Direito Constitucional Flashcards

1
Q

Em sua origem, a cidadania possuía duas funções: garantir os direitos e deveres das pessoas consideradas cidadãs, e distingui-las dos não cidadãos.

A

CORRETA.

A questão exige conhecimento sobre conceitos estruturantes do ser humano.

Conforme o conceito da palavra, cidadania significa as qualidades intrínsecas e extrínsecas de ser cidadão. Ela possui como fundamento a ideia de nacionalidade, ou seja, fato do indivíduo pertencer à determinada nação. E também possui como fundamento a ideia de direitos.

Esse último fundamento significa que as pessoas pertencentes de determinada nação possuem direito e como tal devem exercê-los, de modo que quem não pertencer a determinada nação poderá ser considerado como “não cidadão” e, portanto, excluído do alcance desses direitos.

A importância da cidadania é tão grande que a CF/88 previu o Mandado de Injunção para assegurá-la. E, ainda, afirmou que os demais meios utilizados para assegurar o exercício da cidadania são gratuitos a todas as pessoas.

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2
Q

Suponha que Lúcio, colombiano, tenha praticado crimes de lavagem de dinheiro e associação para o tráfico internacional de entorpecentes. Nessa situação, não poderia o agente aguardar solto o julgamento de extradição contra ele formulada pelo governo do Panamá.

A

ERRADA.

A assertiva trata de questão julgada pelo STF, o qual assentou o entendimento de que a prisão no Estado brasileiro deve ser medida excepcional, de modo a resguardar o princípio da dignidade da pessoa humana (art. 1º, inciso III, da CF). (HC 91657/SP)

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3
Q

A Constituição Federal, aprovada em 1988, é conhecida como Constituição Cidadã. Depois de décadas de democracia frágil e da experiência de regimes autoritários ou ditatoriais, o Brasil tem buscado aperfeiçoar suas instituições e aprimorar práticas cidadãs. O município de São Paulo tem-se esforçado por oferecer à população mecanismos facilitadores da participação social e de adensamento da transparência. Em suma, o que se pretende é conferir à cidadania seu significado essencial. Nesse sentido, a cidadania pode ser definida como instrumento de dignificação da vida humana, pela observância de direitos e deveres.

A

CERTO

A cidadania é fundamento da República Federativa do Brasil, nos termos do art. 1º, II, da CF/88. Todavia, apesar de estar presente em diversos dispositivos ao longo do texto constitucional, não há um conceito legal de cidadania.

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4
Q

O direito ao desenvolvimento, o direito à paz, o direito ao meio ambiente e o direito de propriedade ao patrimônio comum da humanidade podem ser considerados como direitos de segunda geração ou dimensão.

A

ERRADO

Pois o direito ao desenvolvimento, o direito à paz, o direito ao meio ambiente e o direito de propriedade ao patrimônio comum da humanidade podem ser considerados como direitos de TERCEIRA geração ou dimensão, visto que representam um rol exemplificativo de direitos transindividuais que têm como referência os direitos de solidariedade ou fraternidade.

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5
Q

No Brasil, jovens com mais de 16 e menos de 18 anos de idade podem votar, embora não sejam obrigados a fazê-lo.

A

CERTA.

O item expressa fielmente o que está redigido no artigo 14 da Constituição Federal. A Carta Magna nos diz que o voto é facultado aos maiores de 16 e menores de 18 anos. Item correto.

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6
Q

O conceito de ordem pública alcança tanto o de soberania nacional quanto o de bons costumes, sendo que estes estariam situados em um plano mais próximo da moralidade, enquanto aqueles estariam mais próximos da política.

A

CERTO

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7
Q

O direito de comunicação pode ser enquadrado no rol dos direitos de terceira dimensão ou geração.

A

CERTA.

O direito fundamental de comunicação integra os denominados direitos fundamentais de terceira geração/dimensão.

Os direitos fundamentais de terceira geração/dimensão, nas lições de Marcelo Novelino, tratam-se de “direitos ligados ao valor fraternidade ou solidariedade, são os relacionados ao desenvolvimento ou progresso, ao meio ambiente, à autodeterminação dos povos, bem como ao direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e ao direito de comunicação. São direitos transindividuais, em rol exemplificativo, destinados à proteção do gênero humano”.(NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. São Paulo: Editora Método, 2009, 3 ed., 362/364).

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8
Q

Não obstante a garantia da segurança jurídica e a antiga proibição da lei ex post facto, a Constituição da República não proíbe, por completo, a retroatividade das leis penais.

A

CORRETO.

Ao tratar dos direitos e garantias fundamentais, a questão reclama do candidato leitura do texto constitucional. Desse modo, vai exigida a leitura do artigo 5º, da CF.

De fato, a Constituição da República não proíbe, por completo, a retroatividade das leis penais. Trata-se de literalidade de disposição constitucional.

Eis que é sempre admissível que retroaja em benefício ao réu, conforme se denota do artigo 5º, inciso XL, da CF:

Art. 5º. […]

XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

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9
Q

É possível que dois direitos fundamentais incidam, de maneira conflitante, sobre um mesmo fato; nesse caso, deve-se considerar revogado um desses direitos.

