Aula 4- Complicações de Otites médias Flashcards

1
Q

Qual principal caminho de disseminação das otites que causam trombiflebites?

A

Canais Venosos de HAVERS

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2
Q

Quais são os germes que mais causam complicações:

INTRAcranianas OMC?

EXTRAcranianas OMC?

E no geral por OMA?

A

INTRAcranianas OMC: Proteus, Streptococcus, anaero, GN

EXTRAcranianas OMC? S. aureus, Pseudomonas

E no geral por OMA? Pneumococo e H. influenzae

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3
Q

As complicações EXTRA ou INTRA cranianas são mais comuns?

A

EXTRA cranianas são 2x mais comuns que as INTRA

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4
Q

Qual a complicação extracraniana mais comum? Qual seu quadro clínico?

A

ABSCESSO RETROAURICULAR

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5
Q

O abscesso temporozigomático é mais comum em crianças ou alunos?

A

Crianças.

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6
Q

Qual tratamento para abscesso subperioteal e Temporozigomático?

A

ATB EV +

Drenagem abscesso

OMA: miringotomia (hoje discutível, pode melhorar só com ATB e já há fistulização para pele)

OMC: mastoidectomia

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7
Q

O que é o ABSCESSO de BEZOLD?

É mais comum em crianças ou adultos?

Qual quadro clínico e tratamento?

A
  • Ruptura da cortical da ponta da mastoide na ranhura do digástrico. Percorre o ECM (entre ele e digástrico).
  • Adultos (mastoide bem pneumatizada).
  • Dor abaixo mastoide + torcicolo+ aumento volume inserção sup ECM + apagamento depressão retromandibular. Pouco mais arrastado.
  • ATB + mastoidectomia + abordagem cervical
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8
Q

Qual o caminho de disseminação do abscesso parafaríngeo como complicação de otite?

Qual quadro clínico?

A

Pelo triangulo jugulodigástrico por osteíte/ deiscência assoalho OM. Pela face interna digastrico, espaço retroestiloide ou bainha dos grandes vasos.

Sintomas faríngeos, abaulamento ATRÁS do ECM, apagamento depressão retromandibular, abaulamento faríngeo–> rechaça amigdala medialmente

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9
Q

Qual tto para PF como complicação de OMA?

Quando indicar Mastoidectomia?

A
  1. ATB
  2. CE (0,5 mg/kg) - junto com atb ou após 3º dia
  3. Miringotomia + aspiração da secreção e cultura

Mastoidectomia: rara.

  • Sem melhora em 2-3 sem
  • Eletroneuronografia degeneração > 90%
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10
Q

Qual prognostico da PF na OMA? e na OMC?

A

Geralmente é BOM com resolução completa.

Pior na OMC.

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11
Q

Qual tratamento para PF na OMC?

A

Cirurgia p/ descompressão do nervo (NÃO ABRE BAINHA/ PERINEURO)

O mais breve possível.

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12
Q

Quais os segmentos mais acometidos por PF no colesteatoma?

A

Segmento timpânico e o segundo joelho

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13
Q

Quais os 3 mecanismos de PF por otite?

A

■ Erosão óssea do canal do facial: colesteatoma.

■ Osteíte: infecção a partir de veias –> neurite tóxica ou edema compressivo.

Deiscência espontânea do canal do facial: geralmente à OMA.

obs: OMA: agente tb pode entrar no canal do facial pelo canal do estapédio/corda do tímpano

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14
Q

Qual a apresentação clínica de uma PETROSÍTE?

(na imagem: pneumatização do ápice petroso: 30% da população)

A

Dor nevralgica auricular/ mastoidea

Irradiação trigeminal (dor retro-orbitária profunda)

METADE DOS CASOS TEM DIPLOPIA.

OBS: nem toda petrosite é Sd de Gradenigo

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15
Q

O que caracteriza a SINDROME DE GRADENIGO?

A

OMA

DOR RETRO-ORBITÁRIA (V par- trigêmio)

PARALISIA ABDUCENTE (VI par)

(tipo específico de petrosite)

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16
Q

Qual tratamento da Petrosite?

A

ATB EV (até 1 mês após melhora clínica)

Drenagem cx: abordagem Cels. perilabirínticas (cels da região epitimpânica)

17
Q

Qual a diferença petológica e clínica entre LABIRINTITE SEROSA e SUPURATIVA?

(dissemina geralmente pela Janela Redonda)

A

SEROSA: toxinas para OI, estéril: T+ PA (geralmente reversível)+ Z

SUPURATIVA: infecção, lesões geralmente irreversíveis. Quadro incapacitante de PA profunda + T + Z.

