AVCh, HSA e coma Flashcards
Como diferenciar nistagmo por causa periférica do causado por etiologia no tronco cerebral?
O nistagmo periférico tende a ser por acometimento periférico, enquanto o nistagmo vertical é quase patognomômico de um acometimento no tronco cerebral.
Cite os 3 parâmetros da escala de Cincinatti. A presença dos 3 de forma aguda tem quanto de sensibilidade?
Os parâmetros de Cincinatti são: (1) presença de paralisia facial -> pedir para sorrir; (2) capacidade de se comunicar -> pedir para falar uma frase simples; e (3) capacidade de levantar os MMSS e mantê-los. A perda de capacidade dos 3, de maneira aguda, apresenta sensibilidade de 100% para AVE.
Quais as medidas gerais no TTO: (1) nível da cabeceira; (2) quando reduzir PA e para qual valor no AVCi?
A cabeceira deve ficar em uma angulação maior que 30 graus, a fim de melhorar o retorno venoso do cérebro e diminui a PIC. A PA deve ser reduzida quando se tem uma PAS > 220 ou PAM > 130 para valores abaixo de 180x110 (permitir trombólise).
Até quanto tempo de evolução pode usar fibrinolítico? Qual a droga de escolha? Como é feita? Qual valor de PA impossibilita a terapia fibrinolítica?
O fibrinolítico pode ser utilizado até 4h30 (270 minutos) do início dos sintomas. A droga de escolha é a alteplase (rt-PA), na dose de 0,9mg/kg com dose máxima de 90mg. A dose deve ser administrada de maneira fracionada, isto é, 10% in bolus + restante ao longo de 60 minutos. Para que se possa realizar a terapia trombolítica, é imperioso que a PA esteja abaixo de 180x110 e para alcançaá-la, lança-se mão principalmente de nitroprussiato de sódio, apesar de poder usar BB IV ou IECA IV.
Cite 6 cuidados a serem tomados após a trombólise.
(1) Evitar fazer punção venosa profunda ou arterial durante 24 horas, sempre que possível -> só fazer caso paciente evolua para choque e, se fizer punção venosa, não pode fazer na subclávia, por não ser um sítio compressível; (2) não fazer cateterismo vesical até 30 minutos após o término da infusão do trombolítico; (3) não passar SNG nas primeiras 24 horas; (4) não administrar anticoagulantes ou antiagregantes nas primeiras 24 horas; (5) monitorização cardíaca contínua; e (6) constante avaliação neurológica, principalmente nas primeiras 24 horas.
Cite 6 cuidados a serem tomados após a trombólise.
(1) Evitar fazer punção venosa profunda ou arterial durante 24 horas, sempre que possível -> só fazer caso paciente evolua para choque e, se fizer punção venosa, não pode fazer na subclávia, por não ser um sítio compressível; (2) não fazer cateterismo vesical até 30 minutos após o término da infusão do trombolítico; (3) não passar SNG nas primeiras 24 horas; (4) não administrar anticoagulantes ou antiagregantes nas primeiras 24 horas; (5) monitorização cardíaca contínua; e (6) constante avaliação neurológica, principalmente nas primeiras 24 horas.
Quando tratar transformação hemorrágica? Como é feito o tratamento?
A transformação hemorrágica só deve ser tratada nos casos em que é volumosa ou sintomática. Quando é assintomática, o tratamento só é feito se houver complicações, como desvio da linha média. O tratamento é feito com: (1) suspensão da infusão de trombolítico, se ocorrer durante a infusão; (2) crioprecipitado para manter fibrinogênio acima de 100; (3) plasma fresco congelado ou complexo protrombínico; (4) plaquetas, se < 100.000 ou uso de Antiagregante plaquetário; e (5) concentrado de hemácias se houver sangramento extra-cerebral e Hb < 10 (é incomum sangramento cerebral cursar com anemia).
Até quanto tempo pode ser feita a trombectomia mecânica? Quais são as 3 indicações mais robustas?
A trombectomia mecânica pode ser realizada até 24 horas após o início dos sintomas. As 3 indicações mais robustas são: (1) AVEi após 4h30 de evolução; (2) AVEi até 4h30 de evolução, mas com baixa probabilidade de reperfusão com trombólise IV (trombo proximal); e (3) AVEi até 24 horas se houver evidências de penumbra isquêmica significativa e trombo detectável em vaso proximal de circulação anterior (vertebro-basilar não tem ensaio clínico robusto que mostre benefício).
Quando há acometimento de mais de 1/3 do território irrigado pela ACM, qual o TTO? Qual população mais se beneficia?
Se houver acometimento de mais de 1/3 do território irrigado pela ACM, deve-se realizar a craniectomia descompressiva. A população que mais se beneficia é a faixa etária entre 18-60 anos, com tempo de evolução de menos de 48 horas.
Qual o principal sintoma da HSA? Cite 3 fatores de risco.
O principal sintoma da HSA é uma cefaléia intensa de início súbito, com características diferentes das já expressadas pelo paciente. Os 3 principais fatores de risco são: HAS, alcoolismo e tabagismo.
Detalhe a escala de Hunt-Hess (I a V).
A escala de Hunt-Hess é: (1) cefaleia discreta, com leve rigidez de nuca; (2) cefaleia moderada a intensa com sinais de irritação meníngea, mas sem acometimento focal; (3) sonolência, confusão e sinais focais leves; (4) sinais focais mais fortes; e (5) coma profundo + rigidez em descerebração.
Sobre as complicações da HSA: (1) qual a mais comum e como prevenir; (2) até quando pode ocorrer vasoespasmo e como prevenir; (3) até quando a hidrocefalia é precoce, qual população está mais susceptível e TTO; e (4) quando é necessário administrar anticonvulsivante, quando parar e quando fazer crônico.
A complicação mais comum da HSA é o ressangramento, o qual é prevenido realizando-se o tratamento definitivo, isto é, cirurgia ou colocação endoscópica de prótese assim que possível + repouso absoluto + evitar que ocorram picos hipertensivos.
O vasoespasmo pode ocorrer até 21 dias após a HSA. Sua prevenção é feita com nimodipino.
A hidrocefalia é considerada precoce quando ocorre até 72 horas após. A população mais susceptível é classificada como Fischer IV (hemoventrículo). O tratamento é feito com DVE ou DVP.
A administração de anticonvulsivante deve ser feita de maneira profilática até que se consiga o tratamento definitivo do aneurisma. Por outro lado, há algumas situações em que é necessário o uso crônico: (1) histórico de convulsão; (2) aneurisma de artéria cerebral média; e (3) hematoma ou infarto cerebral.
Quais as 3 principais causas de coma na emergência?
As 3 principais causas são: AVE, TCE e alcoolismo.
Qual lesão cutânea indica intoxicação por CO?
A intoxicação por monóxido de carbono é marcada por lesões vermelho-cereja.
Qual a sequência de estímulos que deve ser feita em pacientes em coma? Onde realizar os estímulos dolorosos?
A sequência é: (1) estímulos verbais cada vez mais altos; (2) estímulos táteis; e (3) estímulos dolorosos, a serem realizados no leito ungueal.