Direito Penal III Flashcards

1
Q

Nos crimes contra a Administração Pública, quanto à corrupção ativa e
passiva, a sistemática do Código Penal é separar condutas praticadas por
particulares das condutas praticadas por funcionário público? Seria uma exceção
a Teoria Monista?

A

Sim, neste caso se aplica a teoria pluralista, em que cada coautor responde por uma
figura típica diferente. Exceção pluralista à teoria monista no concurso de agentes.

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2
Q

A corrupção ativa é crime formal, material ou de mera conduta (quanto ao
resultado naturalístico)?

A

Formal, pois a consumação se dá quando o agente oferece ou promete a vantagem
indevida. É dispensável o resultado naturalístico.

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3
Q

A corrupção passiva é crime formal ou material?

A

Formal, consuma-se com a oferta ou promessa de vantagem indevida.

Obs.: aqui não é o contrário? A passiva se dá com a solicitação, recebimento ou
aceitação; e a ativa se dá com a promessa/vantagem.

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4
Q

Dê exemplo de concussão e excesso de exação.

A

Concussão: PRF, em blitz de trânsito, exige vantagem para não multar veículo.

Excesso de exação: Auditor fiscal coloca outdoor cobrando um contribuinte.

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5
Q

Qual a diferença entre crimes omissivos próprios e impróprios?

A

Os crimes omissivos próprios preveem uma sanção a quem deixa de fazer algo imposto
pela lei. São crimes de mera conduta. Os omissivos impróprios são delitos comissivos
que por meio de uma norma de extensão (causal) o agente que podia e devia agir
responde pela omissão.

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6
Q

Quais seriam os crimes comissivos por omissão?

A

São crimes que têm em sua descrição típica um verbo de ação, mas que também podem
ser cometidos de forma omissiva impropriamente, desde que o agente tenha o dever
jurídico de agir.

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7
Q

Explique sobre crime com dupla subjetividade passiva.

A

Excelência, o crime de dupla subjetividade passiva é aquele que atinge mais de um
sujeito passivo, como acontece no delito de aborto realizado sem o consentimento da
gestante.

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8
Q

Explique sobre a posse vigiada e desvigiada (nos crimes contra o patrimônio).
Implica alguma consequência no crime de furto e apropriação indébita? Na
apropriação indébita, a posse deve ser necessariamente desvigiada?

A

Na posse vigiada a vítima vigia o bem, ou seja, está na sua esfera de vigilância, ao passo
que na posse desvigiada a vítima confia no autor, e, portanto, não vigia o bem. No crime
de furto não há nenhuma implicação, pois adotamos a teoria da amotio, não importa se o
bem está vigiado ou desvigiado, o crime se consuma com a inversão da posse. Na
apropriação indébita a posse ou detenção deve ser necessariamente desvigiada.

Tema 934 – “Consuma-se o crime de furto com a posse de fato da res furtiva, ainda que
por breve espaço de tempo e seguida de perseguição ao agente, sendo prescindível a
posse mansa e pacífica ou desvigiada.”

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9
Q

O ser humano pode ser objeto de furto?

A

Não, Excelência, tendo em vista que o ser humano não é de propriedade de ninguém.
Obs.: Em relação ao cadáver há divergência na doutrina.

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10
Q

O crime de roubo é simples ou complexo?

A

Trata-se de crime complexo, que reúne dois tipos penais em um só fato típico.

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11
Q

O candidato é delegado de plantão: chega um caso de beijo roubado. Qual o
crime que foi praticado? Qual o elemento subjetivo desse crime?

A

Se foi empregada violência ou grave ameaça, estupro. Caso contrário, importunação
sexual. Em ambos os casos o elemento subjetivo será o dolo.

Vale ressaltar que se a vítima for menor de 14 anos, será estupro de vulnerável ainda
que não haja violência ou grave ameaça.

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12
Q

Chega um caso em que o autor é acusado de manter relações sexuais com a sua
namorada de 13 anos. Qual o crime que foi praticado? O consentimento da vítima
tem algum valor jurídico?

A

Excelência, o acusado responderá pelo crime de estupro de vulnerável e o
consentimento da vítima é irrelevante segundo entendimento legal e também
jurisprudencial.

Obs.: Vale ressaltar que o STJ já excepcionou esse entendimento em um caso de dois
jovens namorados, cujo relacionamento foi aprovado pelos pais da vítima, sobrevindo
um filho e a efetiva constituição de núcleo familiar.

