Aula 9 e 10 - Nutrição e metabolismo microbianos -> diversidade metabólica Flashcards

1
Q

Explica de uma maneira muito geral o que acontece no metabolismo da célula?

A

O seres vivos precisam de fontes de energia e fontes de nutrientes para a sua sobrevivência e o seu metabolismo. A energia é libertada por reações catabólicas e pode ser usada para mobilidade, transporte de nutrientes, ou para biossínteses. Durante as reações de catabolismo são ainda libertados produtos residuais, como produtos de fermentação, ácidos, álcoois, CO2 e aceitadores de eletrões reduzidos). A fonte de nutrientes vai ser usada para biossínteses, as quais necessitam de energia para a produção de macromoléculas e outros componentes das células.

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2
Q

Os micróbios podem ser caracterizados de acordo com a fonte de nutrientes que usam para a sintese dos componentes celulares e da sua fonte de energia usada para a biossíntese e outras atividades celulares. Fa-lo.

A

Quanto a fonte de carbono:
-Heterotróficos: quando usam compostos orgânicos como fonte de carbono para a sintese de componentes celulares;
-Autotróficos: quando usam CO2 como fonte de carbono para sintese de componentes;
Quanto a fonte de energia:
-Fototróficos: usam Luz para produção de enrgia
-Quimiótroficos: usam reações de oxidação-redução
-Organotróficos: se a fonte de eletrões
é orgânica
-Litotroficos: se a fonte de eletrões é inorgânica

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3
Q

Os seres vivos têm nutrientes que são necessários à sua sobrevivência, tendo de ser obtidos a partir do exterior. Como se dividem?

A

Estes dividem-se e micronutrientes (Cu2+, Co2+, Zn2+, Ni2+), se são necessários em quantidades residuais, e macronutrientes, se são necessários em maiores quantidades. Dentro dos macronutrientes temos o C, O e H, que são os componentes de todos os compostos orgânicos, o N, P e S que são constituintes de proteínas e ácidos nucleicos, e, por fim, K+, Ca2+, Mg2+, Fe2+/Fe3+ e Na+, que são co-fatores para algumas enzimas e fatores de estabilização de macromoléculas.

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4
Q

Explica a diferença do potencial de oxidação redução conforme o composto.

A

O potencial de oxidação-redução, representado à direita, vai do mais eletronegativo (em cima) até ao mais eletropositivo (em baixo).
Existe um processo de gradualidade, em que há libertação de energia em cada fase. A glucose corresponde à molécula com maior potencial energético. Pode advir uma vantagem decisiva na competitividade entre os microrganismos da possibilidade de escolher um composto alternativo como aceitador final de eletrões.
Quanto mais eletronegativo é um composto, melhor será como dador de energia. Por outro lado, quanto mais eletropositivo é um composto, melhor será como aceitador de eletrões. Portanto, um mesmo composto pode ser dador e aceitador de energia. Conclui-se também que o oxigénio é um excelente aceitador final de eletrões, mas a água é um péssimo dador de energia.

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5
Q

Quais os organismos que vão ter mais produtividade?

A

Os quimioheterotróficos

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6
Q

Que tipos de fotossíntese existem e que organismos produzem cada tipo?

A

Há então dois tipos de fotossíntese, fotossíntese oxigénica (produz oxigénio) e fotossíntese anoxigénica (não produz oxigénio). Nos eucariotas, a parte da célula que realiza a fotossíntese provém da endossibiose de um procariota.

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7
Q

Como funciona o fluxo de eletrões em bactérias púrpuras?

A

A luz vai excitar o P870 (centro de reação) vai ser excitado pela luz, diminuindo imenso o seu potencial de redução, tornando o um forte dador de eletrões. Este vai passando a sua energia para complexos com potenciais de redução mais altos, levando a redução do NAD(P)+ em NAD(P)H, o processo contrário vai levar a consumo de energia. Para isto acontecer vai-se gastar energia do ATP e NADH

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8
Q

Como funciona a fotossíntese oxigénica?

