Doença calculosa biliar Flashcards
Anatomia da via biliar extra-hepática
Descrição do triângulo de Calot
Quais estruturas se encontram em seu interior?
-Limites do triângulo
* ducto cístico(lateral)
* ducto hepático comum(medial)
* borda hepática inferior (superior)
-A A. cística e linfonodo de Mascagni encontra-se no interior do triângulo de Calot
Definição de :
- Colelitíase
- Colecistite
- Colédocolitíase
- Colangite
VER FOTO
-Colelitíase (colecistolitíase)
* presença de cálculos biliares na vesícula biliar
-Colecistite
* infecção e inflamação da vesícula biliar por impactação de cálculos biliares no ducto cístico
-Colédocolitíase
* impactação de cálculos biliares no ducto colédoco
-Colangite
* infacção e inflamação derivada da impactação de cálculos biliares no ducto colédoco
Quais são os tipos de cálculos que podem ser formados nas vias biliares?
Quais são as características de cada um?
-Cálculo amarelo
* mais comum
* formado por colesterol, devido a estase biliar
* comuns em: >40 anos, cirurgia bariátrica
* costumam ser grandes
-Cálculo preto
* hemólise crônica (anemia falciforme, esferocitose)
* formado por bilirrubinato de cálcio
* costumam se pequenos (mais passíveis de gerarem complicações)
-Cálculo castanho
* formado dentro do dúcto colédoco
* demanda estase na via biliar seguida de algum grau de infecção (coledocolitíase primária)
Quadro clínico de colelitíase?
-Assintomática (80% dos casos)
-Cólica biliar, associada a ingestão de alimento gorduroso
* dor transitória em QSD do abdome(< 6h)
* obstrução transitória da vesícula biliar
Qual exame de imagem é utilizado no diagnóstico da colelitíase?
Quais alterações são encontradas nesse exame?
USG de vias biliares
* imagem hiperecogênica
* sombra acústica posterior
* imagem móvel de acordo com o decúbito
Qual é o TTO da colelitíase?
-Acompanhamento clínico
-Indicações cirurgicas (colecistectomia videolaparoscópica)
* preseça de sintomas
* presença de cálculos grandes (>2,5 - 3cm) (risco de câncer)
* presença de cálculo preto (hemólise)
* vesícula em porcelana
* anomalias congênitas das vias biliares
* pólipo + cálculo
* pólipo isolado, se: >1cm, > 50 - 60 anos, pólico em crescimento
Epidemiologia da colecistite aguda
-litiásica em 90 a 95% dos casos
-5% dos indivíduos com colelitíase biliar desenvolverão colecistite
-Predomínio no sexo feminíno
Fisiopatogenia da colecistite aguda
-Obstrução do infundíbulo da vesícula biliar ou do ducto cístico
-↑ pressão intravesicular
-Distensão e edema
-déficit da drenagem venosa seguida de déficit de vascularização
-Inflamação e infecção
-Possibilidade ne necrose, perfuração e empiema
Quais exames de imagem são utilizados para dar o diagnóstico de colecistite?
-USG de vías biliares (ver foto)
* melhor exame
* cálculo imobilizado do infundíbulo da vesícula ou no dúcto cístico (sombra acústica)
* espessamento da parede vesicular (>4mm)
* líquido pericolecístico
* distensão
-Cintilografia de vías biliares com HIDA
* padrão ouro
Quadro clínico da colecistite aguda
-Dor persistente em QSD do abdome
-Febre
-Vômitos, náuseas
-Hiporexia
-Possibilidade de massa palpável
* processo inflamatório regional
* plastrão
-Sinal de Murphy positivo
* interrupção da respiração por dor sucitada pela palpação do ponto cístico
OBS: não há icterícia, pois o fluxo de bile no ducto colédoco está mantido
Quais são as alterações laboratoriais de indivíduos que apresentam colecistite aguda?
Possibilidade de:
-Leucocitose, neutrofilia com desvio a esquerda
-Leve ↑ [bilirrubina]
* indivíduo ñ tende a ficar ictérico, pois ñ há obstrução do ducto colédoco
-↑ fosfatase alcalina e gamaGT
-↑ [transaminases]
-↑[amilase]
Quais são as medidas adotadas no TTO da colecistite aguda?
-Internação
-ATBterapia
* por 24h em casos leves
-Analgesia
-Colecistectomia videolaparoscopia
* cirurgia precoçe (1as 72h) (ideal)
*
-Colecistostomia percutânea transepática (ver foto)
* realizada em pacientes graves, que não tolerariam a colecistectomia
* colocação de um dreno na vesícula para retirada do pús
* colecistectomia realizada em 2ª tempo cirurgico
Descrição do diagnóstico de colecistite de acordo com Tokyo guideline (TG-18)
DIAGNÓSTICO DE COLECISTITE NECESSITA DE UM EXAME DE IMAGEM
* não se pode dar o diagnóstico clínico
A: presença de sinais de inflamação local
* sinal de Murphy
* massa/dor em QSD do abdome
B: sinais de inflamação sistêmica
* febre
* leucocitose
* aumento de PCR
C: achados USG
Suspeitar de colecistite caso haja A+B
Diagnóstico de colecistite: A+B+C
Descrição da classificação de colecistite de acordo com Tokyo guideline (TG-18)
-Grau III (grave)
* disfunção orgânica
-Grau II (sem disfusão + algum achado)
* leucocitose >18000
* massa palpável e dolorosa em QSD do abdome
* evolução >72h
* sinais de complicação local
-Grau I
* ausência de critérios para moderada e grave
Descrição do tratamento de colecistite de acordo com Tokyo guideline (TG-18)
-Grau I (leve)
* colecistectomia videolaparoscópica
-Grau II (moderada)
* colecistectomia videolaparoscópica em centro especializado
-Grau III (grave)
* TTO conservador (estabilização) até a correção da disfunção
* pode-se realizar colecistostomia percutânea transepática
* colecistectomia videolaparoscópica por cirurgião experiente após estabilização
Quais são as principais complicações da colecistite?
-Colecistite enfisematosa
-Colecistite alitiásica
-Fístula biliar