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13
Q

Art.184, do CP: Qual a objetividade jurídica desse tipo penal? Quais bens são
protegidos? Protege a pirataria de um software? Quais são os tipos de
propriedade? O que são os direitos conexos previstos nesse artigo?

A

Bem jurídico: são os direitos inerentes e decorrentes da propriedade imaterial, mas
especificamente da propriedade intelectual.

Pirataria de software possui previsão em lei específica. Lei 9609

A propriedade intelectual está vinculada a bens imateriais destinados à satisfação das
necessidades físicas das pessoas. Os direitos autorais são mais voltados ao atendimento
das necessidades imateriais dos seres humanos, tais como a absorção de conhecimento,
a cultura, o lazer e a arte.

Direitos conexos refere-se ao direito do autor de, por um determinado período, de
explorar economicamente a propriedade intelectual.

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14
Q

O que é uma norma penal em branco? O art.184 do CP é uma norma penal em
branco? Se sim, é de que o tipo de norma penal em branco?

A

Trata-se de uma norma penal em branco, porque o próprio dispositivo do Código Penal
não esclarece o que compreende o direito do autor e os direitos conexos. Norma penal
em branco homogênea heterovitelina (complemento em outra Lei).

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15
Q

É possível a aplicação do princípio da insignificância no tipo penal previsto no
art. 184 do CP?

A

Princípio da insignificância - impossibilidade “1. A quantidade de CDs e DVDs
apreendidos não evidencia, de forma segura, a ausência de periculosidade social da
ação. Assim, não se cogita da aplicação do princípio da insignificância.”HC
126.731/AC

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16
Q

Como delegado, recepcionando um comerciante que vende inúmeros produtos
pirata. Seria um crime único? Há concurso de crimes?

A

No mesmo contexto fático o é crime único.

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17
Q
  1. Em um caso de abordagem de motociclista que está irregular, o qual fica
    irritado e põe fogo na motocicleta. Como o delegado deve tipificar tal conduta?
A

Fato atípico (Princ. da alteridade)

COMPLEMENTO: Se colocou em perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio
de outrem. Eu colocaria incêndio (ponto 7 fala dos crimes contra incolumidade pública).

Se houve ordem de apreensão da motocicleta e o autor o faz para evitar
responsabilização administrativa, incide na conduta do art. 347 do CP

Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o
estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito

Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.

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18
Q

Quem ateia fogo em um bem comete crime? se o bem for alheio, crime de dano.

A

Se o bem for alheio, crime de dano.

Dano qualificado se o bem for alheio, mas se causar perigo a integridade
física, a vida ou ao patrimônio de outrem- incêndio, já que o crime de dano qualificado
tem subsidiariedade expressa.

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19
Q

Quem é a vítima do crime de dano?

A

o proprietário do bem danificado ou o possuidor.

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20
Q

Adoção à brasileira é crime? Quem é o autor desse crime? A mãe biológica
comete esse crime?

A

È crime de dar parto alheio como próprio.
O autor é a adotante, fato atípico para a mãe biológica. Adoção à brasileira consiste em registrar como seu filho de outra pessoa.
É conduta tipificada no art. 242 do CP.

O crime é o do art. 242: “Parto suposto. Supressão ou alteração de direito inerente ao
Estado Civil e recém-nascido”. Há três modalidades típicas. A modalidade conhecida
como “ adoção à brasileira” é aquela de “registrar como seu o filho de outrem” . Assim,
a mãe biológica não pode ser autora ou coautora do delito, mas pode perfeitamente atuar
como partícipe do crime praticado por terceiros.

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21
Q

Durante o curso de formação de delegado de polícia, o professor, no
treinamento, usa gás tóxico. O professor cometeu algum crime?

A

A depender do dolo/culpa e do caso concreto, pode configurar o crime do art. 252.

252 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, usando de gás tóxico ou asfixiante: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

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22
Q

O uso de gás tóxico é crime de perigo abstrato ou concreto?

A

É crime de perigo concreto.

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23
Q

Como se define os crimes contra a organização do trabalho? Não se tipificam
como crime de constrangimento ilegal?

A

Excelência, são crimes contra a liberdade de trabalho e, segundo a doutrina, são uma
espécie de constrangimento ilegal. Os crimes são da competência da Justiça Federal.

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24
Q

Qual a diferença entre o princípio da especialidade e da consunção?

A

Especialidade está expressamente previsto, a norma especial prevalecerá sobre a norma
geral.
Consunção é a absorção do crime meio pelo crime fim.

