ALEITAMENTO MATERNO Flashcards

1
Q

RECOMENDAÇÕES DO ALEITAMENTO MATERNO

A
  1. Aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses
  2. Aos 6 meses: alimentação complementar

Aleitamento Materno Exclusivo: Leite Materno ou Leite humano e nada mais (pode medicações, vitaminas, minerais).

Aleitamento Materno Predominante: LM + Líquidos (chá/sucos…) outros leites não entram nessa definição, não há recomendação para esse tipo de prática, isso diminui a ingestão de leite materno e corre o risco de infecção pelo alimento. Suco < 1 ano é PROIBIDO.

Aleitamento Materno Complementado: Leite Humano + sólidos/semissólidos, manter até 2 anos no mínimo.

  • Evitar sal (já tem quantidade de sódio suficiente para necessidade diária)
  • Não oferecer alimentos peneirados ou liquidificados
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2
Q

COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO

A
  1. PROTEÍNAS - quanto menor melhor
  • Caseína: MENOR quantidade no LM / maior quantidade no leite da vaca
  • Proteína do soro: MAIOR quantidade no LM / menor quantidade no leite da vaca
  • Beta-lactoglobulina Presente apenas no leite da vaca (altamente alergênica)
  1. LEITE HUMANO
  • Devido a <% de proteínas então tem menor sobrecarga renal;
  • Maior digestibilidade (+ proteína do soro)
  • Menos alergênico (Alfa-lactoalbumina)
  • Menos eletrólitos (Sódio e Calcio)
  • Mais lactose (carboidrato- glicose+lactose) levando a fezes mais amolecidas (por isso é comum leite de vaca produzir prisão de ventre, por ter menos lactose).
  • LH é rico em gordura (colesterol e LC-PUFA), o colesterol diminui o risco de dislipidemia no futuro
  • LC-PUFA (ARA/DHA) são fundamentais para a formação da retina e para terminar a mielinização do SNC.
  • O Ferro é semelhante entre o LH eLV, o que muda é a biodisponibilidade maior do leite humano (lactoferrina).
  1. FATORES PROTETORES
  • Imonoglobulina (IgA secretória): fator de proteção altamente específico para a criança amamentada, específicos para os patógenos em contato com a mãe e filho.
  • Lisozima:: enzima que destrói MO, e aumenta a partir dos 6 meses de lactação.
  • Lactoferrina: ação bacteriostática, pois impede que bactérias utilizem a molécula de ferro para seu crescimento.
  • Fator bífido: glicoproteína utilizada no metabolismo da flora saprófita, impedindo a proliferação de flora patogênica.
  • Lactoperoxidase: proteína que destrói certas bactérias.
  • Calcio: o leite humano tem menos cálcio, mas a sua absorção é maior que a do leite de vaca.
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3
Q

MODIFICAÇÕES NO LEITE MATERNO

A

Durante a lactação:

  1. Colostro: secretado entre 3º e 5º dia da criança, + proteínas, + eletrólitos, > quantidade de vitamina A - lipossolúvel (coloração amarelada).
  2. Leite intermediário: intervalo entre o colostro e maduro
  3. Leite maduro: secretado por volta do 10º ao 14º dia de vida da criança, + lactose, + gordura.

Durante a MAMADA:

  1. Leite anterior
  2. Leite Posterior: + gordura

Por isso se deve manter a criança no peito até o momento de esvaziar a mama, para que consuma o leite posterior que tem + gordura e produz maior saciedade e ganho de peso.

Durante o dia: aumenta a gordura, ou seja, pela noite há mais gordura no leite

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4
Q

ARMAZENAMENTO DO LEITE MATERNO

A

DDD:

  1. Duas horas (fora da geladeira)
  2. Doze horas (na geladeira)
  3. Duas semanas - 15dias (no freezer)
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5
Q

FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO (Lactogenese)

A

Gestação: Estrogênio e progesterona (preparo das mamas): progesterona estimula a proliferação dos alvéolos mamários, estrogênio estimula a proliferação dos ductos (estrogênio-escoa leite).

Prolactina (ação inibida durante a gestação)

Após nascimento: estágio 2 da Lactogênese, quando a placenta sai ocorre a apojadura (fim da inibição da Lactogênese), produção de leite independente de estímulos.