A

ERRADO

A Constituição Federal prevê diversos direitos fundamentais, como a liberdade de expressão e o direito à privacidade. Porém, em certas situações, esses direitos podem entrar em conflito.

Exemplo prático:

Uma reportagem jornalística divulga informações verdadeiras sobre a vida privada de uma pessoa pública. Nesse caso, há um conflito entre:

  1. Liberdade de expressão (art. 5º, IX) — Direito do jornalista de informar.
  2. Privacidade e intimidade (art. 5º, X) — Direito da pessoa de preservar sua vida privada.

Resolução do Conflito – Princípio da Harmonização

Quando dois direitos fundamentais colidem, nenhum deles é automaticamente revogado. Em vez disso, aplica-se o princípio da harmonização ou concordância prática, com base na proporcionalidade e na ponderação.

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10
Q

De acordo com a teoria dos limites dos limites, um direito fundamental pode ser restringido desde que preservado o seu núcleo essencial.

A

CERTO

A teoria dos limites dos limites, mencionada na questão, está relacionada à possibilidade de restrição de direitos fundamentais, desde que o núcleo essencial desses direitos seja preservado. Esse conceito parte do reconhecimento de que os direitos fundamentais não são absolutos, ou seja, eles podem sofrer limitações para garantir a convivência harmônica com outros direitos igualmente protegidos pela Constituição.

O núcleo essencial de um direito fundamental é entendido como a parte dele que garante a sua identidade e função básica.

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11
Q

De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais são de imediata aplicação.

A

CERTO

A afirmação está correta. De acordo com o artigo 5º, §1º, da Constituição Federal de 1988 (CF), “as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata”. Isso significa que essas normas podem ser aplicadas diretamente, sem a necessidade de regulamentação adicional para que produzam efeitos.

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12
Q

A segunda geração (ou dimensão) dos direitos fundamentais compreende os direitos sociais, cujo desenvolvimento se deveu, entre outras causas, à pressão de movimentos sociais.

A

GABARITO: CERTO

Os direitos fundamentais de segunda geração, também chamados de direitos de segunda dimensão, surgiram no contexto histórico do século XX, especialmente após a Revolução Industrial e as duas Guerras Mundiais. Os direitos de segunda geração têm como principal objetivo promover a igualdade material e o bem-estar social, exigindo que o Estado atue de forma ativa para concretizar esses direitos.

Os de segunda geração são conhecidos como direitos positivos, já que exigem ações concretas e políticas públicas para garantir sua efetivação.

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13
Q

O texto constitucional garante o livre exercício de todo e qualquer trabalho, não havendo óbice para que a lei estabeleça requisitos para o exercício de determinadas profissões.

A

CERTO

PEGADINHA Óbice significa impedimento, assim não há impedimento para regulação.

De acordo com o art. 5º, XIII da Constituição Federal de 1988, o texto constitucional assegura o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, desde que atendidas as qualificações exigidas em lei. Isso significa que, embora o direito ao trabalho seja garantido, a lei pode estabelecer requisitos, como diplomas ou qualificações específicas, para o exercício de determinadas profissões.

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14
Q

É expressamente assegurado pela Constituição Federal de 1988, no que se refere à atividade de relacionamento institucional e governamental, o direito de petição.

A

CERTO

O enunciado fala sobre um direito relacionado à atividade de relacionamento institucional e governamental, ou seja, um direito que se refere à interação dos cidadãos com o Estado ou com autoridades públicas.

A Constituição assegura, no art. 5º, inciso XXXIV, o direito de petição aos cidadãos, ou seja, a possibilidade de qualquer pessoa pedir ao Estado, seja para a defesa de direitos ou para contestar ações que considere ilegais ou abusivas. Esse direito está intimamente relacionado ao relacionamento institucional e governamental, pois é uma forma de interação direta entre o cidadão e o poder público.

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15
Q

A natureza do delito não pode ser utilizada como critério para a determinação do estabelecimento prisional no qual o condenado deverá cumprir a pena.

A

ERRADO

O enunciado fala sobre a natureza do delito e como ela influencia na determinação do estabelecimento prisional onde o condenado deverá cumprir a pena. A Constituição Federal garante uma série de direitos relacionados ao cumprimento da pena, mas, em relação a este ponto específico, a natureza do delito pode sim ser utilizada como critério, em determinadas circunstâncias.

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16
Q

Decreto governamental que proíba a realização de manifestação pública mediante a utilização de carros aparelhados e objetos sonoros estará em desacordo com a CF, que garante que todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.

A

CERTO

A questão faz referência ao direito de reunião garantido pela Constituição Federal de 1988 (CF). O artigo 5º, inciso XVI, da CF assegura que:

“todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.”

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17
Q

Determinado grupo, de aproximadamente 100 pessoas, planejou de se reunir em praça pública municipal, visando criar associação para combater os desmandos do respectivo prefeito, inclusive utilizando-se de instrumentos judiciais como o mandado de segurança coletivo, já que a agremiação associativa poderia representar seus associados judicialmente. Tomando conhecimento da reunião, o prefeito baixou um decreto determinando: a) a dispersão da reunião e a proibição da criação da associação, alegando ausência de prévia autorização; b) a dissolução de qualquer associação eventualmente criada contrária aos interesses do seu partido.

