Deck de Questões Flashcards

1
Q

Ainda que, em regra, inexista distinção entre brasileiros natos e naturalizados, o cargo de oficial das Forças Armadas só poderá ser exercido por brasileiro nato.

A

CERTO.

Consoante o art. 12, §2º e 3º da CF, a regra é não existir diferenciação no tratamento dos natos e naturalizados, salvo quando a Constituição expressamente dispuser em sentido oposto. E foi assim que fez no inciso VI do §3º do art. 12, ao definir que o cargo de oficial das forças armadas é privativo de brasileiro nato.

§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.

§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:

VI - de oficial das Forças Armadas.

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2
Q

Dada a previsão constitucional de que nenhuma pena passará da pessoa do condenado a outrem, o ordenamento jurídico veda que obrigações de reparação de danos sejam estendidas aos sucessores do condenado.

A

ERRADA.

A assertiva destoa da previsão do texto constitucional, in verbis:

Art.5º (…)
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

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3
Q

Determinada lei, publicada seis meses antes da data da realização de eleições estaduais, criou hipótese de inelegibilidade para dificultar abuso do poder econômico. É valida e aplicável.

A

ERRADO.

Correto ser lei complementar, mas deve ter 1 ano da publicação para ser válida.

Art. 14. (…)
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.

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4
Q

A condenação de servidor público federal por ato de improbidade administrativa não impede sua candidatura ao cargo de deputado federal, uma vez que tal situação não se inclui entre as hipótese de suspensão de direitos políticos.

A

ERRADO.

Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

Portanto, a condenação de servidor público federal por ato de improbidade administrativa IMPEDE sua candidatura ao cargo de deputado federal, uma vez que tal situação SE INCLUI ENTRE AS HIPÓTESES DE SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS, conforme art. 37, §4º e art. 15, V ambos da CF/88.

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5
Q

O caráter livre e secreto do voto impõe‐se apenas em face do Poder Público.

A

ERRADA.

A questão versou sobre a eficácia dos direitos fundamentais e políticos.

As características de livre e secreto do voto se impõem ao Poder Público e aos PARTICULARES em razão da eficácia horizontal dos direitos fundamentais.

Ou seja, não cabe somente ao Poder Público respeitar o direito ao voto, cabe também aos particulares, razão que torna errada a alternativa.

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6
Q

Além de legitimar a constituição de direito subjetivo público, as normas que preveem direitos sociais podem repercutir sobre a ordem jurídica em geral, dando ensejo a uma expansão direta ou indireta no plano do direito ordinatório.

A

CERTA.

A questão exige conhecimento sobre os direitos sociais no ordenamento jurídico.

Os direitos sociais são direitos subjetivos e de ordem pública dos cidadãos, de modo que podem repercutir em todo o ordenamento.

Ou seja, sua eficácia pode atingir as relações privadas (particular X particular), seja de forma direta ou indireta, razão que torna a questão correta.

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7
Q

A concepção que identifica os direitos fundamentais como princípios objetivos legitima a ideia de que o Estado se obriga a não apenas observar os direitos de qualquer indivíduo em face das investidas do Poder Público, mas também a garantir os direitos fundamentais contra agressão propiciada por terceiros.

A

CERTA.

A questão trata sobre os direitos fundamentais no ordenamento jurídico e sua história.

Observe que os direitos fundamentais devem ser respeitados tanto pelo Estado como pelos cidadãos/particulares.

É por esse motivo que surgiram as teorias da eficácia vertical e horizontal dos direitos fundamentais.

Pela teoria da eficácia vertical a atuação do Estado é limitada, de modo que deve sempre resguardar os direitos fundamentais da pessoa humana. Assim, percebe-se que essa teoria não se explica exclusivamente entre particulares, ela cuida da relação Estado X indivíduo.

A teoria da eficácia horizontal surgiu para que o Estado pudesse, de certa forma, assegurar os direitos fundamentais da vida e liberdade entre os particulares, de modo que não houvesse sopesamento de um direito em detrimento de outro igual. Essa teoria consagra a igualdade entre as pessoas, não havendo hierarquia e existindo o dever dos particulares respeitarem os direitos fundamentais em suas relações.

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8
Q

Na concepção tradicional da teoria dos quatro status de Georg Jellinek, os direitos fundamentais não podem ser considerados como direitos de defesa.

A

ERRADA.

A teoria dos quatro status de Georg Jellinek traz quatro situações em que o indivíduo atua diferente, razão que torna a questão errada, já em uma dessas situações os direitos serão sim considerados como direitos de defesa.

No status ativo o indivíduo pode participar de forma bastante ativa na vontade política/políticas públicas.

No positivo ele apenas tem direito de exigir do Estado suas prestações a fim que essas satisfaçam a necessidade da população.

No status negativo o indivíduo exige do Poder Público uma abstenção/omissão.

E, por fim, no status passivo o indivíduo está subordinado aos ditames estatais.

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9
Q

Os direitos fundamentais não podem ser entendidos, simultaneamente, como direitos subjetivos e como elementos fundamentais da ordem constitucional objetiva.

A

ERRADA.

A questão exigiu conhecimento sobre os conceitos e funções dos direitos fundamentais previstos na Doutrina Constitucional.

Os direitos fundamentais da pessoa humana possuem caráter OBJETIVO e SUBJETIVO, razão que torna a questão errada.

> Na sua dimensão objetiva, ele significa a estrutura de uma nação que adota a democracia. Ou seja, ele é o pilar mais forte da construção de uma sociedade, fazendo com que as normas constitucionais se pautem neles.

> Já na sua dimensão subjetiva, ele significa o direito dos cidadãos de exigirem do Estado/Poder Público o cumprimento deles, ou, ainda, a não violação dos mesmos.

Por essa razão, é correto afirmar que esses direitos são, simultaneamente, direitos subjetivos e elementos fundamentais da ordem.

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10
Q

Na Constituição brasileira vigente, o constituinte reconheceu que os direitos fundamentais são elementos integrantes da identidade da Constituição, não considerando, no entanto, como ilegítimas eventuais reformas constitucionais tendentes a suprimi‐los.

A

ERRADA.

Voga a questão sobre os direitos fundamentais previstos na CF/88.

De fato esses direitos são considerados como elementos da Constituição. Entretanto, também são considerados direito subjetivo do cidadão, isto é, não podem ser suprimidos e aqueles podem recorrer ao Poder Público para sanar irregularidades nesses direito, razão que torna a questão errada.

E não é só, a própria CF/88 afirma que nenhuma proposta de emenda que viole os direitos fundamentais poderá ser objeto de deliberação.

Art. 60…

§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.

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11
Q

Por força da eficácia horizontal dos direitos fundamentais, a liberdade de expressão é oponível mesmo a particulares, garantindo a um jornalista, por exemplo, o direito de contrariar opção editorial do veículo que integra para ver publicada opinião diversa.

A

ERRADO.

A questão cobra um conhecimento essencialmente doutrinário a respeito dos direitos fundamentais. Contudo, tal cobrança é capciosa e temerária, uma vez que o exemplo dado é controverso, havendo margem para discussão do gabarito e resultando em uma questão bastante polêmica.

Em suma, a primeira parte do enunciado está correto, pois os direitos fundamentais, incluindo a liberdade de expressão, tem sua eficácia horizontal reconhecida e são oponíveis a particulares.

O erro se encontra no exemplo dado, isto é, um jornalista não poderia, segundo a banca examinadora, contrariar o editorial do jornal que integra alegando sua garantia a liberdade de expressão, na medida em que há uma relação de emprego, marcada pela subordinação e pela observância de diversos direitos e deveres de ordem contratual.

Há, nesse caso, a ponderação diante da colisão de diferentes princípios, entendendo a banca examinadora que prevalece a autonomia da vontade privada e a livre iniciativa. Assim, o jornalista que assim proceder estará sujeito às penalidades oriundas da quebra dos seus deveres perante o jornal, não podendo alegar em sua defesa o tolhimento de sua liberdade de expressão.

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12
Q

A relatividade é uma característica dos direitos fundamentais, que, na medida em que podem colidir entre si, demandam necessária harmonização que viabilize sua convivência, sem que, contudo, se sacrifique qualquer deles.

A

CORRETO.

A relatividade ou limitabilidade é uma das características dos direitos fundamentais, e consiste na ideia de que os direitos fundamentais não são absolutos, podendo sua aplicação ser mitigada em face da colisão com outro direito fundamental. Assim, um direito fundamental pode ser relativizado para garantir a proteção a outro direito fundamental.

Por exemplo, embora a ordem constitucional garanta o direito à liberdade religiosa, este direito será relativizado ou limitado quando uma prática religiosa envolve sacrifícios humanos, pois deve haver a ponderação entre o direito à liberdade religiosa e o direito à vida.

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13
Q

Os direitos fundamentais de terceira geração guardam relação com os chamados direitos difusos, de que são exemplo um meio ambiente saudável e a paz.

A

CERTO.

Os direitos de 3ª geração/dimensão também denominados de direitos de fraternidade, surgiram diante do reconhecimento da necessidade de se diminuir a desigualdade existente entre os povos das nações ricas e pobres, e segundo o magistério de Nathalia Masson “são direitos que não se ocupam da proteção a interesses individuais, ao contrário, são direitos atribuídos genericamente a todas as formações sociais, pois buscam tutelar interesses de titularidade coletiva ou difusa, que dizem respeito ao gênero humano.”

Estes direitos de fraternidade englobam entre outros direitos o meio ambiente ecologicamente equilibrado, à autodeterminação dos povos, à propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade, à qualidade de vida, os direitos do consumidor e da infância e juventude.

Obs.: Há uma divergência doutrinária quanto à alocação do direito a paz trazido no enunciado da questão. Se este seria um direito de 3ª ou 5ª geração. Alguns autores constitucionalistas como Paulo Bonavides consideram que incluí-lo no rol dos direitos de terceira geração teria se revelado incompleto e lacunoso, sendo mister uma classificação autônoma suficiente a garantir efetividade a um direito de relevante carga axiológica e indispensável a convivência humana como o direito a paz.

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14
Q

São destinatários da proteção conferida pelos direitos fundamentais as pessoas naturais e jurídicas, nacionais e estrangeiras.

A

CORRETO.

De fato, as pessoas naturais e jurídicas, nacionais e estrangeiras, são destinatárias da proteção conferida pelos direitos fundamentais. O texto constitucional afirma que todos são iguais perante a lei, garantindo aos brasileiros e estrangeiros a proteção aos direitos fundamentais.

Inclusive, a doutrina aponta como uma característica dos direitos fundamentais a universalidade, isto é, são universais, destinando-se a todos, em consonância com o princípio da dignidade da pessoa humana.

Obviamente, não quer dizer que tal proteção se dê na mesma intensidade, havendo diferenças na forma de incidência da proteção dos direitos fundamentais. Assim, a pessoa jurídica será protegida pelos direitos fundamentais compatíveis com sua natureza, a exemplo do direito de propriedade, direito à imagem, etc, mas não terá direito à vida porque evidentemente não há vida.

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15
Q

Enquanto os direitos fundamentais traduzem viés declaratório, as garantias possuem caráter instrumental, ou seja, constituem os meios segundo os quais se pretende assegurar os direitos.

A

CORRETO.

Direitos fundamentais são bens jurídicos declarados, isto é, previstos e garantidos, pela norma constitucional, a exemplo do direito à vida, direito à propriedade, etc.

Já garantias são instrumentos por meio dos quais se assegura o exercício de um direito. Por exemplo, o habeas corpus é uma garantia, que instrumentaliza a proteção ao direito de liberdade de locomoção.

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16
Q

No Brasil, a garantia das três primeiras gerações de direitos humanos deu-se na seguinte ordem sequencial e sucessiva: direitos civis, direitos políticos e direitos sociais.

A

INCORRETA.

A primeira geração de direitos humanos já engloba, conjuntamente, direitos civis e políticos, conforme a doutrina internacionalista.

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17
Q

Os direitos civis referem-se à possibilidade de participação do indivíduo no processo eleitoral de sua sociedade.

A

INCORRETA.

Os direitos políticos é que se referem à possibilidade de participação democrática dos cidadãos.

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18
Q

A participação do cidadão no governo é característica dos direitos políticos e o seu exercício consiste na capacidade de fazer demonstrações políticas, de organizar partidos, de votar e de ser votado

A

CORRETA.

As características apontadas são exatamente aquelas que se atribuem aos chamados direitos políticos ou de participação popular.

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19
Q

Os direitos sociais garantem a liberdade e independem da participação do Estado para sua consecução.

A

INCORRETA.

Os direitos sociais dependem de prestações positivas do Estado para sua consecução.

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20
Q

Incorporado ao direito ao desenvolvimento e aos bens comuns da humanidade, o direito ao ambiente sadio integra a segunda geração de direitos humanos.

A

INCORRETA.

O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado integra a chamada terceira geração de direitos humanos.

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21
Q

Segundo a doutrina majoritária, NÃO deve ser reconhecido(a) como uma característica dos direitos fundamentais:

a. Historicidade.
b. Inalienabilidade.
c. Imprescritibilidade.
d. Irrenunciabilidade.
e. Ser absoluto.

A

E
Em regra, os direitos humanos são relativos, ou seja, podem sofrer limitações para adequá-los a outros valores coexistentes no ordenamento jurídico.

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22
Q

No âmbito da Teoria dos Direitos Fundamentais, a dimensão subjetiva dos direitos fundamentais está atrelada, na sua origem, à função clássica de tais direitos, assegurando ao seu titular o direito de resistir à intervenção estatal em sua esfera de liberdade individual.

A

CORRETA.

A dimensão subjetiva é a concepção tradicional, respeitante ao titular poder exigir-lhe o cumprimento, resistindo à intervenção do estado em sua liberdade.

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23
Q

O princípio da proibição de retrocesso social foi consagrado expressamente no texto da Constituição Federal.

A

INCORRETA.

O princípio da proibição do retrocesso social possui previsão implícita na CF.

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24
Q

O poder do Estado é limitado pelo princípio da legalidade e, aos cidadãos, está assegurada a plena garantia e juridicidade dos direitos fundamentais.

A

CORRETO.

O ordenamento jurídico, ao mesmo tempo em que guarnece o Estado com instrumentos necessários à sua ação, protege bens e interesses dos indivíduos contra a intromissão estatal.Os direitos individuais são prerrogativas fundamentais atribuídas aos particulares em face do Estado e de outros particulares, visando à proteção de valores como a vida, a liberdade, a igualdade e a propriedade (MARCELO, Novelino. Curso de Direito Constitucional. 15. ed. Salvador: Ed. Juspodivm, 2020. p. 343).

Dessa forma, os direitos e garantias individuais previstos na Constituição Federal são vistos como uma limitação do poder estatal.

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25
Q

A limitação de direitos individuais, enquanto direitos de hierarquia constitucional, deve se dar por expressa disposição constitucional ou mediante lei promulgada com fundamento imediato na própria Constituição Federal.

A

CERTO.

Para interpretar a questão temos que ter em mente que os direitos individuais NÃO PODEM SER ABOLIDOS, porém, PODEM SER LIMITADOS (pois os direitos individuais não são ABSOLUTOS), como ocorre com o direito de livre exercício profissional (norma de eficácia contida), que pode ser limitado por lei infraconstitucional, a qual, devido a pirâmide Kelsiana, precisa possuir fundamento imediato na própria Constituição Federal, devido sua hierarquia.

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26
Q

A proibição do excesso e da proteção insuficiente são institutos jurídicos ligados ao princípio da proporcionalidade utilizados pelo STF como instrumentos jurídicos controladores da atividade legislativa.

A

CERTA.

Está correta, pois o princípio da proporcionalidade demanda uma justa proteção, não sendo admitida uma proteção excessiva, tampouco uma proteção deficiente, segundo o STF, permitindo que o poder judiciário exerça controle sobre os limites da atividade legislativa (HC 104410 – STF).

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27
Q

A CF traz uma enumeração taxativa dos direitos fundamentais.

A

ERRADO.

A resposta está no Art. 5º, § 2º, da CF:

§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

Assim, a enumeração de direitos feita pela CF NÃO é taxativa, mas sim meramente exemplificativa, ou seja, pode haver outros direitos fundamentais que não estão listados na CF.

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28
Q

Na CF, a classificação dos direitos e garantias fundamentais restringe-se a três categorias: os direitos individuais e coletivos, os direitos de nacionalidade e os direitos políticos.

A

ERRADO.

Na CF, a classificação dos direitos e garantias fundamentais restringe-se a CINCO categorias. São elas:

1) Dos direitos e deveres individuais e coletivos (art. 5º);

2) Dos direitos sociais (art. 6º ao 11);

3) Da nacionalidade (art. 12 e 13);

4) Dos direitos políticos (art. 14 ao 16);

5) Dos partidos políticos (art. 17).

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29
Q

É indiscutível pelo menos a existência de três gerações, as quais se caracterizam, respectivamente, por ter como preocupação fundamental a liberdade, a igualdade e a proteção contra os riscos artificialmente produzidos pelo progresso científico e tecnológico.

A

CERTO

A doutrina segrega os direitos fundamentais em gerações, e a existência de três já é pacífica: primeira geração que realça o princípio da liberdade; segunda geração que realça o princípio da igualdade e terceira geração que realça o princípio da solidariedade (relacionado ao meio ambiente, desenvolvimento, paz).

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30
Q

Os direitos fundamentais estão, na sua integralidade, expresso em seu texto, seja no catálogo existente nos artigos 5º a 17, seja em normas esparsas como, exemplificativamente, os artigos 170, parágrafo único e 225.

A

ERRADO

Os direitos e garantias fundamentais que constam na CF/1988, consistem em rol exemplificativo, outros direitos e garantias podem ser assegurados por outras normas.

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31
Q

Embora os direitos e as garantias fundamentais se destinem essencialmente às pessoas físicas, alguns deles podem ser estendidos às pessoas jurídicas.

A

CERTA.

Como explica Pedro Lenza (2019, p. 1.768):

O caput do art. 5.º faz referência expressa somente a brasileiros (natos ou naturalizados, já que não os diferencia) e a estrangeiros residentes no País. Contudo, a esses destinatários expressos, a doutrina e o STF vêm acrescentando, mediante interpretação sistemática, os estrangeiros não residentes (por exemplo, turistas), os apátridas e as pessoas jurídicas.

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32
Q

Segundo a doutrina majoritária, os direitos fundamentais de terceira geração, também denominados de direitos de fraternidade ou de solidariedade, caracterizam-se por se destinarem à proteção de direitos transindividuais.

A

CERTO.

Os direitos fundamentais são classificados, de acordo com a doutrina, em gerações, sendo fruto de um progresso histórico-social. Nesse sentido, nos ensinam Ricardo Vale e Nádia Carolina que a doutrina majoritária reconhece a existência de três gerações de direitos:

(i) primeira geração - direitos civis e políticos: têm como valor-fonte a liberdade, restringindo a ação do Estado sobre o indivíduo;

(ii) segunda geração - direitos econômicos, sociais e culturais: têm como valor-fonte a igualdade, constituindo obrigações de fazer algo em prol dos indivíduos (prestações positivas), objetivando que todos tenham “bem-estar”;

(iii) terceira geração - direitos difusos e coletivos (transindividuais): têm como valor fonte a solidariedade/fraternidade, transcendendo a órbita dos indivíduos com o objetivo de atingir a coletividade.

Como exemplo dos direitos de 3ª geração, podemos citar: direito ao meio ambiente, do consumidor, ao desenvolvimento, etc.

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33
Q

A seguridade social compreende um conjunto de ações de proteção social custeado pelo Estado, conforme suas limitações orçamentárias, e organizado com base, entre outros objetivos, na irredutibilidade do valor das contribuições.

A

ERRADA.

A seguridade social é custeada pelo Estado em conjunto com a sociedade, e é organizada com base, entre outros objetivos na irredutibilidade do valor dos benefícios (art. 194, caput e inciso IV do parágrafo único, e art. 195, caput, CF).

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34
Q

A previdência social estrutura-se como um sistema não contributivo, sendo os recursos para o financiamento de suas ações provenientes da arrecadação de tributos pelos entes estatais.

A

ERRADA.

A previdência consiste em sistema contributivo (artigo 201, caput, CF).

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35
Q

A dimensão subjetiva da universalidade de cobertura e atendimento do seguro social, relacionada às situações de risco social, adquire não apenas caráter reparador, mas também preventivo.

A

ERRADA.

O caráter preventivo se aproxima mais da dimensão objetiva do princípio da universalidade.

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36
Q

O princípio da equidade, que fundamenta a forma de participação no custeio da seguridade social, está associado aos princípios da capacidade contributiva e da isonomia fiscal.

A

CERTA.

É o entendimento prevalente na doutrina acerca do princípio estabelecido no artigo 194, V, CF.

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37
Q

São considerados direitos fundamentais de primeira geração ou dimensão os relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

A

ERRADA.

São considerados direitos fundamentais da segunda geração ou dimensão.

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38
Q

É livre a manifestação do pensamento, sendo permitido o anonimato.

A

ERRADA.

A questão cobrou o conhecimento do artigo 5º, inciso IV. No entanto, o referido inciso prevê a VEDAÇÃO ao anonimato, vejamos:
Art. 5º (…)
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo VEDADO o anonimato;

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39
Q

Os direitos fundamentais se revestem de caráter absoluto, não se admitindo, portanto, qualquer restrição.

A

ERRADA.

Dentre as características dos direitos e garantias fundamentais encontra-se a Relatividade ou Limitabilidade. Essa característica no informa que não existem direitos fundamentais ABSOLUTOS, ou seja, são direitos relativos, limitáveis, no caso concreto, por outros direitos fundamentais.

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40
Q

As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão do Ministro da Justiça.

A

ERRADA.

A questão cobrou o conhecimento do artigo 5º, inc. XIX. No entanto, o referido inciso prevê que a decisão deve ser JUDICIAL, não do Ministério da Justiça. Ademais, no primeiro caso (dissolução compulsória), exige-se o trânsito em julgado. Vejamos:

Art. 5º (…)
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

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41
Q

O princípio da isonomia, que se reveste de autoaplicabilidade, não é suscetível de regulamentação ou de complementação normativa. Esse princípio deve ser considerado sob duplo aspecto: (i) o da igualdade na lei; e (ii) o da igualdade perante a lei.

A

CORRETA.

O princípio da isonomia é norma constitucional de EFICÁCIA PLENA, possuindo aplicabilidade direta, imediata e integral e aptidão para produzir todos os seus efeitos, independentemente de norma integrativa infraconstitucional.

Em sua essência, este princípio determina que se dê tratamento igual aos que estão em condições equivalentes e desigual aos que estão em condições diversas, dentro de suas desigualdades. Obriga tanto o legislador quanto o aplicador da lei.

O legislador fica, portanto, obrigado a obedecer à (I) “igualdade na lei”, não podendo criar leis que discriminem pessoas que se encontram em situação equivalente, exceto quando houver razoabilidade. Os intérpretes e aplicadores da lei, por sua vez, ficam limitados pela (II) “igualdade perante a lei”, não podendo diferenciar, quando da aplicação do Direito, aqueles a quem a lei concedeu tratamento igual.

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42
Q

A Constituição Federal de 1988 admite a aplicação de pena de banimento.

A

ERRADA.

A questão cobrou o conhecimento do artigo 5º, inc. XLVII, “d”. No entanto, o referido inciso prevê a VEDAÇÃO desse tipo de pena, vejamos:
Art. 5º (…)
XLVII - não haverá penas: (…)
d) de banimento;

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43
Q

As convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovadas em dois turnos, nas duas casas do Congresso Nacional, por dois quintos dos votos dos presentes, serão equiparadas a emendas constitucionais.

A

INCORRETA.

As convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovadas em dois turnos, nas duas casas do Congresso Nacional, por TRÊS QUINTOS DOS VOTOS DOS RESPECTIVOS MEMBROS, dois quintos dos votos dos presentes, serão equiparadas a emendas constitucionais, nos termos do art. 5º, § 3º, da CF/88.

Art. 5º. […]

§ 3º. Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

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44
Q

Em nenhuma hipótese será concedida extradição de brasileiro naturalizado devido à prática de crime comum, de opinião ou político.

A

INCORRETA.

A regra constitucional é a da não extradição dos nacionais. Inicialmente, vale frisar que quanto aos brasileiros natos, não há exceções. De outro lado, admite-se a extradição dos brasileiros naturalizados em duas excepcionais hipóteses: crime comum, praticado antes da naturalização, ou comprovado envolvimento em tráfico de drogas, nos moldes do art. 5º, LI, da CF/88. Cumpre acrescentar que nem os estrangeiros serão extraditados por crime político ou de opinião, conforme art. 5º, LII, da CF/88.

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45
Q

Na tutela dos direitos humanos e das garantias fundamentais, a CF não pode excluir tratados e convenções dos quais o Brasil não faça parte, ainda que não contenham princípios e regimes adotados constitucionalmente.

A

INCORRETA.

Acerca dos direitos humanos e das garantias fundamentais expressos na Constituição Federal, pode-se afirmar que eles não excluem outros que decorram de tratados dos quais o Brasil seja signatário. Ademais, deixa abertura para o reconhecimento dos princípios constitucionais implícitos, nos termos do art. 5º, § 2º, da CF/88.

Art. 5º. […]

§ 2º. Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

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46
Q

As duas casas do Congresso Nacional devem aprovar a indicação dos chefes de missão diplomática de caráter permanente.

A

INCORRETA.

Trata-se de competência privativa do Senado Federal aprovar a escolha de chefes de missão diplomática de caráter permanente, nos moldes do art. 52, IV, da CF/88.

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47
Q

Compete à justiça do trabalho processar e julgar ações oriundas das relações de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo, que são os Estados estrangeiros e as organizações internacionais governamentais.

A

CORRETA.

A justiça do trabalho possui competência constitucional para processar e julgar ações oriundas das relações de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo, que são os Estados estrangeiros e as organizações internacionais governamentais, nos termos do art. 114, I, da CF/88 c/c art. 42 do Código Civil.

CF, art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

CC, art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.

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48
Q

Deve ser utilizada na resolução de casos que envolvam colisão entre direitos fundamentais…

A

Princípio da Proporcionalidade.

A aplicação da regra da proporcionalidade, que, segundo a jurisprudência constitucional alemã, tem estrutura racionalmente definida – análise da adequação, da necessidade e da proporcionalidade em sentido estrito.

De fato, adotando-se a teoria de Alexy, o STF deverá ponderar os direitos em conflito, segundo critérios de proporcionalidade (razoabilidade) que estão em conformidade com a alternativa em análise (vide STF - ADC 9 / DF).

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49
Q

Embora a formulação e a execução das políticas públicas seja uma prerrogativa dos Poderes Legislativo e Executivo, é possível ao Poder Judiciário determinar, excepcionalmente, a sua implementação, quando a omissão da administração pública comprometer a eficácia e a integridade de direitos sociais impregnados de estatura constitucional.

A

CERTA.

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que, em casos emergenciais, é possível a implementação de políticas públicas pelo Judiciário, ante a inércia ou morosidade da Administração, como media assecuratória de direitos fundamentais”. (STF - ARE: 845392 RS , Relator: Min. ROBERTO BARROSO, Data de Julgamento: 09/12/2014, Primeira Turma, Data de Publicação: ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-021 DIVULG 30-01-2015 PUBLIC 02-02-2015)

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50
Q

Os direitos fundamentais não podem ser considerados como concretizações das exigências do princípio da dignidade da pessoa humana, na medida em que há direitos assegurados a pessoas coletivas ou jurídicas que não possuem fundamento nesse princípio.

A

ERRADA.

Os direitos e garantias fundamentais individuais tem por essência a dignidade da pessoa humana e sua proteção contra a ingerência estatal na esfera individual e a demais direitos horizontais que dizem respeito à sua dignidade, relacionando-se diretamente à pessoa humana e não somente ao cidadão brasileiro.

O simples fato de se atribuir certos direito a pessoas coletivas ou jurídicas não lhe exaure a característica de serem a concretização do princípio dignidade da pessoa humana.

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51
Q

De acordo com a teoria dos quatro status de Jellinek, o status negativo consiste na posição de subordinação do indivíduo aos poderes públicos, como detentor de deveres para com o Estado. Assim, o Estado tem competência para vincular o indivíduo, por meio de mandamentos e proibições.

A

ERRADA.

A teoria dos Quatro Status de Jellinek trata das quatro posições em que um indivíduo pode se encontrar diante do Estado, sendo ela, passiva, ativa, negativa ou positiva.

A quarta posição, denominada positiva ou status civitatis, trata da possibilidade de o indivíduo exigir alguma prestação estatal, que, por sua vez, deverá agir em favor do indivíduo atendendo-lhe a demanda, como por exemplo, o direito à educação.

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52
Q

Conforme entendimento do STF, a eficácia dos direitos e garantias fundamentais ocorre apenas e tão somente no âmbito da relação do indivíduo com o Estado, não sendo reconhecida a sua eficácia horizontal, tendo em vista que, nas relações entre particulares, vige o princípio da autonomia da vontade privada.

A

ERRADA.

Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, a eficácia dos direitos e garantias fundamentais também ocorre no âmbito das relações privadas, ou seja, possui eficácia horizontal. (RE 201.819, Redator p/ o acórdão o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 27/10/2006)

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53
Q

Os direitos e garantias fundamentais previstos no texto constitucional não podem ser restringidos pela legislação infraconstitucional, uma vez que estão incluídos no rol das cláusulas pétreas.

A

ERRADA.

Não existe direito fundamental absoluto, sendo perfeitamente possível a sua restrição por meio de legislação infraconstitucional, desde que observado os princípios constitucionais. Podemos citar por exemplo o cidadão que tem o seu direito à liberdade (previsto no artigo 5o da CF) limitado em caso de condenação criminal por força de legislação infraconstitucional.

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54
Q

São direitos de primeira geração: direitos civis e políticos

A

CERTO

A primeira geração dos direitos fundamentais diz respeito àqueles direitos e garantias que buscam resguardar o indivíduo face ao poder do Estado, e consubstanciam-se nos direitos civis e políticos: vida, liberdade, igualdade etc., positivados no ordenamento pátrio no caput do art. 5º da CF/88:

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes […]”.

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55
Q

São direitos de segunda geração: direitos econômicos, sociais e culturais.

A

CERTO.

A segunda geração dos direitos fundamentais é aquela correspondente aos direitos sociais, econômicos e culturais. Há um movimento de inversão: ao passo que os direitos de primeira geração possuíam uma dimensão negativa - é dizer, um não fazer do Estado, o que busca estabelecer uma igualdade formal entre os sujeitos -, os direitos de segunda geração possuem dimensão positiva, de modo que o sujeito passa a ser credor de prestações a serem satisfeitas pelo Estado, no intuito de alcançar uma igualdade material entre os cidadãos. Foram positivados no ordenamento pátrio no art. 6º da CF/88:

“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.”