A

Outro processo usa os centros de reação P680 e P700, este sistema permite usar água como dador de eletrões ainda que este seja um mau dador. Isto é possível porque o P680 tem um potencial de redução ainda mais positivo, este processo leva a libertação de oxigénio, o qual foi importante para a evolução da vida. Após a redução de P680 este pode ser ativado por luz, passando para um potencial muito negativo, que pode vai ser passado por reduções até ao P700 que pode ser excitado pela luz. Este potencial vai aumentando outra vez levando a produção de NAD(P)H. Quando a produção de NAD(P)H não é necessária,
existe um caminho alternativo de Fd para cyt bf, neste caminho alternativo não há mais produção de oxigénio.

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9
Q

Metabolismo assimilativo vs metabolismo dissimilativo.

A

Se um composto for introduzido na célula para consumo da própria célula, isso é um mecanismo assimilitativo; se célula captar um composto para o utilizar como fonte de energia, isso é um mecanismo dissimilativo.

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10
Q

Que aceitadores usar na produção de energia?

A

Para a produção de energia é sempre melhor usar os melhores aceitadores (mais positivos) e os melhores dadores de eletrões (mais negativo). Há vários tipos de respiração que por isso têm diferentes potenciais e por isso libertam diferentes energias, sendo que quando o aceitador é o oxigénio ou perto deste vamos ter mais produção de energia.
Quanto mais eletronegativo o dador de eletrões, vai haver mais produção de energia, pois vão conseguir doar a partes diferentes da cadeia de eletrões

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11
Q

É melhor composto para produção de energia o H2S ou o S2O32-?

A

H2S é mais eletronegativo do que S2O32-, pelo que pode entrar na cadeia de transporte de eletrões mais cedo e levar à produção de uma maior quantidade de energia sob a forma de ATP.

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12
Q

Energia de oxidação do ferro ferroso.

A

Um pH muito baixe inibe a oxidação química do ferro, favorecendo assim a oxidação bioquímica, que ocorre no periplasma. Este caso é ainda muito menos produtivo do que o que utiliza enxofre, uma vez que o par Fe3/Fe é muito eletropositivo. O tipo de microrganismo em que este processo ocorre é frequentemente encontrado em minas e possuem uma cor avermelhada.

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13
Q
A
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14
Q

Quais os 3 estágios da fermentação

A

Estágio I: Reações Preparatórias
- A glicose é convertida em gliceraldeído-3-fosfato por meio de várias reações, incluindo fosforilação e isomerização.

Estágio II: Produção de ATP e Piruvato
- O gliceraldeído-3-fosfato é oxidado, gerando NADH e formando 1,3-bifosfoglicerato.
- O 1,3-bifosfoglicerato é transformado em piruvato, produzindo ATP no processo.

Estágio III: Produção de Produtos de Fermentação
- O piruvato é convertido em produtos finais, como acetato e formiato, liberando NADH.
- Dependendo do organismo, os produtos finais podem incluir álcool, ácido láctico, entre outros.

Essencialmente, a fermentação é um processo anaeróbico que transforma a glicose em produtos finais, gerando ATP e regenerando o coenzima NAD+ para manter a produção de energia na ausência de oxigênio.

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15
Q

Explica as 3 etapas do catabolismo.

A

Estágio 1: Degradação de Proteínas e Polissacarídeos
- Processo: Quebra de proteínas em aminoácidos e polissacarídeos em monossacarídeos.
- Produtos Iniciais:
- Aminoácidos (de proteínas).
- Monossacarídeos (de polissacarídeos).

Estágio 2: Conversão para Moléculas Intermediárias e Produção de Coenzimas
- Processo: Conversão de aminoácidos em piruvato e de monossacarídeos em Acetil-CoA.
- Produtos Intermediários:
- Piruvato, Acetil-CoA.
- Coenzimas: NADH, ATP.

Estágio 3: Oxidação Completa e Produção de Energia
- Processo: Oxidação de glicerol e ácidos graxos, alimentando o ciclo do ácido tricarboxílico (TCA) e a cadeia de transporte de elétrons.
- Produtos Intermediários:
- Glicerol convertido em di-hidroxiacetona-fosfato.
- Ácidos graxos quebrados em Acetil-CoA.
- Produtos Finais:
- CO2, ATP, NADH, FADH2.