Acerca dessa situação hipotética, julgue o item seguinte com base nos direitos e garantias fundamentais.

Caso seja efetivamente criada, a entidade associativa terá legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente, independentemente de expressa autorização do filiado.

A

ERRADO

A associação tem legitimidade para representar seus membros, mas ela precisa da autorização dos membros para isso, especialmente em casos judiciais. Isso significa que, se a associação quiser entrar com uma ação na Justiça em nome dos seus associados (como um mandado de segurança coletivo, por exemplo), ela não pode simplesmente fazer isso sem o consentimento dos membros.

Esse consentimento normalmente é dado quando cada membro da associação assina uma autorização, conhecida como procuração. Sem isso, a associação não pode representar judicialmente seus membros de forma legal.

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18
Q

A CF dispensa o mandado judicial para ingresso forçado em residência em caso de flagrante delito, mesmo durante o período noturno.

A

CERTO

O flagrante delito ocorre quando uma pessoa está sendo pega no momento em que comete um crime. Ou seja, se a polícia vê alguém cometendo um crime, ela pode entrar na casa dessa pessoa sem um mandado judicial, pois há o flagrante delito.

O art. 5º, inciso XI, da Constituição ainda garante que, em regra, a entrada forçada em domicílio só pode ocorrer durante o dia, mas há uma exceção: em caso de flagrante delito, a polícia pode entrar na casa mesmo à noite, sem necessidade de mandado judicial. Isso é uma exceção ao princípio da inviolabilidade do domicílio, dado que o flagrante delito é uma situação urgente que justifica a ação imediata das autoridades.

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19
Q

Entre os direitos sociais estão o direito à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à segurança, à previdência social, à proteção à maternidade e à infância, à assistência aos desamparados.

A

Correta.

De acordo com o art. 6º da CF, os direitos sociais incluem o direito à educação, saúde, trabalho, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados. Esses direitos são fundamentais para garantir uma vida digna e são direitos que o Estado deve assegurar a todos os cidadãos.

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20
Q

O princípio da igualdade previsto na CF assegura que homens e mulheres têm direitos e deveres iguais e não podem existir casos em que ocorra diferenciação.

A

Errada.

O princípio da igualdade assegura que homens e mulheres devem ser tratados de maneira igual perante a lei, mas a CF admite algumas diferenciações baseadas em situações específicas. Por exemplo, é permitido tratamento desigual para proteger determinadas classes, como no caso de mulheres grávidas. Ou seja, o princípio da igualdade não impede que, em certos contextos, haja distinções entre homens e mulheres, desde que justificados por razões plausíveis, como a proteção da mulher.

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21
Q

O exercício da cidadania popular deve ser compatibilizado com o funcionamento das instituições democráticas, circunstância que impõe limites às garantias constitucionais de liberdade de manifestação e reunião.

A

CERTO

Embora os direitos de manifestação e reunião sejam garantidos pela Constituição, o seu exercício deve ser compatível com o funcionamento das instituições democráticas, o que implica a necessidade de limites para garantir a ordem pública e a segurança das pessoas.

Portanto, as garantias constitucionais de liberdade de manifestação e reunião são, sim, importantes e protegidas pela Constituição, mas devem ser compatibilizadas com a ordem pública e o funcionamento adequado das instituições democráticas. Limites podem ser impostos, como a exigência de aviso prévio à autoridade competente ou a proibição de interrupção de atividades essenciais (como escolas ou hospitais).

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22
Q

O direito à proteção dos dados pessoais é garantia fundamental, prevista expressamente na CF, dos brasileiros e dos estrangeiros residentes no país.

A

CERTO

  1. Proteção de dados pessoais na Constituição: A Constituição Federal de 1988 não fazia referência direta à proteção de dados pessoais até sua atualização com a Emenda Constitucional nº 115/2022, que introduziu, no artigo 5º, um parágrafo relacionado a esse direito. Essa emenda passou a garantir que:

CF, Art. 5º, LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios digitais

  1. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD): a Lei nº 13.709/2018, conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), regulamenta a forma como os dados pessoais devem ser tratados no Brasil, alinhando o Brasil com normas internacionais, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia (GDPR). A LGPD estabelece obrigações tanto para empresas quanto para o Estado quanto à coleta, armazenamento, uso e compartilhamento de dados pessoais.
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23
Q

Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

A

CERTO

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24
Q

Não haverá pena de banimento.

A

CERTO

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25
Q

Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos serão equivalentes às emendas constitucionais se forem aprovados, em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros.

A

CERTO

Quando aprovado dessa forma, o tratado sobre direitos humanos terá o mesmo peso que uma modificação na Constituição (emenda constitucional), ou seja, passará a fazer parte do texto constitucional brasileiro, com todos os efeitos jurídicos dessa condição.