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25
Q

Art. 200, do CP: Art. 200 - Participar de suspensão ou abandono coletivo de trabalho, praticando violência contra pessoa ou contra coisa: Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.

Candidato Quem é o sujeito passivo desse crime? Quem é o sujeito ativo desse crime? Pode ser cometido por apenas um trabalhador? Precisa de concurso
de agentes para consumar esse crime? Há necessidade de concurso de
empregadores?

A

O sujeito passivo poderá ser tanto a pessoa física (vítima da violência) quanto a pessoa
jurídica no caso de violência contra seu patrimônio. O bem jurídico é a organização do
trabalho.

Sujeito ativo é o trabalhador, no mínimo 3 trabalhadores em concurso.

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26
Q

Há necessidade de violência para consumar esse crime?

A

Sim, contra a pessoa ou coisa.

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27
Q

A reparação do dano após o cometimento do crime gera efeitos jurídicos. Quais
são esses efeitos jurídicos?

A

Arrependimento posterior (ponte de prata), desde que praticado sem violência ou grave
ameaça e até o recebimento da denúncia ou queixa, reduz a pena de 1⁄3 a 2⁄3. Se for
depois do recebimento da denúncia: atenuante. Há hipóteses em que a reparação do dano também pode gerar outras consequências, como por exemplo, no caso do peculato
culposo. Caso a reparação se dê antes do trânsito em julgado, haverá extinção da punibilidade; se depois, reduzirá a pena em metade.

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28
Q

A reparação do dano no crime de peculato gera algum efeito jurídico? Qual a natureza jurídica nesse caso?

A

Tratando-se de peculato CULPOSO, se a reparação for feita antes da sentença
irrecorrível extingue a punibilidade, se após, reduz a pena pela metade.

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29
Q

Há aplicação do princípio da insignificância no crime de peculato? Justifique.

A

para o STJ não, uma vez que é crime contra a administração pública.

Porém o STF tem admitido a aplicação do princípio da insignificância em alguns casos isolados.

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30
Q

Art. 323 do CP: Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Quando se consuma tal delito? Qual o elemento subjetivo desse
tipo penal?

A

Consuma-se pelo afastamento do cargo público por tempo relevante.
A jurisprudência tem entendido que para configurar o crime de abandono de função é necessário que o servidor público tenha deixado de cumprir suas obrigações sem justificativa legal, de forma voluntária e que o cargo tenha importância para a administração pública.
Elemento subjetivo é o dolo.

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31
Q

Delegado é preso, assim, deixa de comparecer por 30 dias no serviço, comete
abandono de função?

A

Não, pois a ausência é justificada pela prisão e por haver ausência de dolo em cometer o abandono.

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32
Q

Qual a diferença entre a falsidade material e falsidade ideológica?

A

Na falsidade material, o falso incide sobre a própria autenticidade do documento, sobre o corpo do documento. Na falsidade ideológica, o falso incide sobre a veracidade do documento, sobre os seus dizeres.
Na falsidade ideológica o corpo do documento é autêntico, falsas são as informações nele constantes.

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33
Q

Há possibilidade de falsidade material no abuso de folha em branco?

A

O preenchimento de folha de papel assinada em branco é falsidade ideológica, se o papel fora confiado ao agente, mas se este se este se apossou do papel, é falsidade material.

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34
Q
  1. No preenchimento de folha em branco de declaração de vontade com informações falsas, há falsidade material ou formal?
A

A falsidade é formal.

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35
Q

Qual a diferença de crime material, formal e de mera conduta?

A

Excelência, crime material é aquele em que há previsão de um resultado naturalístico e
este é imprescindível para que o crime se consume, como o crime de homicídio;
Crime formal também há previsão de um resultado, mas este é dispensável, como o crime de corrupção passiva;
Por fim, crime de mera conduta não há nem previsão de resultado, como na violação de domicílio.

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35
Q

O crime de mera conduta admite tentativa?

A

Excelência, o que faz o crime admitir tentativa ou não não é sua classificação em
material, formal e de mera conduta e sim se é unissubsistente ou não. Sendo assim, o
crime de mera conduta, se for plurissubsistente, ou seja, se a conduta puder ser
fracionada, admitirá tentativa. Ex: violação de domicílio - o agente pode tentar violar o
domicílio da vítima e não conseguir por circunstâncias alheias à sua vontade.

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35
Q

Art. 140, parágrafo terceiro, do CP. Qual é a sua natureza jurídica? Qual é a
sua ação penal? Quais são os tipos de ação penal?

