Agentes Públicos Flashcards

1
Q

Quem são os agentes públicos?

A

O agente público é qualquer pessoa que age em nome do Estado, independentemente do tipo de vínculo jurídico, ainda que atue sem remuneração e transitoriamente.

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2
Q

Quais são as espécies de agentes públicos?

A

Os agentes públicos podem ser: agentes políticos, particulares em colaboração com o Poder Público e servidores estatais (temporários, celetistas e estatutários).

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3
Q

De que forma atuam os agentes políticos? Quem são eles?

A

Estes atuam no exercício da função política de Estado, que possuem cargos estruturais e inerentes à organização política do país e que exercem a vontade superior do Estado.
Existe divergência doutrinária, porém, seguindo o entendimento do STF e de parte da doutrina, os agentes políticos são os detentores de mandatos eletivos, os secretários e ministros de estado e, também, os membros da magistratura e do Ministério Público, diante das funções que exercem.

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4
Q

O que é o emprego público? Como se dá a sua criação e extinção?

A

É o vínculo profissional entre a Administração Pública e os seus agentes regidos pela CLT, mediante a celebração de contrato de emprego por prazo indeterminado e somente será rescindido por ato unilateral da Administração Pública. A criação ou extinção de empregos apenas se dá mediante lei.

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5
Q

O que é o cargo público? Como se dá a sua criação e extinção?

A

É uma unidade de competência, criada e disciplinada por lei, com vínculo estatutário, de natureza profissional e permanente, para a execução das atividades a ele inerentes. A criação e extinção de cargos deve ser feita mediante lei do Poder cuja estrutura o cargo integrará.

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6
Q

O que é o cargo em comissão?

A

Aquele criado para a execução de atribuições de direção, chefia ou assessoramento. Podem ser preenchidas por qualquer pessoa, sem concurso, sendo de livre nomeação e exoneração, dispensada a motivação.

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7
Q

Diferencie o cargo efetivo do cargo vitalício.

A
  • Cargo efetivo: Preenchidos por agentes aprovados em concurso público, com vínculo estatutário, após cumprimento do estágio probatório. Estes podem perder seu vínculo por processo administrativo, por sentença judicial transitada em julgado ou mediante procedimento específico para contenção de gastos.
  • Cargos vitalícios: Preenchidos por agentes aprovados em concurso público ou por nomeação direta para ingresso nas carreiras de magistratura. A perda do cargo se dá somente por meio de sentença transitada em julgado, não sendo possível a perda administrativa do vínculo.
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8
Q

O que é a função pública?

A

É o conjunto de atividades atribuídas a um cargo ou emprego público, seja este isolado ou de carreira, para provimento efetivo, vitalício ou em comissão.

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9
Q

Todo cargo/emprego precisa de uma função? E vice versa? Explique o conceito de função de confiança, neste contexto.

A

Todo cargo ou emprego público deverá estar definida uma prévia função. Contudo, a CF prevê a possibilidade de criação mediante legislação, de funções não atribuídas a qualquer cargo ou emprego, com a intenção de garantir o exercício de atividades de direção, chefia ou assessoramento. São as chamadas funções de confiança.

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10
Q

Diferencie função de confiança de cargo em comissão.

A

A função de confiança é uma função isolada, sem cargo. Somente pode ser exercida por alguém que já esteja investido em um cargo efetivo. O cargo em comissão, por sua vez, é um cargo que pode ser exercido por quem não possua cargo efetivo.

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11
Q

O concurso público pode ser feito apenas com prova de títulos? Explique.

A

A Constituição exige a realização de prova, obrigatoriamente, para a seleção ser feita de forma isonômica. Não é permitida a mera prova de títulos, por ofender o princípio da isonomia.

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12
Q

O que é o concurso interno? Ele é admitido?

A

Não se admite o concurso interno, por meio dos quais antigos servidores poderiam assumir cargos em nova carreira que não tem relação com a carreira na qual o servidor ingressou mediante concurso.