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26
Q

Suponha que uma pessoa presa em flagrante solicite informações sobre a identidade dos responsáveis por sua prisão. Nessa situação, o fornecimento dessas informações poderá ser recusado, em razão do princípio da inviolabilidade da vida privada.

A

ERRADO

O artigo 5º, que é um dos mais importantes da Constituição, trata dos direitos e garantias fundamentais. Um dos incisos desse artigo, o inciso LXIV, afirma que a pessoa presa tem o direito de ser informada sobre a identidade das pessoas responsáveis pela sua prisão. Isso significa que, quando alguém é preso, essa pessoa tem o direito de saber quem são as autoridades ou agentes responsáveis pela sua detenção e qual a justificativa legal para a prisão. Isso garante transparência e impede abusos de autoridade.

Art. 5º, LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;

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27
Q

Conforme a Constituição Federal de 1988, as pessoas estão autorizadas a fazer tudo desde que a lei não proíba.

A

CERTO

Ela está em conformidade com o princípio da liberdade individual previsto na Constituição. O artigo 5º, que trata dos direitos e deveres fundamentais, garante que os cidadãos têm a liberdade de agir dentro dos limites da lei. Ou seja, tudo o que a lei não proíbe é, em princípio, permitido. Esse princípio é conhecido como “liberdade negativa”, porque ele parte do entendimento de que a pessoa pode fazer o que quiser, desde que a lei não restrinja ou proíba determinada conduta.

28
Q

Conforme a Constituição Federal de 1988, as pessoas não podem ser obrigadas a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de ato normativo legal ou infralegal.

A

Essa alternativa está parcialmente correta, mas não é a melhor resposta. Ela se refere ao princípio da legalidade, que diz que o Estado não pode obrigar o cidadão a fazer ou deixar de fazer algo sem que exista uma norma que preveja tal obrigação. No entanto, o que a questão quer saber é sobre a liberdade do cidadão, que é mais abrangente e garante que o cidadão pode fazer tudo o que não é proibido pela lei, sem precisar de uma permissão expressa.

29
Q

Dada a previsão constitucional de que nenhuma pena passará da pessoa do condenado a outrem, o ordenamento jurídico veda que obrigações de reparação de danos sejam estendidas aos sucessores do condenado.

A

ERRADO

A obrigação de reparar danos pode ser transferida para os herdeiros do condenado, especialmente quando a responsabilidade for de natureza civil (como em casos de danos materiais ou morais).

30
Q

No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá fazer uso de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, ainda que essa utilização não acarrete danos.

A

ERRADO

A indenização é se houver danos!!!

Previsão legal, art. 5º, CF:

XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

31
Q

De acordo com o rol de direitos e deveres individuais e coletivos elencados no art. 5º da Constituição Federal de 1988 (CF), em nenhuma circunstância haverá penas cruéis ou de morte, de caráter perpétuo, de trabalhos forçados ou de banimento.

A

ERRADO

A Constituição Federal proíbe a pena de morte e trabalhos forçados, além de penas cruéis ou banimento, mas há exceções para a pena de morte em tempos de guerra (Art. 5º, XLVII). Logo, a afirmativa está errada ao afirmar que “em nenhuma circunstância” poderia haver penas de morte.

32
Q

De acordo com o rol de direitos e deveres individuais e coletivos elencados no art. 5º da Constituição Federal de 1988 (CF), a definição do estabelecimento prisional onde será cumprida a pena independe do delito, da idade e do sexo do apenado.

A

ERRADO

A definição do local de cumprimento da pena depende, sim, de fatores como sexo, idade e natureza do crime cometido. Por exemplo, mulheres são separadas de homens, e menores infratores são tratados de maneira distinta. Logo, a afirmativa está errada.

33
Q

De acordo com o rol de direitos e deveres individuais e coletivos elencados no art. 5º da Constituição Federal de 1988 (CF), será protegida a livre manifestação do pensamento, inclusa a anônima.

A

ERRADO

O Art. 5º, IV da Constituição garante a liberdade de expressão, mas não garante a manifestação anônima, ou seja, a Constituição protege a liberdade de pensamento e de expressão, mas não de forma anônima. Portanto, a alternativa está errada.

34
Q

De acordo com o rol de direitos e deveres individuais e coletivos elencados no art. 5º da Constituição Federal de 1988 (CF), será ampla a liberdade de associação, independentemente de autorização dos poderes públicos.

A

CERTO

O Art. 5º, XVII da Constituição garante ampla liberdade de associação para fins lícitos, sem exigir autorização prévia dos poderes públicos. Assim, essa alternativa está correta.

35
Q

De acordo com o rol de direitos e deveres individuais e coletivos elencados no art. 5º da Constituição Federal de 1988 (CF), homens e mulheres são absolutamente iguais em direitos e obrigações.

A

ERRADO

A Constituição assegura a igualdade de direitos entre homens e mulheres, mas ela admite diferenciações para a proteção da maternidade e da infância, por exemplo. Logo, a alternativa está errada ao afirmar que são “absolutamente iguais”.

36
Q

As ações afirmativas do Estado na área da educação visam garantir o direito social do cidadão, direito fundamental de segunda geração, e assegurar a isonomia material.