A

Crime contra a honra de injúria preconceituosa. APP condicionada.

§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a religião ou à condição
de pessoa idosa ou com deficiência

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35
Q

O fato do homicídio ser cometido contra crianças e idosos é uma qualificadora
ou uma causa de aumento de pena?

A

contra idosos é majorante, se for doloso. contra menores de 14 anos é qualificadora

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35
Q

Vítima que reage a uma tentativa de homicídio e atinge terceiro. Qual o nome
desse instituto?

A

Legítima defesa com erro na execução ou ‘aberratio ictus’: O sujeito, ao repelir a
agressão injusta, por erro na execução, atinge bem de pessoa diversa da que o agredia.
Exemplo: A, para salvar sua vida, saca de uma arma de fogo e atira em direção ao seu
algoz, B; no entanto, erra o alvo e acerta C, que apenas passava pelo local. A agiu sob o
abrigo da excludente e deverá ser absolvido criminalmente; na esfera cível, contudo,
deverá responder pelos danos decorrentes de sua conduta contra C, tendo direito de
regresso contra B, seu agressor;

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36
Q

O que difere a legítima defesa agressiva da legítima defesa putativa?

A

A vítima ser a causadora ou não da injusta agressão

COMPLEMENTO: Legítima defesa putativa é aquela que só existe na cabeça do
agente, ela é imaginária, o agente supõe situação de fato que se existisse tornaria sua
ação legítima.

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37
Q

Quais são as Vias do Direito Penal?

A

A 1ª Via é a Pena;
a 2ª Via é a Medida de Segurança;
a 3ª Via é a Reparação
do Dano.

38
Q

Quais os subprincipios que derivam do princípio da Legalidade?

A

Lex praevia – princípio da anterioridade em matéria penal. É proibida a aplicação da lei
penal incriminadora a fatos ocorridos/praticados antes de sua vigência.
Lex scripta – é vedado o costume incriminador. Apenas a lei pode criar crimes e penas, pois
é proibida a utilização de costumes para fundamentar a punição do agente.
Lex sctricta – é proibido o uso da analogia in malam partem no âmbito penal. O fato precisa
estar expressamente previsto pelo legislador, não cabendo ao intérprete utilizar a analogia
em Direito Penal (exceto em benefício do agente).
Lex certa – princípio da taxatividade em matéria penal. É preciso que o tipo penal seja claro
e preciso, a fim de que seja fácil o entendimento pela população em geral. Dessa forma, é
vedada a criação de tipos penais vagos e imprecisos.

39
Q

CARACTERÍSTICAS das leis temporárias e excepcionais:

A

1- Autorrevogabilidade - Consideram-se revogadas assim que encerrado o prazo fixado
(temporária) ou cessada a situação de anormalidade (excepcional).
2- Ultratividade - São leis ultra ativas (alcançam os fatos praticados durante a sua vigência,
ainda que revogadas).
Cuidado! Ambas as características acima constituem EXCEÇÃO ao princípio da
retroatividade de lei penal mais benéfica! Dessa forma, as leis temporárias e excepcionais
serão aplicadas ao agente, ainda que norma posterior seja mais benéfica!

40
Q

– Do que se trata a teoria do equivalente dos antecedentes adotada pelo CP?

A

Ligada ao substrato do nexo de causalidade, de acordo com a teoria da equivalência dos antecedentes, entende-se como causa do resultado naturalístico todas as ações e omissões dos agentes envolvidos na situação que geraram impacto direto para que o resultado ocorresse enquanto tal.

41
Q

Um vizinho ministrou veneno a outro vizinho (numa cerveja). Ele foi socorrido, a
ambulância capotou e ele morreu por traumatismo. Qual a responsabilidade do
agente?

A

Excelência trata-se de Causa Superveniente Relativamente Independente que produz por si só o resultado, nesse caso o agente que envenenou responde por tentativa de homicídio, visto que a causa morte foi traumatismo craniano e não envenenamento.

42
Q

– A tese da legítima defesa da honra é admitida pelos tribunais?

A

o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional o uso da tese da legítima defesa da honra em crimes de feminicídio ou de agressão contra mulheres, por unanimidade de votos, contraria os princípios constitucionais da dignidade humana, da proteção à vida e da igualdade de gênero.

43
Q

Quais os requisitos do consentimento da vítima para afastar-se a ilicitude?

A

consentimento válido
consentimento prévio
bem jurídico disponível.

44
Q

A integridade física é um bem jurídico disponível?