  • Aguda: NY HORIZONTAL ESPONTÂNEO PARA LADO ACOMETIDO (irritativo)
  • Avançada: inversão do Ny (padrão)
18
Q

Qual característica da RNM na Labirintite de fase aguda/ fibrose/ ossificação?

A

Fase aguda: T1 com contraste= hiperintenso.

Fibrose: T2= hipointenso

Ossificação: sem sinal

19
Q

Qual tratamento para labirintite?

A
  1. ATB que atravesse BHE + antivertiginoso + antiemético
  2. CORTICOIDE
  3. Cirurgia: depende de cada caso
  4. REABILITAÇÃO VESTIBULAR: INICIAR NA INTERNAÇÃO
20
Q

Paciente com Colesteatoma, quandro de PANS + vertigem.

Qual provável diagnóstico? Como confirmar e tratar?

A

FÍSTULA LABITÍNTICA DO CANAL SC LATERAL.

Confirma só no INTRAOPERATÓRIO.

Tratamento controverso: manter ou não a matriz do coles sobre fístula/ ocluir com fáscia, pericôndrio

21
Q

Quais achados de anamnese e exame físico são característicos de FÍSTULA LABITÍNTICA?

A

SINAL DE HENNEBERT: + se referir vertivem ou ver Ny.

FENÔMENO DE TULLIO: vertigem a sons de alta intensidade.

(Macete Sara: tuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu: sintomas com muito barulho)

22
Q

O que é Mastoidite Coalescente?

A

Lise das septações ósseas da mastoide, transformando o seu sistema aéreo (ou parte dele) em uma só cavidade.

Só é encontrado em casos de colesteatoma ou de doenças crônicas da mastoide (granuloma eosinofílico, tumores, entre outras).

Representa mais um processo evolutivo natural de uma doença crônica do que propriamente uma complicação.

Fonte: tratado

23
Q

O que é otomastoidite aguda?

A

Toda otite média é, uma otomastoidite.

OM e mastoide se comunicam através do ádito do antro e que a mucosa que reveste a mesma.

24
Q

Qual a mortalidade e faixa etária das complicações INTRAcranianas de otites?

Qual a mais comum?

A

36% mortalidade

Jovens: 1-2ª década

MENINGITE

25
Q

Qual a origem mais comum das complicações INTRAcranianas de otite: OMA ou OMC?

A

Meningite: OMA

Demais: OMC

26
Q

A via de disseminação das Otites na complicações intracranianas pode ser por CONTIGUIDADE ou CONTINUIDADE. Qual a diferença?

A

CONTIGUIDADE: hematogênica ou trombofleite

CONTINUIDADE: óssea por osteíte ou uma via pré-formada (congênita, pós-traumática ou pós-cirúrga)

27
Q

Qual a via de disseminação + comum da OMA causando MENINGITE?

Qual germe mais comum?

A

Hematogênica= plexo coroide.

OMA: pneumococo (principal) e H. influenzae.

Apesar da melhora após a era antibiótica, a meningite pneumocócica continua sendo grande causa de preocupação por sua letalidade e morbidade. BR 2002: mortalidade de 20% a 30% e morbidade de 40%.

Clínica: cefaleia intensa holocraniana, que piora ao esforço, fotofobia, vômitos, febre elevada persistente ou intermitente, letargia e sinais de irritação meníngea (rigidez de nuca, sinais de Kerning e Brudzinski). RN/ criança pequena: atenção a hipotonia cervical e o abaulamento das fontanelas.

28
Q

Qual 1º exame a pedir frente a suspeita de MENINGITE?

Como se dá a CONFIRMAÇÃO diagnóstica?

Qual tratamento? intervenção cx?

A

1º TC ou RNM: excluir lesões expansivas que possam levar à herniação amigdaliana na PL. Captação de contraste com espessamento das meninges. RNM: ideia de prognóstico–> captação labiríntica à apresentação está relacionada a uma PANS profunda

Confirma: LCR: turvo, aumento de proteínas e glicose baixa, com bactérias e células inflamatórias polimorfonucleares.

Tto: ATB EV (OMA com GN e OMC GN e anaero)

PNEUMOCOCO: CORTICOIDE!!!! (evita ossificação cocle/ labirinto)

OMA: miringotomia (coleta scereção)

OMC: mastoidectomia

29
Q

Meningites associadas ao colesteatoma são normalmente assépticas. Quando raramente são isoladas bactérias, quais as mais comuns?