A

CERTO

Pois as ações afirmativas na educação visam garantir o direito social à educação e promover a isonomia material, tratando desigualmente os desiguais para reduzir as desigualdades.

Direitos fundamentais de segunda geração referem-se a direitos sociais, que são aqueles relacionados à melhoria das condições de vida e à promoção da igualdade material, como o direito à educação, à saúde, ao trabalho, à habitação, entre outros. O direito à educação é, sem dúvida, um direito social fundamental, classificado na segunda geração de direitos.

Ações afirmativas são políticas públicas ou medidas que o Estado adota para corrigir desigualdades históricas, visando promover igualdade material.

37
Q

É assegurada a ampla liberdade de associação, independentemente de autorização dos poderes públicos.

A

ERRADO

Pegadinha Ampla no sentido de absoluta!

A Constituição Federal de 1988 assegura a liberdade de associação, mas não de forma absoluta e sem qualquer restrição.

O art. 5º, XVII, da CF/88 garante que todos têm o direito de se associar, desde que a finalidade da associação seja lícita (não contrária à lei). No entanto, a associação para fins ilícitos não será permitida, e as associações devem ser registradas em órgãos competentes, conforme exigências legais.

Portanto, apesar de ser garantida a liberdade de associação, a Constituição estabelece que, em algumas situações, pode ser necessário o registro e cumprimento de requisitos legais específicos, e as associações não podem ter finalidades ilícitas. Dessa forma, a ideia de que a associação é completamente livre e não exige qualquer tipo de autorização ou controle por parte do poder público é incorreta.

38
Q

O direito à imagem preserva os atributos ou predicados da pessoa, atributos esses que a fazem merecedora de apreço no convívio social.

A

ERRADA

O direito à imagem, conforme previsto no art. 5º, X, da Constituição Federal de 1988, protege a imagem pessoal do indivíduo, mas sua fundamentação não está relacionada diretamente aos “atributos ou predicados” que fazem a pessoa merecedora de apreço social. O direito à imagem está mais relacionado ao direito à privacidade e ao controle da própria imagem contra uso indevido, especialmente em situações como exposição pública não autorizada ou a utilização indevida de sua imagem para fins comerciais, por exemplo.

Portanto, o direito à imagem busca proteger a intimidade e a privacidade da pessoa, garantindo que a sua imagem não seja utilizada sem o seu consentimento, independentemente dos atributos ou características que a pessoa possua no contexto social.

39
Q

Considerando-se que o art. 5.º da CF prevê que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, é correto afirmar que aos estrangeiros não residentes no Brasil não se garantem esses direitos.

A

ERRADO

O art. 5º da Constituição Federal de 1988 garante que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Esse dispositivo assegura, portanto, a inviolabilidade dos direitos à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, tanto aos brasileiros quanto aos estrangeiros. A única diferença relevante feita pela Constituição é em relação ao direito de votar e ser votado, que é restrito aos cidadãos brasileiros (natos ou naturalizados) e que, portanto, não se aplica a estrangeiros, mesmo os residentes no Brasil.

40
Q

A imunidade contra a autoincriminação é traduzida como garantia constitucional e consiste no direito de deixar de responder a uma indagação de autoridade pública cuja resposta possa advir ao declarante a imputação de uma infração penal.

A

CERTO

O que é a imunidade contra a autoincriminação?

A imunidade contra a autoincriminação é um direito previsto na Constituição Brasileira que garante que ninguém pode ser forçado a se incriminar ou fornecer provas contra si mesmo.

O inciso LXIII desse artigo diz que “o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; “. Isso significa que, se alguém te perguntar algo que possa te prejudicar, você tem o direito de não responder, sem ser penalizado por isso.

A imunidade contra a autoincriminação é um direito fundamental que protege qualquer pessoa de ser obrigada a fornecer provas contra si mesma. Isso é muito importante porque assegura que você não será obrigado a fazer algo que possa te prejudicar, mantendo a justiça e a proteção individual contra abusos de autoridade.

41
Q

O brasileiro nato só poderá ser extraditado, a pedido de governo estrangeiro que possua tratado de extradição com o Brasil, em razão da prática de crime doloso contra a vida ou tráfico ilícito de entorpecentes cometidos no exterior.

A

Errado.

O brasileiro nato não pode ser extraditado, independentemente do crime cometido. Segundo o art. 5º, inciso LI da Constituição, a extradição de um brasileiro nato é vedada.

A única exceção ocorre com brasileiro naturalizado se ele tiver cometido crime cometido antes de sua naturalização e que envolva atos de terrorismo ou crimes contra os direitos humanos.

CF, art. 5º, LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

42
Q

Um estrangeiro não naturalizado que venha a ser preso em flagrante em território nacional tem legitimidade para impetrar habeas corpus.

A

Correto.

O habeas corpus é um direito fundamental que protege qualquer pessoa contra prisão ilegal ou abusiva, e não depende da nacionalidade da pessoa. Portanto, estrangeiros, mesmo que não naturalizados, podem impetrar habeas corpus se estiverem sendo detidos ilegalmente.