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56
Q

O direito fundamental à vida é hierarquicamente superior a todos os demais direitos humanos, estejam eles previstos na CF ou na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

A

ERRADO.

Não há hierarquia entre os direitos fundamentais pelo princípio da unidade da Constituição, contudo, se houver conflito a solução é pela ponderação no caso concreto.

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57
Q

“Há muitos tipos de agressão e é um problema contínuo e social.” A palavra em destaque é grafada com “ss” pois é substantivo derivado de verbo terminado em “gredir”.

A

CORRETA

O item está correto, porque a regra estabelece que o “ss” é utilizado em substantivos derivados de verbos com as finalizações “gredir”, “mitir”, “ceder” e “cutir”, por exemplo, progredir – progressão; demitir – demissão; conceder – concessão; discutir – discussão. Além disso, o “ss” sempre aparece entre vogais, ou seja, a duplicação da consoante ocorre para preservar o som de /s/ quando está antes de vogal (sábado) ou entre consoante e vogal (eclipse).

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58
Q

“Sempre que possível, faça uma limpeza interior.” A palavra em destaque é grafada com “z” pois é um substantivo abstrato derivado de adjetivo.

A

CORRETA

O item está correto, pois a letra “z” é utilizada nos seguintes casos:

derivados terminados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito e -zita: cafezal, cafezeiro, cãozinho, florzinha, cãozito, avezita…

derivados de termos cujo radical termina em “z”: cruzeiro (cruz), enraizar (raiz);

verbos formados com o sufixo -izar e palavras cognatas: civilizar, civilização;

substantivos abstratos terminados em -eza, formados a partir de adjetivos e que denotem qualidade física ou moral: pobreza (pobre), frieza (frio), limpeza (limpo).

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59
Q

“Sejam todos bem vindos ao grande espetáculo da noite!” A palavra em destaque é grafada com hífen desde a alteração do Novo Acordo Ortográfico.

A

INCORRETA

O item está incorreto, porque, apesar de a regra estabelecer que o hífen deve ser empregado nos compostos que apresentem os advérbios “bem” e “mal” quando estes formam com o elemento que se lhes segue uma unidade sintagmática e semântica e tal elemento começa por vogal ou “h”, também existe uma regra que diz que o advérbio “bem”, ao contrário do advérbio “mal”, pode não se aglutinar com palavras começadas por consoante, a exemplo do termo analisado, que deve ser grafado com hífen (bem-vindo). Veja alguns exemplos das várias situações: bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado; mal-afortunado, mal-estar, mal-humorado; bem-criado (malcriado), bem-ditoso (malditoso), bem-falante (malfalante), bem-mandado (malmandado), bem-nascido (malnascido), bem-soante (malsoante), bem-visto (malvisto).

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60
Q

“É possível que os noivos viajem e façam a viagem de seus sonhos.” Os vocábulos em destaque são grafados com “j” e “g” porque são compostos por um verbo e um substantivo, respectivamente.

A

CORRETA

O item está correto, porque, enquanto substantivo, o termo “viagem” é escrito com “g”, já enquanto verbo, o termo é escrito “viajar” (presente do subjuntivo) é com “j”.

Detalhando um pouco mais, sobre o emprego da letra “g”, a primeira regra é que a origem da palavra deve ser considerada. Sobre as demais regras, devem ser escrito com “g”:

os substantivos finalizados em -agem, igem e -ugem: viagem, origem, ferrugem…;

as palavras finalizadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: pedágio, colégio, prestígio, relógio, subterfúgio…;

palavras derivadas de outros termos escritos com “g”: paisagista (paisagem), massagista (massagem), mensageiro (mensagem).

Sobre o emprego da letra “j”, a primeira regra também é que a origem da palavra deve ser considerada. Sobre as demais regras, devem ser escrito com “j”:

palavras derivadas de outros termos terminados em -ja: laranjeira/laranja, lojeiro/loja…

as conjugações dos verbos terminados em -jar e -jear: arranje (arranjar), sacolejo (sacolejar), pajeio (pajear)…;

palavras cognatas ou derivadas de outras grafadas com “j”: jeito = jeitoso, jeitinho, ajeitar…;

termos de origem tupi-guarani ou africana: canjica, jiló, jequitibá…

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61
Q

Está correto a grafia de: super-homem, sobrenatural, cosseno.

A

CORRETA

super-homem: a regra estabelece que o hífen deve ser empregado nas formações em que o segundo elemento começa por “h”: anti-higiênico, circum-hospitalar, co-herdeiro, contra-harmônico, extra-humano, pré-história, sub-hepático, super-homem, ultra-hiperbólico; arqui-hipérbole, eletro-higrómetro, geo-história, neo-helênico, pan-helenismo, semi-hospitalar.

sobrenatural: a regra estabelece que o hífen só deve ser utilizado nas formações com prefixos ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-… quando o segundo elemento começa por “h”, o que não é o caso do termo apresentado.

cosseno: a regra estabelece que não se utiliza hífen nas formações em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por “r” ou “s”. Além disso, as consoantes “r” e “s” devem se duplicar nesses casos.

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62
Q

Está correto a grafia de: cooperador, coexistente, agroindustrial.

A

CORRETA

cooperador e coexistente: nas formações com o prefixo “co-”, o prefixo aglutina-se, em geral, com o segundo elemento mesmo quando iniciado por “o”: coobrigação, coocupante, coordenar, cooperação, cooperar…

agroindustrial: esse é um caso que foge à regra, ou seja, há duas formas corretas de escrever tal termo: agro-industrial e agroindustrial.

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63
Q

Está correto a grafia de: anti-inflacionário, pan-americano, autoescola.

A

CORRETA

anti-inflacionário: utiliza-se o hífen nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento: anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, supra-auricular; arqui-irmandade, auto-observação, eletro-ótica, micro-onda, semi-interno.

pan-americano: utiliza-se o hífen nas formações com os prefixos “circum-” e “pan-”, quando o segundo elemento começa por vogal, “m” ou “n” (além de “h”): circum-escolar, circum-murado, circum-navegação; pan-africano/pan-americano, pan-mágico, pan-negritude.

autoescola: utiliza-se o hífen nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente: antiaéreo, coeducação, extraescolar; aeroespacial, autoestrada, autoescola, autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico, plurianual…

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64
Q

Está correto a grafia de: girassol, hiper-ativo, recém-casado.

A

INCORRETA

girassol: em “girassol”, uma nova palavra foi formada a partir de duas outras palavras: “girar” e “sol”. Note que houve perda de fonema (composição por aglutinação) e, nesses casos, o hífen não é utilizado.

Se o sentido dos termos que compõem a palavra se perde, diz-se que o termo não tem noção de composição, uma vez que o sentido da composição final é mais relevante que os componentes dos termos que compõem a palavra, por exemplo, “girassol”, cujo significado se aproxima mais do sentido “flor” do que dos termos “girar” e “sol”.

Então, temos que, se o significado dos termos que formam a composição for mais relevante que o significado do termo formado a partir dessa composição, trata-se de composição com noção de composição. Por outro lado, se o significado da palavra formada pela composição for mais relevante que o significado das palavras que formam essa composição, teremos uma composição sem noção de composição.

hiperativo: a regra estabelece que o hífen só deve ser utilizado nas formações com prefixos ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-… quando o segundo elemento começa por “h”, o que não é o caso do termo apresentado.

recém-casado: o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa determina o emprego do hífen nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem: além-Atlântico, além-mar, além-fronteiras; aquém-mar, aquém-Pirenéus; recém-casado, recém-nascido, recém-casado; sem-cerimônia, sem-número, sem-vergonha.

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65
Q

A Comissão de Ética Pública (CEP) será integrada por sete brasileiros que preencham os requisitos de idoneidade moral, reputação ilibada e notória experiência em administração pública, designados pelo presidente da República, para mandatos de três anos, não coincidentes, permitida uma única recondução.

A

CERTO

O Decreto 6.029/2007 instituiu o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal com a finalidade de promover atividades que dispõem sobre a conduta ética no âmbito do Executivo Federal. De acordo com o artigo 1º do referido Decreto, compete ao Sistema (i) integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a ética pública; (ii) contribuir para a implementação de políticas públicas tendo a transparência e o acesso à informação como instrumentos fundamentais para o exercício de gestão da ética pública; (iii) promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a compatibilização e interação de normas, procedimentos técnicos e de gestão relativos à ética pública, e; (iv) articular ações com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos de incentivo e incremento ao desempenho institucional na gestão da ética pública do Estado brasileiro.

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66
Q

No âmbito de órgãos e entidades da administração pública federal direta, indireta autárquica e fundacional, as comissões de ética poderão aplicar aos servidores públicos, quando pertinente, a pena de censura.

A

CERTO

O item XVI do Decreto 1171/1994 prevê a criação em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, de uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura.

Fato é que ao fim dessa apuração pode ser aplicada para o servidor a pena de censura, como já indicado no item XVI e reforçado no item XXII, segundo o qual a pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

Enquanto outras penalidades como destituição, demissão, advertência e suspensão podem ser aplicadas em processos disciplinares mais formais, gerenciados por instâncias administrativas distintas e com base em legislação específica (como a Lei nº 8.112/1990, no caso de servidores públicos federais), a censura é a penalidade diretamente associada à atuação das Comissões de Ética, conforme delineado no Decreto 1171/1994 e reforçado pelo Decreto 6029/2007.

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67
Q

De acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto n.º 1.171/1994), é dever fundamental do servidor público abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei.

A

CERTO

O item XIV do Decreto, que estabelece como dever fundamental do servidor público a abstenção de exercer suas prerrogativas funcionais com finalidades alheias ao interesse público. Essa norma sublinha a premissa de que a ética na função pública transcende a mera observância da legalidade, focando no compromisso com o bem comum.

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68
Q

De acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto n.º 1.171/1994), é dever fundamental do servidor público comunicar a seus superiores hierárquicos, no prazo de 24 horas, todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público.

A

ERRADO

Embora o decreto enfatize a importância da comunicação de atos contrários ao interesse público (conforme a alínea “m” do item XIV), ele não especifica um prazo de 24 horas para tal comunicação. A inclusão de um prazo específico não consta no texto do decreto, tornando esta opção incorreta.

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69
Q

Nos termos do Decreto n.º 1.171/1994, são penalidades disciplinares aplicáveis ao servidor público pela comissão de ética a advertência, a suspensão, a demissão, a cassação de aposentadoria ou disponibilidade, a destituição de cargo em comissão e a destituição de função comissionada.

A

ERRADO

O item XVI do Decreto 1171/1994 prevê a criação em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, de uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura.

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70
Q

Os órgãos e as entidades da Administração Pública federal darão tratamento prioritário às solicitações de documentos necessários à instrução dos procedimentos de investigação instaurados pelas comissões de ética.

A

CERTO

De fato, está correta a assertiva segundo a qual os órgãos e as entidades da Administração Pública federal darão tratamento prioritário às solicitações de documentos necessários à instrução dos procedimentos de investigação instaurados pelas comissões de ética.

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71
Q

O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação.

A

CERTO

Colaboração no sentido de promoção.

O item reflete corretamente os princípios descritos nas regras deontológicas do Decreto n.º 1.171/1994, especificamente no ponto XIII das Regras Deontológicas. Este ponto salienta a importância da harmonia no ambiente de trabalho, do respeito mútuo entre colegas e do tratamento digno a todos os cidadãos por parte dos servidores públicos. A afirmação destaca que, ao agir desta maneira, o servidor não apenas contribui para uma atmosfera de colaboração e respeito mútuo, mas também aproveita a oportunidade única que sua posição lhe oferece para contribuir para o crescimento e o engrandecimento da nação.

Essa abordagem está alinhada com o objetivo maior do Decreto, que é promover uma cultura de ética e integridade no serviço público, garantindo que as ações dos servidores públicos reflitam os valores éticos fundamentais e promovam o bem comum. Ao enfatizar a importância da colaboração e do respeito mútuo, o Decreto reconhece que a eficácia do serviço público depende não apenas do cumprimento de deveres formais, mas também da criação de um ambiente de trabalho positivo e da promoção de relações construtivas entre servidores públicos e com a sociedade em geral.

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72
Q

É vedado ao servidor público o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem.

A

CERTO

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73
Q

É vedado ao servidor público prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam; salvo em situações onde haja falta de empatia entre as partes.

A

ERRADO

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74
Q

É vedado ao servidor público alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências.

A

CERTO

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75
Q

É vedado ao servidor público desviar servidor público para atendimento a interesse particular.

A

CERTO

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76
Q

É dever fundamental do servidor prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente.

A

CERTO

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77
Q

É dever fundamental do servidor público trabalhar em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão.

A

CERTO

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78
Q

Quando do atendimento ao usuário do serviço público, deve o servidor observar os princípios da regularidade, continuidade, efetividade, segurança, atualidade, generalidade, transparência e cortesia.

A

CERTO

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79
Q

Uma das diretrizes do atendimento ao usuário do serviço público que deve ser observada pelo servidor é cumprir os prazos e as normas procedimentais.

A

CERTO

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80
Q

A divisão dos serviços e das competências da Administração Pública nas Secretarias da Cultura, da Comunicação Social, da Fazenda, entre outras, como ocorre no Governo do Maranhão, é chamada de desconcentração administrativa.

A

CERTO

● Centralização → é quando o ente público presta os serviços por meio de seus órgãos e agentes integrantes da administração direta; os serviços são prestados por órgãos despersonalizados integrantes da própria entidade política. Exemplo: serviços prestados por ministérios, secretarias estaduais/municipais ou órgãos subordinados.

● Descentralização → é quando a entidade opta por transferir para terceiro a competência para determinada atividade; desdobra-se em descentralização política e descentralização administrativa.

⚬ descentralização política → envolve a distribuição de competência previstas na Constituição; seria o caso, por exemplo, de determinado Estado executar competências previstas na própria Carta da República. Assim, esse tipo de descentralização decorre da Constituição Federal, é uma repartição de competências entre União, Estados/DF e Municípios.

● Desconcentração: ocorre exclusivamente dentro de uma mesma pessoa jurídica; cuida-se de uma ferramenta para distribuir competências internamente, simplificando e acelerando a prestação do serviço. Por meio dela, originam-se os órgãos públicos. Diferentemente da descentralização, que há a figura da vinculação/ausência de hierarquia, na desconcentração há hierarquia e, portanto, subordinação.

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81
Q

Autarquias são entidades integrantes da Administração Indireta, que decorrem de uma descentralização administrativa por outorga, serviços, técnica ou funcional.

A

CERTO

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82
Q

Autarquia faz parte da Administração Indireta federal e ostenta personalidade jurídica de direito privado.

A

ERRADO

Embora a autarquia faça parte da administração indireta, ela possui personalidade jurídica de direito público, não de direito privado. A natureza jurídica pública implica que suas atividades são regidas por normas de direito público.

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83
Q

Autarquia é pessoa jurídica de direito público e foi criada por lei específica.

A

CERTO

Autarquia é pessoa jurídica de direito público e foi criada por lei específica. As autarquias são entidades que fazem parte da administração indireta e possuem personalidade jurídica de direito público. Elas são criadas por lei específica, o que garante sua existência e define suas atribuições e competências. A natureza pública dessas entidades significa que elas exercem atividades típicas do Estado, com autonomia administrativa e financeira, mas sempre voltadas para o interesse público.

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84
Q

Autarquia exerce atividades de inegável interesse público, apesar de ser pessoa jurídica de direito privado.

A

ERRADO

Autarquias são pessoas jurídicas de direito público, não de direito privado. A distinção entre direito público e privado é fundamental para entender a forma como essas entidades operam e são regulamentadas.

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85
Q

As agências reguladoras são entidades da administração pública indireta criadas com o objetivo de regular, fiscalizar e controlar setores específicos da economia e serviços públicos.

A

CERTO

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86
Q

A desconcentração é a distribuição de competências dentro de uma mesma pessoa jurídica, ou seja, dentro de um mesmo ente administrativo.

A

CERTO

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87
Q

As agências reguladoras são autarquias dotadas de um regime jurídico especial que lhes confere maior autonomia para a realização de suas funções regulatórias e fiscalizatórias.

A

CERTO

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88
Q

As agências reguladoras exercem funções de regulação, fiscalização e controle.

A

CERTO

De fato, as agências reguladoras exercem funções de regulação, fiscalização e controle dos setores econômicos e serviços públicos que lhes são atribuídos. Essas funções incluem a criação de normas técnicas, a fiscalização do cumprimento dessas normas e a aplicação de sanções em caso de descumprimento.

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89
Q

Nas sociedades de economia mista existem acionistas públicos e privados, contudo, o Poder Público sempre deve deter o controle acionário.

A

CERTO

Realmente, nas sociedades de economia mista, o controle acionário deve ser sempre do Poder Público, o que significa que o Estado deve deter a maioria das ações com direito a voto, garantindo assim a influência decisiva na gestão da empresa.

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90
Q

Somente por meio de lei em sentido estrito é possível a criação, a extinção e a estruturação dos órgãos públicos.

A

A criação e a extinção de órgãos públicos, quando não implicam aumento de despesas ou criação/extinção de cargos, podem ser realizadas por meio de decreto do Presidente da República, conforme estabelecido no ordenamento jurídico brasileiro.

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91
Q

O regime jurídico aplicável às autarquias contempla prerrogativas de pessoa jurídica de direito público, incluindo a impenhorabilidade de seus bens e submissão ao regime de precatórios.

A

CERTO

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92
Q

As organizações sociais são definidas como pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, criadas por particulares, para desempenhar serviços públicos não privativos do Estado.

A

CERTO

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93
Q

Na organização administrativa do Estado, a espécie de desconcentração que utiliza como critério para repartição de competências a relação de subordinação entre os diversos órgãos é conhecida como funcional.

A

CERTO

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94
Q

Consórcio público é a pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação, criada na forma da lei, para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse comum, constituída como associação pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos.

A

CERTO

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95
Q

A administração indireta é o conjunto de pessoas jurídicas de Direito Público ou Privado criadas por lei ou mediante autorização legal, pelo Estado, para a consecução dos fins estatais.

A

CERTO

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96
Q

Por Administração Indireta entende-se que a realização de atividade, serviços públicos ou exploração de atividade econômica ocorre por intermédio de entidades criadas pelo Estado, para desempenhar, atividades que, prioritariamente, são estatais.

A

CERTO

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97
Q

A Administração Direta compreende as pessoas políticas que integram a Federação, com personalidade jurídica de Direito Público.

A

CERTO

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98
Q

A Administração Direta consiste no conjunto de pessoas que recebem diretamente da Constituição da República suas competências políticas e administrativas: a União, os Estados, os municípios e o Distrito Federal.

A

CERTO

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99
Q

Pela teoria da institucionalização, determinados órgãos públicos, não obstante não tenham personalidade jurídica própria, em virtude de sua atuação, podem ganhar vida própria, por conta de sua história existencial, como é o caso do Exército Brasileiro.

A

CERTO

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100
Q

A função administrativa é realizada de forma centralizada quando ela é desempenhada diretamente pela própria entidade estatal, por meio de seus vários órgãos e agentes públicos.

A

CERTO

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101
Q

A descentralização se apresenta como um modelo de gestão destinado a mitigar o exercício da função administrativa, permitindo a um ente público exercer sua atividade por meio de um órgão público subordinado, desde que este tenha uma especialização de caráter público.

A

ERRADO

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102
Q

Na descentralização se verifica uma divisão interna de competências ou funções, no interior do próprio Estado ou dos órgãos ou repartições administrativas criadas pelo próprio poder estatal.

A

ERRADO

Não se trata do conceito de descentralização, mas sim, do de desconcentração! É a desconcentração que endossa uma divisão interna de competências ou funções, no interior do próprio Estado ou dos órgãos ou repartições administrativas criadas pelo próprio poder estatal, com o fito de aumento de eficiência.

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103
Q

Trata-se de entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.

A

Empresas Públicas

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104
Q

A administração direta é formada por autarquias, empresas púbicas, sociedades de economia mista e fundações públicas.

A

ERRADO

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105
Q

Os órgãos da administração pública indireta possuem personalidade jurídica própria, bem como necessitam de lei específica para serem criados.

A

CERTO

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106
Q

A administração direta é quando o Estado executa tarefas diretamente, por meio de seus órgãos internos.

A

CERTO

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107
Q

A administração pública indireta é constituída dos serviços atribuídos a pessoas jurídicas diversas da União, de direito público ou de direito privado, vinculadas a um órgão da administração direta, mas administrativa e financeiramente autônomas.

A

CERTO

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108
Q

O Órgão Composto faz parte da estrutura da administração pública direta e reúne em sua estrutura, diversos órgãos menores subordinados hierarquicamente.

A

CERTO

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109
Q

São consideradas entidades da Administração Indireta a Autarquia, a Empresa Pública, a Sociedade de Economia Mista e as Fundações Públicas.

A

CERTO.

Exatamente. São entidades da Administração Indireta:

● Autarquias;
● Empresas Públicas;
● Sociedades de Economia Mista;
● Fundações Públicas.

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110
Q

A fundação deve possuir como escopo a realização de atividades de cunho educacional, cultural, social, tais como, assistência social, saúde, cultura e educação.

A

CERTO.

De fato, como vimos, a fundação é patrimônio, total ou parcialmente público, dotado de personalidade jurídica de direito público ou privado e destinado, por lei, ao desempenho de atividades do Estado de ordem social, com capacidade de autoadministração e mediante controle da Administração Pública, nos limites da lei.

Dessa forma, por possuírem em seu escopo atividades de ordem coletiva/social, abrange áreas de cunho educacional, cultural, social, tais como, assistência social, saúde, cultura e educação.

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111
Q

Agência reguladora é um qualificativo outorgado às fundações ou autarquias, que continuam a exercer atividades de competência exclusiva do Estado, mas com maior autonomia financeira e gerencial.

A

ERRADO.

Cuida-se do conceito de Agência Executiva. Lembre-se:

● Agência Reguladora → apenas autarquias;

● Agência Executiva → autarquias ou fundações públicas.

Recordando, agências executivas derivam de qualificação dada a autarquias ou fundações públicas que firmam contrato de gestão com a Administração Pública para melhorar sua eficiência. Para tanto, contam com mais autonomia financeira e administrativa.

Agências reguladoras, por seu turno, são autarquias em regime especial, com funções regulatórias e de fiscalização sobre atividades econômicas ou serviços públicos. Recebem esse atributo da própria lei que as instituem.

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112
Q

Consideram-se sociedades de economia mista, com a participação de particulares e do Poder Público no seu capital, as pessoas jurídicas de direito privado, criadas para a realização de atividade econômica de interesse público.

A

CERTO.

É isso mesmo. Sociedades de economia mista admitem particulares em seu capital (exemplo: Petrobrás). Tome muito cuidado: o capital social das empresas públicas é integralmente do poder público; essa diferença em relação à sociedade de economia mista despenca em provas de concursos. Ademais, essas sociedades são dotadas de personalidade jurídica de direito privado, autorizadas por lei para desempenharem atividade econômica de interesse público.

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113
Q

As autarquias, as empresas públicas e as organizações sociais podem ser qualificadas como Agências Executivas.

A

INCORRETO.

Opa! Nosso gabarito. Assertiva incorreta. Vimos que a qualificação de agência executiva é dada somente a autarquias e fundações públicas. É errado dizer, portanto, que pode ser conferida essa qualificação a empresas públicas e organizações sociais.

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114
Q

A qualificação de agências executivas se dá por meio de requerimento dos órgãos e das entidades que prestam atividades exclusivas do Estado e se candidatam à qualificação.

A

CERTO.

É isso aí. A iniciativa não parte do Presidente da República, mas sim, das próprias autarquias ou fundações públicas.

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115
Q

O Poder Executivo deve estabelecer medidas de organização administrativa específicas para as Agências Executivas, com o objetivo de assegurar a sua autonomia de gestão, bem como as condições orçamentárias e financeiras para o cumprimento dos contratos de gestão.

A

CERTO.

Com a qualificação à Agência Executiva, confere-se maior autonomia financeira e gerencial para o cumprimento dos termos acordados em contrato de gestão. O fito de tal qualificação é a melhora na eficiência da prestação do serviço público. Então, sim, o Poder Executivo deve estabelecer medidas de organização administrativa específicas para as Agências Executivas, com o objetivo de assegurar a sua autonomia de gestão, bem como as condições orçamentárias e financeiras para o cumprimento dos contratos de gestão.

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116
Q

A qualificação como Agência Executiva deve ser dada por meio de decreto do Presidente da República.

A

CERTO.

Exatamente. A qualificação de Agência Executiva deve ser dada por meio de decreto do Presidente da República. É diferente do caso da Agência Reguladoras, em que a própria lei instituidora traz essa qualificação. Logo, internalize o seguinte:

● Agência Executiva → qualificação dada a autarquias ou fundações públicas pelo Presidente da República via decreto.

● Agência Reguladora → qualificação dada pela própria lei instituidora a autarquias (fundações não recebem essa qualificação, cuidado!)

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117
Q

Para fins de apuração do comprometimento ético, servidor público é todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços, desde que mediante retribuição financeira, a qualquer órgão do poder estatal ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

A

ERRADO

Esta afirmativa é incorreta conforme o Capítulo II, item XXIV, que define servidor público de forma mais abrangente, incluindo aqueles que prestam serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, remunerada ou não, desde que ligados direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal.

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118
Q

À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público.

A

CERTO

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119
Q

Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

A

CERTO

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120
Q

A distinção entre o bem e o mal é suficiente para se verificar a moralidade da Administração Pública.

A

ERRADO

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121
Q

A concessão de benefício fiscal sem a observância das formalidades legais aplicáveis à espécie constitui ato de improbidade administrativa que importa em enriquecimento ilícito.

A

ERRADO

De acordo com o artigo 10, inciso VIII, da Lei de Improbidade Administrativa, essa conduta caracteriza atos de improbidade administrativa que causam prejuízo ao Erário!

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122
Q

Em regra, os diretores da pessoa jurídica de direito privado respondem pelo ato de improbidade que venha a ser imputado à pessoa jurídica.

A

ERRADO

Isso porque o artigo 3º, parágrafo 1, da Lei de Improbidade Administrativa diz que os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de pessoa jurídica de direito privado não respondem pelo ato de improbidade que venha a ser imputado à pessoa jurídica, salvo se, comprovadamente, houver participação e benefícios diretos, caso em que responderão nos limites da sua participação.

Isso significa que os sócios, cotistas, diretores e colaboradores não são responsáveis automaticamente pelos atos de improbidade da empresa.

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123
Q

As infrações previstas na Lei n.º 12.846/2013 prescrevem em cinco anos contados da data da ciência da infração ou, na hipótese de infração permanente ou continuada, do dia em que a infração tiver cessado.

A

De acordo com o artigo 25 da Lei 12.846/2013, prescrevem em 5 (cinco) anos as infrações previstas nessa Lei, contados da data da ciência da infração ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado. Isso significa que, uma vez que a pessoa jurídica tome conhecimento de uma infração cometida, ela tem um prazo de cinco anos para que a ação de responsabilização seja iniciada. Caso não haja uma ação iniciada dentro desse prazo, a infração não poderá mais ser punida pela aplicação das sanções previstas na lei.

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124
Q

Além do dever de observar atributos como a verdade, o sigilo, a disciplina e a moralidade, o agir ético no setor público abrange o zelo material ao patrimônio público.

A

CERTO

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125
Q

São exames médicos obrigatórios: Admissional, Periódico, De retorno ao trabalho, De mudança de riscos ocupacionais, Demissional.

A

CERTO

A) Admissional: antes de assumir funções.

B) Periódico: depende dos riscos ocupacionais do PGR.

C) De retorno ao trabalho: antes que reassuma, quando ausente por 30 dias ou mais, ou doença ou acidente (ocupacional ou não).

D) De mudança de riscos ocupacionais.

E) Demissional: até dez dias do término do contrato, podendo ser dispensado se foi realizado exame clínico ocupacional há menos de 135 dias (graus de risco 1 e 2) ou 90 dias (graus de risco 3 e 4).

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126
Q

A classificação de Schilling tem 3 graus relacionando a patologia e o trabalho - causa e efeito.

A

CERTO

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127
Q

O terceiro grau da classificação de Schilling é o mais relacionado ao trabalho.

A

ERRADO

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128
Q

Professor de escola privada, contratado em regime celetista, após 2 anos na atividade, começa a apresentar rouquidão e falha na voz, que melhora nos finais de semana e nas férias. A patologia
pode ser relacionado ao trabalho, podendo se enquadrar como Schilling II.

A

CERTO

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129
Q

Intoxicação pelo chumbo é doença/moléstia profissional que foi decorrente, desencadeada ou agravada pelo exercício de trabalho peculiar a determinada atividade profissional ou adquirida em função de condições ambientais específicas em que se realiza o trabalho.

A

CERTO

Schilling 1

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130
Q

LER/DORT é doença do trabalho adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e que com ele se relacione diretamente.

A

CERTO

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131
Q

SILICOSE é doença profissional aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinado ramo de atividade.

A

CERTO

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132
Q

As equipes multiprofissionais da rede privada contratada do SUS podem emitir parecer para estabelecimento de nexo causal.

A

INCORRETA

Incorreta, pois o nexo causal é realizado pela perícia do INSS, não podendo ser feita por equipes de rede privada.

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133
Q

O parecer para estabelecimento de nexo causal consiste na emissão de um laudo emitido por qualquer dos integrantes da equipe multiprofissional, incluindo história ocupacional, exame físico/mental e complementares.

A

INCORRETA

Incorreta, pois o parecer é MÉDICO (e não de qualquer profissional), apesar de ser necessário considerar os atendimentos individuais realizados por equipe multiprofissional, a história ocupacional, exame físico/mental e complementares.

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134
Q

Para realização dos procedimentos de investigação diagnóstica o uso do CPF/CIC é obrigatório para todos os pacientes.

A

INCORRETA

Incorreta, pois o § único do Art. 7º da Portaria nº 666/2002 traz que “o uso do CPF/CIC não é obrigatório para os pacientes que até a data da realização dos procedimentos não o possuírem”.

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135
Q

Para fins previdenciários, o estabelecimento de nexo causal é realizado pela equipe de saúde, levando em conta o registro e a notificação de todos os casos de acidentes e doenças do trabalho.

A

CORRETA

Correta, pois consta na Portaria nº 666/2002 que “para fins previdenciários, o estabelecimento de nexo causal é realizado pela equipe de saúde, levando em conta o registro e a notificação de todos os casos de acidentes e doenças do trabalho”.

