Bronquiolite viral aguda Flashcards
O que é a BVA o que causa, é o primeiro evento do que?
- infecção aguda viral
- causa processo inflamatório nos bronquíolos –> obstrução + hiperinsulação
- Primeiro evento de sibilância
Etiologia BVA
Vírus sincicial respiratório (80%)
Adenovírus (+ grave, menos frequente)
Rinovírus, Metapneumovírus, Influenza, Coronavírus, Enterovírus.
Fisiopatologia BVA
- Exposição ao vírus –> inflamação –> edema –> transudação e descamação celular
Edema + secreção –> limita passagem–> tempo expiratório > inspiratório –> hiperinsuflação
Diagnóstico bronquiolite
Indicio agudo de sintomas respiratório, taquipnéia, com ou sem sinais de insuficiência respiratória
Sinais clínicos de obstrução de vias aéreas inferiores: sibilos e expiração prolongada
Radiografia na BVA
- Hiperinsuflação torácica difusa
- Hipertransparência pulmonar
- Retificação dos arcos costais
- Consilidação (atelectasia)
- Infiltrado instersticial
- Espessamento pleural
- ar retroesternal
Fatores de risco BVA que levarão a pior evolução do quadro
Principais:
Idade< 3m
Prematuros
Cardiopatias
Pneumopatas
Importantes: baixo peso ao nascer, imunodeficiência, doenças genéticas, desnutrição, neuropatias, condições socioeconomicas, sem aleitamento
Principais indicações Palivizumabe
- Prematuros <29
- DPC do prematuro em menores de 2 anos de idade, com terapêutica
- Cardiopatia congênita com repercussão hemodinâmica, hipertensão pulmonar ou ICC, com tratamento clínico ou cirúrgico
Pode dar broncodilatador em bronquiolite?
não
TC de tórax bronq obliterante
atelectasias, hiperinsuflação, bronquiectasia, vidro fosco
Tratamento bronq obliterante
- Oxigenoterapia contínua
- Broncodilatadores e corticosteróides inalatórios na manutenção
- Broncodilatadores e CE sistêmico nas exacerbações
- Fisioterapia respiratória frequente
- Seguimento com pneumopediatria
Pico da BVA (dia)
3º e o 5º dia, o quadro pode durar 2 semanas
Qual o agente etiológico mais grava de BVA e quais sintomas causam.
Adenovírus, causa bronquiolite obliterante
Sintomas: diarreia, febre, intubar, sepse
Quais diferenças adultos x crianças que tornam a BVA pior em crianças.
- Traqueia formato cônico (menor suporte cartilaginoso)
- Maior número de glândulas mucosas e menor número de alvéolos
- Complacência maior na caixa torácica e menor no pulmão
- Imaturidade imunológica
Manifestações Clínicas a BVA
- Pródomo: tosse, rinorreia, obstrução nasal
- Sibilância
- Tempo de expiração prolongado
- Tosse secretiva
- Febre
- Distensão abd
- Pode evoluir: tiragem, gemência, retração subcostal
Ausculta pneumonia
Estertor crepitante nas bases, sem redução da expansão torácica
Qual parâmetros são levados em consideração no escore de BROSJOD
FR, tiragem intercostal, sibilância, cianose, estado geral
Ausculta, expansãoe imagem pneumonia
Estertor crepitante, geralmente em bases
Sem alteração de expansão torácica
Broncograma aérep e parênquima visível, opacida e condensação heterogênea
Imagem derrame pleural
em nível, geralmente na base
Tosse + febre + imagem de pneumonia intersticial em< 2 anos. Conduta
Oseltamivir (pensar em influenza). Tratar por 5 dias, nos três primeiros dias de sintoma
Tratamento BVA
Oxigenoterapia
Suporte vital: hidratação, aspiração VAS, nutrição, analgesia, lavagem nasal
Quais são os sinais de gravidade na BVA?