43
Q

Os direitos sociais, consolidados pela CF são classificados como direitos fundamentais de terceira dimensão.

A

Errado.

Os direitos sociais são considerados direitos fundamentais, mas pertencem à segunda dimensão dos direitos humanos, juntamente com os direitos econômicos, sociais e culturais.

A primeira dimensão inclui os direitos civis e políticos (como a liberdade e igualdade), enquanto a terceira dimensão trata de direitos mais coletivos e transnacionais, como direitos ambientais e direitos dos povos.

44
Q

A CF estabeleceu um rol de direitos sociais dos trabalhadores urbanos e rurais, mas não fez referência aos trabalhadores avulsos e os domésticos, que são tratados apenas na legislação ordinária.

A

Errado.

A Constituição de 1988 trata, sim, dos direitos dos trabalhadores avulsos e dos domésticos. O art. 7º da CF faz referência a diversos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, incluindo os domésticos. Eles possuem direitos garantidos pela Constituição, como a admissão à previdência social e direitos trabalhistas.

45
Q

Os direitos fundamentais são personalíssimos, de forma que somente a própria pessoa pode a eles renunciar.

A

Errado.

Embora os direitos fundamentais sejam, em grande parte, personalíssimos, não todos são irrenunciáveis. A Constituição garante a proteção dos direitos fundamentais, mas em algumas situações, a renúncia pode ser permitida, como em certos direitos patrimoniais (por exemplo, direitos de propriedade). Contudo, direitos da personalidade, como a vida, a liberdade e a dignidade, não podem ser renunciados, porque são essenciais para a existência e a proteção do ser humano.

46
Q

Apesar do inegável anseio social, não existe previsão expressa na CF/88 assegurando a todos, no âmbito judicial, a razoável duração do processo.

A

ERRADO

A duração razoável do processo é um direito expressamente garantido pela Constituição Federal. Está prevista no art. 5º, inciso LXXVIII, que estabelece:

“a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.”

A duração razoável do processo é um direito fundamental que busca evitar que as pessoas sejam submetidas a longos e intermináveis processos judiciais.

47
Q

Em sentido jurídico, revolução é o rompimento de uma ordem jurídico-constitucional, que retira a eficácia de uma constituição em vigor, abrindo caminho ao poder constituinte originário para implantar uma nova constituição.

A

CERTA.

A revolução consiste em um dos mecanismos possíveis que ensejam a manifestação do Poder Constituinte Originário.

Poder Constituinte Originário é INICIAL, OU SEJA, ROMPE POR COMPLETO COM A ORDEM JURÍDICA ANTERIOR, iniciando uma nova ordem. No caso da questão, emanou do povo e foi exercido por assembleia democraticamente eleita, originando uma nova Constituição.

É ilimitado, pois, em regra, não encontra balizas no sistema e sim as impõem.

É incondicionado, pois não há formas predefinidas para seu nascimento e exercício.

É autônomo, pois não depende de nenhum outro poder ou norma.

É, ainda, considerado poder poder de fato, instaurando um nova ordem política e jurídica, rompendo com a anterior. Portanto, é pre-jurídico, não se submetendo à nenhuma ordem jurídica e política anterior, mas, sim, instaurando uma nova ordem.

48
Q

O pan-americanismo é rigidamente acolhido como norma de política externa, com a previsão da integração econômica, política, social e cultural de todos os povos do continente, para o progresso da humanidade, com a formação de blocos econômicos e de associações regionais, como o MERCOSUL e a UNASUL.

A

ERRADO.

Não existe acolhimento ao pan-americanismo, tal como dispõe o texto constitucional:

Art. 4º (…)
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

49
Q

Em caso de iminente perigo público, é facultado à autoridade competente do MS utilizar-se de propriedade particular, assegurada ao proprietário do bem utilizado, em caso de dano, posterior indenização.

A

CORRETA.

A questão versa sobre os direitos e garantias fundamentais, trazendo em tela o princípio que trata da requisição administrativa.

A questão está correta, pois nos trouxe exatamente o que está expresso no art. 5º, XXV, da CF/88. Veja:

Art. 5º
(…)
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.

50
Q

A Constituição da República estatui casos de inelegibilidade absoluta e relativa; entre os primeiros, encontram-se os analfabetos, ao passo que o cônjuge de determinados administradores públicos é atingido por uma das modalidades de inelegibilidade relativa.

A

CORRETO.

Ao tratar dos direitos políticos, a questão exige do candidato leitura do texto constitucional. Desse modo, deve-se atentar à leitura do artigo 14, da CF.

“Inelegibilidades absolutas são impedimentos totais para pleitear qualquer cargo eletivo, ou seja, quem se achar em situação de inelegibilidade absoluta não pode concorrer a eleição alguma. Trata-se, contudo, de medida excepcional.” (BULOS, 2014, p. 877).

São absolutamente inelegíveis os inalistáveis, os estrangeiros e os conscritos (cfe. artigo 14, § 2º, da CF), os menores de 16 (dezesseis) anos (cfe. artigo 14, § 1º, inciso I e inciso II, alínea “c”, da CF) e os analfabetos (cfe. artigo 14, § 4º da CF).