Cada estágio do catabolismo representa uma etapa na degradação de moléculas complexas em unidades menores e, eventualmente, na produção de energia armazenada em coenzimas como NADH e FADH2. Essas coenzimas são então utilizadas para gerar ATP por meio do ciclo do ácido tricarboxílico (TCA) e da cadeia de transporte de elétrons.

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16
Q

Explica sucintamente a glicólise.

A

I. Reações da Glicólise:

Glucose é convertida em Glucose-6-P.
Fructose-6-P é transformada em Fructose-1,6-bifosfato.
2 (1,3-Bisphosphoglycerate) são convertidos em 2 (3-Phosphoglycerate).
2 (Phosphoenolpyruvate) resultam em 2 Pyruvate.
ATP Líquido (ganho/perda):

Consumo de ATP nas três primeiras reações: -1 (para cada reação).
Produção de ATP nas etapas finais: +2 (para cada reação).

17
Q

Explica a energia produzida na glicólise nas leveduras e bactérias.

A

Exemplos de Estequiometria Global:
(1) Glucose gera 2 etanol + 2 CO2.
(2) Glucose produz 2 lactato + 2 H+.
Organismos Envolvidos: Leveduras e Bactérias Láticas.

Rendimentos de Energia Livre:
Etanol/CO2: -238.8 kJ/mol glicose fermentada (27% de eficiência, aproximadamente 64 kJ conservados em ATP).
Lactato: -196 kJ (32% de eficiência).

18
Q

O que é a Sacharomyces cerevisiae?

A

A sacharomyces cerevisiae é uma célula eucarióta unicelular, que cresce rapidamente (2hr de gestação). Como é unicelular, quando se faz uma alteração ao genoma, esta vai ser passada certamente à geração seguinte. Este foi ainda o primeiro ser vivo a ser completamente sequenciado.

19
Q

Para aonde vai a arginina na célula?

A

A arginina que entra na célula pode ser direcionada para o vacuolo, onde é armazenada, pode ser utilizada para a síntese de proteínas, e pode ainda ser catabolizada. Estas 3 possibilidades estão associadas a 3 enzimas, com atuações diferentes, que competem para a arginina. A enzima que direciona a arginina para a produção de proteínas é a que apresenta maior afinidade para este substrato, uma vez que é, das 3, a situação mais critica-sem arginina, a síntese proteica fica comprometida.

20
Q

Como é diferente o comportamento da bactéria e da levedura num meio nutritivo?

A

Se uma levedura e uma bactéria crescessem num meio nutritivo, a bactéria iria captar os nutrientes consoante precisasse. Já a levedura iria captar uma quantidade muito maior de nutrientes, maior ainda do que a que necessita para os seus processos metabólicos, de forma a armazená-los num organelo-o vacúolo. Esta situação demonstra as vantagens dos seres eucariotas devido ao facto de possuírem organelos. Esta vantagem verifica-se em em condições estáveis favoráveis para as células.

21
Q

Como é metabolizada a arginina?

A

A arginase é a primeira enzima que intervém no catabolismo da arginina. De seguida, este processo subdivide-se em 2 vias. Numa delas, há produção de amónia, ao passo que na outra há produção de prolina! A prolina é depois catabolizada na mitocondria. Numa situação de escassez de oxigénio, a mitocôndria fica inativa, pelo que a prolina deixa de ser metabolizada. Portanto, em condições de anaerobiose, verifica-se uma acumulação de prolina. Conclui-se, assim, que na presença de oxigénio é possível obter muitos mais compostos de azoto a partir da arginina do que na ausência de oxigénio.

22
Q

Explica o transporte da ureia.

A

A urela pode ser transportada através da membrana celular. Os valores à direita correspondem ao Km de duas enzimas transportadoras de ureia. Quando este composto existe em baixa quantidade, é a enzima com menor Km (maior afinidade) que vai estar ativa. Pelo contrário, quando este composto existe em elevada quantidade, é a enzima com maior Km (menor afinidade) que vai estar ativa. A situação de ureia alta é constitutiva e não repressival Já a situação de ureia baixa é indutiva Uma vez que está associada a um gene constitutivo, isto é, que é transcrito continuamente, a situação de ureia alta é a mais comum.