Durante a lactação: Estágio 3, nesta fase necessita de 2 estímulos, sucção da mama e esvaziamento mamário. A sucção do complexo mamilo-alveolar leva estímulos a hipófise anterior que produz mais prolactina e leva a formação de mais leite, também através desse mesmo estímulo faz com que a hipófise posterior produza ocitocina que leva a ejeção do leite através das células mioepiteliais. O esvaziamento é necessário para aumentar a sensibilidade do alvéolo a prolactina.

Estímulos adrenérgicos atrapalham na liberação de ocitocina, impedindo o correto esvaziamento da mama, estímulos como dor, estresse.

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6
Q

ALTERNATIVAS AO LEITE MATERNO

A

Fórmula infantil: a criança não deve receber leite de vaca no primeiro ano de vida.

Quando inevitável: LV

  • < 4 meses: diluído, acrescentar óleo (cozinha)
  • > 4 meses: não diluído, NÃO COLOCAR açúcar (depois dos 2 anos), achocolatado
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7
Q

TÉCNICA DE AMAMENTAÇÃO

A

Posicionamento:

  1. Criança bem apoiada
  2. Cabeça e tronco no mesmo eixo
  3. Corpo próximo ao da mãe (barriga com barriga)
  4. Rosto de frente para a mama.

Pega:

  1. Boca bem aberta
  2. Labio inferior evertido
  3. Aréola mais visível acima da boca
  4. Queixo toca a mama

COMO SABER SE A CRIANÇA ESTÁ BEM ALIMENTADA

  1. Choro X (parâmetro ruim)
  2. Peso (o ganho ponderal é um marcador de nutrição) - lembrar que nos primeiros dias de vida a criança pode perder até 10% do peso de nascimento
  3. Diurese (bem alimentada = bem hidratada e com diurese satisfatória; 6 - 8 vezes ao dia

Queixas comuns de técnica incorreta:

  1. Fissuras: boca no mamilo em vez da aréola, corrigir através da pega correta, mudança de posição, ordenhar antes da mamada (estimular o reflexo de ejeção para que a criança faça uma mamada mais suave), aplicação do leite sob a fissura (Ministério da saúde não reconhece). - Expor a mama ao sol ou raios ultravioletas artificiais melhora a cicatrização.
  2. Ingurgitamento: Grande acúmulo de leite na mama, pode ser patológico causando edema na mama (aumentada difusamente, hiperemiada, pele brilhosa), conduta é esvaziar a mama com aleitamento em livre demanda, ordenhar antes da mamada para facilitar a pega, esvaziar as mamas em caso da mama se manter com o volume muito aumentado, e intervalos de mamadas compressas frias (crioterapia-discreta vasoconstrição)
  3. Mastite: reação inflamatória mais localizada em um quadrante da mama, pode ser inflamatório ou infeccioso, conduta é esvaziar a mama mantendo o aleitamento com a técnica correta, se houver infecção ATB (aureus- cefalexina, amoxi-clavulanato), antibiótico fazer se não haver melhora pós-esvaziamento, ou se houver indícios de manifestação sistêmica (febre alta, calafrios), o quadro pode evoluir em abscesso sendo necessário a drenagem.
  4. “Leite fraco”: avaliação objetiva (se há boa alimentação ou não), avaliar ganho ponderal de peso (lembrando que RN perde até 10% de seu peso nos primeiros dias de vida), se estiver com peso satisfatório mantenha a amamentação e avalia técnica correta. Se há peso diminuído avaliar se está havendo aleitamento em livre demanda, se a mulher está esvaziando a mama garantindo que a criança está recebendo o leite posterior
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8
Q

CONTRAINDICAÇÃO DE ALEITAMENTO MATERNO

A

DOENÇAS MATERNAS

  1. ABSOLUTAS:
  • HIV
  • HTLV
  • PSICOSE PUERPERAL GRAVE

Obs.: a mulher com psicose puerperal poderia manter a amamentação desde que com supervisão (e isso inclusive poderia ajudar no tratamento da puérpera)