Já “Inelegibilidades relativas são restrições específicas a certos tipos de cargos ou funções eletivas. Aqui, ao contrário da inelegibilidade absoluta, os impedimentos reportam-se ao cargo […] e não às características pessoais do candidato […] o cidadão é relativamente inelegível em dado momento. Vínculos funcionais, de parentesco ou até de domicílio inviabilizam a sua candidatura.” (BULOS, 2014, p. 877-878).

São relativamente inelegíveis as figuras que constam do artigo 14, §§ 5º a 9º, da CF. São os casos de inelegibilidade funcional por motivo de reeleição (artigo 14, § 5º, da CF), por motivo de desincompatibilização (artigo 14, § 6º, da CF), inelegibilidade reflexa, decorrente de casamento, parentesco ou afinidade (artigo 14, § 7º, da CF); inelegibilidades militares (artigo 14, § 8º, da CF), e inelegibilidades legais (artigo 14, § 9º, da CF).

51
Q

A Constituição Federal atribui competência à União para legislar sobre licitação e contratação em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos estados, do DF e dos municípios bem como para as empresas públicas e sociedades de economia mista. Como se trata de legislação concorrente, a competência da União limita-se a estabelecer normas gerais, sem exclusão da competência suplementar dos estados, sendo que, enquanto não existia lei federal sobre as normas gerais, os estados podiam exercer a competência legislativa plena para atender a suas peculiaridades.

A

ERRADO.

A competência para estabelecer normas gerais sobre licitações é privativa da União e não concorrente, como diz o enunciado.

DISPOSITIVO LEGAL

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;

52
Q

Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos estados ou territórios federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, ficando dispensada a atuação do Congresso Nacional.

A

ERRADA.

De acordo com a CF/88 em seu art.18 no §3º, a incorporação, subdivisão ou desmembramento, de que trata a redação da questão acima, da-se-á mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

O resultado do plebiscito, quando desfavorável, vincula o Congresso Nacional.

53
Q

A competência da justiça estadual é definida na Lei de Organização Judiciária, e a da justiça federal é definida em lei complementar.

A

ERRADA.

A competência da justiça estadual é definida na Constituição do Estado e a da Justiça Federal definida na Constituição Federal.

54
Q

Se juiz federal, a quem for distribuída determinada ação, entender-se incompetente para julgá-la e remeter os autos ao juiz estadual, este, entendendo que a competência é do juiz federal, deverá suscitar conflito negativo de competência perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A

CERTA.

A assertiva está correta, pois o artigo 105, inciso I, alínea “d”, da CF/1988, estabelece que “Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, “o”, bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos”.

55
Q

A jurisprudência do STF tem por válida a fixação de critérios de concorrência em caráter regional em editais de concurso público, de maneira que, se essa linha de entendimento for seguida, a impugnação a essa exigência editalícia não encontrará amparo no Poder Judiciário.

A

CERTO.

De acordo com o entendimento do STF, o edital de concurso público poderá estabelecer que a classificação seja feita por unidade da federação, ainda que disso resulte que um candidato possa se classificar, em uma delas, com nota inferior ao que, em outra, não alcance a classificação respectiva. Assim, admite-se que a concorrência seja regionalizada.

Portanto, a impugnação a essa exigência editalícia não encontrará amparo no Poder Judiciário.

56
Q

As procuradorias da União e as procuradorias regionais da União, unidades da Advocacia-Geral da União (AGU) com finalidade de execução, são exemplos do mecanismo administrativo da descentralização de competências, que se destina à busca de maior eficiência da atuação estatal.

A

ERRADA.

A assertiva está incorreta, pois não é caso de descentralização, mas sim de desconcentração.

A descentralização diz respeito a distribuição de competência da Administração Direta para a Administração Indireta (empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia, fundação) ou para particulares. O Estado, ao invés de diretamente executar uma função, transfere para outro ente, outra pessoa com personalidade jurídica, seja de direito público ou privado.

57
Q

Segundo a doutrina, para maior eficiência na atuação das agências executivas, estas podem apresentar qualquer forma jurídica legalmente prevista, como atualmente ocorre com agências que têm a natureza jurídica de autarquias, fundações ou empresas públicas

A

ERRADA.

Conforme art. 51 da Lei 9.649/98 e art. 1º do Decreto 2.487/99, agência executiva é uma qualificação dada pelo Poder Executivo à autarquia ou à fundação.

58
Q

A auto-executoriedade do poder de polícia deve ter previsão legal.

A

CORRETA.

De acordo com o entendimento doutrinário, o poder de polícia manifesta-se tanto por atos normativos gerais, quanto por atos concretos, buscando sua validade e eficácia diretamente no princípio da legalidade.

59
Q

No âmbito da legislação concorrente, a competência da União para legislar sobre normas gerais exclui a competência suplementar dos estados.

A

ERRADA.

A questão está incorreta, pois, embora a União legisle de forma geral, nada impede que os Estados, Distrito Federal legisle de forma a complementar a legislação federal, em consonância com essa, visto que cada região possui suas peculiaridades.