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136
Q

O estabelecimento de nexo causal deve ocorrer predominantemente nos Serviços de Referência em Saúde do Trabalhador − SRST de nível estadual.

A

INCORRETA

Incorreta, pois estabelecimento de nexo causal é realizado pelo perito do INSS.

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137
Q

Para estabelecimento de nexo causal entre os transtornos de saúde e as atividades do trabalhador, o médico deve considerar a experiência do trabalhador.

A

CORRETA: pois consta no parecer que, para estabelecimento de nexo causal entre os transtornos de saúde e as atividades do trabalhador, o médico deve considerar a experiência do trabalhador.

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138
Q

O perito judicial e os assistentes técnicos têm o dever de examinar clinicamente o trabalhador, mas não têm o dever de solicitar exames complementares.

A

INCORRETA: pois a solicitação de exames complementares também é dever do perito judicial.

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139
Q

Quando o trabalhador for expatriado e não puder retornar ao Brasil para realizar os exames médicos ocupacionais, o exame clínico não poderá ser feito por médico de outro país.

A

INCORRETA: pois, no caso do trabalhador expatriado, o exame clínico deve ser realizado por médico de outro país e ser acompanhado em tempo real pelo médico do trabalho no Brasil que irá emitir o ASO.

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140
Q

Ao médico do trabalho da empresa contratante não é facultado exigir exames específicos da atividade realizada pelo trabalhador por exposição a risco que não esteja no PCMSO.

A

INCORRETA: pois ao médico do trabalho da empresa contratante é, sim, facultado exigir exames específicos da atividade realizada pelo trabalhador por exposição a risco que não esteja no PCMSO.

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141
Q

O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado empregado, inclusive o doméstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequela definitiva.

A

INCORRETA: incorreta, pois o auxílio-acidente NÃO inclui o trabalhador doméstico, avulso e segurado especial.

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142
Q

A aposentadoria acidentária será concedida somente para os casos irrecuperáveis e com incapacidade total ou parcial, permanente para todas as profissões (omniprofissional).

A

INCORRETA: incorreta, pois a incapacidade deve ser TOTAL (não inclui a parcial).

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143
Q

Os segurados que apresentem quadro clínico instável e necessitem de mudança de atividade ou função serão encaminhados ao Programa de Reabilitação Profissional.

A

INCORRETA: incorreta, pois o quadro clínico deve estar estável (e NÃO INSTÁVEL) para o Programa de Reabilitação Profissional.

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144
Q

O médico perito poderá concluir pelo deferimento do auxílio-doença acidentário (E-91) se considerar que existe incapacidade laborativa, mesmo que o nexo causal não tenha sido caracterizado.

A

INCORRETA: incorreta, pois neste caso deve ser concedido o auxílio-doença previdenciário (E-31).

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145
Q

Em todos os casos de cessação do auxílio-doença acidentário, será necessária a emissão da Comunicação do Resultado de Exame Médico (CREM) ou da Comunicação de Resultado de Requerimento (CRER), que deverá ser entregue ao segurado pelo Médico Perito.

A

CORRETA: correta, pois é verdadeiro e consta na Norma Técnica que em todos os casos de cessação do auxílio-doença acidentário, será necessária a emissão da Comunicação do Resultado de Exame Médico (CREM) ou da Comunicação de Resultado de Requerimento (CRER), que deverá ser entregue ao segurado pelo Médico Perito.

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146
Q

O médico do trabalho é responsável pelo encaminhamento das informações de campo, resultado de monitoração biológica do PPP, à perícia do INSS.

A

CERTO

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147
Q

O PPP é um documento que comprova o acidente de trabalho.

A

INCORRETA: pois o PPP é um documento com informações laborais do trabalhador disposto em Instrução Normativa do INSS. O CAT é a Comunicação relativa a Acidentes de Trabalho.

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148
Q

Os trabalhadores que não possuem direito à aposentadoria especial não têm direito ao PPP.

A

INCORRETA: pois o PPP é para todos os trabalhadores, sendo um documento com informações laborais.

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149
Q

O médico do trabalho coordenador do SESMT da empresa é responsável pela elaboração do PPP.

A

INCORRETA: pois o PPP é elaborado pela empresa, utilizando dados do laudo técnico de condições ambientais de trabalho expedido pelo médico do trabalho ou pelo engenheiro de segurança do trabalho.

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150
Q

“A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício”. Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/1990)

A

CERTO

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151
Q

À direção municipal do SUS compete, restar apoio técnico e financeiro aos municípios vizinhos e executar supletivamente ações e serviços de saúde.

A

INCORRETA: incorreta, pois “prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar supletivamente ações e serviços de saúde” é uma atribuição da direção estadual.

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152
Q

À direção municipal do SUS compete, participar do planejamento, programação e organização da rede regionalizada e hierarquizada do SUS, em articulação com a sua direção estadual.

A

CORRETA: correta, pois consta como atribuição da direção municipal do SUS “participar do planejamento, programação e organização da rede regionalizada e hierarquizada do SUS, em articulação com a sua direção estadual”.

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153
Q

À direção municipal do SUS compete, participar da formulação da política e da execução de ações de saneamento básico.

A

INCORRETA: incorreta, pois “participar da formulação da política e da execução de ações de saneamento básico” é uma atribuição da direção estadual, sendo que a direção municipal executa as ações de saneamento básico, mas não formula a política.

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154
Q

À direção municipal do SUS compete, estabelecer normas em caráter suplementar, para o controle e avaliação das ações e serviços de saúde.

A

INCORRETA: incorreta, pois “estabelecer normas em caráter suplementar, para o controle e avaliação das ações e serviços de saúde” é atribuição da direção estadual e não municipal.

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155
Q

À direção municipal do SUS compete, identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas públicos de alta complexidade, de referência estadual e regional.

A

INCORRETA: incorreta, pois “identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas públicos de alta complexidade, de referência estadual e regional” é atribuição da direção estadual e não municipal.

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156
Q

Universalidade é acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência.

A

CERTO

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157
Q

No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá organizar-se em distritos de forma a integrar e articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a cobertura total das ações de saúde.

A

CERTO

Pois consta de forma literal no § 2º do Art. 10 da Lei 8.080/90 que § 2º No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS), poderá organizar se em distritos de forma a integrar e articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a cobertura total das ações de saúde.

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158
Q

Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em conjunto as ações e serviços de saúde que lhes correspondam, embora o princípio da direção única não seja aplicado aos consórcios administrativos intermunicipais, conforme devem dispor os atos constitutivos.

A

ERRADO

Pois a direção nos consórcios intermunicipais deve seguir o princípio da direção única, conforme consta no Art. 10 da Lei 8.080/90: “Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em conjunto as ações e os serviços de saúde que lhes correspondam.

§ 1º Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princípio da direção única, e os respectivos atos constitutivos disporão sobre sua observância.

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159
Q

Um dos objetivos da atuação das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite é fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário, integração de territórios, referência e contrarreferência e demais aspectos vinculados à integração das ações e serviços de saúde entre os entes federados.

A

CERTO

Pois no Art. 14-A Parágrafo Único sobre as Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite que um dos objetivos é:

III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário, integração de territórios, referência e contrarreferência e demais aspectos vinculados à integração das ações e serviços de saúde entre os entes federados.

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160
Q

A saúde nunca deverá ser um direito fundamental do ser humano, não cabendo ao Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício, segundo disposto na Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 (lei orgânica da saúde).

A

ERRADO

Pois conforme o Art. 2º da Lei 8.080/90, condizente com a Constituição Federal de 1988, “a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício”.

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161
Q

O O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS), segundo disposto na Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 (lei orgânica da saúde).

A

CERTO

Pois o SUS é definido no Art. 4º da Lei 8.080/90 como “o conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS)”.

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162
Q

Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde é acordo de colaboração firmado entre entes federativos com a finalidade de organizar e integrar as ações e os serviços de saúde na rede regionalizada e hierarquizada, com definição de responsabilidades, indicadores e metas de saúde, critérios de avaliação de desempenho, recursos financeiros que serão disponibilizados, forma de controle e fiscalização de sua execução e demais elementos necessários à implementação integrada das ações e dos serviços de saúde.

A

CERTO

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163
Q

Mapa da Saúde é espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde.

A

ERRADO - conceito de Região de Saúde

Mapa da Saúde é descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de ações e serviços de saúde ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela iniciativa privada, considerando-se a capacidade instalada existente, os investimentos e o desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde do sistema.

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164
Q

Região de Saúde é descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de ações e serviços de saúde ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela iniciativa privada, considerando-se a capacidade instalada existente, os investimentos e o desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde do sistema.

A

ERRADO - conceito de Mapa de Saúde

Região de Saúde é espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde.

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165
Q

Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica são critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde, o tratamento preconizado — com medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber —, as posologias recomendadas, os mecanismos de controle clínico e o acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS).

A

CERTO

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166
Q

O mapa da saúde é uma descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de ações e serviços de saúde ofertados pela atenção primária à saúde no âmbito do SUS.

A

INCORRETA

Pois a definição de mapa da saúde envolve toda descrição de recursos humanos e de ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada, considerando-se a capacidade instalada existente, os investimentos e o desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde do sistema e não somente dos serviços ofertados pela atenção primária no SUS.

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167
Q

Protocolo clínico e diretriz terapêutica são documentos que estabelecem, entre outros aspectos, os critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde, além do tratamento preconizado e as posologias recomendadas.

A

CORRETA

Pois traz a definição de PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZ TERAPÊUTICA que consta no Decreto 7.508/11.

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168
Q

A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) compreende a seleção e a padronização de medicamentos voltados para atendimento das doenças e agravos não transmissíveis (DANT) no âmbito do SUS.

A

INCORRETA

Pois o RENAME compreende a seleção e padronização de medicamentos indicados para atendimento de doenças ou de agravos no âmbito do SUS, em geral e não somente os agravos não transmissíveis.

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169
Q

Portas de entrada do SUS são serviços de atendimento inicial à saúde das pessoas, sendo ordenadas pela atenção hospitalar, via serviços de pronto-socorro e pronto atendimento.

A

INCORRETA

Pois portas de entrada são serviços de atendimento inicial à saúde do usuário no SUS e são:

I - de atenção primária;
II - de atenção de urgência e emergência;
III - de atenção psicossocial; e
IV - especiais de acesso aberto. Portanto, não são ordenadas somente pela atenção hospitalar (pronto-socorro e pronto atendimento).

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170
Q

O conselho de saúde tem caráter permanente e deliberativo, e é composto por representantes do governo, prestadores de serviço e profissionais de saúde, atuando na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente.

A

ERRADO

Pois dado que não inclui na composição dos Conselhos de Saúde OS USUÁRIOS - 50% do conselho.

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171
Q

A conferência de saúde deve se reunir a cada 4 anos, com a presença de vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação de políticas de saúde.

A

CERTO

No Art. 1º da Lei 8.142/1990 que “a conferência de saúde deve se reunir a cada 4 anos, com a presença de vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação de políticas de saúde”.

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172
Q

Para receberem os recursos federais previstos em lei, os municípios e estados devem ter um fundo de saúde, um conselho de saúde, relatórios de gestão, plano de saúde, contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento e plano de cargos e carreiras.

A

CERTO

No Art. 1º que “para receberem os recursos federais previstos em lei, os municípios e estados devem ter um fundo de saúde, um conselho de saúde, relatórios de gestão, plano de saúde, contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento e plano de cargos e carreiras”.

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173
Q

As conferências e os conselhos de saúde deverão ter suas normas de funcionamento e organização definidas em regimento próprio.

A

CERTO

Consta no Art. 1º que as “conferências e os conselhos de saúde deverão ter suas normas de funcionamento e organização definidas em regimento próprio”.

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174
Q

Conselho de Saúde são convocados pelo gestor para debater temas gerais e específicos da política de saúde, conforme a necessidade da população

A

INCORRETA

Pois os Conselhos de Saúde formulam estratégias e realizam o controle da execução da política de saúde (inclusive aspectos financeiros e econômicos) e não se reúnem somente quando convocados por gestor (são as Conferências que são ordinariamente convocadas pelo Poder Executivo), com reuniões fixas frequentes fixas.

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175
Q

No Conselho de Saúde é necessário ter formação técnica prévia e realizar cursos ofertados pelo Ministério da Saúde para participar como membro.

A

INCORRETA

Pois não é necessário formação técnica prévia com cursos específicos e 50% da composição dos Conselhos deve ser de usuários do SUS representantes de entidades e dos movimentos sociais.

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176
Q

Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da administração direta e indireta.

A

CERTO

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177
Q

Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como investimentos previstos no Plano Quinquenal do Ministério da Saúde.

A

CERTO

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178
Q

Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional.

A

CERTO

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179
Q

Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal.

A

CERTO

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180
Q

De acordo com a Lei n.º 8.142/1990, a representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.

A

CERTO

Como exposto na figura, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) possuem representação no Conselho Nacional de Saúde.

Além disso, outro detalhe que DESPENCA nas provas é a representação PARITÁRIA DOS USUÁRIOS em relação aos outros segmentos nos Conselhos de Saúde e Conferências

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181
Q

LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990 regulamenta - Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.

A

CERTO

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182
Q

A 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986, foi o marco da reforma sanitária, tendo como lema: “Saúde: direito de todos e dever do Estado”.

A

CERTO

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183
Q

Conferências de Saúde está na Lei nº 8.142, de 28/12/1990, que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.

A

CORRETA

Pois a Lei nº 8.142, de 28/12/1990 dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.

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184
Q

A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos, segundo disposto na Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990.

A

CERTO

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185
Q

As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho, segundo disposto na Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990.

A

CERTO

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186
Q

A Conferência de Saúde que aprovou o conceito de saúde como direito de todos e delineou os fundamentos do Sistema Único de Saúde (SUS) foi a Oitava Conferência Nacional de Saúde, em 1986.

A

CERTO

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187
Q

As Conferências de Saúde devem ser convocadas ordinariamente pelo Poder Executivo.

A

CERTO

188
Q

Os Conselhos de Saúde têm caráter permanente e consultivo.

A

INCORRETA

Pois os Conselhos de Saúde são permanentes, mas possuem caráter DELIBERATIVO, ou seja, tomam decisões e não são apenas órgãos consultivos. Cabe ressaltar que antes da Lei 8.192/90, eram órgãos apenas consultivos e normativos.

189
Q

A principal finalidade das Conferências de Saúde é aprovar ou não a utilização dos recursos financeiros geridos pelo gestor da saúde.

A

INCORRETA

Pois a finalidade das Conferências de Saúde é “avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes” (Art. 1º da Lei nº 81.42/90), e não aprovar a utilização dos recursos financeiros geridos pelo gestor da Saúde.

190
Q

A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será majoritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.

A

INCORRETA

Pois a representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências é paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos (Art. 1º da Lei nº 81.42/90).

191
Q

O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.

A

CERTO

192
Q

A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.

A

CERTO

193
Q

As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho.

A

CERTO

194
Q

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representação no Conselho Nacional de Saúde.

A

CERTO

195
Q

Os Conselhos de Saúde são órgãos colegiados, deliberativos e permanentes do SUS em cada esfera de governo (federal, estadual e municipal) e são formados por representantes do governo, dos usuários, dos profissionais de saúde e dos prestadores de serviços, sendo que o segmento dos usuários é paritário aos demais.

A

CERTO

196
Q

Conselho de Saúde reúne-se a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes.

A

ERRADO

Pois as reuniões a cada quatro anos são das Conferências. As reuniões ordinárias dos Conselhos de Saúde atualmente são mensais e a atuação é na formulação de estratégias e no “controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo”.

197
Q

O Conselho de Saúde tem sua organização e normas de funcionamento definidas em lei específica, aprovadas pelo Ministério da Saúde.

A

ERRADO

Pois consta no § 5° do Art. 1º da Lei 8.142/90 que “as Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho”.

198
Q

O Conselho Nacional de Saúde tem como presidente um representante do Ministério da Saúde.

A

INCORRETA

Pois o Presidente do CNS é eleito entre os membros do Conselho.

199
Q

Para garantir total autonomia e efetividade ao controle social, o Conselho de Saúde não é subordinado ao Poder Executivo – ao prefeito, ao governador ou ao secretário de saúde, por exemplo.

A

CERTO

Pois é verdadeiro que a o Conselho não é subordinado ao Executivo, sendo um órgão deliberativo em cada esfera para efetivar o controle social.

200
Q

Os Conselhos de Saúde não são órgãos responsáveis pela gestão ou execução de serviços e, por isso, não têm responsabilidade direta sobre a prestação dos serviços de saúde. Essa tarefa cabe diretamente ao poder público nas três esferas de governo.

A

CERTO

Pois os Conselhos são órgãos deliberativos e não gestores ou do Executivo. Portanto, não tem responsabilidade direta sobre a prestação dos serviços de saúde (tarefa do poder público nas três esferas de governo).

201
Q

A Lei nº 8.080/1990 dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde.

A

ERRADO

Pois é falso que a Lei 8.080 dispõe sobre participação da comunidade no SUS e transferências intergovernamentais de recursos (esta seria a Lei 8.142/90). A Lei 8.080 dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços

202
Q

Um Conselho de Saúde é um órgão colegiado, ou seja, é composto por pessoas que representam diferentes grupos da sociedade, sendo 50% delas representantes de usuários do SUS.

A

CERTO

Pois é verdadeiro que o Conselho de Saúde é um órgão colegiado, ou seja, é composto por pessoas que representam diferentes grupos da sociedade, sendo 50% delas representantes de usuários do SUS.

203
Q

São atribuições comuns a todos os membros das equipes que atuam na Atenção Básica responsabilizar-se pela população adscrita, mantendo a coordenação do cuidado mesmo quando necessita de atenção em outros pontos de atenção do sistema de saúde.

A

CERTO

204
Q

São atribuições comuns a todos os membros das equipes que atuam na Atenção Básica participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da Unidade Básica de Saúde (UBS).

A

CERTO

205
Q

São atribuições comuns a todos os membros das equipes que atuam na Atenção Básica participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades.

A

CERTO

206
Q

De acordo com a Portaria no 2.436/2017 do Ministério da Saúde, os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Rede de Atenção à Saúde, tais como a igualdade e a distributividade, e as diretrizes, tais como a integralidade e a participação da comunidade, devem ser operacionalizados na Atenção Básica.

A

ERRADO

207
Q

De acordo com a Portaria no 2.436/2017 do Ministério da Saúde, essa Portaria define a organização em Unidades Básicas de Saúde como estratégia para o cuidado integral da população adscrita, as quais se constituem em arranjos organizativos centralizados, com direção colegiada no âmbito dos municípios, conforme previsto na Lei no 8.080/1990.

A

ERRADO

208
Q

De acordo com a Portaria no 2.436/2017 do Ministério da Saúde, essa Portaria estabelece que os estados, municípios e o Distrito Federal devem articular ações intersetoriais, assim como a organização da Rede de Atenção à Saúde, com ênfase nas necessidades locorregionais, promovendo a integração das referências de seu território.

A

CERTO

209
Q

As equipes do Programa Saúde da Família são multidisciplinares, contendo, no mínimo, um médico da família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde.

A

CERTO

A Equipe de Saúde da Família entra em um contexto de expansão, reorganização e consolidação da Atenção Básica consolidado pela Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), aprovada pela Portaria no 2.436 de 2017.

A eSF é composta por:

(I) médico generalista ou especialista em Saúde da Família ou médico de Família e Comunidade;

(II) enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família;

(III) Auxiliar ou técnico de enfermagem;

(IV) Agentes comunitários de saúde (ACS)*.

  • Nos locais de maior risco, com vulnerabilidade social e em áreas de grande dispersão territorial: máximo de 750 pessoas por agente comunitário de saúde com cobertura de 100% da população.

Há outros profissionais que podem ser adicionados (apesar de não haver obrigatoriedade):

1) Cirurgião-dentista (generalista ou especialista em Saúde da Família);

2) Auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal;

A composição da carga horária mínima por profissional é de 10 horas, com no máximo 3 profissionais por categoria que devem somar 40 horas semanais e, portanto, os profissionais podem estar vinculados somente a uma equipe.

210
Q

As equipes do Programa Saúde da Família são multidisciplinares, são atribuições de todos os membros: realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória e de outros agravos e situações de importância local.

A

CERTO

211
Q

As equipes do Programa Saúde da Família são multidisciplinares, são atribuições de todos os membros: Cadastro de todas as pessoas da microárea e manutenção dos cadastros atualizados.

A

INCORRETA

Pois é atribuição de todos os profissionais cadastrar e manter atualizado o cadastramento das famílias e indivíduos no sistema de informação da Atenção Básica, mas não cadastrar todas as pessoas da microárea, pois esta é uma atribuição do agente comunitário da saúde (lembrando que esse é um profissional que comumente atua fora das unidades básicas, em campo e também com busca ativa).

212
Q

As equipes do Programa Saúde da Família são multidisciplinares, são atribuições de todos os membros: Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário.

A

INCORRETA

Pois esta é responsabilidade do médico e, em caráter excepcional, responsabilidade do ACS, e não de todos os profissionais, indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar.

213
Q

As equipes do Programa Saúde da Família são multidisciplinares, são atribuições de todos os membros: Realizar procedimentos clínicos da atenção básica em saúde bucal, incluindo atendimento de urgências inclusive cirurgias ambulatoriais.

A

INCORRETA

Pois é responsabilidade do cirurgião-dentista realizar procedimentos clínicos da atenção básica em saúde bucal, incluindo atendimento de urgências e cirurgias ambulatoriais e não de todos os profissionais.

214
Q

As equipes do Programa Saúde da Família são multidisciplinares, são atribuições de todos os membros: Realizar procedimentos clínicos da atenção básica, incluindo atendimento de urgências e pequenas cirurgias ambulatoriais

A

INCORRETA

Pois é responsabilidade do médico realizar procedimentos clínicos da atenção básica, incluindo atendimento de urgências e pequenas cirurgias ambulatoriais e não de todos os profissionais.

215
Q

É responsabilidade da gestão municipal ordenar o fluxo das pessoas nos demais pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde (RAS).

A

CERTO

A gestão municipal deve articular e criar condições para que referenciamento para que os serviços especializados ambulatoriais, sejam realizados preferencialmente pela Atenção Básica (considerada prioritária e porta de entrada principal pela PNAB). Como responsabilidade da gestão municipal, destaca-se:

a) Ordenar o fluxo das pessoas nos demais pontos de atenção da RAS;

b) Gerir a referência e contrarreferência em outros pontos de atenção; e

c) Estabelecer relação com os especialistas que cuidam das pessoas do território.

216
Q

Para um ambiente adequado em uma Unidade Básica de Saúde, existem componentes que atuam como modificadores e qualificadores do espaço, recomenda-se contemplar, entre outros itens, a sinalização de fluxos, o conforto térmico e acústico e os espaços adaptados para as pessoas com deficiência.

A

CERTO

Pois é verdadeiro e consta na PNAB a importância da ambiência (espaço físico arquitetônico) como lugar social, profissional e de relações interpessoais. Assim, para um ambiente adequado em uma Unidade Básica de Saúde, existem componentes que atuam como modificadores e qualificadores do espaço, recomenda-se contemplar, entre outros itens, a sinalização de fluxos, o conforto térmico e acústico e os espaços adaptados para as pessoas com deficiência.

217
Q

O processo de avaliação de risco e vulnerabilidade da demanda espontânea da população adscrita requer a estratificação de risco, pelo qual se utiliza critérios clínicos, sociais, étnicos e ambientais, com base em ensaios de campo, para identificar grupos de acordo com a complexidade da condição aguda de saúde, objetivando o cuidado integral na Rede de Atenção à Saúde.

A

ERRADO

O processo de avaliação de risco e vulnerabilidade na Atenção Básica exige o Acolhimento com Classificação de Risco e a Estratificação de Risco. A estratificação de risco é o processo pelo qual se utiliza critérios clínicos, sociais, econômicos, familiares e outros, com base em diretrizes clínicas (e não étnicos e ambientais com base em ensaios de campo), para diferenciar o cuidado clínicos e os fluxos que cada usuário deve seguir na RAS para cuidado integral na RAS.

218
Q

A Atenção Básica considera a pessoa em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando produzir a atenção integral e incorporar as ações de vigilância em saúde, a qual constitui um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise e disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde.

A

CERTO

Pois é verdadeiro e consta na PNAB que a Atenção Básica considera a pessoa em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando produzir a atenção integral e incorporar as ações de vigilância em saúde, a qual constitui um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise e disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde.

219
Q

É atribuição do Gerente de Atenção Básica mitigar a cultura na qual as equipes, incluindo profissionais envolvidos no cuidado e gestores, assumem responsabilidades pela sua própria segurança, de seus colegas, pacientes e familiares, encorajando a identificação, a notificação e a resolução dos problemas relacionados à segurança.

A

CERTO

Pois é verdadeiro e consta na PNAB atribuição do Gerente de Atenção Básica mitigar a cultura na qual as equipes, incluindo profissionais envolvidos no cuidado e gestores, assumem responsabilidades pela sua própria segurança, de seus colegas, pacientes e familiares, encorajando a identificação, a notificação e a resolução dos problemas relacionados à segurança.

220
Q

A Estratégia de Saúde da Família (ESF) reorienta o modelo assistencial da “Atenção Primária à Saúde” no Brasil e suas relações com os demais níveis do sistema.

A

CERTO

Cuidado! Há questões antigas que trazem informações desatualizadas sobre o funcionamento das equipes. Então, baseados na Portaria de 2017 que revisa e atualiza a PNAB, devemos saber que a RECOMENDAÇÃO é:

1) População adscrita por equipe de Atenção Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF) de 2.000 a 3.500 pessoas, localizada dentro do seu território.

2) Adequar conforme vulnerabilidades, riscos e dinâmica comunitária, ficando facultado ao gestor local definir outros parâmetros maiores ou menores (especificidades do território);

3) Em municípios com menos de 2.000 habitantes: uma equipe para toda população.

Vale lembrar que em relação ao funcionamento das Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Unidades de Saúde da Família: o Programa Saúde na Hora realiza ampliação do horário de funcionamento!

221
Q

As equipes de saúde da família são compostas, por no mínimo, um médico de família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e dezoito agentes comunitários de saúde.

A

ERRADO

Pois as equipes de saúde da família são compostas por, no mínimo, um médico, um enfermeiro (ambos preferencialmente especialistas em Medicina da Família e Comunidade), um auxiliar e/ou técnico de enfermagem e um agente comunitário de saúde (e não dezoito ACS).

222
Q

As equipes de saúde da família estabelecem vínculo específico com grupos prioritários a serem definidos, possibilitando o compromisso e a corresponsabilidade destes profissionais com os usuários e a comunidade.

A

ERRADO

Pois as equipes de Saúde da Família estabelecem vínculos com todos os grupos e não somente com grupos prioritários definidos e o foco é o cuidado individual e coletivo, com corresponsabilidade destes profissionais com os usuários e toda comunidade.

223
Q

Cada equipe de saúde da família se responsabiliza pelo acompanhamento de, no mínimo, 5 mil habitantes, sendo a média recomendada de 4.500 mil habitantes de uma determinada área, e estas passam a ter corresponsabilidade no cuidado à saúde.

A

ERRADO

Pois o recomendado é de uma equipe por 2.000- 3.500 habitantes.

Cuidado! Há questões antigas que trazem informações desatualizadas sobre o funcionamento das equipes. Então, baseados na Portaria de 2017 que revisa e atualiza a PNAB, devemos saber que a RECOMENDAÇÃO é:

1) População adscrita por equipe de Atenção Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF) de 2.000 a 3.500 pessoas, localizada dentro do seu território.

2) Adequar conforme vulnerabilidades, riscos e dinâmica comunitária, ficando facultado ao gestor local definir outros parâmetros maiores ou menores (especificidades do território);

3) Em municípios com menos de 2.000 habitantes: uma equipe para toda população.

Vale lembrar que em relação ao funcionamento das Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Unidades de Saúde da Família: o Programa Saúde na Hora realiza ampliação do horário de funcionamento!

224
Q

O Programa de Agente Comunitário de Saúde (ACS) teve início no final da década de 1980. O ACS é a ponte entre a comunidade e a equipe de saúde.

A

CERTO

Pois na própria Constituição Federal já há um trecho no Art. 198 sobre os ACS, porém a regulamentação foi posterior e pela Lei 14.536/2023, os ACS e os ACE (agente de combate às endemias) passaram a ser reconhecidos como profissionais de saúde.

225
Q

A Equipe de Saúde da Família tem como população responsável um total de 2.500 pessoas, e cada ACS fica responsável por um total de 18 famílias.

A

ERRADO

Pois cada ACS deve ficar responsável por uma microárea específica, cuja população não ultrapasse 750 pessoas.

226
Q

A Estratégia Saúde da Família (ESF) representa uma estratégia prioritária de expansão, consolidação e qualificação da Atenção Básica.

A

CERTO

Consta no PNAB 2017 que é responsabilidade comum a todas as esferas de governo “II - apoiar e estimular a adoção da Estratégia Saúde da Família - ESF como estratégia prioritária de expansão, consolidação e qualificação da Atenção Básica” (Art. 7º).

227
Q

De acordo com Lei nº 141/2012, para que o Conselho de Saúde possa acompanhar e fiscalizar a política de saúde no Sistema Único de Saúde, do ponto de vista de suas ações e recursos, ao longo de um exercício orçamentário, alguns instrumentos são essenciais, dentre eles: a Programação Anual do Plano de Saúde, a Lei Orçamentária, o Plano de Aplicação dos recursos do Fundo de Saúde e o Relatório de Gestão.

A

CERTO

228
Q

O instrumento de gestão e Planejamento que evidencia em seus demonstrativos a forma de alocação dos recursos orçamentários que deverão custear as políticas, sob gestão do Ministério da Saúde, é denominado Programação Anual de Saúde (PAS).

A

CERTO

Também chamado de Plano Anual de Saúde (PAS)

229
Q

Complexos reguladores são estruturas que operacionalizam ações de regulação do acesso.

A

CERTO

230
Q

A central de regulação da média e alta complexidade compõe especificamente o complexo regulador municipal.

A

INCORRETA

Pois o complexo regulador municipal não envolve regulação de média e alta complexidade, feita pela Central de Regulação Estadual ou Regional ou pela Central de Regulação ou pela Regulação de Alta Complexidade ou mesmo com pactuação entre gestores estaduais (como urgências), de acordo com a especificidade.

231
Q

O complexo regulador regional pode ser de gestão e gerência exclusivas de uma secretaria municipal de saúde.

