ATLS + Queimaduras Flashcards

1
Q

Qual o principal marcador de lesão muscular?

A

Creatina quinase (CK ou CPK)

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2
Q

Quais as indicações de via aérea definitiva?

A
  • Apneia, incapacidade de manter oxigenação
  • Risco de aspiração:
  • Paciente inconsciente / Glasgow ≤ 8
  • Sangramento profuso de via aérea
  • Convulsões reentrantes
  • Risco iminente de comprometimento da via aérea
  • Trauma maxilofacial extenso
  • Lesão térmica/inalatória
  • Hematoma cervical expansivo
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3
Q

Qual a clínica e o tratamento do hemotórax?

A

CLÍNICA:
- Murmúrio vesicular abolido
-Choque
- Macicez à percussão torácica
- NÃO há turgência jugular.

TTO:
- Drenagem torácica fechada em selo d’agua + reposição volêmica com cristaloides + transfusão sanguínea (se necessário)

OBS: toracotomia apenas em caso de emergências.

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4
Q

Indicação vacina tétano em acidentes

A

Queimaduras de 2º e 3º grau

1) Esquema vacinal COMPLETO (mínimo de 3 doses) e a última dose aplicada < 5 anos: NÃO há necessidade de vacina ou imunoglobulina.

2) Caso ferimento limpo, apenas vacinação se :
- Esquema vacinal desconhecido –> 3 doses.
- Esquema vacinal incompleto –> Completar o esquema.
- Última dose da vacina há mais de 10 anos –>1 dose de reforço.

3) Caso ferimento profundo/ sujo/ alto risco:
- Imunodeprimido (independente da situação vacinal): vacina + soro
- Esquema vacinal incerto ou <3 doses –> vacina + soro
- Última dose <5 anos: cuidados locais
- Última dose > 5 anos: dose de reforço

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5
Q

Caracterize o tamponamento cardíaco

A

Choque obstrutivo
TRÍADE DE BECK:
- Hipofonese de bulhas
- Hipotensão
- Turgência jugular = distensão da veia cava

Diagnóstico:
- FAST

TTO:
- Pericardiocentese (imediato)
- Toracotomia para reparo da lesão (definitivo)

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6
Q

O que é a cricotireoidostomia por punção e por quanto tempo ela é permitida?

A
  • Via aérea cirúrgica não definitiva –> provisória (máx 30 a 40 min), sendo mantida apenas até a obtenção de uma via aérea definitiva (IOT)
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7
Q

Qual a perda sanguínea do paciente classe III?

A

Entre 30 a 40%

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8
Q

Qual o melhor sinal de restauração hemodinâmica bem-sucedida:

A

Normalização do débito urinário.

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9
Q

Quais as complicações do trauma elétrico? Como deve ser feita a reposição volêmica em casos de vitima de trauma elétrico?

A
  • Insuficiência renal secundária à rabdomiólise (urina vermelhao-escuro) e mioglobinúria (oligoanúria; urina com coloração castanho avermelhada)
  • Arritmia cardíaca.
  • Síndrome compartimental.

FÓRMULA DE PARKLAND: 4ml x SCQ X peso

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10
Q

Quais os critérios de queimadura grave?

A
  • Extensão >20% de SCQ adultos.
  • Extensão >10% de SCQ crianças.
  • Idade <3 anos ou > 65 anos.
  • Presença de lesão inalatória.
  • Politrauma e doenças prévias associadas.
  • Queimadura química.
  • Queimadura por corrente elétrica.
  • Áreas nobres/especiais: Olhos, orelhas, face, pescoço, mão, pé, região inguinal, grandes articulações (ombro, axila, cotovelo, punho, articulação coxofemural, joelho e tornozelo) e órgãos genitais, bem como queimaduras profundas que atinjam estruturas profundas como ossos, músculos, nervos e/ou vasos desvitalizados
  • Violência, maus-tratos, tentativa de autoextermínio (suicídio), entre outras.
  • Lesão inalatória
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11
Q

Caracterize a lesão da árvore traqueobrônquica

A

Clínica:
- Hemoptise
- Enfisema subcutâneo extenso
- Sintomas de insuficiência respiratória
- Pneumotórax (que pode ser hipertensivo)

Potencialmente fatal
Complicações:
- Pneumotórax e pneumomediastino hipertensivos

Diagnóstico: clínico + broncoscopia

TTO: toracotomia

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12
Q

Qual o valor de diurese esperada no adulto? E na criança?