60
Q

No Brasil, a não intervenção e a não ingerência em assuntos internos de outras nações estão incorporadas à CF como normas que impedem o país de, sem prévia declaração de guerra, empregar suas Forças Armadas fora do território nacional.

A

ERRADO.

A questão exigia o conhecimento do art. 4º, incisos III e IV, da Constituição Federal (CF/88), bem como da (im)possibilidade de a República Federativa do Brasil (RFB) empregar suas Forças Armadas fora do território nacional sem prévia declaração de guerra.

São princípios que regem a RFB em suas relações internacionais a autodeterminação dos povos e a não-intervenção:

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

[…]
III - autodeterminação dos povos;

IV - não-intervenção;

Assim, em regra, a RFB não intervirá em assuntos internos de outras nações, bem como não se imporá, direta ou indiretamente, na determinação de outros povos.

Todavia, isso NÃO condiciona o emprego das Forças Armadas em outros países apenas às situações de guerra declarada.

Como exemplo, podemos citar o emprego das forças armadas nas chamadas “missões de paz”, como ocorreu em 2004, quando o Brasil chefiou a missão de paz “Missão de Estabilização do Haiti” (MINUSTAH).

61
Q

Considere a seguinte situação hipotética. Em uma pequena cidade brasileira, verificam-se alta taxa de analfabetismo e baixa escolarização da população. As poucas escolas existentes no município mal conseguem atender à demanda da população de crianças e adolescentes por ensino fundamental. Para atender a população de jovens e adultos, o prefeito se propôs a providenciar sala de aula em uma das escolas municipais, desde que a turma se cotizasse para pagar horas extras para um professor da rede municipal. Dispôs-se, inclusive, a contribuir para o pagamento do professor com dinheiro de seu próprio bolso. Nessa situação, ainda que de forma parcial e condicionada, o prefeito agiu corretamente e evitou uma violação aos dispositivos constitucionais.

A

ERRADA

A questão exigiu conhecimento acerca da literalidade do Art. 206º, inciso IVº da CF/1988.

Ela esta errada pois informa que “desde que a turma se cotizasse para pagar horas extras para um professor da rede municipal”, o correto é que não se pode cobrar pelo ensino.

62
Q

O registro civil de nascimento é gratuito para trabalhadores que recebam um salário mínimo como fonte de renda da família.

A

CERTO.

É exatamente o que propõe o art. 5º, LXXVI, alínea “a”, que propõe o direito da gratuidade universal do registro de nascimento aos reconhecidamente pobres.

Vejamos só:

Art. 5º LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:

a) o registro civil de nascimento;

63
Q

O ministro da Saúde pode oficiar ao MP comunicando a existência de dívida de um empresário com a União, para que um dos procuradores da República possa requerer a prisão civil do empresário por um período de até 90 dias.

A

ERRADA.

De acordo com o Art. 5º, LXVII da CF, não existe prisão civil, salvo a do depositário infiel e a do devedor de pensão alimentícia. Aliás, o STF vedou até mesmo a prisão civil do depositário infiel.

Súmula Vinculante 25: “É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito.”

64
Q

A aposentadoria por implemento de idade se aplica aos serviços notariais e de registro, que são realizados por ocupantes de cargos efetivos.

A

INCORRETA.

A questão exige do candidato o conhecimento do artigo 236 “caput” da CF/88.

“Art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público”.

65
Q

A Lei n.º X não padece de inconstitucionalidade formal decorrente de vício de iniciativa, uma vez que a Constituição Federal estabelece que são de iniciativa exclusiva do presidente da República, entre outras, as leis que disponham sobre servidores públicos civis e militares, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, aposentadoria e reforma.

A

ERRADO.

A afirmativa está errada, pois o Presidente da República possui iniciativa privativa (e não exclusiva) para propor projeto de lei que disponha sobre servidores públicos civis e militares, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, aposentadoria e reforma.

Importa ressaltar que a iniciativa privativa pode ser delegada, o que não ocorre no caso da competência exclusiva, que é indelegável.

Vejamos o texto constitucional:

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;

Art. 61. (…) § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:

II - disponham sobre:

c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;

f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.

66
Q

As circunstâncias de o extraditando ser casado com brasileira há mais de cinco anos e de ter filho menor que seja brasileiro e dependente econômico do pai não são impeditivas da extradição, de acordo com a legislação brasileira.

A

CERTA.

É o que dispõe a Súmula nº 421 do STF.

Súmula nº 421. Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado com brasileira ou ter filho brasileiro.

67
Q

Segundo a jurisprudência do STF, é possível o controle de constitucionalidade de normas constitucionais originárias frente às chamadas cláusulas pétreas, de modo a garantir a observância dos princípios constitucionais mais relevantes inscritos nessas cláusulas.

A

ERRADA.

A jurisprudência do STF não admite o controle de constitucionalidade de normas constitucionais originárias frente às chamadas cláusulas pétreas. Um dos princípios basilares da interpretação constitucional é o da unidade da constituição, o qual traduz a ideia de que não há hierarquia entre os dispositivos da carta elabora pelo constituinte originário.