A

Excelência a doutrina diverge sobre a disponibilidade da integridade física, uns apontam não ser disponível, e outra corrente incluindo Rogério Gecco defende sim ser possível desde que as lesões sofridas sejam consideradas de natureza leve.

45
Q

Do que se trata o crime de estelionato sexual?

Violação sexual mediante fraude Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro
ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a
livre manifestação de vontade da vítima:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.

A

Excelência a violação sexual mediante fraude consiste em uma fraude para levar a vítima a erro acreditando que a conduta é necessária e, assim, abusar dela sexualmente, sem o uso de violência.
exemplos é o médico durante exame ginecológico ou líder religioso que promete uma cura espiritual através de relações sexuais.

46
Q

A PM invade um prostíbulo e leva todos para o seu plantão (até mesmo o porteiro) – O que você faria?

A

Excelência a prostituição não é crime, desde que seja feita de livre e espontânea vontade sem exploração sexual. No caso iria colher os depoimentos das pessoas que ali trabalham e proprietários, não havendo indícios de exploração sexual dispensaria todos.

47
Q

Qual a diferença entre incitação ao crime e apologia de crime?

A

Porquanto fazer apologia é enaltecer ou elogiar alguém, defendendo um fato criminoso de um crime já ocorrido, ou ao autor de um crime, também de forma pública, enquanto incitar
é induzir ou instigar alguém a cometer crimes.

48
Q

Prática reiterada de duas pessoas, em jogo do bicho – associação criminosa?

A

Não excelência, 1º para a configuração do crime se exige 3 ou mas pessoas e 2º jogo de bicho é abarcado pela lei de contravenções penais, e associação criminosa exige para sua configuração que sejam cometidos crimes.

49
Q

– Requisito objetivo e subjetivo do suicídio.

A

Requisitos objetivos são:
Induzir tem o sentido de criar o propósito inexistente de suicídio. Ou seja, a pessoa não tinha a vontade de suicidar-se e o agente criou nele esse desejo.

Já na conduta de instigar o agente reforça o propósito já existente de suicídio.

Auxiliar que é o apoio, a ajuda à prática do suicídio a participação é material sem a interferência do agente, O auxílio se caracteriza com a cessão de meios (arma, corda, veneno) ou o apoio intelectual (ensinar como usar uma arma).

Requisito subjetivo é o DOLO, NÃO EXISTE MODALIDADE CULPOSA.

50
Q

Crime complexo. O que significa? Cite um exemplo.

A

Excelência crime complexo é a fusão ou junção de tipos penais, protegendo dois ou mais bens jurídicos. O latrocínio é um exemplo de crime complexo, pois protege os bens jurídicos patrimônio e vida.

51
Q

CP art. 101 da solução para crimes complexos – Como isso funciona?

“Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos
que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde que,
em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério Público.”

A

Excelência o comando normativo diz que quando o crime for complexo, composto por um tipo penal que seja de ação penal condicionada ou privada e outro de ação penal pública, esta é a regra para todo o crime complexo.
o crime de roubo é a junção do crime de furto + ameaça, um de ação penal privada e outro de ação penal pública, o roubo será de ação penal pública.

52
Q

Uso de arma de fogo sem munição pode caracterizar tentativa de homicídio?

A

Depende excelência se a arma for usada como instrumento perfuro-contundente próprio, não se caracteriza tentativa de homicídio por ineficácia absoluta do meio, crime impossível, art.17 cp.
Nouto giro se o uso da arma de fogo for usado como objeto contundente impróprio por meio de coronhadas por exemplo a depender do dolo do agente, pode sim ser caracterizado tentativa de homicídio.

53
Q

O que é autoria colateral no homicídio?

A

A autoria colateral nada mais é do que duas pessoas, coincidente e concomitantemente, cometendo crimes contra a mesma vítima, sem que haja liame subjetivo entre elas . Não se fala aqui em coautoria ou em participação, pois estas só se configuram quando há o liame subjetivo, ou seja, quando os envolvidos sabem que estão concorrendo para um resultado comum.
Caso um dos autores tenha êxito na morte da vítima aquele que matou responde por homicídio e o outro pela tentativa.

54
Q

O que é autoria incerta?

A

Ocorre quando, na autoria colateral, não se consegue apurar qual dos envolvidos provocou o resultado.
os dois atiram e acertaram a vítima, porem não consegue se saber qual dos dois autores colaterais causou o resultado. Ambos respondam por tentativa de homicídio (embora a vítima tenha falecido).
Não se pode cogitar de punição de ambos pelo crime consumado, porque, nesse caso, haveria punição mais grave para a pessoa que errou o disparo.

