Aula 6 - Parede Bacteriana Flashcards
Qual a importância da parede celular bacteriana?
* Responsável pela forma da célula
* Determina o comportamento ao Gram
* Protege a célula da lise osmótica
* Pode contribuir para a patogenicidade
* Pode proteger de substâncias tóxicas
A parede protege a célula da lise osmótica por HIPOtonocidade. Porquê?
Quando a célula está em soluções hipotónicas, a entrada de água pode provocar o seu alargamento e lise.
A parede evita que isso aconteça.
Sem a parede, num meio isotónico, as bactérias adquirem a forma esférica (designa-se de protoplasto ou esferoplasto). Protoplasto: Célula completamente destituída de parede celular.
Esferoplasto: Célula com alguns resíduos de parede.
A Parede celular protege contra plasmólise (em HIPERtonocidade)
A plasmólise ocorre quando a célula se encontra em soluções hipertónicas.
A água tende a sair da célula (diminuição da atividade da água). As bactérias são muito suscetíveis a este tipo de morte (por isso é que se salgava o peixe/a carne, e se conserva fruta sob a forma de compota).
Qual a importância prática da plasmólise e da lise osmótica?
*Plasmólise: Útil na conservação de produtos
alimentares
*Lise osmótica: Está na base da ação da lisozima e da penicilina
A forma como um patogénio interage com o hospedeiro é determinada por moléculas presentes na parede bacteriana.
O que é o peptodoglicano.
Malha que recobre a superfície bacteriana; constituído por cadeias de açúcares (n-acetilglucosamina, NAG, e ácido n- acetil glucose urano), cadeias estas que estão unidas por aminoácidos. Nas bactérias Gram positivo, existe um maior número de camadas de açúcares.
A sequência básica do peptidoglicano não é sempre a mesma no que toca ao conjunto de aminoácidos, mas esta cadeia de aminoácidos normalmente começa com L-Ala e termina com D-Ala. Os aminoácidos ligam-se ao grupo carboxilo do NAM. Este liga-se ao NAG
O que é o ácido meso-diaminopimélico? E o NAG? E o NAM?
O ácido meso-diaminopimélico é um aminoácido característico do peptidoglicano (não é um (não é componente normal das proteínas; é característico das proteínas que constituem o peptidoglicano).
NAG é uma variação da glucose; existe noutros tipos de seres vivos. NAM é uma variação do NAG; NAM só existe em bactérias (transformação de NAG em NAM é característica das bactérias).
Nas proteínas, só há L-aminoácidos. O que é que isto tem a ver com as bactérias?
Normalmente, os aminoácidos utilizados pelos seres vivos são isómeros L. Contrariamente à maioria dos seres vivos, existem no peptidoglicano presente na parede bacteriana aminoácidos na forma D. (Uma enzima reconhece de forma diferente proteínas com aminoácidos Le proteínas com aminoácidos D. É desta forma que o organismo humano reconhece bactérias.)
Quais as bactérias para que os peptoglicanos estão bem caracterizados?
S.aureus e E.coli.
Indica os residuos mais comuns em cada posição do peptoglicano.
1ª- L-Ala (maior parte das espécies)
2ª- D-isoglutamato (maior parte das espécies) e D-isoglutamina (maior parte das espécies e Mycobacterium
3ª- meso-A2pm (gram negativas), l-lys (gram positivas)
4ª- D-ala (TODAS)
5ª- D-ala (grande parte)
Explica a síntese do peptidoglicano
A subunidade NAG-MAP-pentapeptídeo é sintetizada no interior da bactéria.
As racemases convertem aminoácidos L em aminoácidos D.
Quando o NAM está já ligado ao pentapeptídeo, este aproxima-se da membrana.
Bactoprenol transfere a subunidade da face interna da membrana para a face externa, permitindo que esta integre a constituição da parede bacteriana. O bactoprenol tem uma ação cíclica, transportando subunidades de dentro para fora da célula, e de fora paara dentro.
Como acontece a incorporação de novas subunidades no peptoglicano?
Na incorporação de novas subunidades no peptidoglicano, vamos ter o corte da ligação entre açucares pelas glicosidades, depois a ligação da nova subunidade e, por fim a ponte de aa é realizada pelas trasnpeptidases. Pelo que na integração temos aumento do comprimento do peptidoglicano e não da espessura. A penicilina atua na fase final da formação de novas ligações de subunidades, principalmente na ligação entre aa, e ainda ativa a quebra de ligações de açucares destruindo a camada.
Caracteriza a parede celular das bactérias gram positivas.
Ácidos teicóicos: Ligados ao peptidoglicano, atravessando a sua estrutura). São polímeros de glicerol ou ribitol (poliálcoois), ligados por grupos fosfato.
Ácidos lipoteicóicos: Ancorados por uma ansa lipídica à membrana plasmática.
Estas moléculas têm muitas cargas negativas; são as responsáveis pela tendência da membrana bacteriana em ter carga negativa.
As gram positivo secretam exoenzimas, que desempenham muitas das funções das enzimas periplasmáticas em gram negativo.
Caracteriza a parede celular das bactérias gram negativas.
A membrana externa é assimétrica com folheto diferente, com presença de lipopolissacarideos (LPS).
Estes possuem 3 partes, o antigénio O (interage com anticorpos do hospedeiro), polissacarídeo central e lípido A (endotoxina que permite interação com hospedeiro). Os LPS dão carga negativa a superfície celular (polissacarídeo central), são uma defesa contra o sistema imune (antigénio O), permitem a estabilização da parede (lípido A), da resistência aos sais biliares e pode atuar como endotoxina (lípido A).
O lípido A pode ser reconhecido pelo sistema imunitário provocando uma inflamação que pode ser exagerada e causar a morte. Uma resposta inflamatória é caracterizada por Turgor, rubor, calor e dor, o que aumenta a permeabilidade dos vasos sanguíneos levando a saída de macrófagos e neutrófilos.