  1. OCASIONAIS:
  • HERPES: se lesão herpética em atividade (o risco de transmissão do vírus para a criança se estabelece quando a criança tem o contato direto com lesões em atividade) - lesões vesiculares, geralmente agrupadas sobre base hiperemiada.
  • CITOMEGALIA (< 32 sem): quando a mulher tem infecção aguda pelo CMV existe a possibilidade de que o vírus saia pelo leite e infecte a criança. Caso a criança tenha mais de 32 sem, isso não terá nenhum problema, pois não apresentará nenhuma repercussão clínica; já, caso a criança tenha < 32 sem, o quadro de infecção pelo CMV pode ser grave. Caso deve ser avaliado e cabe a mãe decidir a amamentação ou não.
  1. NÃO CONTRAINDICAM:
  • TUBERCULOSE: o problema não é a secreção da micobactéria pelo leite, mas sim o contato da criança com as secreções respiratórias - mesmo a mulher bacilífera pode amamentar: basta que a amamentação seja em local arejado e com máscara - além disso, o RN deve receber isoniazida e a BCG adiada
  • HEPATITE B: além de dar vacina, a criança também receberá a imunoglobulina - assim a criança pode ser amamentada
  • HEPATITE A/C

DOENÇAS DO LACTENTE

  1. GALACTOSEMIA: erro inato no metabolismo da galactose (não consegue metabolizar), de maneira que esta acaba se acumulando em vários tecidos. Não pode: leite humano e nenhum outro tipo de leite que contenha galactose em sua composição. É uma das raras exceções em que crianças < 6 meses são alimentadas com leite de soja
  2. FENILCETONÚRIA: erro inato no metabolismo de um aminoácido (fenilalanina), não convertendo em tirosina, com acúmulo de FEN em vários tecidos corporais e desenvolvimento de sequelas irreversíveis (por isso a fenilcetonúria faz parte da triagem neonatal). Mesmo quem tem fenilcetonúria precisa receber uma pequena quantidade de FEN em sua dieta (pois é um aa essencial), assim ele receberá pequena quantidade de LM + fórmula isenta de FEN + monitorização de níveis séricos do aminoácido

USO DE MEDICAMENTOS

  1. SAIS DE OURO
  2. AMIODARONA
  3. IMUNOSSUPRESSORES e CITOTÓXICOS
  4. RADIOFÁRMACOS
  5. GANCICLOVIR E LINEZOLIDA
  6. VACINA DA FEBRE AMARELA - suspender aleitamento por min 10 dias após vacinação
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9
Q

BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO

A

PARA A MULHER

  1. Prevenção de osteoporose
  2. Prevenção de doenças cardiovasculares
  3. Diminuição da incidência de câncer de mama, ovários e endométrio
  4. Redução do sangramento no pós parto
  5. Aceleração da perda de peso

PARA A CRIANÇA

  1. Diminui pneumonia
  2. Diminui doença pelo virus sirsisial respiratório
  3. Diminui dermatite atópica
  4. Menos probabilidade de apresentar obesidade e doenças crônicas
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10
Q

ORIENTAÇÕES SOBRE ALIMENTAÇÃO APÓS 6 MESES DE VIDA

A
  1. Carnes podem ser preparadas de diversas formas, tendo-se apenas o cuidado de estarem bem cozidos, nunca mal passados ou crus. Não há necessidade alguma de triturar e muito menos peneirar a carne, pelo contrário, fazendo isso a oferta de ferro, zinco e vitamina B12 é prejudicada.
  2. As frutas são ótimas fontes de fibras e devem ser oferecidas sem adição de açúcar. Elas podem ser raspadas ou amassadas com garfo e/ou ofertadas em pedaços para que a criança possa segurar com suas próprias mãos.
  3. Recomenda-se que não sejam oferecidos sucos de frutas à criança menor de 1 ano, mesmo aqueles feitos somente com fruta. Até essa idade deve- se oferecer a fruta ao invés de suco, pois a fruta tem mais fibras, estimula a mastigação e não necessita de adição de açúcar, sendo muito mais saudável para a criança.
  4. Durante muito tempo foi recomendado evitar carne de porco, peixe e clara de ovo na alimentação no primeiro ano de vida. No entanto, hoje já se sabe que dos 6 meses até 1 ano de vida existe uma janela imunológica, momento ideal para ser ofertado alimentos de alto potencial alergênico. Há vários estudos que comprovam que tendo o primeiro contato com esses alimentos nesse período o bebê tem menos chances de uma alergia alimentar futura. Por isso, atualmente é recomendado a oferta desses alimentos para crianças a partir dos 6 meses
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11
Q

QUANTIDADE DIÁRIA RECOMENDADA DE SUCO PARA >2ANOS

A

100-120 ML AO DIA

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