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13
Q

Exemplifique situações nas quais excepciona-se a exigência de concurso público.

A

Cargos em comissão, servidores temporários, cargos eletivos, ex-combatentes, agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias e Ministros dos Tribunais Superiores.

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14
Q

Qual o prazo de vigência do concurso público?

A

O prazo de vigência do concurso público é de, no máximo, 2 anos, prorrogável uma vez por igual período.

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15
Q

O que acontece com o particular nomeado por um concurso que foi conduzido irregularmente? E os atos já praticados por ele?

A

No caso do concurso público ter alguma irregularidade, o particular deverá ser afastado das suas funções e declarada a nulidade do ato de nomeação baseado no concurso irregularmente conduzido. Os atos praticados por este agente devem ser mantidos para se evitar prejuízo a terceiros.

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16
Q

O candidato aprovado dentro do número de vagas previstas no edital tem direito subjetivo à nomeação? Explique.

A

O candidato aprovado em concurso público, dentro do número de vagas previstas no edital, tem direito subjetivo, líquido e certo à nomeação e à posse. Contudo, devido ao princípio da autotutela, diante de situações excepcionais, por necessidade pública superveniente, devidamente comprovada e justificada, a Administração pode deixar de nomear candidatos aprovados dentro do número de vagas. Exige-se que a situação seja superveniente ao edital, imprevisível, grave e que esta seja a única medida possível.

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17
Q

É permitida a limitação de ingresso em cargo público por motivo de idade, sexo, estado civil, altura, etc.? Explique.

A

Esta limitação de ingresso é possível desde que devidamente embasada nas funções a serem exercidas pelo servidor que preencher o cargo objeto do concurso. Essas regras de restrição de ingresso devem ser estipuladas por meio de lei, não sendo suficiente a disposição no edital do certame.

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18
Q

A Súmula Vinculante nº 13, relativa a vedação ao nepotismo, aplica-se a nomeação de agentes para o exercício de cargo político? Explique.

A

Esta não se aplica quando se tratar de nomeação de agentes para o exercício de cargo políticos. Neste caso, a nomeação de parente não encontra óbice, desde que o sujeito tenha condições técnicas de exercer o múnus público a ele transferido por meio da nomeação.

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19
Q

O que é a estabilidade?

A

É uma prerrogativa constitucional atribuída aos servidores públicos, detentores de cargo de provimento efetivo, após aprovação em concurso público, de permanência no serviço público desde que não advenha alguma das situações regulamentadas pela Constituição.

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20
Q

Quais são os requisitos para adquirir a estabilidade?

A

Para adquirir a estabilidade é essencial a comprovação de dois requisitos cumulativos: três anos de efetivo exercício em cargo efetivo e a aprovação em avaliação especial de desempenho, por comissão especialmente constituída.

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21
Q

O que acontece caso, passados os três anos de efetivo exercício, não for feita a avaliação especial de desempenho do servidor? Ele adquire a estabilidade mesmo assim?

A

Se passados três anos sem que a avaliação fosse realizada pelo Poder Público, presume-se que o servidor foi avaliado e aprovado, adquirindo a estabilidade.

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22
Q

Além do exercício efetivo por três anos e a avaliação de desempenho, qual a outra hipótese, prevista na ADCT, na qual o servidor consegue a estabilidade?

A

São estáveis, também, por previsão na ADCT, os servidores que ingressaram no serviço público cinco anos antes da promulgação da Constituição de 1988, desde que não exerçam função de confiança ou cargo em comissão de livre exoneração.

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23
Q

Como se dá a dispensa dos servidores efetivos, mas que ainda não tem estabilidade?

A

A dispensa dos servidores efetivos que ainda não adquiriram a estabilidade depende de motivação e deve ser precedida de garantia do contraditório e ampla defesa.

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24
Q

De quais formas se dará a dispensa dos servidores estáveis?

A

A dispensa dos servidores estáveis se dará com sentença judicial transitada em julgado, processo administrativo, procedimento de avaliação periódica de desempenho e, também, mediante a exoneração para corte de gastos.