A

INCORRETA

Pois o Complexo Regulador Regional tem gestão e gerência compartilhada entre a Secretaria do Estado de Saúde e as Secretarias Municipais de Estado que compõem a região (Art. 9o da Portaria do Ministério da Saúde no 1.559/2008). Portanto, não pode ser de apenas um município.

232
Q

O complexo regulador municipal regula o acesso da população própria às unidades de saúde sob gestão estadual no âmbito da região de saúde.

A

INCORRETA

Pois esta função é da Regulação do Acesso à Assistências e os Complexos Reguladores atuam na regulação de procedimentos escassos ou estratégicos.

233
Q

Não constitui atribuição do complexo regulador efetivar o controle dos limites físicos e financeiros.

A

INCORRETA

Pois é atribuição do Complexo Regulador estabelecer e executar critérios de classificação de risco, efetivar o controle dos limites financeiros e físicos, executar a regulação médica do processo assistencial, fazer a gestão da ocupação de leitos e absorver ou atuar de forma integrada aos processos administrativos (Art. 8º).

234
Q

As dimensões de atuação da Política Nacional de Regulação do SUS podem ser totalmente independentes entre si.

A

INCORRETA

Pois como vimos, as dimensões de atuação da PNR do SUS são interdependentes entre si!

235
Q

O objeto da regulação da atenção à saúde são os sistemas nacional, estaduais e municipais de saúde.

A

INCORRETA

Pois é a Regulação de Sistemas de Saúde (e não a Regulação da Atenção à Saúde) que tem como objeto da regulação os sistemas nacional, estaduais e municipais de saúde.

236
Q

Política Nacional de Regulação do SUS prevê ações em cinco diferentes dimensões.

A

INCORRETA

Pois, como vimos, são três dimensões (e não cinco): a Regulação dos Sistemas de Saúde, da Atenção à Saúde e da Regulação do Acesso à Assistência.

237
Q

A dimensão da regulação assistencial refere-se ao acesso e aos fluxos assistenciais no âmbito do SUS.

A

CERTO

238
Q

Controle, avaliação e auditoria estão previstos em todas as dimensões da Política Nacional de Regulação do SUS.

A

INCORRETA

Pois controle, avaliação e auditoria estão previstos na regulação da Atenção à Saúde na Regulação dos Sistemas de Saúde e não em todas as dimensões da Política Nacional de Regulação do SUS (não ocorre na Regulação do Acesso à Assistência).

239
Q

É função do Complexo Regulador estabelecer e executar critérios de classificação de risco.

A

CERTO

240
Q

A regulação médica da atenção pré-hospitalar e hospitalar às urgências e o controle de leitos disponíveis são ações pertinentes à dimensão da regulação do SUS denominada regulação do acesso à assistência.

A

CERTO

Pois a Regulação Assistencial (do acesso à assistência) realiza a regulação é a responsável pela organização, o controle, o gerenciamento e a priorização do acesso e dos fluxos assistenciais no âmbito do SUS, estando relacionada com os Complexos Reguladores e abrange a Regulação Médica, com protocolos, classificação de risco e demais critérios de priorização.

241
Q

A Carta de 1988 é a primeira Constituição brasileira a consagrar um universo de princípios para guiar o Brasil no cenário internacional.

A

CERTO

A Carta de 1988 é a primeira Constituição Brasileira a consagrar um universo de princípios para guiar o Brasil no cenário internacional. Como mencionado, até então, nenhuma Constituição Brasileira havia feito isso.

242
Q

A Carta de 1988 é a primeira Constituição brasileira a elencar o princípio da prevalência dos direitos humanos como princípio fundamental a reger o Estado nas relações internacionais.

A

CERTO

Realmente, nenhuma Constituição Brasileira anterior fez menção a tal princípio associando-o às relações internacionais. É importante lembrar, inclusive, que a temática da proteção dos direitos assume uma proporção inédita na Constituição Brasileira de 1988, sendo que, até então, as anteriores pouco ou nada faziam a respeito de tal proteção.

243
Q

Constitui um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: garantir o desenvolvimento nacional e internacional.

A

ERRADO

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

244
Q

Constitui um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: assegurar a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.

A

ERRADO

Não confundir objetivo com princípio das relações internacionais.

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

Assim, note que assegurar a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade é um princípio que rege a RFB em suas relações internacionais, e não um objetivo da RFB.

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

245
Q

O tratado e convenção internacional sobre direitos humanos que for aprovado, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às leis ordinárias.

A

Equivalentes à Emenda Constitucional;

ERRADO

No caso em apreço, seguindo esse rito, serão equivalentes às emendas constitucionais.

Art. 5º (…)

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. [grifou-se]

Esse dispositivo despenca em provas de concursos públicos. Sobre o tema, é oportuno o seguinte bizu:

→ Tratados Internacionais

● Os tratados internacionais que versam sobre direitos humanos e forem aprovados por meio de rito qualificado de emenda constitucional passam a admitir esse caráter (status).

  1. Versar sobre direitos humanos;
  2. Deve ser aprovado em cada casa do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal);
  3. A aprovação deve ser por dois turnos e por ⅗ (60%) dos votos dos respectivos membros (308 deputados e 49 senadores).

● São os tratados internacionais que versam sobre direitos humanos, porém, não foram aprovados no rito qualificado, exposto acima. Possuem status inferior ao status constitucional (emenda constitucional), porém, superior ao status de lei ordinária (supralei).

● São tratados internacionais que não versam sobre direitos humanos. Eles possuem apenas status de lei ordinária.

246
Q

São fundamentos da República Federativa do Brasil a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, o pluralismo político e o desenvolvimento nacional.

A

ERRADO.

Cuida-se do famoso SoCiDiVaPlu. Não erre, beleza?

● So → soberania
● Ci → cidadania
● Di → dignidade da pessoa humana
● Va → valores do trabalho e da livre iniciativa
● Plu → pluralismo político.

Art. 1° A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político. [grifou-se]

Perceba que o erro está em citar “desenvolvimento nacional”. Este é um objetivo, e não um fundamento da RFB. Vejamos:

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: (…)

II - garantir o desenvolvimento nacional. [grifou-se]

247
Q

A exigência constitucional de aviso prévio relativamente ao direito de reunião é satisfeita com a veiculação de informação que permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê de forma pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local.

A

CERTO

A exigência constitucional de aviso prévio relativamente ao direito de reunião é satisfeita com a veiculação de informação que permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê de forma pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local. O item também é verdadeiro. Apesar de a Constituição Brasileira afirmar, no artigo 5º, inciso XVI, que todos podem se reunir pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente, o Supremo Tribunal Federal entendeu que o prévio aviso pode ser dispensado quando se tratar de manifestação amplamente divulgada. A decisão foi tomada no julgamento do Recurso Extraordinário n. 806339.

248
Q

São crimes imprescritíveis e inafiançáveis: A ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático e o racismo.

A

CERTO

249
Q

O Ministério Público pode impetrar ordem de habeas corpus (compete ao MP a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis – art. 127, CRFB), mas o Juiz não pode, a menos que seja ele o paciente.

A

Correta

Impetrante de HC: é quem aciona o Poder Judiciário, ou seja, quem procura o Poder Judiciário para tutelar o direito próprio ou de terceiro. Não é necessariamente quem está preso, portanto, mas sim quem procura e aciona o Poder Judiciário. É importante lembrar novamente que qualquer pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira, maior ou menor de idade, pode impetrá-lo. Da mesma maneira, também o Ministério Público pode ser o Impetrante. Ainda, lembre-se de que o Impetrante não precisa sequer ser advogado! Ou seja, qualquer pessoa literalmente pode fazer um Habeas Corpus e protocolar no Poder Judiciário para assegurar a liberdade de locomoção própria ou de terceiro. Ainda, aprofundando, em relação aos estrangeiros, lembre-se de que eles podem diretamente impetrar um Habeas Corpus, sendo que, nesse caso, a única exigência é que a impetração ocorra em língua portuguesa. Finalmente, o Habeas Corpus deve sempre ser assinado, pois não se admite a impetração apócrifa do remédio constitucional em questão. Isso leva a uma conclusão: o analfabeto jamais pode impetrá-lo, já que não detém condições de assinar o próprio nome. Contudo, quando alguém assinar a seu rogo, ou seja, em seu nome, o analfabeto pode, sim, figurar como Impetrante em um Habeas Corpus.

250
Q

O habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, independentemente de ser habilitado legalmente ou representada por advogado.

A

CERTO

Impetrante de HC: é quem aciona o Poder Judiciário, ou seja, quem procura o Poder Judiciário para tutelar o direito próprio ou de terceiro. Não é necessariamente quem está preso, portanto, mas sim quem procura e aciona o Poder Judiciário. É importante lembrar novamente que qualquer pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira, maior ou menor de idade, pode impetrá-lo. Da mesma maneira, também o Ministério Público pode ser o Impetrante. Ainda, lembre-se de que o Impetrante não precisa sequer ser advogado! Ou seja, qualquer pessoa literalmente pode fazer um Habeas Corpus e protocolar no Poder Judiciário para assegurar a liberdade de locomoção própria ou de terceiro. Ainda, aprofundando, em relação aos estrangeiros, lembre-se de que eles podem diretamente impetrar um Habeas Corpus, sendo que, nesse caso, a única exigência é que a impetração ocorra em língua portuguesa. Finalmente, o Habeas Corpus deve sempre ser assinado, pois não se admite a impetração apócrifa do remédio constitucional em questão. Isso leva a uma conclusão: o analfabeto jamais pode impetrá-lo, já que não detém condições de assinar o próprio nome. Contudo, quando alguém assinar a seu rogo, ou seja, em seu nome, o analfabeto pode, sim, figurar como Impetrante em um Habeas Corpus.

251
Q

A República Federativa do Brasil visa à formação de uma comunidade latino-americana de nações por meio da integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina.

A

CERTO

252
Q

São objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil a erradicação da pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades sociais.

A

CERTO

253
Q

O preenchimento de cargos públicos mediante concurso público, por privilegiar a isonomia entre os concorrentes, constitui expressão do princípio constitucional fundamental da eficiência.

A

ERRADO

O preenchimento de cargos públicos mediante concurso público, por privilegiar a isonomia entre os concorrentes, constitui expressão do princípio constitucional fundamental REPUBLICANO.

A própria banca CESPE considerou CORRETA a afirmação:

“O Brasil adota a forma de governo, de acordo com o princípio republicano, em que o acesso aos cargos públicos em geral é franqueado àqueles que preencham as condições de capacidade previstas na CF ou em normas infraconstitucionais obedientes ao texto constitucional”.

Ademais, o princípio republicano refere-se a igualdade de acesso aos cargos e empregos públicos a todos os brasileiros e aos estrangeiros na forma da lei.

254
Q

A jurisprudência do STF acerca do mandado de injunção evoluiu para admitir que, além de declarar omisso o Poder Legislativo, o próprio tribunal edite a norma geral de que depende o exercício do direito invocado pelo impetrante.

A

CERTO

Apesar da redação imprecisa (“editar norma”), a jurisprudência do STF se inclina no sentido de que, além de declarar a omissão legislativa (inertia deliberandi) é possível a aplicação integrativa de normas, inclusive pela analogia, a fim de preencher (colmatar) a lacuna existente.

(AgRg em MI 1.841, rel. Min. Celso de Mello).

255
Q

Julgue o item a seguir com base nos preceitos constantes no Decreto n.º 6.856/2009, que dispõe sobre os exames médicos periódicos de servidores públicos.

Os servidores que operam Raios X ou aparelhos que contenham substâncias radioativas devem ser submetidos a exames médicos complementares semestrais.

A

CERTO

No Decreto nº 6.856/09:

Art. 5º - Os servidores que operam com Raios X ou substâncias radioativas serão submetidos a exames médicos complementares a cada seis meses.

256
Q

De acordo com a jurisprudência do STF, a exigência de diploma de curso superior para a prática do jornalismo é compatível com a ordem constitucional, pois o direito à liberdade de profissão e o direito à liberdade de informação não são absolutos.

A

ERRADO

Ao contrário do que propõe a questão, de acordo com a jurisprudência do STF, a exigência de diploma de curso superior para a prática do jornalismo NÃO é compatível com a ordem constitucional, uma vez que fere o pleno exercício das liberdades de expressão e de informação:

A exigência de diploma de curso superior para a prática do jornalismo – o qual, em sua essência, é o desenvolvimento profissional das liberdades de expressão e de informação – não está autorizada pela ordem constitucional, pois constitui uma restrição, um impedimento, uma verdadeira supressão do pleno, incondicionado e efetivo exercício da liberdade jornalística, expressamente proibido pelo art. 220, § 1º, da Constituição. (…).
[RE 511.961, rel. min. Gilmar Mendes, j. 17-6-2009, P, DJE de 13-11-2009.]

257
Q

De acordo com o que dispõe a CF, as normas definidoras de direitos fundamentais têm aplicação imediata, mas gradual.

A

ERRADA

De acordo com o que dispõe a CF, as normas definidoras de direitos fundamentais têm aplicação imediata. Não é gradual.

Art. 5º. § 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

258
Q

Uma das características da hermenêutica constitucional contemporânea é a distinção entre regras e princípios; segundo Ronald Dworkin, tal distinção é de natureza lógico-argumentativa, pois somente pode ser percebida por meio dos usos dos argumentos e razões no âmbito de cada caso concreto.

A

CERTO

A doutrina divide as normas em princípios e regras.

Os princípios possuem alto grau de abstração, eficácia indeterminada, aplicação mediata e o seu conflito resolve-se através da ponderação.

Já as regras possuem baixo grau de abstração, eficácia determinada, aplicação imediata e o seu conflito resolve-se através da ponderação.

Quanto às regras, em caso de conflito, segundo Dworkin, aplica-se uma norma em detrimento da outra. A solução do conflito entre regras deve pautar- se nos seguintes critérios: hierárquico; temporal; e especificidade.

259
Q

A matéria constante de projeto de lei rejeitado poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

A

CERTA.

A assertiva está correta, pois, de acordo com o artigo 67 da Constituição Federal,

Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado poderá ser objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, apenas mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

260
Q

Somente por emenda constitucional admite-se a alteração da forma federativa de Estado, para que o Brasil venha, eventualmente, a assumir a condição de Estado unitário.

A

ERRADA.

Conforme se observa o artigo 60, §4º, da Constituição Federal, não é admitido como objeto de proposta de emenda constitucional a abolição da forma federativa de Estado.

261
Q

Os denominados princípios constitucionais sensíveis, que, uma vez descumpridos, podem dar ensejo à intervenção federal, incluem os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, o pluralismo político e a prevalência dos direitos humanos.

A

ERRADA.

Os princípios constitucionais sensíveis mencionados são os previstos no artigo 37, inciso VII, da Constituição Federal, enquanto os valores mencionados pela assertiva são fundamentos da República Federativa do Brasil previstos no artigo 1º, CF. Portanto, a assertiva está errada pois os casos que ensejam a intervenção não são os apresentados.

262
Q

Para efeitos administrativos, a União pode instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais.

A

ERRADA.

A assertiva está errada, pois juntou em uma só sentença a previsão de dois dispositivos legais, quais sejam, artigo 25, §3º e artigo 43, caput, ambos previstos na CF.

Assim, a partir do artigo 25, §3º, verifica-se que são os Estados que poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões. Enquanto, para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais.

263
Q

O presidente da República pode solicitar urgência para apreciação de todos os projetos de lei que julgar relevantes ao bom funcionamento da administração pública, com exceção dos projetos de iniciativa privativa dos órgãos do Poder Judiciário.

A

ERRADA.

A assertiva está errada, pois de acordo com o artigo 64, §1º, da Constituição Federal, o presidente poderá solicitar urgência para apreciação apenas de projetos de sua iniciativa, e não qualquer um.

264
Q

Trabalhadores da construção civil, devido à manipulação com cimento, estão propensos a apresentarem dermatoses por irritação primária, quanto à reação por sensibilização.

A

CERTO

Já existem diversos estudos publicados confirmando que a manipulação do cimento pode sim causar dermatoses ocupacionais, entre eles um manual técnico do Ministério da Saúde sobre Dermatoses Ocupacionais que confirma o exposto no item.

Além disso, ao acessar qualquer FISPQ – Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos do cimento, podemos ver na identificação de perigos que causa irritação e sensibilização à pele.

265
Q

Se os assaltantes fossem estrangeiros, ainda que residentes no país, estariam excluídos do âmbito de proteção dos direitos fundamentais, consagrados na CF.

A

ERRADO

O art. 5º, caput, da CF, garante aos brasileiros e estrangeiros residentes no país todas as garantias previstas no caput e incisos do referido artigo.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

266
Q

Não revelar a identidade dos assaltantes fere o direito fundamental à informação, tendo em vista que, no caso, em benefício do interesse da sociedade na segurança pública, não se deve privilegiar o direito à intimidade dos acusados.

A

ERRADO

Não há violação do direito fundamental da informação (art. 5 º, XIV, CF) em detrimento do direito a intimidade (art. 5 º, X, CF). Como se trata de duas garantias constitucionais criadas ao mesmo tempo, impossível é a declaração de inconstitucionalidade de um ou outro. Por esta razão, a solução da questão é a ponderação de direitos, e não a exclusão de um deles.

267
Q

O Brasil, por ser um país laico, não tem religião oficial, sendo assegurada constitucionalmente a inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença, bem como o livre exercício dos cultos religiosos.

A

CERTO

É o que dispõe o art. 5 º, VI, da CF:

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

268
Q

Conforme expressa disposição constitucional, o tráfico ilícito de substâncias entorpecentes e drogas afins é considerado crime inafiançável e imprescritível.

A

ERRADO

Segundo art. 5 º, XLIII, da CF, o Tráfico de Drogas é inafiançável, mas não é imprescritível.

269
Q

Um trabalhador que realize atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores afastado do trabalho por mais de quinze dias, independentemente do tipo de afastamento, deverá retornar gradativamente aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento.

A

CERTO

A questão exigiu o conhecimento do item 17.6.3 da Norma Regulamentadora nº 17, o qual estabelece que um trabalhador que realize atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores afastado do trabalho por mais de quinze dias, independentemente do tipo de afastamento, deverá retornar gradativamente aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento.

270
Q

O engenheiro de segurança e o médico do trabalho vinculados ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) não poderão exercer outra atividade na empresa.

A

ERRADO

A NR 4 (MTE, 2022), intitulada “Serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho”, tem como objetivo estabelecer “os parâmetros e os requisitos para constituição e manutenção dos Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador.” Em sua seção 4.3.8, a NR 4 (MTE, 2022) estabelece que:

“4.3.8 Aos profissionais do SESMT é vedado o exercício de atividades que não façam parte das atribuições previstas no item 4.3.1 desta NR e em outras NR, durante o horário de atuação neste serviço”.

Portanto, a afirmativa do enunciado está errada. O Engenheiro de segurança e o médico do trabalho vinculados ao SESMT podem exercer outra atividade na empresa, desde que seja fora do horário de atuação no SESMT.

Referência:

Ministério do Trabalho e Emprego. NR 4 – Serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2022.

271
Q

Tratamento diferenciado instituído pelo legislador deve ter por base motivo que justifique lógica e racionalmente a existência de um vínculo entre o fator de discrímen e a desequiparação procedida.

A

CERTO

O Supremo Tribunal Federal já fundamentou diversas decisões afirmando que tratamento diferenciado instituído pelo legislador deve corresponder motivo bastante que o justifique lógica e racionalmente, estando a assertiva correta.

272
Q

O princípio da isonomia não se reveste de auto-aplicabilidade, sendo suscetível de regulamentação ou de complementação normativa.

A

INCORRETA.

O erro está em afirmar que referido princípio não se reveste de autoaplicabilidade, vez que é sim autoaplicável, não necessitando de regulamentação ou complementação normativa.

273
Q

O princípio da isonomia deve ser considerado, em sua função de impedir discriminações e de extinguir privilégios, sob duplo aspecto: o da igualdade na lei e o da igualdade perante a lei. A igualdade perante a lei opera em uma fase de generalidade puramente abstrata e a igualdade na lei, pressupõe a lei já elaborada e traduz imposição destinada aos demais poderes estatais, para que, na aplicação da norma legal, não a subordinem a critérios que ensejem tratamento seletivo ou discriminatório.

A

INCORRETA.

O erro está no conceito de liberdade na lei, vez que essa constitui a igualdade material, não pressupondo uma lei já elaborada nem traduzindo imposição destinada aos demais poderes estatais.

274
Q

No caso dos servidores prejudicados pelo que dispõe a Lei n.º X/2006, o procedimento adequado para a defesa dos seus interesses é a impetração de mandado de segurança, no órgão competente do Poder Judiciário, contra o mencionado dispositivo legal, uma vez que a Constituição Federal dispõe que se concederá mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público.

A

ERRADO

A questão trata das hipóteses em que o Mandado de Segurança (MS) pode ser utilizado. O caso concreto previsto no enunciado é uma situação em que os prejudicados querem impetrar um MS contra lei, o que é vedado.

Súmula 266 do STF: “Não cabe mandado de segurança contra lei em tese”.

275
Q

A associação referida na situação hipotética tem legitimidade para interpor recurso perante o TCU em nome dos associados, desde que esteja expressamente autorizada, conforme norma constitucional, e comprove, nos autos, o vínculo associativo daqueles em nome de quem recorre.

A

CERTA

A alternativa está certa, pois, segundo a Constituição, as associações expressamente autorizadas podem representar seus filiados judicialmente ou extrajudicialmente.

Vejamos o texto constitucional:

Art. 5º. XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

276
Q

A Constituição Federal garante a plena liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar, sendo que a criação de associações independe de autorização e é proibida a interferência estatal em seu funcionamento. Ademais, ninguém pode ser compelido a associar-se ou a permanecer associado, além do que as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.

A

CERTO

A alternativa está certa, pois de acordo com o texto constitucional:

Art. 5º. (…)

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

277
Q

A liberdade e o respeito à dignidade do trabalhador são direitos decorrentes do reconhecimento do valor social do trabalho.

A

CERTO

278
Q

Considere a seguinte situação hipotética. A Universidade de Brasília fez publicar edital de concurso público para provimento de cargo de nível superior, de professor do curso de medicina, na especialidade de ginecologista. No edital, fez constar limite máximo de idade de 35 anos. Nessa situação, conforme jurisprudência do STF, o limite de idade não ofende o princípio da igualdade.

A

ERRADA.

O limite máximo de idade de 35 anos para o cargo de professor ofende o princípio da igualdade. Bem como não poderia vir por meio de edital.

279
Q

Os poderes de Estado, adotados nos estados de direito, são o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, interdependentes e harmônicos entre si.

A

ERRADA.

A questão exigia conhecimento dos Princípios Fundamentais da Constituição Federal, principalmente do art. 2º do texto constitucional que trata da separação de poderes dispondo que “são poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.

280
Q

O repúdio ao terrorismo é um dos princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, no tocante a suas relações internacionais.

A

CERTO

A Constituição Federal dispõe que:

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

(…)

VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;

281
Q

A melhoria nas condições do ambiente de trabalho tem como conseqüência a diminuição do custo social com os acidentes de trabalho e a melhora da qualidade de vida dos trabalhadores.

A

CERTO

282
Q

É correto afirmar que o princípio da ordem pública tem a sua relatividade e instabilidade que evolui no tempo e no espaço de acordo com as mudanças sociais e somente se negará aplicação de uma lei nacional ou estrangeira que seja ofensiva à ordem pública à época em que se vai decidir o caso concreto.

A

CERTO.

O princípio da ordem pública é altamente mutável, pois tem seu sentido e conteúdo alterados ao longo do tempo, na medida em que depende de numerosos fatores da sociedade e, portanto, extrajurídicos para se determinar e se estabelecer, como, por exemplo, aqueles relacionados à cultura, história do povo, a adoção de novos conceitos, etc.

Nesse sentido, dependendo do momento histórico, social e jurídico de uma sociedade, é que se definirá se uma lei atenta ou não à ordem pública.

Por isto está correta a assertiva ao informar que dependerá do momento atual do caso concreto de determinada sociedade para se decidir a respeito da aplicabilidade ou não de uma lei, de forma a ela ser considerada contrária ou favorável à ordem pública.

283
Q

Valendo-se do regulamento da sua empresa, o diretor-presidente de uma fábrica de roupas íntimas femininas sujeitava suas empregadas a revista pessoal, com despimento de roupas íntimas (sutiãs e calcinhas), sob ameaça de despedimento por justa causa. Denunciado pelo Ministério Público, na forma do art. 146 do Código Penal, por constrangimento ilegal, foi o diretor-presidente condenado a pena de multa, entendendo-se, entre outros argumentos, que a revista violava a dignidade humana. Nessa situação, houve fundamento no princípio da dignidade da pessoa humana, mas não significou que a decisão condenatória, implicitamente, considerou o fato como violador da ordem pública.

A

ERRADA.

A assertiva está errada, pois o princípio da dignidade da pessoa humana está previsto como fundamento da República Federativa do Brasil no artigo 1º da Constituição Federal. Assim, observa-se a importância que possui sobre todo o ordenamento jurídico, sendo constantemente utilizado pelas Cortes do País.

Desta forma, sua observância é obrigatória, havendo interligação com todos os demais direitos fundamentais, sendo considerado o núcleo, visto que todos os demais princípios, normas, direitos, devem ter como objetivo assegurar a dignidade da pessoa humana, propiciando a melhoria da qualidade de vida das pessoas, para que não sejam vistas apenas como meros objetos, mas sim humanos que necessitam de amparo, como moradia, lazer, educação, valores espirituais, dentre outros.

Portanto, violar a dignidade da pessoa humana, sem dúvidas, é violar a ordem pública, pois é o princípio norteador de todo o Direito, consagrando preceitos importantes inerentes ao ser humano, objetivando sua valorização.

284
Q

Por se tratar de cláusula pétrea, o mandado de segurança não poderá ser suprimido do ordenamento jurídico brasileiro, nem mesmo durante o estado de defesa ou de sítio, previstos na Constituição da República.

A

CERTA.

O Mandado de Segurança é uma ação constitucional, considerada como garantia fundamental. Está previsto no título dos Direitos e Garantias Fundamentais, nos termos do art. 5º, LXIX, da CF/88. Nesse sentido, trata-se de cláusula pétrea. Este remédio constitucional não poderá ser suprimido do ordenamento jurídico brasileiro (art. 60, § 4º, IV, CF/88). Ressalte-se que durante o estado de defesa ou de sítio, não são admitidas emendas ao texto constitucional, conforme se extrai do art. 60, § 1º, da CF/88.

Art. 5º, LXIX, CF/88 - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

Art. 60, CF/88. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

[…]

§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

[…]

§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

[…]

IV - os direitos e garantias individuais.

285
Q

Na apreciação do habeas corpus, o órgão judicante não se vincula à causa de pedir ou ao pedido formulado pelo impetrante.

A

CERTA.

A análise do mérito do habeas corpus é feita de maneira ampla pelo julgador, cabendo a este analisar de todas as formas se há ilegalidade na ordem ou ato que constrange o direito de locomoção do paciente.

Assim, a teor do art. 654, § 2º, do CPP, os juízes e os tribunais têm competência para expedir até mesmo de ofício ordem de habeas corpus, quando no curso de processo verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal.

Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.

(…)

§ 2º Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de habeas corpus, quando no curso de processo verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal.

286
Q

A vigente Constituição da República atribuiu legitimidade às associações de classe e aos partidos políticos para propor ação popular em defesa do patrimônio público.

A

ERRADO.

Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular (art. 5º, LXXIII, CF e art. 1º da Lei nº 4.717/65).

287
Q

Estados e Municípios têm autonomia formal para que formulem e implementem suas respectivas políticas de saúde sob as diretrizes do MS (Ministério da Saúde)

A

Correta, porque o comando único pressupõe que as esferas tenham autonomia de atuação dentro de suas respectivas políticas, desde que respeitadas as diretrizes gerais orientadas pela União, representada pelo Ministério da Saúde.

288
Q

O orçamento da seguridade social que é destinado ao SUS é dependente da receita estimada.

A

CERTO

O governo atende às necessidades da população através da prestação serviços. A receita pública corresponde ao valor monetário que o governo possui para a manutenção de sua estrutura e oferta de serviços, a exemplos de hospitais, saneamento, unidades básicas, entre outros. A receita do governo depende da arrecadação de impostos, prestação de serviços, recebimento de indenizações, aluguéis, venda de bens, entre outras fontes. No processo de execução do orçamento da receita, ela precisa ser primeiramente estimada, pois, se o governo não tem uma noção do quanto vai receber, não será possível saber o quanto poderá gastar.

O orçamento da seguridade social destinado ao SUS está previsto no artigo 31 da Lei nº 8.080, de 1990, conforme o trecho a seguir:
Art. 31. O orçamento da seguridade social destinará ao Sistema Único de Saúde (SUS) de acordo com a receita estimada, os recursos necessários à realização de suas finalidades, previstos em proposta elaborada pela sua direção nacional, com a participação dos órgãos da Previdência Social e da Assistência Social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

289
Q

As receitas geradas no âmbito do SUS serão creditadas diretamente em contas especiais movimentadas pela sua direção, na esfera de poder onde foram arrecadadas.

A

CERTO

Essa frase está descrita no parágrafo 2º do artigo 32 da Lei nº 8.080, de 1990, conforme o trecho a seguir:

§ 2° As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) serão creditadas diretamente em contas especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de poder onde forem arrecadadas.
Isso significa que os estados, o Distrito Federal e os municípios dispõem de contas especiais para recebimento e movimentação das receitas (valores recebidos) geradas no SUS. Em outras palavras, aquilo que for gerado de receita no nível municipal será recebido e movimentado em conta específica desse município, o mesmo ocorrendo para os estados e o Distrito Federal.

290
Q

Não é atribuição do SUS co-financiar atividades de pesquisa e desenvolvimento.

A

ERRADO

Cabe ao SUS, cofinanciar atividades de pesquisa e desenvolvimento, conforme o parágrafo 5º do artigo 32 da Lei nº 8.080, de 1990:
§ 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico em saúde serão co-financiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pelas universidades e pelo orçamento fiscal, além de recursos de instituições de fomento e financiamento ou de origem externa e receita própria das instituições executoras.

291
Q

O ministério da Saúde acompanhará, através do relatório mensal enviado pelas regionais, a aplicação dos recursos.