A

Adulto: 0,5 mL/kg/h

Criança: 1ml/kg/h

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13
Q

Quais as medidas iniciais após uma queimadura?

A
  1. Resfriar por 20 a 30 minutos o local, imediatamente após a queimadura.
  2. Avaliação de necessidade de escarotomia dos membros (queimaduras circunferenciais de 3º grau)
  3. Analgesia (Opioides ex: fentanil ou morfina EV).
  4. Avaliar profilaxia do tétano
  5. Profilaxia para TEV: todos os pctes com > 20% da superfície corpórea queimada
  6. Descompressão gástrica - indicada para todos os pacientes com SCQ > 20% ou, ainda, que apresentem distensão abdominal, náuseas ou vômitos
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14
Q

Qual alternativa caso um TOT não puder ser inserido?

A

Máscara laríngea
Dispostivo extraglótico
Cricotireoidostomia

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15
Q

Quando fazer ATBterapia em casos de queimadura?

A

Apenas em casos de infecção estabelecida

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16
Q

O que é pneumotórax aberto e qual o tratamento?

A

Quando há uma perfuração torácica com diâmetro >= 2/3 do diâmetro da traqueia

TTO:
- Curativo de três pontas (na expiração o ar sai, mas não entra ar durante a inspiração)

  • Definitivo: drenagem sob selo d’água e o reparo da lesão torácica.
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17
Q

Quando fazer ácido Tranexâmico? Como e qual dosagem?

A

Indicada em até 3 horas após o trauma
Administração:
- 1g, EV, em bolus (em 10 minutos), que deve ser realizada preferencialmente na cena do trauma;
- 1g, EV, ao longo das próximas 8 horas, iniciada logo após a primeira dose.

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18
Q

Qual a conduta diante de pacientes com ferimentos penetrantes na região toracoabdominal ?

A
  • Realizar drenagem torácica (se necessário) +
  • Excluir lesão diafragmática (por laparoscopia diagnóstica e terapêutica) –> se estabilidade hemodinâmica
19
Q

O que é transfusão maciça?

A

Muito usada no tto de choque hemorrágico

> 10 unidades de concentrados de hemácias em 24 horas ou >4 unidades em uma hora

1:1:1 –> administração de concentrados de hemácias juntamente a plasma e plaquetas.

COMPLICAÇÕES:
- Hipercalemia e hipocalcemia.

20
Q

O que é o tórax instável?

A
  • Respiração paradoxal
  • Quando há fratura de ao menos 2 arcos costais consecutivos em 2 pontos diferentes.
  • Quase sempre associada a contusão pulmonar grave –> pode levar a hipóxia e insuficiência respiratória

TTO:
- Suporte clínico ventilatório
- Analgesia potente e/ou bloqueio intercostal
- Evitar a hiperidratação
- Se sat < 90% –> IOT

21
Q

Quando está indicada a traqueostomia ?

A
  • Casos em que há contraindicação à cricotireoidostomia cirúrgica (ex: fratura de laringe)
  • Crianças < 12 anos
22
Q

Qual a clínica, diagnóstico e tratamento do pneumotórax hipertensivo

A

CLÍNICA
MVF ABOLIDO
Hipertimpanismo à percussão
Desvio de traqueia contralateral
Turgência jugular

TTO
- Toracocentese de alívio no 5º espaço intercostal entre a linha axilar anterior e média

Diagnóstico
- Clínico –> não precisa de US FAST e nenhum outro exame

23
Q

Quando está indicado fazer a TC em casos de trauma? Qual tipo de TC?

A

Apenas em pacientes ESTÁVEIS

TC COM CONTRASTE

24
Q

Qual a tríade letal do trauma?

