Aula 10: Diplopia Flashcards
O que é diplopia?
Diplopia é a percepção de duas imagens distintas de um único objeto, uma condição também conhecida como visão dupla. Isso ocorre quando os olhos não estão alinhados corretamente, levando o cérebro a receber imagens de ângulos diferentes e incapaz de fundi-las em uma única percepção.
Quais são os dois principais tipos de estrabismo?
Estrabismos são divididos em concomitantes e incomitantes. Estrabismos concomitantes mantêm a amplitude do desvio similar em todas as direções do olhar, comuns em crianças. Estrabismos incomitantes apresentam amplitudes de desvio variáveis conforme a direção do olhar, geralmente adquiridos em adultos.
O que caracteriza um estrabismo concomitante?
No estrabismo concomitante, a amplitude do desvio ocular é constante em todas as direções do olhar. Isso significa que a quantidade de desvio dos olhos é a mesma, independentemente de para onde a pessoa esteja olhando. É frequentemente observado em casos de estrabismo infantil.
Dê um exemplo de estrabismo concomitante
Um exemplo de estrabismo concomitante é a esotropia infantil, onde um ou ambos os olhos se voltam constantemente para dentro.
O que caracteriza um estrabismo incomitante?
O estrabismo incomitante é caracterizado pela variação da amplitude do desvio ocular em diferentes direções do olhar. Isso significa que a quantidade de desvio dos olhos muda dependendo da posição para a qual a pessoa está olhando, indicando um problema adquirido ou secundário.
Dê um exemplo de estrabismo incomitante.
Um exemplo de estrabismo incomitante é a paralisia do nervo craniano, onde o desvio ocular muda com a direção do olhar devido à fraqueza ou paralisia dos músculos oculares.
O que acontece em uma situação normal com os olhos?
Em uma situação normal, ambos os olhos são paralelos e apontam para o mesmo objeto. Isso permite que as imagens capturadas pelos olhos sejam fundidas no córtex visual do cérebro, resultando em uma única imagem clara e nítida.
O que ocorre no estrabismo com o desvio ocular?
No estrabismo, devido ao desalinhamento dos olhos, cada olho vê uma imagem diferente. O córtex visual não consegue fundir essas imagens discrepantes, resultando em visão dupla (diplopia) ou, em crianças, supressão de uma das imagens pelo cérebro para evitar confusão visual.
Quais problemas podem ser gerados pelo estrabismo em crianças?
Em crianças, o estrabismo pode levar à confusão visual inicial, mas o cérebro geralmente suprime a imagem do olho desalinhado para evitar essa confusão. Isso pode resultar em ambliopia, também conhecida como “olho preguiçoso”, onde o olho suprimido não desenvolve uma visão normal.
O que é ambliopia?
Ambliopia é uma condição em que um olho não desenvolve a acuidade visual normal durante a infância, devido à supressão contínua da imagem pelo cérebro. Isso geralmente ocorre quando há estrabismo, e se não for tratado, pode levar a uma perda permanente da visão no olho afetado.
Qual é a consequência do estrabismo em adultos?
Em adultos, o estrabismo causa diplopia, que é extremamente desconfortável e incapacitante. A diplopia pode interferir nas atividades diárias e na qualidade de vida, pois o cérebro adulto não é capaz de suprimir a imagem do olho desalinhado como o cérebro infantil.
O que é recomendado para adultos com diplopia?
Para aliviar o desconforto causado pela diplopia, é recomendado que os adultos ocluam o olho afetado, cobrindo-o com um tampão ou utilizando óculos com uma lente opaca. Isso ajuda a eliminar a visão dupla temporariamente.
Qual é o risco associado a crianças com estrabismo?
Crianças com estrabismo têm um alto risco de desenvolver ambliopia, uma vez que o cérebro pode suprimir a imagem do olho desalinhado, levando à redução permanente da acuidade visual se não tratada precocemente.
O que deve ser feito com crianças que têm estrabismo?