55
Q

O que é um crime de concurso necessário?

A

Excelência crime de concurso necessário ou plurissubjetivos é o delito cuja ação impõe a participação de mais de uma pessoa. A infração penal só se configura com o número de agentes mencionados no tipo e todos os que integrarem o grupo serão considerados coautores. podemos citar organização criminosa da lei 12.850 e o art. 288 CP associação criminosa.

56
Q

Há o que se falar em analogia no direito penal?

A

A analogia provoca a aplicação de lei existente em caso semelhante, para o qual as leis existentes são omissas. É utilizada em hipótese excepcional e apenas para beneficiar o réu (analogia in bonam partem), nunca para prejudicar o réu (analogia in malam partem), uma vez que esta afronta o princípio da reserva legal.

57
Q

Crime de moeda falsa, é possível falar sobre princípio da insignificância ao se
falsificar nota de R$ 2,00?

A

A aplicação do princípio da insignificância não é cabível ao crime de moeda falsa, em razão de ser a fé pública o bem jurídico tutelado.

58
Q

Cálculo de pena – Como se calcula 2/3 de 2 anos?

A

divide o tempo de pena (24 meses) por 3 (=7) e multiplica por 2 (7x2=14 meses) 1 ano e 2 meses.

59
Q

Semelhança entre dolo eventual e culpa consciente.

A

Excelência a semelhança entre os dois institutos é a previsibilidade do resultado.

60
Q

Qual a distinção de crime permanente para crime de efeito permanente?

A

No crime permanente, a consumação perdura por um período mais ou menos longo; no crime instantâneo de efeitos permanentes (ex. homicídio, bigamia), a consumação ocorre num momento e o que perdura é o dano produzido.

61
Q

O que é um elemento normativo do tipo?

A

Excelência, o elemento normativo do tipo é aquele que exige valoração por parte
do magistrado como, por exemplo, o advérbio “indevidamente” presente na violação de correspondência (art. 151). Isso ocorre porque nem sempre é possível usar na descrição elementos puramente objetivos

62
Q

– Há algum elemento normativo no crime de furto?

A

sim, coisa alheia móvel.Quais os requisitos para a caracterização do furto de uso?

63
Q

Quais os requisitos para a caracterização do furto de uso?

A

a) Subtração da coisa alheia móvel infungível;

  b) Intenção de utilizar momentaneamente a coisa subtraída;

  c) restituição da coisa depois do uso momentâneo, imediatamente, ao  seu possuidor originário.

ausência de ânimo de permanecer na posse do bem subtraído, que se demonstra com a rápida, voluntária e integral restituição da coisa, antes que a vítima perceba a subtração do bem. No Direito Penal comum, a conduta é considerada atípica, diante da ausência do ânimo de assenhoramento.

a) O agente tem a prévia intenção de usar a coisa momentaneamente
(b) Deve haver restituição espontânea do bem, após curto espaço de tempo da subtração.
(c) A coisa deve ser devolvida integralmente, sem danos

64
Q

O que são crimes vagos?

A

Crime vago é aquele em que o sujeito passivo é uma coletividade sem personalidade jurídica, ou seja, uma comunidade inteira e não apenas uma pessoa.

65
Q

Quais são os requisitos para aferição da inimputabilidade?

A

(1) Biológico: Considera apenas o desenvolvimento mental do agente (doença mental ou idade), independentemente se tinha, ao tempo da conduta, capacidade de entendimento e autodeterminação. Conclusão: basta ser portador de anomalia psíquica para ser inimputável.

(2) Psicológico: Considera apenas se o agente, ao tempo da conduta, tinha a capacidade de entendimento e autodeterminação, independentemente de sua condição mental ou idade. Conclusão: não precisa ser portador de anomalia psíquica para ser inimputável.

(3) Biopsicológico: Considera-se inimputável aquele que, em razão de sua condição mental (por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado), era, ao tempo da conduta, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Conclusão: não basta ser portador de anomalia psíquica para ser inimputável.

66
Q

O que seria um requisito consequencial?

A

Requisíto Consequencial: perda total da capacidade de entender ou da capacidade de querer.

é o 3º um requisito de analise da inimputabilidade segundo o sistema biopsicológico:
(a) Causal: existencial de doença mental ou de desenvolvimento incompleto ou retardado, causas prevista em lei.

(b) Cronológico: atuação ao tempo da ação ou omissão delituosa.