A

Hipotermia
Coagulopatia
Acidose metabólica (O bicarbonato de sódio não deve ser utilizado para o tratamento da acidose metabólica decorrente de choque hipovolêmico.)

25
Q

Lembrar do XBACDE!!!!!!

A
26
Q

Como deve ser a IOT em casos de paciente em que não há informações sobre o jejum prévio

A
  • Subentende-se que o paciente está de estomago cheio
  • Indução por sequencia rápida para IOT
27
Q

Qual a perda de sangue no choque classe II ? Qual o tto?

A

Perda sanguínea entre 15 a 30%
TTO: Administração cristalóides

28
Q

A classificação de choque do ATLS é para choque hemorrágico.

No pneumotórax hipertensivo, o choque é obstrutivo.

A
29
Q

QUEIMADURA DE 1º GRAU NAO ENTRA NA FORMULA DE PARKLAND

A
30
Q

O colar cervical imobiliza a coluna cervical, facilitando o transporte, evitando piora de lesão vertebral e facilitando para manter as vias aéreas pérvias.
Por outro lado, a prancha rígida tem a função exclusiva de transporte. Mesmo em prancha rígida, durante a movimentação do paciente (rolamento lateral, por exemplo), é essencial o movimento em monobloco.
Muitos confundem a função da prancha e acham que ela está imobilizando a coluna vertebral – mas não está, ao contrário do colar cervical.

Critérios NEXUS
Os critérios Nexus são utilizados para se definir a indicação da realização de um exame de imagem na suspeita de TRM.
Nexus, na verdade, é um mnemônico para:
N: Neuro-déficit
E: Etanol: intoxicação/etanol
X: lesão eXtrema distrativa
U: nível alterado de consciência
S: Sensibilidade espinhal.
Em português, poderia ser DILCE: Déficit neurológico, Intoxicação, Lesão extrema, Consciência, Espinha.
Na avaliação do paciente, portanto, ao se completar os cinco critérios:
Ausência de dor à palpação da linha média da coluna cervical;
Ausência de evidências de intoxicação;
Nível de consciência normal;
Ausência de déficit neurológico focal;
Ausência de lesões dolorosas distrativas;
Não há necessidade de se realizar exames de imagem. Contudo, se qualquer um deles for negativo, deve-se realizar o exame.

A prancha rígida serve somente para transporte e deve ser removida assim que possível.

A

O colar cervical pode ser removido sem a realização de exames complementares em um cenário em que TODOS os cinco critérios abaixo sejam respeitados:

.Paciente em Glasgow 15, consciente e orientado.
.Ausência de lesões que possam servir como distração, por exemplo traumas extensos de partes moles ou fraturas de membros dolorosas.
.Ausência de intoxicação exógena.
.Ausência de dor ou alterações à palpação da coluna cervical.
.Ausência de déficits neurológicos.

31
Q

O que é a hipotensão permissiva?

A
  • É a administração EV de fluídos ou hemoderivados de modo que seja apenas suficiente para manter a PAS >70.
  • Melhora o prognóstico em pacientes com choque hemorrágico
  • NÃO indicada para pctes com TCE –> pois a hipotensão pode reduzir a perfusão cerebral e aumentar a mortalidade.
32
Q

pneumotórax

A

A suspeita pode ser feita pelo exame clínico, mas o diagnóstico definitivo apenas é fechado por meio de exame de imagem. A grande questão é que nesses casos precisamos definir se há ou não urgência na drenagem pleural do paciente. Caso haja sinais de insuficiência respiratória grave, como ocorre nos casos de pneumotórax hipertensivo, devemos considerar a nossa hipótese clínica e já indicar a drenagem torácica. Todavia, caso estabilidade do ponte de vista ventilatório, o mais indicado é a realização do exame de imagem antes da drenagem.
.

33
Q

O shock index (SI) é obtido calculando-se a relação entre a frequência cardíaca (FC) e a pressão arterial sistólica (PAS). É um escore fisiológico que pode orientar a gravidade do trauma e detectar um choque hemorrágico precoce.

obrigatória a identificação de uma sangramento para que seja caracterizado um choque hemorrágico.