Crianças com estrabismo devem ser encaminhadas a um oftalmologista o mais cedo possível para avaliação e tratamento. Intervenções precoces, como uso de óculos, terapia visual ou cirurgia, podem prevenir o desenvolvimento de ambliopia.
Quais são as causas neurológicas de desvios incomitantes?
As causas neurológicas de desvios incomitantes incluem paralisias dos nervos cranianos que controlam os músculos oculares, resultando em movimentos oculares descoordenados e variáveis.
Quais são as causas musculares de desvios incomitantes?
Causas musculares de desvios incomitantes incluem condições como miastenia gravis, miopatias e orbitopatias, que afetam diretamente os músculos oculares, alterando sua função e causando desvios variáveis.
Quais são as causas restritivas de desvios incomitantes?
As causas restritivas de desvios incomitantes incluem traumas que danificam os músculos ou tecidos orbitais, restringindo o movimento normal dos olhos e resultando em desvios variáveis.
O que controla o movimento ocular supranuclear?
O controle supranuclear do movimento ocular é responsável pelo olhar conjugado, onde os olhos se movem juntos de maneira coordenada. Esse controle envolve centros cerebrais superiores que enviam comandos para os núcleos dos nervos cranianos.
O que caracteriza as paralisias intranucleares?
As paralisias intranucleares são caracterizadas por lesões nos núcleos dos nervos cranianos ou em seu trajeto, resultando em padrões específicos de fraqueza ou paralisia dos músculos oculares.
O que caracteriza as paralisias infranucleares?
As paralisias infranucleares ocorrem quando há lesões nos nervos cranianos após sua saída dos núcleos, afetando a condução dos sinais nervosos para os músculos oculares, causando fraqueza muscular e fadiga.
Qual é a característica da junção neuro-muscular na miastenia gravis?
Na miastenia gravis, a junção neuro-muscular é afetada, resultando em fadiga e variabilidade dos movimentos oculares. Os músculos podem funcionar normalmente inicialmente, mas se fatigam rapidamente com o uso contínuo.
Quais são as características das lesões musculares/orbitárias?
Lesões musculares ou orbitárias, como miosites, orbitopatia de Graves e traumas, podem causar sintomas como proptose (protrusão do olho), olho vermelho e inflamação, além de movimentos oculares restritos e dolorosos.
Qual é a importância da história clínica na propedêutica da diplopia?
A história clínica é crucial na propedêutica da diplopia, pois ajuda a identificar a causa subjacente da condição. Perguntar sobre a natureza da diplopia, a direção das imagens, fatores que agravam ou aliviam os sintomas, e outros sintomas associados pode orientar o diagnóstico.
O que perguntar ao paciente sobre as imagens que ele vê?
Perguntar ao paciente onde ele vê as duas imagens, se são verticais ou horizontais, se a diplopia piora de longe ou de perto, se melhora em alguma posição específica da cabeça ou do olhar, e se os sintomas variam ao longo do dia pode ajudar a identificar a causa da diplopia.
O que pode indicar sintomas flutuantes ao longo do dia?
Sintomas que flutuam ao longo do dia podem indicar miastenia gravis, uma condição que causa fadiga muscular e variabilidade dos sintomas, devido à disfunção na transmissão neuromuscular.
Quais sintomas associados devem ser investigados na propedêutica?
Além da diplopia, é importante investigar a presença de cefaleia, outros sintomas neurológicos, comorbidades como diabetes e hipertensão, e o uso de medicações que possam afetar a função ocular.
O que deve ser avaliado no exame físico da diplopia?
No exame físico, deve-se avaliar as pálpebras (posição e função), reflexos pupilares, mímica e sensibilidade facial, acuidade visual, motilidade ocular e realizar um exame de fundo de olho para detectar possíveis anormalidades.
Qual músculo é inervado pelo 6º par craniano (abducente)?
O 6º par craniano inerva o músculo reto lateral, responsável pela abdução do olho, ou seja, o movimento do olho para fora.