A

ERRADO

Seria complicado acompanhar somente por um relatório, pois as informações desse documento precisariam ser bastante fidedignas. Assim, o Ministério da Saúde acompanha a aplicação dos recursos em saúde através de um sistema de auditoria, que envolve muito mais do que a simples avaliação de relatórios. Observe o parágrafo 4º do artigo 32 da Lei nº 8.080, de 1990, a seguir:

§ 4º O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu sistema de auditoria, a conformidade à programação aprovada da aplicação dos recursos repassados a Estados e Municípios. Constatada a malversação, desvio ou não aplicação dos recursos, caberá ao Ministério da Saúde aplicar as medidas previstas em lei.

292
Q

Metade dos recursos destinados a Estados e Municípios será distribuída segundo o quociente de sua divisão pelo número de habitantes, independente de qualquer procedimento prévio.

A

ERRADO

Dispositivo da Lei nº 8.080, de 1990, foi revogado pela Lei Complementar nº 141, de 2012. O texto anterior previa o seguinte:
§ 1º Metade dos recursos destinados a Estados e Municípios será distribuída segundo o quociente de sua divisão pelo número de habitantes, independentemente de qualquer procedimento prévio. (Revogado pela Lei Complementar nº 141, de 2012).

293
Q

No âmbito do SUS, na esfera federal, os recursos financeiros originários do orçamento da Seguridade Social, de outros orçamentos da União, e de outras fontes, serão administradas pelo Ministério da Saúde através do Fundo Nacional de Saúde.

A

CERTO

294
Q

As reuniões dos conselhos de saúde são abertas ao púbico, obrigatoriamente acontecendo semanalmente, nas secretarias de saúde.

A

ERRADO

Porque a reunião é, no mínimo, a cada mês, e em espaços que possibilitem a participação da sociedade, não necessariamente nas secretarias de saúde. Veja trechos a seguir da quarta diretriz sobre a estrutura e funcionamento dos conselhos de saúde, da Resolução CNS/MS nº 453, de 2012:

IV - o Plenário do Conselho de Saúde se reunirá, no mínimo, a cada mês e, extraordinariamente, quando necessário, e terá como base o seu Regimento Interno. A pauta e o material de apoio às reuniões devem ser encaminhados aos conselheiros com antecedência mínima de 10 (dez) dias;
V - as reuniões plenárias dos Conselhos de Saúde são abertas ao público e deverão acontecer em espaços e horários que possibilitem a participação da sociedade;

295
Q

Participação da comunidade significa que todo e qualquer cidadão tem direito de acesso aos serviços públicos de saúde na hora e da maneira que desejar, sem qualquer órgão institucionalizado de representação.

A

ERRADO

O princípio descrito pela alternativa é o da Universalidade. A participação popular é a diretriz ou o princípio organizativo que dá direito à população de opinar e fiscalizar a forma como o sistema está sendo conduzido.

Existem duas instâncias que permitem a população exercer esse direito: as conferências de saúde, que ocorrem a cada 4 anos nas três esferas administrativas (municípios, estados e União) e que tem caráter consultivo, isto é, são instâncias onde o nível de saúde é discutido e propostas de melhoria e intervenção são pactuadas.

Paralelamente, temos os conselhos de saúde, que são instâncias colegiadas permanentes (isto é, tem funcionamento contínuo) e tem por função fiscalizar a gestão do SUS, avaliando se os recursos empregados estão de acordo com o planejamento em saúde e com as políticas existentes. Os conselhos de saúde também existem em cada esfera administrativa e podem, inclusive, existir em outros níveis administrativos, como distritos.

296
Q

São princípios doutrinários do SUS: Integralidade e universalidade.

A

CERTO

Que todo e qualquer planejamento, ou ação em saúde exercida pelo SUS, precisa seguir esses valores, chamados Princípios éticos ou Doutrinários.

São eles:
Universalidade,
Integralidade e
Equidade.

Esses princípios são, portanto, a essência do SUS.

297
Q

Quando um paciente apresentando quadro compatível com uma simples gripe (vírus influenza) procura diretamente um hospital de emergência e de atendimento de alta complexidade, que princípio do SUS está sendo quebrado?

A

Hierarquização!

A hierarquização significa organizar os serviços de saúde em níveis de atenção. Essa hierarquia ocorre da seguinte forma: a rede de atenção à saúde tem uma porta de entrada, que é a Atenção Básica. Essa, por sua vez, deve ser resolutiva.

298
Q

Referem-se às instâncias colegiadas municipais do Sistema Único de Saúde, previstas na Lei Federal 8.142/90 do Ministério da Saúde: Conferência Municipal de Saúde e Conselho Municipal de Saúde.

A

CERTO

299
Q

No mês de agosto de 1990, o Congresso Nacional aprova a primeira versão da Lei Orgânica da Saúde, a Lei nº 8.080, a qual foi profundamente mutilada pelos vetos presidenciais, particularmente nos itens relativos ao financiamento e ao controle social.

Qual foi o presidente responsável pelos vetos e à nova Lei que recupera alguns vetos importantes?

A

Fernando Collor – Lei nº 8.142.

Estamos diante de uma questão muito objetiva sobre a História do SUS, em que banca deseja saber se o candidato conhece os bastidores da Lei 8.080/90. Naquela época, o presidente da república era Fernando Collor de Melo, o qual apresentava uma tendência contrária à descentralização e participação popular no SUS.

Nesse sentido, Collor vetou artigos importantes da Lei 8.080, principalmente em relação às instâncias colegiadas como as conferências e os conselhos de saúde. Por isso, houve a necessidade de publicação de um segundo dispositivo legal (no caso, a Lei 8.142/90) justamente para recuperar alguns vetos da primeira lei orgânica da saúde.

Por isso, podemos dizer que a Lei 8.142/90 “só existe” para contornar os vetos da Lei 8.080/90.

300
Q

O contrato inteligente bloqueou, de maneira automática, o uso do dispositivo digital por Alice, porque ela não cumpriu o contrato.

A correção gramatical do texto seria mantida se o vocábulo “porque” fosse substituído por por que.

A

ERRADO

Observe mais alguns detalhes sobre o uso dos “porquês”:

  • PORQUE (junto e sem acento): equivale a “pois”, “uma vez que”, “como”. Pode ser utilizado em respostas ou em explicações: Não fui à aula porque não estava bem.
  • PORQUÊ (junto e com acento): funciona como substantivo e significa “razão”, “motivo”. Normalmente vem acompanhado de um termo determinante (artigo) para especificar: Não sei o porquê de tanto medo.
  • POR QUE (separado e sem acento): equivale a “por qual motivo”: Por que você não entregou a carta a ele? OU Os amigos brigaram recentemente, motivo por que (pelo qual) não compareceram à festa juntos. Nesse caso, a expressão é composta pela preposição “por” + o pronome relativo “que”.
  • POR QUÊ (separado e com acento): aparece em finais de frase e antes de pontuação (ponto final, interrogação, exclamação ou reticências): Ele ainda não foi embora por quê?
301
Q

O fator mais importante para prever a performance de um grupo é a igualdade da participação na conversa. Grupos em que poucas pessoas dominam o diálogo têm desempenho pior do que aqueles em que há mais troca. O segundo fator mais importante é a inteligência social dos seus membros, medida pela capacidade que eles têm de ler os sinais emitidos pelos outros membros do grupo. As mulheres têm mais inteligência social que os homens, por isso grupos mais diversificados têm desempenho melhor.

Julgue o item seguinte, referente às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima.

Em todas as ocorrências de “têm” no texto é exigido o uso do acento circunflexo para marcar o plural.

A

CERTO

A conjugação da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo do verbo “ter” de fato exige o uso do acento circunflexo, que será empregado quando o verbo estiver relacionado a um sujeito no plural.

Vamos analisar os casos mencionados:

Trecho 1: “Grupos em que poucas pessoas dominam o diálogo têm desempenho pior do que aqueles em que há mais troca.” = aqui, o núcleo do sujeito é “grupos”, que está no plural, justificando o uso da forma verbal “têm”.

Trecho 2: “O segundo fator mais importante é a inteligência social dos seus membros, medida pela capacidade que eles têm de ler os sinais emitidos pelos outros membros do grupo.” = aqui, o sujeito é o pronome pessoal “eles”, que está no plural, o que exige o uso da forma verbal “têm”.

Trecho 3: “As mulheres têm mais inteligência social que os homens, por isso grupos mais diversificados têm desempenho melhor.” = os núcleos do sujeito são “mulheres” e “grupos”, ambos no plural, o que explica a utilização da forma verbal “têm” no plural nas duas ocorrências.

Portanto, em todas as situações apresentadas no texto, verifica-se que a forma verbal “têm” está associada a sujeitos no plural, por isso a assertiva está correta.

302
Q

O emprego do acento gráfico em “incluíram” e “número” justifica-se com base na mesma regra de acentuação.

A

ERRADO

  • in-clu-í-ram: a regra de acentuação do hiato diz respeito às letras “i” e “u”: quando o “i” e “u” tônicos estiverem SOZINHOS na sílaba e não forem precedidos de ditongo (ou acompanhados apenas pela letra “s”) e não forem seguidos por “nh”, haverá acento: ju-í-zes (o “i” está sozinho), sa-ú-de (o “i” está sozinho), sa-í-da (o “i” está sozinho), e-go-ís-mo (o “i” está acompanhado pela letra “s”), “pa-í-ses” (o “i” está sozinho), “pa-ís” (o “i” está acompanhado apenas pela letra “s”). Para complementar a regra, um exemplo de termo em que a letra “i” não é acentuada é “bainha” porque o “i” é seguido por “nh”.) ou, ainda, “ju-iz” (o “i” está com a letra “z”). Ou seja, no termo “in-clu-í-ram”, o “i” está sozinho na sílaba e por isso deve ser acentuado;
  • nú-me-ro: no caso, o termo é uma proparoxítona, ou seja, a tônica é na antepenúltima sílaba. Esse é o grupo mais fácil de memorizar, já que todas as proparoxítonas devem ser acentuadas.
303
Q

Os vocábulos “prejuízos” e “benefícios” são acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.

A

ERRADO

  • pre-ju-í-zos: a regra de acentuação do hiato diz respeito às letras “i” e “u”: quando o “i” e “u” tônicos estiverem SOZINHOS na sílaba e não forem precedidos de ditongo (ou acompanhados apenas pela letra “s”) e não forem seguidos por “nh”, haverá acento: ju-í-zes (o “i” está sozinho), sa-ú-de (o “i” está sozinho), sa-í-da (o “i” está sozinho), e-go-ís-mo (o “i” está acompanhado pela letra “s”), “pa-í-ses” (o “i” está sozinho), “pa-ís” (o “i” está acompanhado apenas pela letra “s”). Para complementar a regra, um exemplo de termo em que a letra “i” não é acentuada é “bainha” porque o “i” é seguido por “nh”.) ou, ainda, “ju-iz” (o “i” está com a letra “z”). Ou seja, no termo “pre-ju-í-zos”, o “i” está sozinho na sílaba e por isso deve ser acentuado;
  • be-ne-fí-cios: aqui, o termo é uma paroxítona terminada em ditongo oral crescente (a regra estabelece que as paroxítonas terminadas em ditongo devem ser acentuadas). No caso dos ditongos orais crescentes, existe uma regra que diz que esses ditongos crescentes em fins de palavras podem ser transformados em hiatos, então ambas as formas estão corretas: be-ne-fí-cios / be-ne-fí-ci-os. Sendo assim, o vocábulo pode ser considerado uma paroxítona terminada em ditongo ou uma proparoxítona eventual/aparente.
304
Q

Nos dias de hoje, independentemente da evolução e do avanço das teorias e práticas pedagógicas e de suas novas perspectivas quanto às reformulações educacionais e às mudanças que dizem respeito ao educar, profissionais das ciências humanas e sociais têm enfocado um grande problema: as causas da evasão escolar.

No que diz respeito às estruturas linguísticas do texto, julgue o item subsecutivo.

O emprego da acentuação gráfica em “têm enfocado” decorre da relação de concordância entre essa forma verbal e o núcleo do sujeito da oração — “profissionais”.

A

CERTO

A questão está correta, porque o sujeito da oração é “profissionais das ciências humanas e sociais”, cujo núcleo é o substantivo “profissionais”. Veja que o núcleo está no plural, indicando que o verbo da oração também deve estar flexionado no plural a fim de garantir a concordância verbal. Lembrando que o verbo “têm” é a forma conjugada do verbo “ter” na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo, concordando com o núcleo do sujeito “profissionais”.

Além disso, cumpre lembrar que o verbo “ter” possui formas diferentes para o singular e para o plural no presente do indicativo, e isso é marcado pela presença ou pela ausência do acento circunflexo ( ^ ), ou seja, nos termos da acentuação gráfica, isso se encaixa na regra dos acentos diferenciais (o acento diferencia o singular do plural).

305
Q

As palavras “países”, “famílias” e “níveis” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.

A

ERRADO

  • pa-í-ses: a regra de acentuação do hiato diz respeito às letras “i” e “u”: quando o “i” e “u” tônicos estiverem SOZINHOS na sílaba e não forem precedidos de ditongo (ou acompanhados apenas pela letra “s”) e não forem seguidos por “nh”, haverá acento: ju-í-zes (o “i” está sozinho), sa-ú-de (o “i” está sozinho), sa-í-da (o “i” está sozinho), e-go-ís-mo (o “i” está acompanhado pela letra “s”), “pa-í-ses” (o “i” está sozinho), “pa-ís” (o “i” está acompanhado apenas pela letra “s”). Para complementar a regra, um exemplo de termo em que a letra “i” não é acentuada é “bainha” porque o “i” é seguido por “nh”.) ou, ainda, “ju-iz” (o “i” está com a letra “z”). Ou seja, no termo “pa-í-ses”, o “i” está sozinho na sílaba e por isso deve ser acentuado;
  • fa-mí-lias: aqui, o termo é uma paroxítona terminada em ditongo oral crescente (a regra estabelece que as paroxítonas terminadas em ditongo devem ser acentuadas). Além disso, especialmente no caso dos ditongos orais crescentes, existe uma regra que diz que esses ditongos orais crescentes em fins de palavras podem ser transformados em hiatos, então ambas as formas estão corretas: be-ne-fí-cios / be-ne-fí-ci-os. Sendo assim, o vocábulo pode ser considerado uma paroxítona terminada em ditongo ou uma proparoxítona eventual/aparente;
  • ní-veis: aqui, o termo é uma paroxítona terminada em ditongo oral decrescente (a regra estabelece que as paroxítonas terminadas em ditongo devem ser acentuadas).
306
Q

O emprego do acento gráfico nos vocábulos “análise”, “Aristóteles” e ‘cadáveres’ justifica-se pela mesma regra de acentuação.

A

CERTO

Isso mesmo. Os três termos (a-ná-li-se, A-ris-tó-te-les e ca-dá-ve-res) são proparoxítonas, ou seja, a tônica é na antepenúltima sílaba. Esse é o grupo mais fácil de memorizar, já que todas as proparoxítonas devem ser acentuadas.

307
Q

O trecho “contribui para o prazer das pessoas com as representações imitativas” poderia ser corretamente substituído por: contribui ao prazer que as pessoas tem pelas representações imitativas.

A

ERRADO

Em primeiro lugar, vejamos o trecho ao qual a questão se refere e a proposta a ele relacionada:

  • Dizer “isto não é real” certamente contribui para o prazer das pessoas com as representações imitativas, de acordo com um admirável estudo de psicologia escrito por Aristóteles.
  • Dizer “isto não é real” certamente contribui ao prazer que as pessoas têm pelas representações imitativas, de acordo com um admirável estudo de psicologia escrito por Aristóteles.

A alternativa está incorreta, porque o sujeito/núcleo do sujeito da oração é “pessoas”. Veja que o termo “pessoas” está no plural, indicando que o verbo da oração também deve estar flexionado no plural a fim de garantir a concordância verbal. Lembrando que o verbo “têm” é a forma conjugada do verbo “ter” na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo, concordando com o núcleo do sujeito “pessoas”.

308
Q

Verifica-se a ocorrência de dígrafos nos vocábulos “pressupõe” e “ortodoxo”.

A

ERRADO

Dígrafo é um grupo de duas letras que representam um só fonema (SOM), ou seja, se o som predominante for de uma consoante, então teremos um dígrafo consonantal, se o som predominante for de uma vogal, então teremos um dígrafo vocálico. Em relação aos termos mencionados, apenas o vocábulo “pressupõe” apresenta o dígrafo consonantal “ss”. O que ocorre com o termo “ortodoxo” é o que as gramáticas chamam de imperfeição da língua, isto é, a letra “x” representa dois sons (ortodocso = o “x” tem som de “cs”).

309
Q

O emprego de acento gráfico no vocábulo “barbárie” deve-se à mesma regra que se observa no emprego de acento em “caleidoscópio”.

A

CERTO

  • bar-bá-rie e ca-lei-dos-có-pio: aqui, os termos são paroxítonas terminadas em ditongo oral crescente (a regra estabelece que as paroxítonas terminadas em ditongo devem ser acentuadas). No caso dos ditongos orais crescentes, existe uma regra que diz que esses ditongos crescentes em fins de palavras podem ser transformados em hiatos, então ambas as formas estão corretas: be-ne-fí-cios / bar-bá-rie e ca-lei-dos-có-pio / ca-lei-dos-có-pi-o. Sendo assim, os vocábulos podem ser considerados paroxítonas terminadas em ditongo ou proparoxítonas eventuais/aparentes.
310
Q

Nas palavras “referência” e “espécie”, o emprego do acento atende à mesma regra de acentuação gráfica.

A

CERTO

  • re-fe-rên-cia e es-pé-cie: aqui, os termos são paroxítonas terminadas em ditongo oral crescente (a regra estabelece que as paroxítonas terminadas em ditongo devem ser acentuadas). No caso dos ditongos orais crescentes, existe uma regra que diz que esses ditongos crescentes em fins de palavras podem ser transformados em hiatos, então ambas as formas estão corretas: re-fe-rên-cia / re-fe-rên-ci-a e es-pé-cie / es-pé-ci-e. Sendo assim, os vocábulos podem ser considerados paroxítonas terminadas em ditongo ou proparoxítonas eventuais/aparentes.
311
Q

O uso do acento agudo em “análise” é obrigatório para distinguir esse substantivo do possível uso da flexão do verbo analisar, analise, nessa estrutura sintática.

A

ERRADO

O uso do acento gráfico em “a-ná-li-se” ocorre porque ela é uma proparoxítona, e, conforme a norma gramatical, todas as palavras proparoxítonas devem ser acentuadas. Já a forma verbal “a-na-li-se” é uma paroxítona e, por isso, não possui acento gráfico. Logo, esse caso não se refere ao acento diferencial, uma vez que as palavras comparadas apresentam pronúncias distintas, ou seja, não são homófonas.

O acento diferencial tem como principal função distinguir palavras que possuem a mesma pronúncia (homófonas). Com o Novo Acordo Ortográfico, o acento diferencial foi eliminado em alguns casos, por exemplo:

  • o verbo “pára” passou a ser grafado como “para”, tornando-se homônimo da preposição “para”;
  • o verbo “péla(s)” foi alterado para “pela(s)”, tornando-se homônimo da preposição contraída “pela(s)” (preposição por + artigo definido a(s));
  • o substantivo “pêlo(s)” tornou-se “pelo(s)”, homônimo da forma prepositiva contraída “pelo(s)” (preposição por + artigo definido o(s));
  • o substantivo “pólo(s)” foi simplificado para “polo(s)”;
  • o substantivo “pêra(s)” passou a ser escrito como “pera(s)”.

Existem, contudo, duas situações em que o acento diferencial foi mantido:

  • Entre o verbo “pôr” e a preposição “por”;
  • Entre o verbo “pôde” (forma do pretérito perfeito) e o verbo “pode” (forma do presente do indicativo);
  • Entre o singular e o plural do verbo “tem” e “têm”.
312
Q

Em lugar da expressão “dali a 12 anos”, estaria igualmente correta a grafia dali há 12 anos.

A

ERRADO

Em primeiro lugar, vejamos o trecho ao qual a questão se refere:

“Seu técnico, Bob Bowman, previu que ele bateria recordes mundiais dali a 12 anos, nos Jogos Olímpicos de 2008.”

A expressão “dali a 12 anos” foi empregada corretamente, indicando um intervalo de tempo que se projeta a partir de um ponto futuro determinado.

Por outro lado, a forma “dali há 12 anos” seria incorreta. Isso porque o verbo “haver”, no sentido de existir ou ocorrer, é impessoal, ou seja, não admite sujeito e deve ser conjugado apenas no singular. Ademais, a preposição “a” é utilizada para indicar tempo futuro, enquanto “há” é restrita a situações que se referem a um momento passado. Portanto, no contexto da questão, a construção adequada é “dali a 12 anos”, por isso o gabarito da questão é incorreto.

313
Q

Às palavras “ótimo”, “vítima” e “britânica” aplica-se a mesma regra de acentuação gráfica.

A

CERTO

Os três termos (ó-ti-mo, ví-ti-ma, bri-tâ-ni-ca) são proparoxítonas, ou seja, a tônica é na antepenúltima sílaba. Esse é o grupo mais fácil de memorizar, já que todas as proparoxítonas devem ser acentuadas.

314
Q

Segundo as regras de ortografia da língua portuguesa, e sem que se alterem os sentidos do texto, a palavra “segmentos” também poderia ser escrita como seguimentos.

A

ERRADO

Ambas as palavras existem na língua portuguesa, mas possuem sentidos diferentes, ou seja, em relação às regras de ortografia da língua portuguesa, a questão estaria correta. Contudo, o examinador também solicitou manutenção de sentido, o que torna a assertiva incorreta. Veja:

seg·men·to
sm
1 Parte, porção ou seção de um todo.
2 Anat Parte de um órgão ou de uma estrutura limitada por septos ou constrições.
3 Zool Cada uma das partes semelhantes em que se divide o corpo de certos animais, como o dos anelídeos, ou das partes distintas, como o dos artrópodes.

OU

seguimento
se·gui·men·to
sm
1 Ato ou efeito de seguir; seguida.
2 Técnica de acompanhamento dos foguetes ou de suas partes destacadas e de determinação dos elementos de sua trajetória ou órbita.
3 O resultado de algo que aconteceu; consequência.

315
Q

É o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que vai reunir pela primeira vez os serviços, programas e benefícios para cerca de 50 milhões de brasileiros em todas as faixas etárias.

Em relação às estruturas do texto ao lado, que trata do SUAS, julgue o item que se seguem.

Estaria gramaticalmente correta a substituição de “cerca de” por acerca de.

A

ERRADO

Na verdade, a expressão “acerca de” significa “a respeito de”, e é empregada para indicar o assunto do qual se fala. Já a expressão “a cerca de” significa “por volta de”, e é utilizada para indicar valor aproximado de uma distância. Por fim, a expressão “há cerca de” significa “faz aproximadamente”, e é empregada para indicar valor aproximado de tempo decorrido. Portanto, a assertiva está errada, pois a troca das expressões não é válida.

316
Q

As palavras “municípios”, “famílias”, “freqüência” e “convivência” recebem acento gráfico com base na mesma regra gramatical.

A

CERTO

  • mu-ni-cí-pios, fa-mí-lias e fre-quên-cia: aqui, os termos são paroxítonas terminadas em ditongo oral crescente (a regra estabelece que as paroxítonas terminadas em ditongo devem ser acentuadas). No caso dos ditongos orais crescentes, existe uma regra que diz que esses ditongos crescentes em fins de palavras podem ser transformados em hiatos, então ambas as formas estão corretas: mu-ni-cí-pios / mu-ni-cí-pi-os, fa-mí-lias / fa-mí-li-as e fre-quên-cia / fre-quên-ci-a. Sendo assim, os vocábulos podem ser considerados paroxítonas terminadas em ditongo ou proparoxítonas eventuais/aparentes.
317
Q

Julgue a grafia e a acentuação do fragmento de texto apresentado no item seguinte.

Quintiliano propôs em seu livro uma pequena coletânea de textos de literatura, a fim de garantir uma percentagem mínima de leitura para os estudantes de Retórica.

A

CERTO

  • “Quintiliano”: nome próprio grafado corretamente. Trata-se de uma referência histórica ao orador e pedagogo romano Quintiliano (Marcus Fabius Quintilianus). A grafia do nome segue o padrão tradicional de transliteração do latim para o português;
  • “propôs”: forma conjugada do verbo “propor” no pretérito perfeito do indicativo, grafada corretamente com o acento circunflexo, como exige a norma para a terceira pessoa do singular. Lembrando que o acento circunflexo indica a vogal fechada (ô), seguindo a regra de acentuação das oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s);
  • “coletânea”: palavra corretamente grafada, e é um substantivo derivado do verbo “coletar”. Lembrando que a palavra é acentuada graficamente por ser uma paroxítona terminada em ditongo oral crescente (a regra estabelece que as paroxítonas terminadas em ditongo devem ser acentuadas). No caso dos ditongos orais crescentes, existe uma regra que diz que esses ditongos crescentes em fins de palavras podem ser transformados em hiatos, então ambas as formas estão corretas: co-le-tâ-nea / co-le-tâ-ne-a. Sendo assim, o vocábulo pode ser considerado uma paroxítona terminada em ditongo ou uma proparoxítona eventual/aparente;
  • “literatura”: palavra escrita conforme a grafia oficial;
  • “percentagem”: a grafia está correta, pois o uso de “g” em vez de “j” é exigido pela etimologia latina da palavra (percentagium). É importante lembrar que o termo “porcentagem” também é aceito na norma culta, sendo uma variante válida no português brasileiro;
  • “Retórica”: o substantivo próprio está corretamente grafado com letra maiúscula, de acordo com a norma para nomes de disciplinas ou áreas do conhecimento.
318
Q

Julgue a grafia e a acentuação do fragmento de texto apresentado no item seguinte.

Pelo país a fora é consenso que muitos jovens lêm mal ou pouco, não gostam ou não sabem ler.

A

ERRADO

O item está errado, porque apresenta dois problemas relacionados à grafia e à acentuação, especificamente no emprego do verbo “lêm” e na grafia da expressão “a fora”, que deveria ser escrita como “afora”. Vejamos em detalhes:

o verbo “ler”, no presente do indicativo, na terceira pessoa do plural (eles/elas), deve ser grafado como “leem”, sem o uso do acento circunflexo. Isso ocorre, porque, após o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, o uso do acento em palavras com vogais idênticas (como em “leem” e “creem”) foi abolido. Antes do acordo, a forma “lêem” era considerada correta, mas atualmente a grafia correta é SEM o acento circunflexo. Portanto, o correto seria: “… muitos jovens leem mal ou pouco…”
a expressão “a fora”, separada, está incorreta. A forma adequada, de acordo com a norma-padrão, é “afora”, escrita junta, pois se trata de um advérbio que indica disseminação ou movimento por uma extensão. Portanto, o correto seria: “Pelo país afora, é consenso que muitos jovens leem mal ou pouco.”

319
Q

Os vocábulos “laboratório”, “santuário” e “vários” estão escritos com acento agudo porque são palavras paroxítonas terminadas em ditongo.

A

CERTO

la-bo-ra-tó-rio, san-tu-á-rio e vá-rios: aqui, os termos são paroxítonas terminadas em ditongo oral crescente (a regra estabelece que as paroxítonas terminadas em ditongo devem ser acentuadas). No caso dos ditongos orais crescentes, existe uma regra que diz que esses ditongos crescentes em fins de palavras podem ser transformados em hiatos, então ambas as formas estão corretas: la-bo-ra-tó-rio / la-bo-ra-tó-ri-o, san-tu-á-rio / san-tu-á-ri-o e vá-rios / vá-ri-os. Sendo assim, os vocábulos podem ser considerados paroxítonas terminadas em ditongo ou proparoxítonas eventuais/aparentes.

320
Q

Agrupando-se algumas palavras das linhas 1 e 2 em função das regras pelas quais elas são acentuadas, formam-se dois grupos: a) “denúncias” e “influência”; b) “tráfico” e “dólares”.

A

CERTO

  • de-nún-cias e in-flu-ên-cia: aqui, os termos são paroxítonas terminadas em ditongo oral crescente (a regra estabelece que as paroxítonas terminadas em ditongo devem ser acentuadas). No caso dos ditongos orais crescentes, existe uma regra que diz que esses ditongos crescentes em fins de palavras podem ser transformados em hiatos, então ambas as formas estão corretas: de-nún-cias / de-nún-ci-as e in-flu-ên-cia / in-flu-ên-ci-a. Sendo assim, os vocábulos podem ser considerados paroxítonas terminadas em ditongo ou proparoxítonas eventuais/aparentes;
  • trá-fi-co e dó-la-res: no caso, os termos são proparoxítonas, ou seja, a tônica é na antepenúltima sílaba. Esse é o grupo mais fácil de memorizar, já que todas as proparoxítonas devem ser acentuadas.
321
Q

A vogal “i”, nas palavras “país” e “maniqueístas”, é acentuada porque está na sílaba tônica, formando um hiato com a vogal anterior.

A

CERTO

  • pa-ís e ma-ni-que-ís-tas: a regra de acentuação do hiato diz respeito às letras “i” e “u”: quando o “i” e “u” tônicos estiverem SOZINHOS na sílaba e não forem precedidos de ditongo (ou acompanhados apenas pela letra “s”) e não forem seguidos por “nh”, haverá acento: ju-í-zes (o “i” está sozinho), sa-ú-de (o “i” está sozinho), sa-í-da (o “i” está sozinho), e-go-ís-mo (o “i” está acompanhado pela letra “s”), “pa-í-ses” (o “i” está sozinho), “pa-ís” (o “i” está acompanhado apenas pela letra “s”). Para complementar a regra, um exemplo de termo em que a letra “i” não é acentuada é “bainha” porque o “i” é seguido por “nh”.) ou, ainda, “ju-iz” (o “i” está com a letra “z”). Ou seja, nos termos pa-ís e ma-ni-que-ís-tas, o “i” está acompanhado pela letra “s” e por essa razão deve ser acentuado.
322
Q

A escrita de “contra-ataque” poderia ser feita sem hífen, por analogia com “contradição”, sem que se incorresse em erro de grafia.

A

ERRADO

A regra relacionada ao emprego do hífen estabelece o seguinte: nas formações com prefixos (por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra- (CASO DA PRESENTE QUESTÃO), entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-…) e em formações por recomposição, isto é, com elementos não autônomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-…), só se emprega o hífen nos seguintes casos:

a) Nas formações em que o segundo elemento começa por “h”: anti-higiênico, circum-hospitalar, co-herdeiro, contra-harmônico, extra-humano, pré-história, sub-hepático, super-homem, ultra-hiperbólico; arqui-hipérbole, eletro-higrómetro, geo-história, neo-helênico, pan-helenismo, semi–hospitalar.