A

Proteus, Staphylococcus ou anaeróbios

30
Q

TROMBOFLEBITE DO SEIO SIGMOIDE resulta da erosão óssea ou por tromboflebite de veias emissárias da mastoide. 20% a 30% das complicações intracranianas.

É mais comum por OMC ou OMA?

Qual quadro clínico?

A

OMC.

Clínica: FEBRE + DOR MASTOIDE/ CERVICAL. Pode ter HIC.

Edema e rubor retroauricular são conhecidos como sinal de Griesinger (trombose da veia emissária da mastoide).

Extensão p V. jugular interna: torcicolo e abaulamento borda anterior ECM

31
Q

O que é a SINDROME DO FORAME LÁCEROPOSTERIOR (Vernet)?

A

Pode estar associada a TROMBOFLEBITE DO SEIO SIGMOIDE.

Lesão de: IX- glossofaríngeo

X- Vago

XI- acessório

  • XII (hipoglosso) tb pode ser acometido, mas não está no forame (tem um forame só p ele)
  • Mais comum por Pneumococo (quadro mais grave)
  • Pode tb haver Sd de Lemierre: êmbolos sépticos pulmonares por tromboflebite da V. Jugular.
32
Q

Qual tratamento para TROMBOFLEBITE DO SEIO SIGMOIDE?

A
  1. ATB EV 2 sem
  2. Mastoidectomia (ampla exposição seio sigmoide e fossa posterior)
  3. Punção do seio e anticoagulação controversas
33
Q

Como costuma ser o quadro clínico do Abscesso Epidural (Extradural)?

(coleção entre Crânio e dura- espaço virtual, melhor chamado absceso do que empiema)

A

Insidioso, mais comum a cefaleia localizada, otalgia e leve rigidez de nuca por irritação da dura-máter.

Às vezes assintomáticos e dx na cx ou incidentalmente por exame de imagem.

TC: hipodensidade extra-axial limitada, captação de contraste espesso e irregular na periferia

RNM: mais sensível que TC.

Tto: ATB + CX mastoide/ drenagem abscesso

34
Q

Qual o quadro clínico e tratamento do Empiema Subdural?

(entre a dura-máter e a aracnoide)

A

Mais grave que epidural e fulminante: Neurocirurgica de emergência.

Febre elevada, cefaleia intensa inicialmente localizada, evoluindo para generalizada, à síndrome meníngea com alterações da consciência, convulsões, hemiplegia.

TC: “meia lua”. Hipodensidade extracerebral em contato com a calota craniana, envolvida por uma zona hiperintensa (após injeção de contraste), que corresponde à aracnoidite reacional. Efeito de massa sobre o hemisfério homolateral com dilatação do sistema ventricular. 20%, pode ter exame falso-negativo na fase inicial. RNM é um exame mais sensível e preferível

35
Q

Abscesso Encefálico 2ª mais frequente complicação IC e A MAIS LETAL.

É mais comum em adultos ou crianças?

Qual localização e bacteria + comum?

A

Adultos, por OMC.

Lobo temporal (2x mais) e cerebelo

Flora mista, proteus

36
Q

Quais os estágios clínicos do ABSCESSO ENCEFÁLICO?

Como é a TC?

Qual tto?

A

Encefalite –> latência –> Expansão do abscesso.

RNM: mais sensível e precoce, melhora radiológica em 6 meses

tto: ATB EV: metro + pen e/ ou cefalo 3ª. Vanco para Staphylo.

Neurocx: > 2,5 cm e superficiais.

Se OMC: mastoidectomia (se em condições, no mesmo tempo neuro)

37
Q

A HIDROCEFALIA OTOGÊNICA é muito rara e tem Fisiopatologia desconhecida.

Como é feito o Diagnóstico?

E o tratamento?

A

A presença de aumento da pressão intracraniana com sintomas clínicos e papiledema, na ausência de dilatação ventricular ou meningite, é suficiente para o seu diagnóstico”.

  • Aumento pressão IC (> 300mm H2O) e demais do LCR normal.
  • SEM dilatação ventriculos na RNM (hidrocefalia verdadeira).
  • Diagnóstico de exclusão
  • Sintomas: cefaleia, vômitos, paralisia do VI, diminuição consciência e papiledema.

Tratamento: ATB + CX otológica + controle da pressão intracraniana (diurético, restrição hídrica, corticoide sistêmico, na falha: PL seriada ou o dreno lombar, ou até derivação)