Toxemia
Desidratação
Desconforto respiratório (TSD, TIC, TF, BAN)
FR > 70
Cianose
Hipoxemia (SatO₂ < 95%)
Apneia
O que deve ser feito quando o paciente apresenta sinais de gravidade?
internação hospitalar
Quais são os fatores de risco para evolução desfavorável da BVA?
Prematuridade
Cardiopatia congênita
Imunodeficiência
Idade menor que 3 meses
Pneumopatia crônica
Neuropatia
Quais são as medidas de suporte hídrico na BVA?
Hidratação EV se necessário (parenteral ou via SNG)
Identificar sinais de congestão
Quais são as medidas de suporte ventilatório na BVA?
Oxigênio suplementar se SatO₂ ≤ 95%
Avaliar necessidade de ventilação não invasiva (CPAP) ou invasiva (IOT)
Considerar heliox se máscara facial ou CPAP
Qual a terapia adjuvante utilizada na BVA?
Solução hipertônica 3% (NaCl 20% 1 mL + água destilada 5 mL) conforme demanda, a cada 8/8h, com ou sem broncodilatador.
Quais exames complementares podem ser solicitados na BVA?
+ Raio-X de tórax: desconforto respiratório, suspeita de complicação ou diagnóstico diferencial
+ Gasometria arterial: desconforto grave
+ Pesquisa de vírus: diagnóstico etiológico
+ Triagem infecciosa: < 3 meses, febre alta ou suspeita de infecção secundária
Fatores de risco bronquiolite obliterante
Adenovírus
Ventilação pulmonar mecânica
Quadro clínico bronquiolite obliterante
- Apresentação inicial grave de BVA
- Necessidade de ventilação pulmonar mecânica agressiva
- co-infecção associada (pneumonia)
Diagnóstico bronquiolite obliterante
Biópsia pulmonar
Histologia de bronquiolite obliterante proliferativa
pólipos de tecido de granulação obstruindo a via aérea
Bronquiolite obliterante constritiva (histologia)
estreitamento parcial ou total da via aérea secundária a fibrose peribrônquica com inflamação (maioria dos casos)
Definição sibilância recorrente
> = 3 episódios de
sibilância nos 3 primeiros anos de
vida OU >= 3 episódios de sibilância
por ano, resposta com beta-2
agonista e intervalo sem sintomas.
Fatores de risco para sibilância recorrente
- vias aéreas de pequeno calibre
- resistência maior nas vias aéreas periféricas
- sustentação das vias aéreas menos rígidas
- caixa torácica mais complacente
- pobreza de poros de Khon e canais de Lambert
- diafragma mais horizontalizado
Sobre os fenótipos de sibilante recorrente, fale sobre Sibilância transitória precoce
primeiros anos de vida
associada à prematuridade e exposição ao fumo pré e pós natal
Sobre os fenótipos de sibilante recorrente, fale sobre Sibilância de início precoce
antes dos 3 anos, com infecções respiratórias virais agudas
e sem evidência de atopia. Sintomas até a idade escolar e presentes até os 12 anos numa elevada proporção
de crianças.
Sobre os fenótipos de sibilante recorrente, fale sobre Sibilância de inicio tardio/asma
início após os 3 anos, que persiste na infância e vida adulta. História
familiar e pessoal de atopia
Tratamento sibilante recorrente na crise aguda
- beta-agonista de curta duração: Fenoterol/Salbutamol/Terbutalina + Brometo de Ipratrópio
- corticoide sistêmico VO ou EV por 5 dias: Prednisona, Prednisolona, Metilprednisolina, Hidrocortisona,
Dexametasona
Tratamento sibilante recorrente manutenção
broncodilatador de longa duração (Salmeterol) + corticoterapia inalatória (Beclometasona,
Fluticasona, Budesonida)
O que usar para tratamento de sibilância recorrente no período antercrise
Antileucotrienos (Montelucaste)
TTO BVA
oxigenioterapia por cateter nasal com oxigênio nebulizado e hidratação endovenosa.