Obs.: não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm, em geral, os prefixos “des-” e “in-” e nas quais o segundo elemento perdeu o “h” inicial: desumano, desumidificar, inábil, inumano…

b) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento: anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, supra-auricular; arqui-irmandade, auto-observação, eletro-ótica, micro-onda, semi-interno. = é nesse caso que a presente questão se encaixa. Veja que, no termo “contra-ataque”, o prefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento. Logo, o termo deve ser grafado com hífen.

323
Q

O vocábulo “cotidiano” aceita também a grafia quotidiano, devido à etimologia da palavra.

A

CERTO

O item está correto, porque a palavra “cotidiano” deriva do latim quotidianus, que originalmente possuía o som da consoante “q” no início. Essa origem etimológica explica a possibilidade de a palavra ser grafada como “quotidiano”, forma que preserva maior proximidade com o termo latino.

Em acréscimo, a palavra quotidianus deriva de quotidie, que significa “a cada dia” ou “diariamente”. No latim, o uso do “qu-” era comum em palavras que indicavam frequência ou quantidade, como quot (“quanto” ou “quantas vezes”).

Portanto, a Academia Brasileira de Letras e a norma ortográfica do português permitem ambas as grafias: “cotidiano” (forma simplificada) e “quotidiano” (forma etimológica), possibilidade que não representa desvio de norma culta, mas sim uma variação legítima da palavra, reconhecida oficialmente.

324
Q

As palavras “tendências”, “comércio”, “sérios”, “negócios” e “estratégia”, constantes no texto, recebem acento gráfico pelo mesmo motivo.

A
  • ten-dên-cias, co-mér-cio, sé-rios, ne-gó-cios e es-tra-té-gia: aqui, os termos são paroxítonas terminadas em ditongo oral crescente (a regra estabelece que as paroxítonas terminadas em ditongo devem ser acentuadas). No caso dos ditongos orais crescentes, existe uma regra que diz que esses ditongos crescentes em fins de palavras podem ser transformados em hiatos, então ambas as formas estão corretas: ten-dên-cias / ten-dên-ci-as, co-mér-cio / co-mér-ci-o, sé-rios / sé-ri-os, ne-gó-cios / ne-gó-ci-os e es-tra-té-gia / es-tra-té-gi-a. Sendo assim, os vocábulos podem ser considerados paroxítonas terminadas em ditongo ou proparoxítonas eventuais/aparentes.
325
Q

Quanto ao trabalho do menor de dezoito anos, a Constituição Federal estabelece: terá direito à remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.

A

ERRADO

Porque o menor de idade não pode trabalhar de noite! Logo, não há como sustentar de antemão que os menores de dezoito anos terão direito à remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.

326
Q

Quanto ao trabalho do menor de dezoito anos, a Constituição Federal estabelece: é garantida a irredutibilidade do seu salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.

A

CERTO

Pois, para todos os trabalhadores urbanos e rurais, é assegurada a irredutibilidade de seu salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo. Ou seja, tanto para trabalhadores menores como para trabalhadores maiores de idade, assegura-se tal proteção!

327
Q

Quanto ao trabalho do menor de dezoito anos, a Constituição Federal estabelece: não poderá ter a duração do seu trabalho normal superior a quarenta horas semanais.

A

ERRADO

Porque o limite da semana de trabalho é de quarenta e quatro horas, não quarenta. Assim sendo, não é possível afirmar que o trabalho do menor de dezoito anos não poderá ter a duração normal superior a quarenta horas semanais.

328
Q

Quanto ao trabalho do menor de dezoito anos, a Constituição Federal estabelece: poderá trabalhar na condição de aprendiz, apenas a partir dos dezesseis anos de idade, até atingir a maioridade civil.

A

ERRADO

Como visto, o artigo 7º, inciso XXXIII, fala em trabalho na condição de aprendiz dos quatorze até os dezesseis, não até os dezoito anos.

329
Q

Quanto ao trabalho do menor de dezoito anos, a Constituição Federal estabelece: a lei deverá garantir o percebimento, em seu grau máximo, dos adicionais de periculosidade e insalubridade.

A

ERRADO

Está errada porque não há como o menor de idade trabalhar em condições de periculosidade ou insalubridade. Logo, não é correto afirmar que a lei deverá garantir o percebimento, em seu grau máximo, dos adicionais de periculosidade e insalubridade.

330
Q

De acordo com o entendimento do STF, é inadmissível que o Poder Judiciário disponha sobre políticas públicas de segurança, mesmo em caso de persistente omissão do Estado, haja vista a indevida ingerência em questão, que envolve a discricionariedade do Poder Executivo.

A

ERRADO.

A alternativa encontra-se incorreta, pois é plenamente admissível, de acordo com o entendimento do STF, que o Poder Judiciário disponha sobre políticas públicas de segurança, mesmo em caso de persistente omissão do Estado, haja vista a indevida ingerência em questão, que envolve a discricionariedade do Poder Executivo. Nesse sentido:

É lícito ao Poder Judiciário impor à Administração Pública obrigação de fazer, consistente na promoção de medidas ou na execução de obras emergenciais em estabelecimentos prisionais para dar efetividade ao postulado da dignidade da pessoa humana e assegurar aos detentos o respeito à sua integridade física e moral, nos termos do que preceitua o art. 5º, XLIX, da CF, não sendo oponível à decisão o argumento da reserva do possível nem o princípio da separação dos poderes. STF. Plenário. RE 592581/RS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 13/8/2015 (Info 794).

331
Q

São fundamentos constitucionais da República Federativa do Brasil, entre outros, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

A

CERTA.

A alternativa está correta, de acordo com o art. 1º, inciso IV, da Constituição Federal. Sendo assim, por expressa previsão constitucional, são fundamentos constitucionais da República Federativa do Brasil, entre outros, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

(…)

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

332
Q

Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação contra a ordem constitucional e o Estado democrático praticada por grupos armados, civis ou militares.

A

CERTO.

Assim como dispõe a CF/88, constitui crime inafiançável e imprescritível a ação contra a ordem constitucional e o Estado democrático praticada por grupos armados, civis ou militares:

Art. 5º (…)
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; (…).

333
Q

Entende-se como princípio da legalidade na vida civil o fato de ninguém ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.

A

CERTO.

Nesse sentido, nos ensina o Prof. Herbert Almeida:

“A legalidade apresenta dois significados distintos. O primeiro aplica-se aos administrados, isto é, às pessoas e às organizações em geral (vida civil). Conforme dispõe o inciso II do artigo 5º da CF/88, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Dessa forma, para os administrados, tudo o que não for proibido será permitido.

O segundo sentido do princípio da legalidade é aplicável à Administração e decorre diretamente do art. 37, caput, da CF/88, impondo a atuação administrativa somente quando houver previsão legal. Portanto, a Administração só poderá agir quando houver previsão legal. Por esse motivo, ele costuma ser chamado de princípio da estrita legalidade.”

334
Q

Somente para o acusado da prática de crime de terrorismo ou de traição em tempo de guerra é previsto o julgamento por juízo de exceção.

A

ERRADO.

Não existe exceção quanto ao fato de não ser possível a instituição de tribunal de exceção. Assim dispõe a CF/88:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (…)

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; (…)

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; (…).

334
Q

Considere que um cidadão estrangeiro tenha sido preso em flagrante no território brasileiro em uma operação da Polícia Federal. Nesse caso, mesmo não possuindo a naturalização brasileira, o estrangeiro tem legitimidade para impetrar habeas corpus.

A

CORRETA.

A questão está correta, visto que habeas corpus é a ação que deverá ser utilizada por qualquer pessoa, sendo essa brasileira ou estrangeira, que sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.

Art.5 LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

335
Q

A CF, quanto a sua origem, tem elementos tanto de constituição promulgada, em razão de ter sido elaborada por uma assembleia constituinte composta por representantes eleitos pelo povo, como de outorgada, em razão da ausência do exercício direto de escolha sobre o novo texto constitucional.

A

ERRADA.

A questão aborda acerca da classificação constitucional quanto a origem afirmando que a CF/88 tem elementos tanto de constituição promulgada quanto de outorgada, porém afirmação não é verdadeira, visto que Constituição brasileira de 1988 é classificada quanto a origem como promulgada, pois foi elaborada pelos representantes do povo, onde foi observado direto de escolha sobre o novo texto constitucional.

336
Q

A alimentação adequada é um dos direitos sociais constitucionalmente protegidos, devendo o poder público adotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população.

A

CERTA.

Conforme o artigo 6º da Constituição Federal: “Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.” (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015)

Ademais, o artigo 23, VIII salienta:

“Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

(…)

VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar”

Regulamentando o direito social à alimentação, o artigo 2º da Lei 11.346/2006, que cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências, aduz:

“Art. 2º A alimentação adequada é direito fundamental do ser humano, inerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder público adotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população.”

337
Q

São sujeitos passivos do mandado de segurança, além das autoridades públicas, os agentes de pessoas jurídicas com atribuições de poder público.

A

CORRETA.

Em conformidade com o §1º do Art. 1º da Lei 12.016/09, equiparam-se às autoridades os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições.

338
Q

Compete ao STF conhecer o habeas data se a autoridade impetrada for o presidente da República, ministro de Estado ou comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica.

A

INCORRETA.

Dentre as autoridades elencadas na assertiva, o STF apenas julgará o habeas data se a autoridade coatora for o Presidente da República, nos termos do Art. 102, I, “d”, da CF/88. Com relação às outras autoridades, a competência será do STJ, nos termos do Art. 105, I, “b”, da CF/88.

CF/88. Art. 102, I, d): o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

CF/88. Art. 105, I, b): os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;

339
Q

O mandado de injunção pode ser impetrado por pessoa física e não por pessoa jurídica, que esteja impossibilitada de exercer direitos e prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.

A

INCORRETA.

O mandado de injunção PODERÁ ser impetrado por pessoa jurídica, nos termos do Art. 3º da Lei 13.300/2016.

Art. 3º São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2º e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora.

340
Q

Não cabe recurso de ofício em habeas corpus, mas apenas recurso em sentido estrito da sentença que o concedeu ou da que o denegou, o qual pode ser interposto pelo impetrante, pelo próprio paciente e também pelo MP.

A

INCORRETA.

Caberá, em casos específicos, RECURSO DE OFÍCIO em habeas corpus, conforme Art. 574 do CPP.

Art. 574. Os recursos serão voluntários, excetuando-se os seguintes casos, em que deverão ser interpostos, de ofício, pelo juiz:

I - da sentença que conceder habeas corpus; (…).

341
Q

Considere a seguinte situação hipotética. João foi demitido da fazenda onde trabalhava como ordenhador de ovelhas em 21/5/2002. Em 13/5/2005, propôs reclamação trabalhista para cobrar verbas rescisórias a que tinha direito. O juiz do trabalho afastou a alegação de prescrição apresentada em contestação, sob o fundamento de que os créditos trabalhistas prescrevem em cinco anos. Nessa situação, o juiz do trabalho agiu corretamente.

A

ERRADA.

Da análise do inciso XXIX, do artigo 7º, infere-se que o juiz agiu equivocadamente. Nota-se que o trabalhador deverá observar o limite de dois anos (prescrição bienal) após a extinção do contrato de trabalho para ajuizar sua reclamatória, podendo exigir a reparação dos direitos dos últimos cinco anos (prescrição quinquenal).

Corroborando ao supramencionado está a súmula 308, do TST.

342
Q

Qualquer cidadão poderá impugnar o referido ato de contratação sem licitação, por meio de ação popular, desde que apresente título de eleitor, demonstre que a obra é lesiva ao patrimônio público e que não obedeceu à lei de licitações.

A

CERTO.

A questão trouxe a possibilidade do cidadão impugnar um ato lesivo ao patrimônio público ou que vai contra ao princípio da moralidade pública. Para tanto, exigia do candidato um conhecimento acerca da Ação Popular, um dos Remédio Constitucionais.

Tal Remédio Constitucional está previsto no Art. 5º, LXXIII da CF/88.

Art 5º
(…)

LXXIII- qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

343
Q

As comissões parlamentares de inquérito (CPI), constituídas no Poder Legislativo, têm poderes de investigação análogos aos das autoridades judiciárias, mas, em relação à prisão, só podem decretá-la no caso de flagrante delito. Essas comissões podem, por outro lado, decretar medidas como a interceptação das comunicações telefônicas e buscas e apreensões; entretanto, para que essas medidas sejam válidas, esses atos devem ser fundamentados pelos componentes da CPI.

A

ERRADO.

Embora as CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) tenham poderes instrutórios próprios das autoridades judiciárias, não podem determinar busca e apreensão domiciliar, nem determinar a interceptação das comunicações telefônicas. Pois estas medidas estão sujeitas a cláusula de reserva da jurisdição, ou seja, só podem ser decretadas por autoridade judiciária.

Nesse sentido, a Constituição Federal:

Art. 58. […]

§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

Art. 5° […]

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal

344
Q

Um dos mais relevantes direitos fundamentais assegurados pela Constituição da República é o da liberdade de locomoção, cuja proteção se faz, entre outros instrumentos, por meio do habeas corpus. Este pode ser impetrado por qualquer cidadão, mesmo que não seja advogado, pode ter caráter preventivo, isto é, pode servir para evitar lesão futura à liberdade de locomoção, e pode, ainda, atacar atos judiciais ilegais, até mesmo depois de transitarem em julgado.

A

CERTO.

Nos termos do art. 5º, inciso LXVIII, da CF/88 e art. 654 do CPP:

Art. 5º, LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

Art. 654, CPP. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.

345
Q

A chamada reserva jurisdicional é privativa Do Poder Judiciário, podendo excepcionalmente ser exercida pelo Poder Executivo ou Legislativo em função atípica.

A

INCORRETA.

A reserva jurisdicional, de fato, é privativa do Poder Judiciário, e por esse mesmo motivo, não pode ser exercida pelo Executivo ou Legislativo, nem mesmo em função atípica.

Os atos que devem ser praticados com reserva de jurisdição têm essa previsão específica, como o caso de quebra da inviolabilidade das comunicações telefônicas, que a própria Constituição Federal prevê que deverá ser somente por ordem judicial (art. 5º, inciso XII).

346
Q

Cidadão é sinônimo de homem livre, possuidor de direitos, e de obrigações, a título individual e coletivo, assegurados em lei.

A

CORRETA.

A cidadania, inserida no inciso II do artigo 1º da CF/88, é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil e segundo Alexandre de Moraes “representa um status e apresenta-se simultaneamente como objeto e um direito fundamental das pessoas”.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

[…]

II - a cidadania;

Assim, cidadão é sinônimo de homem livre, possuidor de direitos, e de obrigações, a título individual e coletivo, assegurados em lei, conforme dispõe a questão.

347
Q

Prevista na Constituição da República, a prescrição bienal do direito de propositura de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho se conta da extinção do contrato de trabalho, equiparando-se, para tal efeito, segundo entendimento jurisprudencial dominante, a mudança do regime celetista para o estatutário, nos moldes da Lei n.º 8.112/1990.

A

CERTA.

A prescrição bienal do direito de propositura de ação quanto a créditos trabalhistas se conta da extinção do contrato de trabalho, nos termos do art. 7º, XXIX, da CF/88. Conforme jurisprudência do STF, equipara-se, para tal efeito, a mudança do regime celetista para o estatutário.

Súmula 382 do TST: A transferência do regime jurídico de celetista para estatutário implica extinção do contrato de trabalho, fluindo o prazo da prescrição bienal a partir da mudança de regime.

348
Q

Paciente diabético, com 72 anos de idade, compareceu à emergência com queixa de dispneia ao tomar banho, havia três dias. Ele usava diariamente furosemida 40 mg, enalapril 20 mg, carvedilol 50 mg e espironolactona 25 mg. Ao exame físico, apresentava-se afebril, com extremidades quentes, normocorado, com frequência cardíaca de 62 bpm, pressão arterial de 116 mmHg × 68 mmHg, turgência jugular a 30º e estertores crepitantes em ambas as bases pulmonares. O ritmo cardíaco estava irregular e não havia sopros. O ecocardiograma, cujo resultado é apresentado na imagem a seguir, demonstrou fração de 27%.

O valor do BNP acima de 400 mg/dl é esperado nesse paciente.

A

CERTO

o peptídeo natriurético cerebral (BNP) é um marcador de sobrecarga cardíaca (de qualquer câmara, porém há maior liberação nos ventrículos). O pré-proBNP, sintetizado nos cardiomiócitos, é, inicialmente, clivado em proBNP e, posteriormente, em BNP (molécula ativa) e NT-proBNP.

O NT-proBNP é uma molécula mais estável, possui maior meia-vida e é considerado melhor marcador de insuficiência cardíaca e sobrecarga volumétrica. Além de apresentar valor prognóstico, possui bom valor preditivo negativo para exclusão do diagnóstico de IC.

Valores elevados à admissão estão associados à pior evolução hospitalar, e a dosagem no momento da alta traz informações prognósticas importantes, visto que a queda absoluta do BNP reduz o risco de reinternações.

Um BNP inferior a 100 pg/ml deve sugerir outra etiologia para o quadro. Valores entre 100 e 400 não excluem a possibilidade de insuficiência cardíaca e, por fim, valores superiores a 400 pg/ml indicam fortemente insuficiência cardíaca (IC).

Logo, em um paciente com dispneia aos pequenos esforços, turgência jugular, crepitações à ausculta pulmonar e fração de ejeção de 27%, definitivamente esperamos um BNP superior a 400 pg/ml. Ainda que a unidade utilizada pela banca não seja a mais recomendada atualmente, o valor apresentado está correto.

349
Q

Paciente diabético, com 72 anos de idade, compareceu à emergência com queixa de dispneia ao tomar banho, havia três dias. Ele usava diariamente furosemida 40 mg, enalapril 20 mg, carvedilol 50 mg e espironolactona 25 mg. Ao exame físico, apresentava-se afebril, com extremidades quentes, normocorado, com frequência cardíaca de 62 bpm, pressão arterial de 116 mmHg × 68 mmHg, turgência jugular a 30º e estertores crepitantes em ambas as bases pulmonares. O ritmo cardíaco estava irregular e não havia sopros. O ecocardiograma, cujo resultado é apresentado na imagem a seguir, demonstrou fração de 27%.

Recomenda-se iniciar o tratamento com ivabradina com vistas à redução da morbimortalidade do paciente.

A

ERRADO

o controle da frequência cardíaca é um dos alvos terapêuticos na insuficiência cardíaca (IC). A ivabradina é uma substância que atua inibindo seletivamente a corrente elétrica “If” (essa corrente é responsável pela modulação das correntes iônicas no nó sinusal), reduzindo, dessa forma, a frequência cardíaca, o que tem efeito benéfico na insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFER) devido à modulação do tônus adrenérgico. Só por essa informação, já podemos perceber que seu uso é restrito aos pacientes que estejam em ritmo sinusal, não havendo indicação em pacientes com fibrilação atrial ou outras taquiarritmias não sinusais. Logo, neste caso em que o ritmo não é sinusal (provável fibrilação atrial de baixa resposta), não poderíamos utilizá-la.

350
Q

Segundo esse escore, pacientes com pontuação ≥ 2 devem receber terapia anticoagulante por tempo indeterminado, ou seja, provavelmente para sempre. Dito isso, devemos pensar qual anticoagulante utilizar.
As atuais diretrizes recomendam, preferencialmente, o uso dos anticoagulantes de ação direta (DOACs), conhecidos também como novos anticoagulantes orais (NOACs), para prevenção de eventos tromboembólicos na fibrilação atrial. Como opções dessa classe, temos a dabigatrana (inibidor direto da trombina) e os inibidores do fator Xa (rivaroxabana, edoxabana e apixabana).

A pesquisa de doença arterial coronária é desnecessária em razão da ausência de sintomas e de alterações eletrocardiográficas compatíveis com isquemia miocárdica.

A

ERRADO

A insuficiência cardíaca aguda (IC) pode ser causada pela deterioração natural da função cardíaca ou precipitada por algum fator. É fundamental identificarmos a presença de um fator causal em todos os pacientes com IC aguda, pois ele pode ser a chave para a compensação. Cabe destacar má aderência terapêutica, síndrome coronariana aguda, distúrbios do ritmo cardíaco (bradi/taquiarritmias), infecção, uso de medicamentos ou substâncias cardiotóxicas, alterações metabólicas, entre outras. Por isso, diante de um paciente diabético com cardiopatia prévia que apresenta piora aguda do quadro, a possibilidade de um novo evento decorrente de doença arterial coronariana deve ser considerada.

351
Q

Um paciente, de 61 anos de idade e com antecedente de hipertensão arterial havia 15 anos, compareceu ao ambulatório com queixa de dispneia. Havia dois anos, iniciou um quadro de dispneia progressiva, inicialmente aos esforços maiores que os habituais; nas últimas duas semanas, evoluiu para dispneia aos pequenos esforços. Relatou uso regular de enalapril, espironolactona e carvedilol nas doses máximas preconizadas Ao exame físico, apresentava-se com extremidades quentes, normocorado, frequência cardíaca (FC) de 108 bpm, pressão arterial (PA) de 116 mmHg × 72 mmHg, turgência jugular a 45º, saturação de O₂ (em ar ambiente) de 93% e estertores crepitantes em bases pulmonares bilateralmente. O ictus cordis era propulsivo no 6.º EICE linha axilar anterior, ritmo cardíaco regular em galope (presença de terceira bulha) e sem sopros. Adicionalmente, notou-se refluxo hepatojugular e edema de membros inferiores na região maleolar bilateralmente. Observou-se hemoglobina 11,5g/dL; hematócrito 33 %; ferritina sérica 88 mg/L, saturação da transferrina 18%, volume corpuscular médio 86 fL e creatinina de 1,6 mg/dl. Os demais exames laboratoriais não revelaram outras anormalidades significativas. O ecocardiograma revelou fração de ejeção de 38%.

Com relação ao caso clínico descrito e aspectos a ele relacionados, julgue o próximo item conforme a Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda.

A darbepoetina resultará, nesse caso, em redução da hospitalização, melhora da capacidade de exercício e da qualidade de vida.

A

ERRADA

A darboepoietina não reduz hospitalização ou causa melhora da capacidade de exercício e da qualidade de vida.

352
Q

Um paciente, de 61 anos de idade e com antecedente de hipertensão arterial havia 15 anos, compareceu ao ambulatório com queixa de dispneia. Havia dois anos, iniciou um quadro de dispneia progressiva, inicialmente aos esforços maiores que os habituais; nas últimas duas semanas, evoluiu para dispneia aos pequenos esforços. Relatou uso regular de enalapril, espironolactona e carvedilol nas doses máximas preconizadas Ao exame físico, apresentava-se com extremidades quentes, normocorado, frequência cardíaca (FC) de 108 bpm, pressão arterial (PA) de 116 mmHg × 72 mmHg, turgência jugular a 45º, saturação de O₂ (em ar ambiente) de 93% e estertores crepitantes em bases pulmonares bilateralmente. O ictus cordis era propulsivo no 6.º EICE linha axilar anterior, ritmo cardíaco regular em galope (presença de terceira bulha) e sem sopros. Adicionalmente, notou-se refluxo hepatojugular e edema de membros inferiores na região maleolar bilateralmente. Observou-se hemoglobina 11,5g/dL; hematócrito 33 %; ferritina sérica 88 mg/L, saturação da transferrina 18%, volume corpuscular médio 86 fL e creatinina de 1,6 mg/dl. Os demais exames laboratoriais não revelaram outras anormalidades significativas. O ecocardiograma revelou fração de ejeção de 38%.

Com relação ao caso clínico descrito e aspectos a ele relacionados, julgue o próximo item conforme a Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda.

Nesse caso, recomenda-se a reposição de ferro por via intravenosa.

A

CERTO

O paciente da questão apresenta deficiência de ferro, por apresentar ferritina sérica inferior a 100mg/L, com indicação formal de reposição de ferro intravenoso a fim de reduzir hospitalizações e aumentar capacidade funcional. Entretanto, os estimulantes da eritropoiese aumentam risco de eventos tromboembólicos, não sendo indicados nesse caso.

Metade dos pacientes com IC têm deficiência de ferro que, nessa população específica, pode ser definida como ferritina sérica < 100 mg/L ou ferritina entre 100 e 299 mg/L com saturação da transferrina < 20%. Todos os pacientes com IC devem ter dosadas a ferritina sérica e a saturação da transferrina. A deficiência de ferro, mesmo sem anemia, está associada a prognóstico pior. A reposição de ferro por via intravenosa mostrou-se eficaz em aumentar a capacidade funcional, melhorar a qualidade de vida e reduzir as hospitalizações tanto em ICFEp quanto em ICFEr.

353
Q

Um paciente, de 61 anos de idade e com antecedente de hipertensão arterial havia 15 anos, compareceu ao ambulatório com queixa de dispneia. Havia dois anos, iniciou um quadro de dispneia progressiva, inicialmente aos esforços maiores que os habituais; nas últimas duas semanas, evoluiu para dispneia aos pequenos esforços. Relatou uso regular de enalapril, espironolactona e carvedilol nas doses máximas preconizadas Ao exame físico, apresentava-se com extremidades quentes, normocorado, frequência cardíaca (FC) de 108 bpm, pressão arterial (PA) de 116 mmHg × 72 mmHg, turgência jugular a 45º, saturação de O₂ (em ar ambiente) de 93% e estertores crepitantes em bases pulmonares bilateralmente. O ictus cordis era propulsivo no 6.º EICE linha axilar anterior, ritmo cardíaco regular em galope (presença de terceira bulha) e sem sopros. Adicionalmente, notou-se refluxo hepatojugular e edema de membros inferiores na região maleolar bilateralmente. Observou-se hemoglobina 11,5g/dL; hematócrito 33 %; ferritina sérica 88 mg/L, saturação da transferrina 18%, volume corpuscular médio 86 fL e creatinina de 1,6 mg/dl. Os demais exames laboratoriais não revelaram outras anormalidades significativas. O ecocardiograma revelou fração de ejeção de 38%.

Com relação ao caso clínico descrito e aspectos a ele relacionados, julgue o próximo item conforme a Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda.

Para reduzir a mortalidade, é suficiente substituir o enalapril pela valsartana.

A

ERRADO

Pois a simples substituição do enalapril pela valsartana (IECA por um BRA), não reduz a mortalidade, pois não há superioridade em relação a ambos medicamentos. Entretanto, a substituição do enalapril pelo complexo sacubitril/valsartana, um inibidor da neprilisina, pode ser usado em substituição aos IECA/BRA em pacientes que continuem sintomáticos a despeito da terapia tripla, reduzindo a mortalidade.

354
Q

Um paciente, de 61 anos de idade e com antecedente de hipertensão arterial havia 15 anos, compareceu ao ambulatório com queixa de dispneia. Havia dois anos, iniciou um quadro de dispneia progressiva, inicialmente aos esforços maiores que os habituais; nas últimas duas semanas, evoluiu para dispneia aos pequenos esforços. Relatou uso regular de enalapril, espironolactona e carvedilol nas doses máximas preconizadas Ao exame físico, apresentava-se com extremidades quentes, normocorado, frequência cardíaca (FC) de 108 bpm, pressão arterial (PA) de 116 mmHg × 72 mmHg, turgência jugular a 45º, saturação de O₂ (em ar ambiente) de 93% e estertores crepitantes em bases pulmonares bilateralmente. O ictus cordis era propulsivo no 6.º EICE linha axilar anterior, ritmo cardíaco regular em galope (presença de terceira bulha) e sem sopros. Adicionalmente, notou-se refluxo hepatojugular e edema de membros inferiores na região maleolar bilateralmente. Observou-se hemoglobina 11,5g/dL; hematócrito 33 %; ferritina sérica 88 mg/L, saturação da transferrina 18%, volume corpuscular médio 86 fL e creatinina de 1,6 mg/dl. Os demais exames laboratoriais não revelaram outras anormalidades significativas. O ecocardiograma revelou fração de ejeção de 38%.

Com relação ao caso clínico descrito e aspectos a ele relacionados, julgue o próximo item conforme a Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda.

A restrição de sódio de 1 grama ao dia está indicada a esse paciente, para a melhora da classe funcional e da taxa de internação.

A

ERRADO

O tratamento não-farmacológico está indicado em todos os pacientes com insuficiência cardíaca, independente da fração de ejeção, pois está associado a um melhor controle dos sintomas e redução na necessidade de internação hospitalar em todos os subgrupos de pacientes com IC.

Veja que a restrição de sódio é de 7 gramas de sal por dia, ou seja, 2,8 gramas de sódio. Portanto, a alternativa está incorreta.

355
Q

Paciente de 77 anos de idade, antecedentes de diabetes, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca, em uso de enalapril (20 mg/dia), metformina (2 g/dia), carvedilol (50 mg/dia), espironolactona (25 mg/dia) e atorvastatina (40 mg/dia), evolui com bradicardia sintomática. Exames séricos: creatinina: 1,1 mg/dL, glicemia: 168 mg/dL, potássio: 4,7 mEq/L.

O medicamento que mais provavelmente pode justificar essa complicação é: carvedilol.

A

CERTO

Além de seu fraco efeito hipotensor, os betabloqueadores apresentam muitos efeitos adversos. Os principais são broncoespasmo e vasoconstrição periférica (mais comuns nos betabloqueadores não seletivos), bradicardia, insônia, pesadelos, astenia e disfunção sexual. Além desses efeitos, esses medicamentos também afetam o metabolismo lipídico e glicídico. Os betabloqueadores podem interferir na liberação de insulina e aumentar a resistência à insulina endógena, fazendo surgir novos casos de diabetes. Em diabéticos tipo I, em uso de insulina, os betabloqueadores podem mascarar os sintomas de hipoglicemia e prolongar uma crise hipoglicêmica.

356
Q

Paciente de 77 anos de idade, antecedentes de diabetes, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca, em uso de enalapril (20 mg/dia), metformina (2 g/dia), carvedilol (50 mg/dia), espironolactona (25 mg/dia) e atorvastatina (40 mg/dia), evolui com bradicardia sintomática. Exames séricos: creatinina: 1,1 mg/dL, glicemia: 168 mg/dL, potássio: 4,7 mEq/L.

O medicamento que mais provavelmente pode justificar essa complicação é: atorvastatina.

A

ERRADA

As estatinas não estão associadas a alterações do ritmo cardíaco e seus efeitos colaterais são raros. O principal são os sintomas musculares como mialgia, fadiga e câimbras, que podem surgir semanas ou anos após o início da medicação. A maioria dos sintomas são leves, mas podem evoluir com elevação da creatinofosfoquinase (CPK) e rabdomiólise. Aproximadamente 10-25% dos pacientes apresentam dor muscular.