(c) Consequencial: perda total da capacidade de entender ou da capacidade de querer.

67
Q

Todo doente mental pode ser considerado inimputável?

A

Não excelência pois A doença mental, ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, se aliada à falta de capacidade de compreender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento, produz a inimputabilidade.

68
Q

Qual a diferença entre embriaguez pré-ordenada e embriaguez acidental?

A

Excelência, a embriaguez preordenada é hipótese de agravante e ocorre
quando o agente se embriaga anteriormente ao crime de forma proposital para
cometer este (action libera in causa); na embriaguez acidental o agente se embriaga em razão de caso fortuito e força maior.

69
Q

Desde o advento da República, quantos códigos penais tivemos?

A

● Código Philipino (1603)
● Código Criminal do Império (1830)
● Código Penal da República (1890)
● Consolidação das Leis Penais (1932)
● Código Penal (1940) – texto original.
● Código Penal: a nova Parte Geral (1984) – texto original.

70
Q

Art. 212 CP – Vilipêndio a cadáver – Quem é o sujeito passivo nesse
caso?

A

a coletividade, representada, conforme o caso concreto, pela família, pelos amigos ou qualquer pessoa que com ele (morto) guarda relação .

71
Q

Extraterritorialidade – Crime dentro de aeronave brasileira em país estrangeiro – Aplica-se o CP?

A

Excelência, se aeronave pública, extensão do território
se aeronave particular, aplica-se a lei estrangeira.

72
Q

– Art. 337 – O que significa inidôneo?
A inidoneidade é uma espécie de sanção que uma empresa ou profissional pode receber por alguma irregularidade cometida dentro de um contrato administrativo.

A

A inidoneidade é uma espécie de sanção que uma empresa ou profissional pode receber por alguma irregularidade cometida dentro de um contrato administrativo.

73
Q

O que são restos a pagar?

A

restos a Pagar são as despesas com compromisso de utilização
no orçamento, mas que não foram pagas até o dia 31 de
dezembro.

74
Q

O que é um crime habitual?

A

O crime habitual é, normalmente, constituído de uma reiteração de atos, penalmente indiferentes de per si, que constituem um todo, um delito apenas, traduzindo geralmente um modo ou estilo de vida. Exemplos: exercer ilegalmente a Medicina (art. 282 do CP); estabelecimento em que ocorra exploração sexual (art. 229 do CP); participar dos lucros da prostituta (art. 230 do CP) ou se fazer sustentar por ela.

75
Q

Qual a diferença entre habitualidade criminosa e crime habitual?

A

A conduta criminal habitual trata-se de um próprio estilo de vida que o agente ostenta, com o cometimento de diversos fatos típicos, servindo quase como um ofício ou profissão. Diferentemente do caso do crime habitual, o agente pratica um conjunto de atos sucessivos, ocasionando em um único fato típico Um grande exemplo seria a gestão fraudulenta prevista no artigo 4° da Lei n° 7.492/86.

76
Q

Existe compensação de culpa no Direito Penal?

A

“Não se admite a compensação de culpas no Direito Penal, uma vez que prevalece o caráter público da sanção penal como fundamento para a sua proibição.

77
Q

Qual a diferença da compensação de culpa para a concorrência de culpa?

A

O Direito Penal não admite a compensação de culpas. Não há compensação de culpas no Direito Penal. Por outro lado, é possível a concorrência de culpas, que ocorre se várias pessoas contribuem para a prática da infração culposamente, respondendo todas elas pelo ilícito.

78
Q

Crimes Omissivos Impróprios – Quando se dá a sua consumação?

A

Ocorre com a ocorrência do resultado desejado pelo agente.

79
Q

Pode a pena restritiva de direto ser convertida em privativa de Liberdade?

A

Sim excelência nos casos de
1-Descumprimento injustificado da restrição imposta;
2-Condenação por novo crime em regime fechado;
3- Outras hipóteses presentes no artigo 181 da Lei de Execução Penal.

80
Q

– É possível punir a tentativa de crime impossível?

A

Não excelência, o comando normativo expresso no art. 17 do CP expressamente alude que:
Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime”.

81
Q

Quem falsifica um testamento comete qual crime?

A

Trata-se do crime de falsificação de documento público, e não particular, porque o artigo 297, § 2º, do Código Penal equipara o testamento particular a documento público em razão da relevância jurídica que contém, já que se destina ao mesmo objetivo do testamento público, ou seja, a disposição de bens.

