A

5 LEUCÓCITOS

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14
Q

A tricomoníase é causada pelo Trichomonas vaginalis e seu diagnóstico é confirmado pela __________.

A

BACTERIOSCOPIA

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15
Q

Como explicar a paciente os mecanismos da doença
Fisiopatologia

A

A síndrome é atribuída à ascensão de microrganismos do sistema genital inferior, de maneira espontânea ou após manipulação (inserção de dispositivo intrauterino [DIU], biópsia de endométrio, curetagem ou outros), com comprometimento de endométrio (endometrite), trompas, anexos uterinos e/ou estruturas contíguas (salpingite, miometrite, ooforite, parametrite, pelviperitonite).

É comum em mulheres jovens com atividade sexual não protegida, com possíveis sequelas importantes a longo prazo, como infertilidade por fator tubário, gravidez ectópica e dor pélvica crônica.

Geralmente, é causada por patógenos transmitidos por via sexual, incluindo os principais agentes: Neisseria gonorrhoeae; Chlamydia sp.; Bacteroides sp.; enterobactérias; estreptococos e outros,

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16
Q

Quadro Clínico
Anamnese

A

Quadro clássico: Dor abdominal baixa ou pélvica de caráter agudo (com duração de até 2 semanas), em geral bilateral, que piora com o ato sexual ou movimentos bruscos, com hipersensibilidade de órgãos pélvicos e evidência de inflamação em sistema genital. Pode apresentar sangramento uterino anormal (pós-coito, menorragia, sangramento intermenstrual) em pouca quantidade (spotting), dispareunia, corrimento vaginal, dor na pelve ou no abdome inferior, além de dor à mobilização do colo do útero ao toque.

17
Q

Fatores de risco:

A

Vida sexualmente ativa;
Multiplicidade de parceiros;
Vaginites e vaginoses recorrentes;
Idade < 25 anos;
História pessoal e/ou do parceiro de infecção sexualmente transmissível (IST);
História de DIP;
Ausência de uso de métodos contraceptivos de barreira (ex.: preservativo);
Uso exclusivo de método anticoncepcional (pílulas combinadas);
Uso de tampões e duchas vaginais;
Instrumentação do colo do útero recente (ex.: puerpério, DIU);
Condições socioeconômicas desfavoráveis (baixa escolaridade, desemprego e baixa renda familiar).

18
Q

TRATAMENTO
ambulatorial.

A

Casos leves: doxiciclina 100mg 12/12h VO por 14 dias, ceftriaxone 500mg IM dose única,
metronidazol 500mg 12/12h VO por 14 dias.

19
Q

Tratamento hospitalar.
Casos moderados a graves e também se: emergência cirúrgica não descartada, ausência de
resposta ao tratamento oral, intolerância ao tratamento oral, impossibilidade de seguimento/reavaliação ambulatorial.

A

É feito com
ceftriaxone 1g EV por 14 dias, doxiciclina 100mg VO 12/12h por 14 dias, metronidazol 400mg 12/12h EV por 14 dias;
segunda opção: clindamicina 900mg EV 8/8h por 14 dias,
gentamicina EV ou IM 3-5mg/kg/d por 14 dias.

20
Q

tratar parceiros. Parceiros dos últimos 2 meses, sintomáticos ou não, devem ser tratados empiricamente contra

A

Neisseria gonohrroeae e Chlamydia trachomatis, com ceftriaxone 500mg IM associado a
azitromicina 1g VO.

21
Q

Na Atenção Primária à Saúde

A

Realizar aconselhamento e sorologias (testes rápidos para ISTs);
Combinar retorno da paciente;
Indicar vacina para hepatite B;
Encaminhar para tratamento hospitalar em caso de ausência de melhora em 3 dias;
Tratar todos os parceiros para clamídia e gonococo;
Encaminhar gestantes para avaliação obstétrica de urgência;
Orientar sobre uso de preservativo ou abstinência sexual do casal até a conclusão do tratamento de ambos.