357
Q

Paciente de 77 anos de idade, antecedentes de diabetes, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca, em uso de enalapril (20 mg/dia), metformina (2 g/dia), carvedilol (50 mg/dia), espironolactona (25 mg/dia) e atorvastatina (40 mg/dia), evolui com bradicardia sintomática. Exames séricos: creatinina: 1,1 mg/dL, glicemia: 168 mg/dL, potássio: 4,7 mEq/L.

O medicamento que mais provavelmente pode justificar essa complicação é: enalapril.

A

ERRADA

O efeito colateral mais comum dos inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA), como o enalapril, é a tosse seca, que acomete 5 a 20% dos usuários. Outros efeitos colaterais são bem raros, como angioedema e erupção cutânea. Tanto o IECA como os bloqueadores do receptor da angiotensina (BRA) geralmente causam piora discreta da função renal mediada pela vasodilatação da arteríola eferente e redução da pressão de filtração glomerular.

358
Q

Paciente de 77 anos de idade, antecedentes de diabetes, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca, em uso de enalapril (20 mg/dia), metformina (2 g/dia), carvedilol (50 mg/dia), espironolactona (25 mg/dia) e atorvastatina (40 mg/dia), evolui com bradicardia sintomática. Exames séricos: creatinina: 1,1 mg/dL, glicemia: 168 mg/dL, potássio: 4,7 mEq/L.

O medicamento que mais provavelmente pode justificar essa complicação é: espironolactona.

A

ERRADA

A espironolactona é um diurético poupador de potássio e seus principais efeitos colaterais são hipercalemia, ginecomastia, anormalidades menstruais, impotência e redução da libido.

359
Q

Paciente de 77 anos de idade, antecedentes de diabetes, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca, em uso de enalapril (20 mg/dia), metformina (2 g/dia), carvedilol (50 mg/dia), espironolactona (25 mg/dia) e atorvastatina (40 mg/dia), evolui com bradicardia sintomática. Exames séricos: creatinina: 1,1 mg/dL, glicemia: 168 mg/dL, potássio: 4,7 mEq/L.

O medicamento que mais provavelmente pode justificar essa complicação é: metformina.

A

ERRADA

Os principais efeitos adversos da metformina são gastrointestinais, como sabor metálico na boca, estufamento, flatulência, dor abdominal e diarreia. Deficiência de vitamina B12 pode ocorrer em até 30% dos pacientes. Devido ao maior risco de acidose lática, a metformina não deve ser utilizada em pacientes com clearance de creatinina inferior a 30 mL/min, doença hepática ativa, etilismo ativo, insuficiência cardíaca descompensada e situações com hipoperfusão tecidual.

360
Q

No Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) de uma empresa com aproximadamente dois mil trabalhadores, há uma sala de arquivo de prontuários médicos e informações de saúde dos trabalhadores. Esses documentos podem ser acessados somente pela equipe de saúde do SESMT.

A

CERTO

361
Q

O médico responsável pelo PCMSO, caso observe inconsistências no inventário de riscos da organização, deve: reavaliá-las em conjunto com os responsáveis pelo PGR.

A

CERTO

As ações do PCMSO devem ser de vigilância de saúde ocupacional:

  1. PASSIVA — informações sobre demanda espontânea de empregados que procurem serviços médicos;
  2. ATIVA — exames médicos dirigidos (abaixo) e coleta de dados sobre sinais e sintomas de agravos à saúde relacionados aos riscos ocupacionais.

Importante!

7.5.5 O médico responsável pelo PCMSO, caso observe inconsistências no inventário de riscos da organização, deve reavaliá-las em conjunto com os responsáveis pelo PGR (Programa de Gerenciamento de Risco).

362
Q

Uma empresa tem ambulatório médico ocupacional, onde são realizados os exames médicos ocupacionais e algumas consultas assistenciais. Apesar da empresa não se enquadrar, pela Norma Regulamentadora (NR) 4, no dimensionamento do SESMT, definiu a manutenção desse ambulatório, com médico do trabalho e enfermeiro do trabalho contratados em regime CLT. Nesse caso, o ambulatório médico ocupacional necessita ser autorizado pela Vigilância Sanitária Municipal (ou Estadual), pelos Conselhos Regionais de Medicina e de Enfermagem.

A

CERTO

363
Q

Recentemente, algumas normas regulamentadoras foram atualizadas. Em relação ao Programa de Controle Médico Ocupacional, NR 7: os exames complementares usados normalmente em patologia clínica para avaliar o funcionamento de órgãos e sistemas orgânicos podem ser realizados somente quando houver a solicitação do médico agente da inspeção do trabalho.

A

INCORRETA

Pois podem ser realizados outros exames complementares, a critério do médico responsável, desde que relacionados aos riscos ocupacionais classificados no PGR e justificados no PCMSO.

364
Q

Recentemente, algumas normas regulamentadoras foram atualizadas. Em relação ao Programa de Controle Médico Ocupacional, NR 7: as MEI, ME e EPP estão desobrigadas de elaborar o PCMSO e deverão realizar e custear os exames médicos ocupacionais a cada dois anos.

A

CORRETA

Pois as MEI, microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) estão desobrigadas de elaborar PCMSO (item que consta também na NR-01), mas devem realizar e custear os exames médicos ocupacionais admissionais, demissionais e periódicos, a cada dois anos, dos empregados.

365
Q

Recentemente, algumas normas regulamentadoras foram atualizadas. Em relação ao Programa de Controle Médico Ocupacional, NR 7: o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional para cada exame médico ocupacional, que deverá conter o RG do examinado e deverá ser entregue ao empregado mediante solicitação por escrito.

A

INCORRETA

Pois o Atestado de Saúde Ocupacional deverá conter o CPF, e não RG, e deve ser disponibilizado ao empregado e fornecido em meio físico se ele solicitar (e não ser entregue mediante solicitação por escrito).

366
Q

Recentemente, algumas normas regulamentadoras foram atualizadas. Em relação ao Programa de Controle Médico Ocupacional, NR 7: o exame médico de mudança de risco ocupacional será obrigatoriamente realizado em até uma semana após a constatação dos novos riscos.

A

INCORRETA

Pois o exame deve ser realizado, obrigatoriamente, ANTES (e não em até uma semana) da constatação dos novos riscos.

367
Q

O mapa de risco deve ser elaborado pelo SESMT e apresentado à CIPA. Ele deve ser revisto a cada dois anos.

A

INCORRETA

Pois o mapa de risco é elaborado pela CIPA e assessorado pelo SESMT, quando houver, sendo revisto a cada renovação da CIPA (que é anual, sendo que é permitido uma reeleição do mandato dos representantes).

368
Q

Excluem-se do dimensionamento do SESMT da contratante os trabalhadores das contratadas atendidos pelos SESMT das contratadas.

A

CERTO

369
Q

Os profissionais integrantes dos SESMT deverão ser sempre empregados da empresa.

A

INCORRETA

Pois, pela NR-04, consta que os profissionais dos SESMT deverão ter registro em respectivo conselho, quando houver e cumprir as horas mencionadas.

370
Q

O dimensionamento do SESMT vincula-se ao número de empregados da organização e ao menor grau de risco entre a atividade econômica principal e atividade econômica preponderante no estabelecimento.

A

INCORRETA

Pois o dimensionamento do SESMT vincula-se ao número de empregados e ao MAIOR grau de risco (e não menor grau de risco) entre a atividade econômica principal e a preponderante no estabelecimento.

371
Q

A organização deve registrar os SESMT por meio de documento impresso entregue ao Ministério do Trabalho, que deve ser atualizado anualmente.

A

INCORRETA

Pois deve ser registrado em sistema eletrônico no portal gov.br, E NÃO IMPRESSO.

372
Q

As atribuições do Médico do Trabalho no Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) são definidas em competências essenciais requeridas para o exercício da Medicina do Trabalho publicadas pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho. Essas competências estão organizadas em domínios, sendo um deles a Atenção Integral à Saúde dos Trabalhadores, que se refere à atuação em nível individual e coletivo, por meio de ações de promoção e proteção da saúde, vigilância e assistência.

A

CERTO

373
Q

Em qualquer organização, manter as pessoas motivadas e trabalhando de forma eficiente sempre foi um problema. Sob o ponto de vista ergonômico, a organização do trabalho não deve levar em consideração: os estudos antropométricos.

A

CERTO

Pois os estudos antropométricos não são levados em consideração para organização do trabalho sob o ponto de vista ergonômico.

A organização do trabalho deve levar em consideração:

a) as normas de produção;

b) o modo operatório, quando aplicável;

c) a exigência de tempo;

d) o ritmo de trabalho;

e) o conteúdo das tarefas e os instrumentos e meios técnicos disponíveis; e

f) os aspectos cognitivos que possam comprometer a segurança e a saúde do trabalhador.

374
Q

De acordo com a NR 7 − Ergonomia, sempre que o trabalho puder ser executado alternando a posição de pé com a posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para favorecer a alternância das posições.

A

CERTO

Pois “sempre que o trabalho puder ser executado alternando a posição de pé com a posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para favorecer a alternância das posições”.

375
Q

De acordo com a NR 7 − Ergonomia, visa estabelecer diretrizes e requisitos que permitam adaptar o indivíduo às condições de trabalho de modo a proporcionar um desempenho eficiente no posto de trabalho.

A

INCORRETA

Pois a NR-17, em relação à ergonomia, visa “estabelecer as diretrizes e os requisitos que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar conforto, segurança, saúde e desempenho eficiente no trabalho”, e não de modo a proporcionar desempenho eficiente no trabalho.

376
Q

Nos termos da Norma Regulamentadora 17 da Portaria 3214 do Ministério do Trabalho, que trata de Ergonomia, os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo devem observar: quando de uso de computador portátil de forma não eventual em posto de trabalho, devem ser possíveis formas de adaptação do teclado, do mouse ou da tela às características antropométricas do trabalhador e à natureza das tarefas a serem executadas.

A

CERTO

377
Q

Flexão extrema do cotovelo com ombro abduzido e vibrações são causas ocupacionais de síndrome do canal cubital.

A

CERTA

Para responder a essa questão vamos recorrer aos princípios de Ergonomia.

A Síndrome do Canal Cubital é uma doença causada pelo uso repetitivo do cotovelo, o que acaba comprimindo o nervo cubital, provocando dormência e dor.

No ambiente de trabalho essa doença está diretamente relacionada com atividades que façam o flexionar o cotovelo com o ombro abduzido ou em atividades sujeitas à vibração.

378
Q

O diagnóstico de dor crônica, sugerido por atrofias musculares e alterações de reflexos tendinosos é, ao exame clínico, confirmado pelo alívio da sensação atípica após ser realizado bloqueio simpático.

A

CERTA

O bloqueio de cadeias simpáticas com anestésicos locais é utilizado em caso de distrofia simpático-reflexa para se obter analgesia. Essa distrofia pode ser consequência evolutiva de históricos crônicos, como doenças da categoria LER/DORT, que causam dor, edema e alterações tróficas dos tecidos moles, por exemplo.

379
Q

A Norma Regulamentadora n.º 7 do MTE determina que o médico emita o ASO em 3 vias para cada exame médico realizado.

A

ERRADA

De acordo com a NR 07 (item 7.4.4), para cada exame médico realizado, previsto no item 7.4.1, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em 2 (duas) vias.

380
Q

Duas pessoas ficaram feridas, na madrugada desta segunda-feira, antes do Natal 2009, durante um incêndio em uma residência em São Sebastião, no litoral paulista. De acordo com informações da Polícia Militar, o fogo começou com um curto-circuito na rede elétrica, que pode ter sido causado pelas luzes da árvore de Natal. Alguns cômodos da casa foram atingidos pelas chamas. As duas pessoas que estavam no local sofreram queimaduras. Uma delas sofreu queimaduras leves e a outra, de segundo grau, no corpo e no rosto, e está internada no Pronto Socorro da cidade.

A partir do texto, é correto inferir que uma das vítimas sofreu queimadura de terceiro grau.

A

ERRADA

O próprio texto já dá a resposta, pois afirma uma pessoa sofreu queimaduras de segundo grau, e a outra sofreu queimaduras leves, ou seja, de primeiro grau.

Queimadura de 3º grau: atinge todas as camadas da pele, músculos e ossos. Ocorre necrose da pele (morte do tecido), que se apresenta com cor esbranquiçada ou escura. A dor é ausente, devido à profundidade da queimadura, que lesa todas as terminações nervosas responsáveis pela condução da sensação de dor.

381
Q

A exposição a ambientes quentes e queimaduras podem provocar hiperemia.

A

CORRETO

A queimadura de 1º grau que atinge a epiderme (camada superficial da pele) é a que causa hiperemia que é caracterizada por apresentar lesões celulares mínimas e pelo aumento de fluxo sanguíneo depois de uma reação inflamatória iniciada pela lesão de queimadura.

382
Q

A supressão do sinal indicativo de crase em “à sua maneira” manteria a correção gramatical do texto.

A

CERTO.

“Sua” é pronome possessivo feminino e singular. Temos um caso de crase facultativa.

383
Q

Para se realçar “mecanismos de monitoração” (R.2), em vez de “regime trabalhista” (R.1), poderia ser usada a voz passiva, escrevendo-se são instituídos em vez de “institui” (R.2), sem que a coerência entre os argumentos e a correção gramatical do texto fossem prejudicadas.

A

ERRADA.

Essa é uma questão estilo “PEGADINHA” do CESPE/CEBRASPE.

Em uma análise inicial, é possível entender que seria possível usar a voz passiva escrevendo-se SÃO INSTITUÍDOS em vez de INSTITUI. No entanto, em nenhum parte da alternativa, explicita-se a possibilidade de se fazerem alterações substanciais no fragmento do texto, como inversões dos termos da oração.

384
Q

Estaria gramaticalmente correta e de acordo com os sentidos do texto a seguinte redação para o trecho “As deficiências (…) infecciosas são” (L. 6-7): Tanto as deficiências nutricionais quanto as doenças infecciosas são.

A

CERTA.

É possível substituir o fragmento original sem prejuízo de sentido e sem erro gramatical.

A conjunção E traz o mesmo valor de acréscimo da expressão TANTO QUANTO.

385
Q

A correção e o sentido do texto seriam mantidos, caso a expressão “o vermelho e o róseo” fosse reescrita como o rubro e o róseo.

A

CERTA.

A questão exige conhecimento sobre a Semântica da Língua Portuguesa, fazendo referência ao estudo de palavras sinônimas, que consistem em palavras distintas, porém, com o mesmo significado.

A substituição da palavra “vermelho” por “rubro” não alteraria em nada no entendimento da frase, pois são palavras sinônimas, da mesma maneira que a palavra “róseo” poderia ser substituída por “cor-de-rosa”, e o sentido da frase em nada seria modificado.

386
Q

No primeiro parágrafo, as expressões “Brasão de Armas” e “Escudo d’Armas” são sinônimas.

A

CERTO.

O escudo d’Armas nada mais é do que um tipo de brasão. Portanto são palavras sinônimas.

387
Q

A Constituição brasileira veda a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria. No entanto, permite que, por meio de lei complementar, sejam adotados idade e tempo de contribuição diferenciados para a aposentadoria dos segurados com deficiência. No que diz respeito ao segurado com deficiência, é correto afirmar que poderá se aposentar aos 62 anos de idade, se homem e, aos 55 anos de idade, se mulher.

A

ERRADA

Para que o segurado com deficiência se aposente por idade, deverá comprovar um tempo mínimo de 15 anos de contribuição na condição de pessoa com deficiência e ter a idade de.

388
Q

A Constituição brasileira veda a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria. No entanto, permite que, por meio de lei complementar, sejam adotados idade e tempo de contribuição diferenciados para a aposentadoria dos segurados com deficiência. No que diz respeito ao segurado com deficiência, é correto afirmar que poderá se aposentar por tempo de contribuição aos 25 anos de contribuição, se homem e, aos 20 anos de contribuição, se mulher, quando se tratar de deficiência de grau grave.

A

CERTA

389
Q

Em relação à aposentadoria por idade do segurado com deficiência, é correto afirmar que a renda mensal inicial corresponde a 70% do salário de benefício, acrescido de 1% por grupo de 12 contribuições, até o máximo de trinta por cento.

A

O valor inicial da aposentadoria por idade do segurado com deficiência será de:

➢ 70% do salário de benefício,

➢ acrescido de 1% para cada conjunto de 12 contribuições mensais, não podendo esse acréscimo ultrapassar 30% do salário de benefício.

Assim, a renda mensal inicial da aposentadoria por idade não poderá exceder 100% do salário de benefício.

Decreto n. 3.048/99

Art. 70-J. A renda mensal da aposentadoria devida ao segurado com deficiência será calculada a partir da aplicação dos seguintes percentuais sobre o salário de benefício definido na forma prevista no art. 32: (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

II - setenta por cento, acrescido de um ponto percentual do salário de benefício por grupo de doze contribuições mensais até o máximo de trinta por cento, na hipótese de aposentadoria por idade de que trata o art. 70-C. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

390
Q

É garantida a concessão de aposentadoria pelo RGPS à segurada com deficiência com 55 anos de idade, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de quinze anos e comprovada deficiência durante igual período.

A

CORRETA.

De acordo com o Decreto 3.048/99:

Art. 70-C. A aposentadoria por idade da pessoa com deficiência, cumprida a carência, é devida ao segurado aos sessenta anos de idade, se homem, e cinquenta e cinco anos de idade, se mulher.

§ 1º Para efeitos de concessão da aposentadoria de que trata o caput, o segurado deve contar com no mínimo quinze anos de tempo de contribuição, cumpridos na condição de pessoa com deficiência, independentemente do grau, observado o disposto no art. 70-D.

No mesmo sentido, é o que dispõe a Lei Complementar 142:

Art. 3º É assegurada a concessão de aposentadoria pelo RGPS ao segurado com deficiência, observadas as seguintes condições:

(…)

IV - aos 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, independentemente do grau de deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 (quinze) anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período.

391
Q

É assegurada a concessão de aposentadoria pelo RGPS ao segurado com deficiência aos 29 anos de tempo de contribuição, se homem, e aos 24 anos de tempo de contribuição, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve.

A

INCORRETA.

No caso de deficiência leve, o tempo de contribuição necessário é 33 (trinta e três) anos de tempo de contribuição, se homem, e 28 (vinte e oito) anos, se mulher. De acordo com o Decreto 3.048/99:

Art. 70-B. A aposentadoria por tempo de contribuição do segurado com deficiência, cumprida a carência, é devida ao segurado empregado, inclusive o doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual e facultativo, observado o disposto no art. 199-A e os seguintes requisitos:

I - aos vinte e cinco anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se homem, e vinte anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave;

II - aos vinte e nove anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se homem, e vinte e quatro anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência moderada; e

III - aos trinta e três anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se homem, e vinte e oito anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve.

392
Q

A renda mensal da aposentadoria por idade devida ao segurado com deficiência é calculada, em qualquer situação, aplicando-se, sobre o salário de benefício, o percentual de 100%.

A

INCORRETA.

A expressão “qualquer hipótese” deixou a questão incorreta. Nos termos do que dispõe o Decreto 3.048/99, no caso da aposentadoria por idade da pessoa com deficiência, a renda mensal inicial será de 70% (setenta por cento) mais 1% (um por cento) do salário de benefício por grupo de 12 (doze) contribuições mensais até o máximo de 30% (trinta por cento).

100% (cem por cento) do salário de benefício será nas hipóteses de aposentadoria por tempo de contribuição.

393
Q

À pessoa com deficiência segurada do regime geral da previdência social é garantida a concessão da aposentadoria considerando-se tempo de contribuição reduzido em relação ao ordinariamente exigido para a obtenção do benefício, de acordo com a classificação da deficiência, além de a esse segurado ser possível a concessão de aposentadoria aos sessenta anos de idade, se homem, e aos cinquenta e cinco anos de idade, se mulher, desde que tenha contribuído para o regime por pelo menos quinze anos e comprove a existência de deficiência durante igual período.

A

CERTA

Nos termos do artigo 3º da Lei Complementar nº 142/2013. Abaixo:

“Art. 3º É assegurada a concessão de aposentadoria pelo RGPS ao segurado com deficiência, observadas as seguintes condições:

I - aos 25 (vinte e cinco) anos de tempo de contribuição, se homem, e 20 (vinte) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave;

II - aos 29 (vinte e nove) anos de tempo de contribuição, se homem, e 24 (vinte e quatro) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência moderada;

III - aos 33 (trinta e três) anos de tempo de contribuição, se homem, e 28 (vinte e oito) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve; ou

IV - aos 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, independentemente do grau de deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 (quinze) anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período.

Parágrafo único. Regulamento do Poder Executivo definirá as deficiências grave, moderada e leve para os fins desta Lei Complementar.”

394
Q

Pedro mantém vínculo com o Regime Geral da Previdência Social (RGPS) há doze anos e quatro meses, em função do exercício de atividade laboral na condição de empregado de empresa privada urbana. Pedro é viúvo e mora em companhia de seu único filho, Jorge, de dezenove anos de idade.

Com referência a essa situação hipotética, julgue o item.

Caso, no mês em curso, Pedro complete sessenta e cinco anos de idade, então, a partir do próximo mês ele terá direito ao benefício da aposentadoria por idade, cujo valor da renda mensal deverá ser de 100% do valor do salário-de-benefício.

A

ERRADA.

O enunciado está errado, pois o valor da renda mensal não deverá ser de 100% do valor do salário-de-benefício, conforme art. 50, da Lei 8.213/91.

No mais, Pedro não terá direito a aposentadoria por não ter cumprido a carência de 180 contribuições mensais, e sim apenas 148 contribuições mensais (12 anos e 4 meses), conforme art. 25, I, da Lei 8.213/91.

395
Q

Entre os eixos centrais das reformas promovidas na previdência social brasileira após a Constituição Federal de 1988 consta a substituição do tempo de contribuição pelo tempo de serviço.

A

ERRADA

A Emenda 20/1998 extinguiu o tempo de serviço e criou o tempo de contribuição:

“Posteriormente, houve a necessidade política de alterar e inserir várias regras constitucionais na previdência social, tendo a 1ª reforma sido aprovada pela Emenda 20, publicada em 16.12.1998. Dentre outras, podem ser destacadas as seguintes inovações: (…) Extinção do tempo de serviço e criação do tempo de contribuição;” AMADO, Frederico. Coleção Sinopses para concurso. 8ª ed. São Paulo: JusPodvim, 2017

396
Q

O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido por lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de dez dias consecutivos.

A

ERRADA.

É necessária incapacidade habitual por mais de quinze dias para que o segurado faça jus ao auxílio-doença, conforme artigo 59 da Lei nº 8.213/91.

397
Q

É vedada a acumulação do auxílio-acidente com qualquer aposentadoria.

A

CERTA.

Por expressa disposição legal, é proibida a acumulação do auxílio-acidente com qualquer aposentadoria, nos termos do artigo 86, § 2º, da Lei nº 8.213/91.

398
Q

A concessão de aposentadoria por invalidez depende da verificação da condição de incapacidade do segurado mediante exame médico-pericial a cargo da assistência social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar, durante a avaliação, de médico de sua confiança.

A

ERRADA.

Cabe à Previdência Social, e não à Assistência Social, a verificação da invalidez do segurado, conforme o artigo 42, § 1º, da Lei nº 8.213/91.

399
Q

A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida por lei, completar sessenta anos de idade, se homem, e cinquenta e cinco anos, se mulher.

A

ERRADA.

A aposentadoria por idade tem como idade mínima sessenta e cinco anos para os homens e sessenta anos para as mulheres, conforme o artigo 48 da Lei nº 8.213/91.

400
Q

A aposentadoria especial será devida aos segurados que trabalhem há dez, quinze ou vinte anos, conforme a atividade realizada, em condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou integridade física.

A

ERRADA.

Os limites temporais para a concessão de aposentadoria especial são de quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o artigo 57 da Lei nº 8.213/91.

401
Q

Supondo que determinada pessoa tenha sido vencedora na demanda trabalhista e que, após o trânsito em julgado da sentença, tenha pedido averbação do tempo de serviço junto ao INSS para fins de aposentadoria, a sentença trabalhista, nesse caso, é considerada como início de prova material, hábil para a averbação de tempo de serviço, desde que fundada em elementos que evidenciem o exercício da atividade laborativa na função e nos períodos alegados pelo reclamante. Por esse motivo, a previdência pode se recusar a averbar o tempo de serviço pretendido se a sentença estiver desacompanhada de provas.

A

CORRETO

O entendimento do STJ é de que a sentença trabalhista é apenas início de prova material destinada à averbação do tempo de serviço junto ao INSS. Vejamos alguns julgados:

“a sentença trabalhista pode ser considerada como início de prova material, desde que fundada em provas que demonstrem o exercício da atividade laborativa na função e períodos alegados na ação previdenciária, sendo irrelevante o fato de que a autarquia previdenciária não interveio no processo trabalhista”, logo, “em reconhecendo o próprio acórdão recorrido que a sentença trabalhista foi embasada em dilação probatória, não há falar em ausência de prova material do exercício da atividade laborativa” (REsp 616389/CE, Ministro HAMILTON CARVALHIDO, Sexta Turma, DJ 28/06/2004 p. 446)

402
Q

Francisco ajuizou reclamação trabalhista em face de seu ex-empregador, pleiteando o reconhecimento do vínculo laboral. Em decorrência de acordo homologado pela sentença, foi registrado o contrato de trabalho em sua CTPS. Assim, esse documento constituirá início de prova material para fins de comprovação de tempo de contribuição para a previdência social.

A

CERTA.

O artigo 55, § 3º, da Lei nº 8.213/91 define que o tempo de serviço será provado apenas mediante início de prova material. A jurisprudência pacificou o entendimento de que a sentença trabalhista será considerada início de prova material para esta finalidade, conforme a súmula nº 31 da TNU.

403
Q

A prestação de serviço rural, por menor de 12 a 14 anos, até o advento da Lei n.º 8.213/1991, devidamente comprovada, pode ser reconhecida para fins previdenciários.

A

CERTA.

A inscrição do segurados acompanha a idade mínima de trabalho estabelecida pela Constituição Federal, sendo que há proibição expressa da inscrição de qualquer segurado antes dos dezesseis anos pelo artigo 18, § 2º, do Decreto nº 3.048/99. A jurisprudência fixou-se, entretanto, no sentido de permitir o reconhecimento da prestação de serviço rural por menor de 12 a 14 anos de idade, até o advento da Lei n.º 8.213/1991, devidamente comprovada, para fins previdenciários, conforme a súmula 5 da Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais.

404
Q

Para a concessão de aposentadoria rural por idade, não se exige que o início de prova material corresponda a todo o período equivalente à carência do benefício, sendo que, para a comprovação de tempo de serviço rural, é imprescindível documento em nome do próprio interessado.

A

ERRADA.

A jurisprudência pacificou-se no sentido de que não se exige que o início de prova material corresponda a todo o período equivalente à carência do benefício, cabendo, entretanto, aceitar documentos em nome do cônjuge. Confira-se o teor das súmulas 14 e 6 da Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência do JEF.

405
Q

José tem 63 anos de idade e exerceu atividade rural, de forma descontínua, na condição de empregado. Acreditando ter direito ao benefício previdenciário denominado aposentadoria por idade, José o requereu no INSS. Para a comprovação do tempo de carência, José apresentou a Carteira de Trabalho e Previdência Social, que continha anotações que demonstravam o exercício de atividade rural de janeiro de 1992 até abril de 1998; a declaração expedida pelo sindicato dos produtores rurais da região, homologada pelo INSS, que demonstrava o exercício de atividade rural de julho de 1998 até agosto de 2003; e declaração expedida pelo antigo empregador de José, extraída de seu livro de registro de pessoal, acessível ao INSS, que comprovava o exercício de atividade rural de novembro de 2003 a junho de 2006. Nessa situação, com base nos dados informados, é correto concluir que José tem direito à aposentadoria por idade.

A

ERRADA.

Como o início da atividade laborativa de José ocorreu depois de 24 de julho de 1991, a legislação exige, para a aposentadoria por idade do trabalhador rural, cumprimento de carência igual a cento e oitenta meses, além da idade mínima de cinquenta e cinco anos para mulheres e sessenta anos para homens. No caso descrito, embora tenha implementado a idade, José completou apenas cento e setenta meses de carência, período insuficiente para a concessão do benefício. Confira-se o disposto nos artigos 25, II, e 48, §§ 1º e 2º, da Lei nº 8.213/91.

406
Q

Para a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:

Para efeito da obtenção de benefício previdenciário, a prova exclusivamente testemunhal não basta para a comprovação da atividade rurícola.

A

CERTA.

A jurisprudência do STJ pacificou-se no sentido de que para efeito da obtenção de benefício previdenciário, a prova exclusivamente testemunhal não basta para a comprovação da atividade rurícola, por meio da súmula 149.

407
Q

Para a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:

O auxílio-creche integra o salário-de-contribuição.

A

ERRADA.

A jurisprudência do STJ pacificou-se no sentido de que o auxílio-creche NÃO integra o salário-de-contribuição, por meio da súmula 310.

408
Q

Para a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:

O segurado vítima de novo infortúnio faz jus a um único benefício somado ao salário de contribuição vigente no dia do acidente.

A

CERTA.

A jurisprudência do STJ pacificou-se no sentido de que o segurado vítima de novo infortúnio faz jus a um único benefício somado ao salário de contribuição vigente no dia do acidente, por meio da súmula 146.

409
Q

Para a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:

O trabalhador rural, na condição de segurado especial, sujeito à contribuição obrigatória sobre a produção rural comercializada, somente faz jus à aposentadoria por tempo de serviço se recolher contribuições facultativas.

A

CERTA.

A jurisprudência do STJ pacificou-se no sentido de que o trabalhador rural, na condição de segurado especial, sujeito à contribuição obrigatória sobre a produção rural comercializada, somente faz jus à aposentadoria por tempo de serviço se recolher contribuições facultativas, por meio da súmula 272.

410
Q

Para a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:

Tem direito de retornar ao emprego, ou ser indenizado em caso de recusa do empregador, o aposentado que recupera a capacidade de trabalho dentro de cinco anos, a contar da aposentadoria, que se torna definitiva após esse prazo.

A

CERTA.

A jurisprudência do STF pacificou-se no sentido de que tem direito de retornar ao emprego, ou ser indenizado em caso de recusa do empregador, o aposentado que recupera a capacidade de trabalho dentro de cinco anos, a contar da aposentadoria, que se torna definitiva após esse prazo, por meio da súmula 217.

411
Q

A cidadania, a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa encontram-se entre os fundamentos da República Federativa do Brasil.

A

CORRETA.