82
Q

Caso: Pedro (motorista de caminhão) precisa fazer um exame toxicológico,
mas por ter usado cocaína enviará seu amigo João no lugar. Que crime João
cometeu?

A

João comete o crime de falsidade ideológica.
artigo 299 do Código Penal, que descreve a conduta criminosa como sendo o ato de omitir a verdade ou inserir declaração falsa, em documentos públicos ou particulares, com o objetivo de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente …

83
Q

João está preso por furto, mas teve um surto psicótico. Foi submetido a exames e constataram doença mental. Ele pode ser considerado inimputável?

A

Depende excelência, se o momento da conduta João era completamente incapaz de entender a conduta ilícita do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, será considerado inimputável.

84
Q

– O agravante pode ser aplicado quando for circunstância elementar do crime?

A

Não excelência, as circunstâncias que agravam as penas são aplicadas quando não constituem ou qualificam o crime.

85
Q

João (mecânico de avião) constata problema mecânico grave, e mesmo assim
libera o voo. Se houver queda do avião ele responde por crime?

A

Sim Excelência ao menos culposamente.

86
Q

Quais são as principais fontes do direito penal?

A

Fonte material (união) e fonte formal (imediatas: Lei/CF/Tratados internacionais de D.H) mediatas (costumes, pric. gerais do direito)

87
Q

– É delito continuado quando o mesmo crime é praticado na mesma região (em
comarcas diferentes)?

A

Permite-se o reconhecimento da espécie de crime continuado entre os delitos praticados na mesma rua, no mesmo bairro, na mesma cidade ou até mesmo em cidades vizinhas (limítrofes) (RT 542/455);

88
Q

Violação de direito autoral – É necessária a perícia de todo o material?

A

Para que fique configurado o crime de violação de direito autoral, não é necessário fazer perícia em todos os bens apreendidos nem identificar os titulares dos direitos violados.

89
Q

Medida provisória pode impor crimes e penas?

A

Mostra-se tranquilo o entendimento de que, sob o império do princípio da legalidade, medida provisória não pode criar delitos e impor penas.

90
Q

Quem pode definir penas?

A

Somente a lei em sentido estrito pode criar penas.

91
Q

O que vem a ser detração penal?

A

Detração Penal é o abatimento do total da pena a ser cumprida, do período em que o sentenciado esteve preso administrativamente ou por força da prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, estando previsto no art. 42 do CP.

92
Q

João (carcereiro) encaminhou um detento que fingiu estar doente ao hospital sem avisar à coordenadoria. Quando o preso voltou ele deixou o cadeado aberto propositalmente deixando um grupo de cinco presos fugirem; Eles levaram o cadeado para encobri-lo. O carcereiro recebeu R$ 50.000,00. Quais são os crimes?

A

a conduta de João se encaixa no crime de Corrupção passiva art. 317, §1º CP. com aumento de pena de 1/3.

Art. 317 – Solicitar ou receber, para si ou para outros, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

§ 1º – A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

93
Q

Qual a diferença entre condescendência criminosa e prevaricação?

A

A condescendência criminosa é caracterizada pela omissão de autoridade pública ou particular em relação a crime que está acontecendo ou que já ocorreu, e é uma espécie de prevaricação imprópria.
Já a prevaricação consiste em retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

94
Q

Em quais crimes o juiz pode aplicar pena de multa?

A

Nos delitos em que culminar somente pena de multa ou pena privativa de liberdade OU multa.
Pode ser substitutiva da pena privativa de liberdade não superior a 1 ano.

95
Q

Qual a diferença entre estado de necessidade ilegítima defesa?

A

O estado de necessidade ocorre em uma situação de perigo atual, mas que não necessariamente é causada por uma conduta humana. Já a legítima defesa sempre é causada por uma conduta humana, pois se trata de uma agressão, que pode ser atual ou iminente.

96
Q

Ana e João são casados, vão à igreja. Ana sente que Maria está olhando para o seu marido e parte para a agressão fazendo com que o padre tenha que
interromper a missa. Há crime? É crime contra o sentimento religioso?

A

Não excelência, no caso citado o dolo de Ana, movida por ciúmes, esta voltado em agredir Maria (art.129 CP) e não em atrapalhar, perturbar cerimônia religiosa (art.208 CP).

97
Q

Após matar a esposa João mutila o corpo para caber em uma mala e enterra para que não seja encontrado. Quais são os crimes cometidos?

A

Feminicídio (art.121,§2º, VI) e ocultação de cadáver (art.211 CP).