A
34
Q

Qual a conduta frente a queimadura química ocular

A
  • Irrigação abundante e imediata com solução salina ou solução de Ringer Lactato (ou água) por, pelo menos, 30 minutos.
  • NUNCA utilizar soluções ácidas para neutralizar álcalis.
  • Se disponível, anestésico tópico pode ser usado antes da irrigação

OBS:
- Após essa conduta inicial, pode ser usado ATB tópico

35
Q

cricotireoidostomia, indicada nas seguintes situações:

  • Falha de intubação orotraqueal
  • Edema de glote/distorção anatômica cervical
  • Traumatismo maxilofacial extenso
  • Hemorragia profusa
  • Qualquer fator que impossibilite de visualização da laringe (cordas vocais)

CONTRAINDICAÇÕES (indicação de traqueostomia).
Fratura de laringe
Idade inferior a 12 anos

A
36
Q

Em um contexto de queda de saturação e alteração da simetria dos murmúrios, em paciente com intubação orotraqueal que foi transportado, a primeira conduta é checar o tubo e, caso descartado seletividade, prosseguir com a investigação de outras causas conforme os trechos a seguir

A
36
Q

RUPTURA DE AORTA

A

Reparem que esse alargamento do mediastino desvia a traqueia para o lado direito. Além disso, há uma opacidade que se estende por todo o campo pulmonar esquerdo. Esse é o aspecto radiográfico característico de um derrame pleural com o paciente deitado.

Exame padrão ouro: Aortografia.

37
Q

em caso de fratura pode ALINHAR A FRATURA

A
38
Q

NDEX SHOCK: É um escore que pode orientar no atendimento pré-hospitalar e inicialmente no setor de emergência para determinar a gravidade do trauma e detectar um choque hemorrágico precoce, prever a necessidade de transfusão maciça e mortalidade.
É calculado da seguinte forma: Frequência cardíaca (FC) / pressão arterial sistólica (PAS). O intervalo normal para essa medida é atualmente aceito como 0,5–0,7, embora algumas evidências sugiram que até 0,9 é aceitável. Nosso paciente apresenta um Index schock de 1,6 (138/ 86).

A
39
Q

contusão pulmonar

A

ocorre dentro do parenquima pulmonar

clinica:
(queda de saturação, e ausculta diminuída). O tratamento da contusão pulmonar consiste em:
* Suporte ventilatório (com oxigenoterapia e ventilação não invasiva - VNI): no caso de paciente não intubados!
* Analgesia
* Evitar hiper-hidratação (pois o edema e a hipoxemia podem piorar)
* Fisioterapia respiratória de início precoce.

40
Q

tratamento local de uma queimadura de segundo grau é curativo oclusivo, geralmente feito com sulfadiazina de prata.

A
41
Q

Mesmo que o paciente apresente uma lesão visível em outra etapa da avaliação primária, a ordem deve ser sempre seguida, pois os estudos de atendimento ao trauma mostraram que a principal causa de morte mais rápida é a via aérea, seguida da respiração e do aparelho cardiovascular. A exceção para isso são os casos de hemorragia grave com alto risco de exsanguinação do paciente. Nesse caso, o examinador descreveu uma hemorragia moderada e não nos deu parâmetros claros de instabilidade hemodinamica. Caso ele quisesse que iniciássemos pela controle da hemorragia, seguindo o protocolo XABCDE, ele teria descrito uma hemorragia externa grave e informado sinais de instabilidade hemodinâmica claramente causados pelo sangramento.

A
42
Q

Focos de hemorragia externa podem ser facilmente identificados durante a avaliação primária e devem ser tratados por meio de compressão direta do ferimento.

Nos casos em que há sangramento de extremidades, sem possibilidade de controle por meio de compressão, devemos considerar a aplicação de um torniquete. Vale lembrar que o uso dessa estratégia por tempo prolongado pode levar à isquemia irreversível de parte do membro.

ou seja, preferir compressao do q torniquete

A
43
Q

quando um paciente apresentar via aerea pervia e a causa do desconforto respiratório for um pneumotórax não precisa intubar

ex: FR 30 e sat 78%–> drenagem torácica e nao IOT

A