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25
Q

Diferencie exoneração e demissão.

A

A demissão de servidor público é a perda do cargo com caráter punitivo, decorrente de infração praticada pelo agente. A exoneração, por sua vez, não tem caráter de penalidade, ocorrendo por situações definidas na legislação.

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26
Q

O que é o estágio probatório?

A

É a fase na qual o servidor público está sendo avaliado, dentro da execução da atividade pública, com a intenção de se verificar se possui aptidão para o exercício daquelas funções para as quais foi designado.

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27
Q

O que é a vitaliciedade? Para quem ela é garantida?

A

É uma prerrogativa maior concedida aos agentes públicos de determinadas carreiras em razão da natureza do cargo que exercem e do grau de responsabilidade inerente às atividades por eles exercidas. É garantida a permanência no serviço público, somente sendo possível a perda do cardo mediante sentença judicial transitada em julgado.Esta é garantida aos membros da magistratura, do MP e aos ministros e conselheiros do Tribunal de Contas.

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28
Q

Após quanto tempo adquire-se a vitaliciedade?

A

Em relação a magistratura e ao MP, a vitaliciedade é adquirida após dois anos de efetivo exercício do cargo. Em relação aos ministros e conselheiros do Tribunal de Contas é adquirida no momento da posse.

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29
Q

O que é o provimento?

A

Este é o ato administrativo por meio do qual há o preenchimento de cargo, atribuindo as funções a ele inerentes a uma determinada pessoa.

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30
Q

Quais os tipos de provimento originário e derivado?

A

A única espécie de procedimento originário é a nomeação. Já o provimento derivado pode ser: promoção, readaptação, reversão, reintegração, recondução e aproveitamento.

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31
Q

Explique o provimento originário (nomeação).

A

É ato administrativo que atribui um cargo a um servidor que não integrava o quadro de servidores daquele órgão.

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32
Q

A nomeação confere ao particular a qualidade de servidor? Explique.

A

Não. A nomeação não confere a qualidade de servidor público, apenas a garantia de ocupação daquele cargo. O particular se torna servidor com a investidura, ou seja, quando assina o termo de posse.

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33
Q

O que acontece se o candidato nomeado não comparecer para a posse?

A

Se o candidato nomeado não se apresentar para a posse, o ato de nomeação torna-se sem efeito e o cargo, que havia sido ocupado pela nomeação, volta a ficar vago.

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34
Q

O que é o provimento derivado?

A

É quando determinado cargo público será atribuído a um servidor que já tem uma anterior relação com a Administração Pública. É a mudança de cargo na mesma carreira em que houve um provimento originário anterior.

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35
Q

É possível mudar de carreira por meio de provimento derivado? Explique.

A

Não. Segundo súmula vinculante do STF é inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.

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36
Q

Explique a promoção, enquanto espécie de provimento derivado.

A

Consiste na garantia de o servidor público ocupar cargos mais altos, na carreira de ingresso, alternadamente por antiguidade e por merecimento.

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37
Q

Promoção e progressão funcional são sinônimos? Explique.

A

Não. A promoção é diferente da progressão funcional. Esta é o aumento do padrão remuneratório sem a mudança de cargo e é sempre por antiguidade.

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38
Q

Explique a readaptação, enquanto espécie de provimento derivado.

A

É o aproveitamento do servidor em novo cargo, dentro da mesma carreira, em razão da limitação sofrida na capacidade física ou mental, sendo as funções compatíveis com as limitações que sofreu e garantida a equivalência dos vencimentos.

39
Q

A readaptação é possível ainda que não haja cargo vago compatível na mesma carreira? Explique.

A

A readaptação independe da existência de cargo vago na carreira, porque ainda que não o haja, o servidor terá direito a ser readaptado e exercerá suas funções no novo cargo como excedente. Não havendo nenhum cargo na carreira com funções compatíveis, o servidor será aposentado por invalidez.

40
Q

Explique a reversão, enquanto espécie de provimento derivado.