A questão exigiu conhecimento do artigo 1º da Constituição Federal, que prevê os fundamentos da República Federativa do Brasil.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)

V - o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

412
Q

A República é uma forma de Estado.

A

Incorreto

Pois República é forma de governo e não forma de Estado.

413
Q

A federação é uma forma de governo.

A

Incorreto, pois Federação é forma de Estado e não forma de governo.

414
Q

A República Federativa do Brasil admite o direito de secessão, desde que esta se faça por meio de emenda à CF, com três quintos, no mínimo, de aprovação em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos.

A

Incorreto

Pois a Federação não admite o direito de secessão, separação ou retirada dos entes federativos, conforme determina o artigo 1º, “caput da Constituição Federal:

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (…)

415
Q

São poderes da União, dos estados e do DF, independentes e harmônicos, o Legislativo, o Judiciário e o Executivo.

A

Incorreto, conforme dispõe o artigo 2º da Constituição Federal:

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

416
Q

A expressão “Estado Democrático de Direito”, contida no art. 1.º da CF, representa a necessidade de se providenciar mecanismos de apuração e de efetivação da vontade do povo nas decisões políticas fundamentais do Estado, conciliando uma democracia representativa, pluralista e livre, com uma democracia participativa efetiva.

A

Correto.

Como explica Pedro Lenza, o regime jurídico do Estado Democrático é reforçado pelo princípio democrático, que está previsto no parágrafo único do artigo 1º da Constituição Federal:

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
(…)
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

417
Q

A Constituição Federal de 1988 tem capítulo específico destinado ao tratamento da seguridade social, sendo esta tratada como um conceito genérico, no qual se incluem a previdência social, a assistência social e a saúde.

A

CORRETO.

A Seguridade Social realmente possui um capítulo específico, dentro do Título VIII - Da Ordem Social - da Constituição Federal de 1988 - que compreende os artigos 194 e 195.

Os artigos seguintes tratam da Saúde, Previdência Social e Assistência Social de forma específica.

Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

418
Q

A seguridade social é reflexo de conquistas da classe trabalhadora e, pelo cunho individual que possui, configura um direito de primeira geração.

A

INCORRETO.

A seguridade social realmente é reflexo de conquistas da classe trabalhadora, todavia, não configura direito de primeira geração, mas sim de segunda geração.

Os direitos de 2ª geração, diferente dos direitos de 1ª geração, envolvem prestações positivas do Estado aos indivíduos. Por exemplo: políticas públicas. A seguridade social é fruto de políticas sociais que visam amparar o cidadão. Seu valor fonte é a igualdade.

419
Q

Há competência concorrente entre a União, os estados e o Distrito Federal (DF) para legislar sobre previdência social.

A

CORRETO.

É exatamente o que prevê o artigo 24, inciso XII da Constituição Federal de 1988. Vejamos:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;

420
Q

Caso um estado-membro adote para seus servidores o regime celetista, seus funcionários contribuirão para o custeio da seguridade social, nos termos da Lei n.º 8.212/1991. Diversamente, sendo adotado regime estatutário, deverão ser seguidas as regras dispostas no estatuto de regência.

A

CORRETO.

Como regra, os servidores públicos pertencentes à Administração Pública direta, autarquias e fundações fazem parte do regime jurídico único na forma estatutária. Todavia, eventualmente, a União, Estados e Municípios podem adotar para parte de seus servidores o regime da CLT. Vejamos a explicação de Hely Lopes Meirelles:

“A EC nº 19/98 suprimiu a obrigatoriedade de um regime jurídico único para todos os servidores públicos, podendo a União, Estados e Municípios estabelecer regime jurídico não contratual para os titulares de cargo público, ou, ainda, adotar para parte de seus servidores o regime da CLT ou a natureza administrativa especial”.

421
Q

O habeas data visa assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constante de bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público.

A

CERTO

422
Q

A Constituição da República proíbe que pessoa menor de 18 anos de idade seja contratada para realizar trabalho insalubre.

A

CERTO

423
Q

Em relação aos direitos e deveres individuais e coletivos e rigorosamente de acordo com o texto constitucional, não seria admissível uma passeata de policiais em greve, tampouco uma assembléia deles em logradouro público, uma vez que esses servidores trabalham armados, por exigência da profissão.

A

INCORRETO.

Ao tratar de direitos e garantias fundamentais, a questão reclama do candidato leitura do texto constitucional, mas não só, sendo exigido, também, acurado exame da jurisprudência pátria.

De acordo com o artigo 5º, inciso XVI, da CF, todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.

Ademais, há que se verificar as hipóteses em que a greve não é admitida. De acordo com o entendimento do STF, fixado no ARE 654432/GO, o exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública.

424
Q

Considere a seguinte situação hipotética.
Hélio foi preso em flagrante imediatamente após cometer crime de homicídio e foi denunciado dentro do prazo legal, tendo decorrido mais de 81 dias entre a sua prisão e a sentença de pronúncia, proferida no dia 30/3/2004, com julgamento marcado para o dia 15/6/2004.
Nessa situação, tendo em vista o tempo decorrido desde a prisão em flagrante, caberá a interposição de habeas corpus, com fundamento no excesso de prazo da prisão processual.

A

ERRADA.

Como houve a pronúncia não cabe HC por excesso de prazo, inteligência da súmula 21 do STF.

“Pronunciado o réu, fica superada a alegação do constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo na instrução”.

425
Q

Os direitos de primeira geração consagram a titularidade no indivíduo, porém não podem ser traduzidos em forma de oposição ao Estado, uma vez que são atributos da pessoa humana e não se enquadram na categoria de status negativus.

A

ERRADO.

Segundo o doutrinador Marcelo Novelino em “Curso de Direito Constitucional”, a titularidade dos direitos de primeira geração se concentra no indivíduo, uma vez que tais direitos visam tutelar os valores da liberdade individual, dentre os quais se incluem, os direitos civis e políticos.

Entretanto, a questão se equivoca ao afirmar que não se enquadram como direitos de caráter negativo (status negativus).

Neste aspecto, cabe ressaltar que pela teoria do status de Jellinek, os direitos de primeira geração se traduzem em uma forma de abstenção do Estado, que impossibilita a sua intervenção na vida privada do indivíduo.

A assertiva está errada, pois os direitos de primeira geração se enquadram na categoria de satus negativus.

426
Q

São considerados direitos fundamentais de primeira geração os direitos civis e políticos, que correspondem, em um quadro histórico, à fase inicial do constitucionalismo no ocidente.

A

CERTA.

Assertiva certa, pois, com relação a primeira geração (dimensão) dos direitos fundamentais temos o destaque para as liberdades individuais e consequentemente uma abstenção estatal, ou seja, um “não fazer” por parte do Estado com o intuito de não atingir o valor da liberdade de cada indivíduo. Além disso, eles dizem respeito aos direitos políticos e civis que foram consolidados pelas primeiras Constituições escritas.

427
Q

A alternativa que apresenta a correta relação entre o trabalho (causa ocupacional) e entidade nosológica (lesão) é flexão extrema do cotovelo com ombro abduzido/Síndrome do Canal de Guyon.

A

INCORRETA, pois a flexão extrema do cotovelo com ombro abduzido está relacionada com a Síndrome do Canal Cubital, e não com a Síndrome do Canal de Guyon, que está relacionada com compressão da borda ulnar do carpo (como no ato frequente de carimbar).

428
Q

A alternativa que apresenta a correta relação entre o trabalho (causa ocupacional) e entidade nosológica (lesão) é compressão da borda ulnar do punho/Síndrome do Canal Cubital.

A

INCORRETA, pois a compressão da borda ulnar do carpo está relacionada com a Síndrome do Canal de Guyon, e não com a Síndrome do Canal Cubital (relacionada à flexão extrema do cotovelo com ombro em abdução).

429
Q

A alternativa que apresenta a correta relação entre o trabalho (causa ocupacional) e entidade nosológica (lesão) é manutenção do antebraço supinado e fletido sobre o braço/Síndrome do Pronador Redondo.

A

INCORRETA, pois a manutenção do antebraço supinado está relacionada com a tendinite da porção longa do bíceps e não com a Síndrome do Pronador Redondo (relacionada ao esforço manual do antebraço em pronação).

430
Q

A alternativa que apresenta a correta relação entre o trabalho (causa ocupacional) e entidade nosológica (lesão) é compressão palmar associada à realização de força/Dedo em Gatilho.

A

CORRETA, pois a compressão palmar associada à realização de força está associada ao Dedo em Gatilho.

431
Q

A alternativa que apresenta a correta relação entre o trabalho (causa ocupacional) e entidade nosológica (lesão) é flexão extrema do cotovelo com ombro abduzido/Síndrome do Interósseo Anterior.

A

INCORRETA, pois a flexão extremo do cotovelo com ombro abduzido está relacionada com a Síndrome do Canal Cubital, e não com a Síndrome do Interósseo Anterior (relacionada à compressão da metade distal do antebraço).

432
Q

Sobre a fisiopatologia da síndrome do túnel do carpo, é correto afirmar que desenvolve-se a partir da compressão do nervo mediano ao nível do retináculo palmar (túnel do carpo), sendo uma de suas causas movimentos repetitivos com a mão e o punho, e pode ser agravada em mulheres grávidas.

A

CERTO

A síndrome do túnel do carpo (STC) é a neuropatia periférica compressiva mais comum que provoca dor e parestesias por acometimento de NERVO MEDIANO localizado a nível do retináculo palmar (túnel do carpo).

Os principais sintomas e sinais clínicos são:

  • dor e parestesia na mão e no punho com possibilidade de irradiação proximal ao longo do membro superior (sobretudo à noite e que pode piorar em gestantes);
  • testes clínicos — Phalen, digitopercussão carpal (Tinel), compressão carpal, discriminação de dois pontos e diagrama da mão.
433
Q

Trabalhador da manutenção, 33 anos, há 2 anos realiza atividade de trabalho que exige carregamento de peso de aproximadamente 35 kg, posturas inadequadas como flexão constante de coluna e posição ortostática frequente. Inicia quadro de lombalgia que melhora aos finais de semana e férias. Nesse caso, a lombalgia é considerada doença relacionada ao trabalho e classificação de Schilling II.

A

CORRETA, pois o trabalho é fator contributivo da lombalgia, apesar de não necessário. Logo, a classificação é Schilling II.

434
Q

O teste de Phalen avalia a compressão do nervo mediano por meio da extensão do punho em 90 graus.

A

ERRADA

Ele é feito realizando-se a FLEXÃO do punho em 90º.

435
Q

O teste ou sinal de Tinel com a dígito-percussão sobre o nervo mediano ao nível do túnel do carpo pode produzir dor ou hiperestesia.

A

CERTO

O teste ou sinal de Tinel é feito com a dígito-percussão sobre o nervo mediano na topografia do túnel do carpo levando à dor ou hiperestesia.

436
Q

Levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade e postura inadequada de trabalho caracterizam um risco do tipo ergonômico.

A

CERTO

437
Q

Conforme avaliação ergonômica do setor de manutenção de uma empresa, foi reconhecida como biomecânica de risco iminente a combinação de movimentos repetitivos com esforço de preensão forte, flexão de dedos e de falanges distais, compressão palmar na atividade de segurar com firmeza objetos cilíndricos, o que pode estar relacionado a quadros ocupacionais, como dedo em gatilho.

A

CORRETA

Pois, no dedo em gatilho, ocorre alteração de falanges distais, resultando em modificação da flexão e extensão dos dedos, estando relacionada com digitação e compressão palmar na atividade de segurar objetos cilíndricos.

438
Q

A ferramenta ergonômica que desenvolveu um método para determinar a carga máxima a ser manuseada e movimentada manualmente em uma atividade de trabalho é NIOSH.

A

CERTO

NIOSH: sigla de National Institute for Occupational Safety and Health, é um método de determinação de carga máxima a ser manuseada e movimentada em uma atividade de trabalho! Assim, considera-se um limite de peso recomendado (LPR) e compara-se com a carga real levantada, obtendo-se o índice de levantamento. Se esse índice for menor do que 1, há baixo risco de lesão, e esse aumento passa a acontecer sobretudo quando maior do que 2, envolvendo coluna e membros superiores e inferiores, mas com foco sobretudo em lesões dorsais.

439
Q

Trabalhador teve acidente de trabalho em prensa com amputação de falange distal de dedo indicador de mão direita. Ele foi submetido à cirurgia para reimplante do dedo amputado logo após a ocorrência. No entanto, durante a cirurgia, houve uma complicação e ele evoluiu para óbito. Nesse caso, a ocorrência é caracterizada como acidente de trabalho fatal e a comunicação de acidente de trabalho deve ser feita de imediato.

A

CERTO

Em relação aos TIPOS DE ACIDENTE DE TRABALHO:

  1. Acidente típico: acontece nas atividades laborais no ambiente de trabalho ou a serviço dele. Vale lembrar que, aqui, entra qualquer ambiente relacionado ao trabalho, inclusive os períodos de alimentação ou necessidades fisiológicas.
  2. Acidente de trajeto: aquele que aconteceu no trajeto entre a residência e o trabalho ou vice-versa. Aqui, o funcionário não pode ter desviado do percurso habitual por interesse próprio (nesse caso, seria um acidente comum, sem necessidade de CAT).
  3. Acidente fatal: pode acontecer óbito imediato ou falecimento decorrente do acidente. Aqui, a comunicação de acidente deve ser imediatamente após o óbito (tanto no imediato quanto após internação). Cuidado, porque já houve uma portaria que colocava um tempo diferente! Mas, atualmente, entende-se que a CAT deve ser imediata (Lei Complementar nº 150, de 2015)

E a NOTIFICAÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO?

A notificação obrigatória de acidentes de trabalho aconteceu a partir da Lei nº. 6514 de 1977, que alterou parte da Consolidação das Leis de Trabalho – CLT (Decreto-Lei nº 5.452 de 1943) em relação à segurança e Medicina do Trabalho:

“Art. 169: Será obrigatória a notificação das doenças profissionais e das produzidas em virtude de condições especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, de conformidade com as instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho”.

Sobre o tempo para essa notificação, é importante considerar a Lei Complementar nº 150, de 2015 (e não Portarias anteriores!):

“Art. 22: A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social”.

440
Q

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes − CIPA − tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. Em relação à CIPA, segundo a legislação, o mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 ano, permitida uma reeleição.

A

CERTO

441
Q

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes − CIPA − tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. Em relação à CIPA, segundo a legislação, será composta: pelos representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão eleitos, entre todos os empregados, em escrutínio secreto.

A

ERRADO

Pois somente os empregados interessados (e não todos os empregados) serão eleitos em escrutínio secreto, independentemente de filiação sindical.

442
Q

São considerados acidentes de trabalho graves, acidente envolvendo trabalhador informal.

A

ERRADO

Acidente envolvendo trabalhador informal não é considerado grave.

  • Acidentes graves: de forma geral, são os traumas e mutilações, grandes traumas e em menores de 18 anos (consequências podem ser fatais) — acidente ocular, fraturas abertas, fechadas ou múltiplas, queimadura de III grau, TCE, traumatismo de nervos e medula, asfixia ou estrangulamento, politraumatismo, afogamento, ferimento com lesão visceral, trauma de tórax/abdome/quadril, amputação traumática, lesão por esmagamento e intoxicação agudas.
443
Q

Um trabalhador sofreu amputação do 2º dedo da mão direita ao operar máquina na empresa. Ficou afastado do trabalho por um período de 4 meses e, nesse período, recebeu benefício previdenciário. Após recuperação completa da cicatrização da amputação, não conseguia realizar sua atividade de trabalho, que exigia a preensão palmar com força, mas poderia realizar outros tipos de atividade na empresa que trabalhava, em outro setor e função. Nesse caso, o benefício previdenciário que foi concedido durante o afastamento e que ele tem direito a receber após retornar à outra atividade de trabalho são, respectivamente, auxílio por incapacidade: temporária acidentário e auxílio-acidente.

A

CERTO

1) AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA é concedido ao segurado que ficar incapacitado para seu trabalho ou para sua atividade habitual por mais de quinze dias consecutivos, conforme definido em avaliação médico-pericial (Art. 71 do Decreto 10.410/2020).

2) AUXÍLIO ACIDENTE é concedido como INDENIZAÇÃO ao segurado empregado, INCLUSIVE O DOMÉSTICO, ao trabalhador avulso e ao segurado especial quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequela definitiva com redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerça (Art. 104 do Decreto 10.410/2020).

Assim, no caso mencionado, houve uma amputação do 2º dedo da mão direita com afastamento do trabalho por mais do que quinze dias (4 meses), tendo recebido benefício previdenciário nesse período. O enunciado continua falando que houve completa cicatrização da amputação, mas, mesmo assim, o trabalho exigia preensão palmar forte, e o trabalhador não conseguiu mais exercê-lo. Nesse caso, o benefício previdenciário concedido durante o afastamento, seria qual?

Sim, estamos falando do auxílio por incapacidade temporária! Isso acontece porque houve afastamento por mais de 15 dias.

Mas… e em relação ao benefício que o trabalhador tem direito de receber após retornar à atividade de trabalho (função modificada)? É o auxílio-acidente.

444
Q

Trabalhador exposto a xileno realiza ácido metil-hipúrico na urina, o qual tem o valor acima da referência da NR-7. Não apresenta nenhuma queixa nem alterações em outros exames complementares. Nesse caso, o médico do trabalho deve: emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).

A

ERRADO

Em indivíduos expostos, o indicador biológico, quando está acima do índice biológico máximo permitido (IBMP), implica que está havendo EXPOSIÇÃO EXCESSIVA (EE) e a conduta é indicar medidas de controle nos ambientes de trabalho (não sendo um acidente de trabalho, sem relação com emissão da CAT).

445
Q

Trabalhador exposto a xileno realiza ácido metil-hipúrico na urina, o qual tem o valor acima da referência da NR-7. Não apresenta nenhuma queixa nem alterações em outros exames complementares. Nesse caso, o médico do trabalho deve: comunicar aos responsáveis pelo PGR para reavaliação dos riscos ocupacionais e das medidas de prevenção.

A

CORRETA

Pois o metil-hipúrico é indicador biológico para exposição excessiva aos xilenos e não tem significado clínico, não sendo seu achado considerado acidente de trabalho. Assim, seu achado implica em reavaliar riscos ocupacionais.

446
Q

Servente de pedreiro, empregado, com 19 anos, primeiro vínculo de emprego CLT. No quarto mês após admissão, sofre queda de andaime que acarreta fratura em sua perna direita. Foi realizada cirurgia, sem nenhuma intercorrência, e indicado afastamento por 60 dias para recuperação. Teve boa evolução, sem sequelas e sem limitação funcional após os 60 dias de afastamento das atividades de trabalho. Nesse caso, referente ao(s) benefício(s) previdenciário(s): terá direito a receber benefício de incapacidade temporária por acidente de trabalho pelo período que se manteve afastado das atividades de trabalho, apenas.

A

CERTO

447
Q

Auxiliar de cozinha cortou o dedo com a faca ao preparar os alimentos durante sua atividade de trabalho. Esse tipo de acidente de trabalho deve ser comunicado à Previdência Social pela empresa: até o primeiro dia útil seguinte ao acidente.

A

CERTO

448
Q

De acordo com a Lei nº 8.213/1991, Acidente do Trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efeitos da referida lei: acidentes em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado.

A

CERTO

449
Q

O levosimendam é um inotrópico e vasodilatador da classe dos agentes sensibilizadores de cálcio, indicado para o tratamento da insuficiência cardíaca avançada.

A

CORRETA

Trata-se de um sensibilizador de cálcio para tratamento de insuficiência cardíaca aguda descompensada (ICAD), tem efeitos inotrópicos e vasodilatadores.

450
Q

Constituem situações capazes de resultar em hemodiluição excessiva: pacientes com anemia, com edema ou com insuficiência cardíaca; uso de oxigenadores e de circuitos com necessidade de grandes volumes de prime; e presença de excesso de cristaloides nas soluções para a proteção do miocárdio.

A

CERTA

Pacientes com anemia, edema ou com insuficiência cardíaca podem sofre com a hemodiluição excessiva, condição essa que acontece durante a circulação extracorpórea.

Para ‘correção’ da complicação, utiliza-se a técnica padrão, ou seja, uso de cristaloide para o preenchimento da CEC e também volume por PRIME.

451
Q

Uma lactente deu entrada em um hospital apresentando sinais e sintomas de insuficiência cardíaca congestiva. A mãe relatou que há 1 mês teve início quadro de taquipnéia, cianose e tosse após as mamadas e o choro. Antes desse período, a criança não tinha qualquer problema.

A criança deve ser mantida em posição de decúbito dorsal a fim de reduzir a congestão pulmonar.

A

ERRADA

Na Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) a criança deve ser mantida em repouso restrito ao leito na posição de Fowler.

Posição de Fowler é uma manobra que coloca o paciente parcialmente sentado, por meio da ele vação da cabeceira da maca a um ângulo entre 45° e 60°.

Ortopneia é a dispneia ao decúbito dorsal, ocasionada pelo aumento do retorno venoso dos membros inferiores ao coração, com congestão pulmonar e diminuição da capacidade vital.

452
Q

A miastenia gravis é uma doença sistêmica que ocorre como consequência de uma lesão imunológica e perda de receptores de acetilcolina na junção neuromuscular, levando à fatigabilidade progressiva da musculatura estriada. Um dos seus principais sinais é a queda das pálpebras (ptose), que tende a piorar ao final do dia ou após longos períodos de leitura.

A

CERTO

453
Q

Débito cardíaco é produto do volume sistólico pela frequência cardíaca.

A

CERTO

O débito cardíaco (DC) reflete a quantidade de sangue ejetado pelo coração em um minuto. Logo, reflete a quantidade de sangue que sai do coração em um batimento (volume sistólico) multiplicado pelo número de batimentos (frequência cardíaca). Os valores normais estão entre 4 e 8L/min. Geralmente usamos o termo índice cardíaco (IC), que reflete o débito cardíaco de acordo com a superfície corpórea. Assim, o IC será a divisão do DC pela superfície corporal. Os valores normais estão entre 2,8 a 4,2L/min/m². Esses valores podem ser calculados através do ecocardiograma ou através de dispositivos invasivos como o cateter de Swan-Ganz (cateter de artéria pulmonar que fornece diversas informações hemodinâmicas).

454
Q

Mulher de 76 anos, hipertensa de longa data, referindo piora de dispneia, atualmente, até aos pequenos esforços. Apresenta ausculta com galope de B4. A pressão arterial é de 160/88 mm Hg e a FC= 96/min. Ao ecocardiograma são observados hipertrofia concêntrica do VE, átrio esquerdo pouco aumentado, tamanho e função ventricular esquerda normais e tempo de relaxamento diastólico anormalmente lento. Qual destas drogas seria mais eficaz e com menor perfil de toxicidade?

A

Verapamil.

Verapamil é um bloqueador de canal de cálcio (BCC) não diidropiridínico e tem efeito cronotrópico negativo. Sendo assim, poderia ser usado nesse caso. Uma alternativa seria usarmos betabloqueadores.

455
Q

A organização da assistência social é orientada por diretrizes como a participação da população, em todos os níveis, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas.

A

CERTO

De acordo com o art. 5º, II, da Lei 8.742/93, “a organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes: II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis”.

456
Q

As ações ofertadas pelo Sistema Único de Assistência Social - SUAS têm por objetivo proteger a família, a maternidade, a infância, a adolescência e a velhice.

A

CERTO

Conforme o mencionado dispositivo legal:

Art. 6º “A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas), com os seguintes objetivos: (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)

[…]

§ 1º As ações ofertadas no âmbito do Suas têm por objetivo a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice e, como base de organização, o território”. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011)

457
Q

Paulo, com quinze anos de idade, é filho de Marcos e Paula. Todos vivem no Distrito Federal e estão em situação de rua. Identificada a vulnerabilidade da família, Paulo e seus pais foram encaminhados ao conselho tutelar. Após atendimento, o conselheiro tutelar responsável requisitou serviços públicos em benefício de Paulo nas áreas de saúde, educação e serviço social. Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue, de acordo com a Resolução Conjunta CNAS e CONANDA n.º 1/2017, que estabelece Diretrizes Políticas e Metodológicas para o Atendimento de Crianças e Adolescentes em Situação de Rua.

Em todos os serviços socioassistenciais solicitados a Paulo, deverá ser feita a escuta qualificada apenas do adolescente, visto que a resolução em questão não se aplica aos pais dele.

A

ERRADO.

O item está errado porque contraria a literalidade do Art. 1º, XXVI da Resolução Conjunta CNAS e CONANDA n.º 1/2017.

458
Q

Ao idoso que tenha, no mínimo, sessenta e cinco anos de idade e que não possua meios de prover sua subsistência ou de a ter provida por sua família, será assegurado o benefício de prestação continuada previsto na LOAS, no valor de um salário mínimo.

A

CERTA.

A alternativa está correta, de acordo com o art. 20 da Lei 8.213/93. É assegurado o benefício de prestação continuada, no valor de um salário mínimo, ao idoso que tenha sessenta e cinco anos de idade e que não possua meios de prover sua subsistência ou de a ter provida por sua família.

“Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família.”

459
Q

Caso o primeiro pagamento de um benefício previdenciário seja feito após o prazo estabelecido em lei, esse pagamento deverá ser atualizado com base em critérios do INSS, regra que não se aplica a benefício de prestação continuada pertencente à assistência social.

A

INCORRETA.

Nos termos do art. 37, § único, da Lei nº 8.742/93, o benefício de prestação continuada deve ter seu pagamento efetuado em até 45 dias após cumpridas suas exigências. Caso não seja feito em 45 dias, aplica-se a ATUALIZAÇÃO pela mesmo critério adotado pelo INSS na atualização de benefício previdenciário em atraso.

Assim, a questão está incorreta ao dispor que a atualização com base em critérios do INSS não se aplica a benefício de prestação continuada pertencente à assistência social.

460
Q

Para efeitos de concessão do benefício de prestação continuada, é considerada família incapaz de sustentar a pessoa portadora de necessidade especial ou idosa aquela que está inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, com renda mensal de até dois salários mínimos.

A

ERRADA

A questão refere-se ao benefício de prestação continuada (BPC), previsto na Lei nº 8.742, de 07 de dezembro 1993, conhecida como Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS/1993). Vejamos o trecho da lei que traz a resposta:

Art. 20 - § 3º Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja: (Redação dada pela Lei nº 13.982, de 2020)

I - igual ou inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo, até 31 de dezembro de 2020; (Incluído pela Lei nº 13.982, de 2020)

§ 12. São requisitos para a concessão, a manutenção e a revisão do benefício as inscrições no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - Cadastro Único, conforme previsto em regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)

Como vimos a questão está ERRADA, pois a renda mensal de que trata a lei é aquela igual ou inferior a 1/4 do salário mínimo e não de até dois salários mínimos.

461
Q

Considere que uma pessoa portadora de necessidade especial que receba o benefício de prestação continuada (BPC/LOAS) tenha sido contratada, como aprendiz, para realização de atividade remunerada. Nessa situação, essa pessoa terá o benefício suspenso imediatamente devido a essa contratação.

A

ERRADA

A questão cobra o conhecimento acerca dos casos de suspensão do benefício de prestação continuada (BPC), previstos no Decreto nº 6.214, de 26 de setembro de 2007, que regulamenta o BPC garantido pela política de assistência social. Este benefício é devido à pessoa com deficiência e ao idoso de que trata a Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993, conhecida como Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS/1993). O artigo 47 do decreto estabelece os casos de suspensão do BPC em caráter especial. Vejamos o trecho mencionado pela lei:

Art 47 - § 5º A pessoa com deficiência contratada na condição de aprendiz terá seu benefício suspenso somente após o período de dois anos de recebimento concomitante da remuneração e do benefício, nos termos do § 2º do art. 21-A da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. (Incluído pelo Decreto nº 7.617, de 2011)

Assim, a questão está ERRADA, pois a pessoa com deficiência só terá o beneficio suspenso caso permaneça na atividade de aprendiz por mais de dois anos.

462
Q

O Estado brasileiro entende que certos segmentos da sociedade devem ser protegidos em determinados aspectos e situações. Nesse sentido, os objetivos definidos para a assistência social incluem a proteção à família, à criança, ao adolescente, ao idoso e à maternidade, bem como a habilitação, a reabilitação e a integração do deficiente físico à sociedade.

A

CERTA

Lei 8.742/93 (LOAS), Art. 2º A assistência social tem por objetivos:

I - a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente: a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes;
c) a promoção da integração ao mercado de trabalho;
d) a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; e
e) a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família;

463
Q

É vedado o repasse de recursos estaduais destinados à assistência social a um município do Pará em que não exista, em efetivo funcionamento, um Conselho de Assistência Social.

A

CERTA.

Sobre o financiamento da assistência social, dispõe o art. 30 da LOAS - Lei n 8742/93 o critérios para o recebimento dos repasses, conforme transcrito:

    Art. 30. É condição para os repasses, aos Municípios, aos Estados e ao Distrito Federal, dos recursos de que trata esta lei, a efetiva instituição e funcionamento de:

    I - Conselho de Assistência Social, de composição paritária entre governo e sociedade civil;

    II - Fundo de Assistência Social, com orientação e controle dos respectivos Conselhos de Assistência Social;

    III - Plano de Assistência Social.

Dessa forma, um dos critérios para recebimento dos repasses destinados à assistência social pelos Municípios é possuir o CNAS.

464
Q

Na abertura da IV Conferência Nacional de Assistência Social, em dezembro de 2003, Aldaíza Sposati estabeleceu uma analogia entre a Lei Orgânica de Assistência Social e uma criança de 10 anos de idade, a menina LOAS. A autora ofereceu uma reconstrução da história da Assistência Social no Brasil. Com relação a esse assunto, julgue o item a seguir.

Os serviços sociais nas experiências estrangeiras que precederam a LOAS eram custeados por doações do empresariado ao governo que os administrava.

A

ERRADO

A questão exigiu o conhecimento a respeito dos serviços sociais, de acordo com a experiência estrangeira, na qual, foram instituídas antes do plano de assistência social, por este motivo, temos que salientar, referente as questões das formas de assistência social, começaram a tomar destaque, no mundo em meados de 1930, com o aumento das desigualdades sociais, e num contexto histórico no Brasil, é necessário observar dois momentos, sendo o primeiro ao final do anos 1940, sendo necessário viabilizar as famílias dos combatentes da segunda guerra mundial e em 1980 com a insatisfação dos movimentos sociais, reivindicatórios, em conjunto, com o prol do fim da ditadura militar, na qual, pela história da assistência social no Brasil, tem por base a caridade, a filantropia e na solidariedade religiosa.

465
Q
A