23
Q

Como é a degradação de microrganismos? E o que é sintropia?

A

Como os microrganismos são seres unicelulares, a degradação de macromoléculas para absorção ocorre por degradação extracelular, por enzimas excretadas. Estes produtos podem depois ser usados para diferentes ciclos e metabolismos, alguns únicos das bacterias. Pode ocorrer sintropia, quando dois organismos funcionam melhor em conjunto do que sozinhos, ou seja, quando o produto final de um microrganismos é o reagente na reação de outro, pelo que ambos beneficiam, um pelo aumento do reagente e o outro pela diminuição do produto final.

24
Q

Explica a importância de certas características da água (temperatura, densidade, profundidade) com a existência de vida.

A

Há um aumento da concentração de oxigénio com a profundidade, uma vez que este gás se dissolve melhor a temperaturas mais baixas. A certa altura, estes níveis tendem para zero com o aumento da profundidade.
Característica da água muito importante para a existência de via na Terra: a água a menor temperatura apresenta uma maior densidade do que a água a maior temperatura. O mesmo não se verifica para o gelo, que é menos denso do que a água no estado líquido. A água, a temperatura inferior a 4oC, torna-se menos densa à medida que a temperatura aumenta (inversão da tendência). Esta característica da água permite que o gelo flutue e derreta quando sujeito ao calor, possibilitando assim a existência de água no estado líquido. Se a água fosse sucessivamente mais densa com a diminuição da temperatura, a Terra seria uma massa de gelo.

25
Q

Explica o ciclo do carbono

A
  1. Fixação: O CO2 atmosférico é fixado pelos produtores (plantas, algas) durante a fotossíntese, transformando-o em compostos orgânicos.
  2. Respiração: Consumidores e produtores liberam CO2 de volta à atmosfera durante a respiração celular, oxidando compostos orgânicos para obter energia.
  3. Decomposição: Organismos decompositores decompõem matéria orgânica, liberando CO2 no processo.
  4. Combustão: A queima de combustíveis fósseis libera CO2 na atmosfera.
  5. Sedimentação e Fossilização: Parte do carbono é depositada em sedimentos, formando rochas sedimentares ou sendo fossilizada.
  6. Metanotrofia: Algumas bactérias metanotróficas oxidam o metano (CH4) para formar CO2, contribuindo para a liberação de carbono no solo.
  7. Metanogênese: Bactérias metanogênicas convertem matéria orgânica em metano, um processo comum em ambientes anaeróbicos.
  8. Acetogênese: Algumas bactérias acetogênicas convertem CO2 em ácido acético durante a fermentação, liberando CO2.
  9. Fotossíntese Anoxigênica: Certas bactérias realizam a fotossíntese sem liberar oxigênio, utilizando compostos diferentes do H2O como doadores de elétrons.
26
Q

Explica o ciclo do azoto.

A
  1. Fixação: Bactérias fixadoras de nitrogênio convertem N2 atmosférico em amônia (NH3) ou nitritos (NO2-).
  2. Nitrificação: Bactérias nitrificantes convertem amônia em nitritos e depois em nitratos (NO3-).
  3. Assimilação: Plantas absorvem nitratos do solo e os incorporam em compostos orgânicos.
  4. Cadeia Alimentar: O azoto move-se através da cadeia alimentar à medida que os consumidores ingerem plantas ou outros organismos.
  5. Desnitrificação: Bactérias desnitrificantes convertem nitratos de volta em N2 gasoso, fechando o ciclo
27
Q

Explica o ciclo do enxofre.

A
  1. Mineralização: Sulfatos presentes em minerais são convertidos em sulfetos por bactérias redutoras de sulfato.
  2. Assimilação: Plantas absorvem sulfatos do solo e os incorporam em compostos orgânicos.
  3. Cadeia Alimentar: O enxofre se move pela cadeia alimentar à medida que os consumidores ingerem plantas ou outros organismos.
  4. Decomposição: Organismos decompositores liberam sulfeto de volta ao solo durante a decomposição de matéria orgânica.
  5. Ciclo Aquático: O enxofre também pode ser transportado na forma de sulfatos em corpos d’água.

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