A

É o retorno do servidor público aposentado ao exercício do cargo público. Pode se dar no caso de: servidor aposentado voluntariamente (atendidos alguns requisitos) e na aposentadoria por invalidez, quando cessam os motivos da invalidez.

41
Q

Explique a reintegração, enquanto espécie de provimento derivado.

A

Enseja o retorno do servidor público estável ao cargo que ocupava anteriormente, em virtude da anulação do ato de demissão, por decisão judicial ou administrativa. O reintegrado será indenizado por tudo que deixou de ganhar em virtude da demissão ilegal.

42
Q

O que acontece se, na reintegração, algum outro servidor ocupar o antigo cargo do reintegrado?

A

Se algum outro servidor estável ocupava o cargo do reintegrado, aquele será reconduzido ao cargo de origem. Contudo, se este já estiver ocupado por outro servidor, não havendo outro cargo compatível, será posto em disponibilidade remunerada proporcional ao tempo de serviço. Se não for estável, será exonerado.

43
Q

Explique a recondução, enquanto espécie de provimento derivado.

A

É o retorno do servidor ao cargo anteriormente ocupado por ele. Ocorrerá em duas hipóteses: inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo (pode ser uma decisão administrativa ou um pedido do próprio servidor) ou em caso de reintegração do anterior ocupante.

44
Q

Explique o aproveitamento, enquanto espécie de provimento derivado.

A

É o retorno de determinado servidor público que se encontra em disponibilidade para assunção de cargo com funções compatíveis com as que exercia, antes de ter extinto o cargo que ocupava.

45
Q

Explique no que consiste colocar um servidor em disponibilidade.

A

A disponibilidade é quando o servidor deixa de exercer as funções temporariamente e mantém o vínculo com a Administração, sendo remunerada proporcionalmente ao tempo de serviço. Esta ocorre quando há a extinção ou a declaração de desnecessidade de cargo público, não podendo ser o servidor público estável demitido ou exonerado.

46
Q

O que acontece caso o servidor em disponibilidade se recuse a tomar posse do cargo que lhe foi oferecido?

A

Neste caso, será tornada sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, quando convocado pela Administração, salvo doença comprovada por junta médica oficial.

47
Q

No aproveitamento, a administração pode fazer concurso quando há um servidor em disponibilidade que pode ocupar o cargo? Explique.

A

A Administração não pode fazer concurso de um cargo que pode ser aproveitado por servidor em disponibilidade, porque o aproveitamento é obrigatório para o Poder Público e para o agente.

48
Q

O que é a vacância de um cargo público? Em quais hipóteses ele ocorre?

A

Consiste na desocupação do cargo público. É um fato administrativo que determina que o cargo não está provido e, portanto, poderá ser, a qualquer tempo, preenchido por novo agente. Ocorre nas seguintes hipóteses: aposentadoria, falecimento, exoneração, demissão, readaptação, promoção e posse em cargo inacumulável.

49
Q

Cite algumas exceções à vedação de acumulação de cargos.

A

As exceções a esta regra são: dois cargos de professor; um cargo de professor com outro técnico ou científico; dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; um cargo de magistrado ou membro do MP com um cargo de professor; e, por fim, um cargo efetivo mais um cargo de vereador. Em todas essas hipóteses, é necessário que haja compatibilidade de horários e que respeite o teto remuneratório de pagamento de servidores.

50
Q

Em relação à vedação à acumulação de cargos, explique a incompatibilidade ficta. Ela é admitida atualmente?

A

A AGU, no Parecer GQ-145, determinou que há incompatibilidade ficta quando a acumulação de cargo excedia 60h semanais, mesmo que em turnos diversos, uma vez que prejudicaria a eficiência do serviço. Contudo, o STJ determinou que não existe essa incompatibilidade, sendo vedado apenas quando houver a incompatibilidade real de horários, independente da carga horária semanal.

51
Q

O respeito ao teto remunaratório na acumulação lícita de cargos analisa-se de cada cargo individualmente ou pelo somatório da remuneração deles?

A

A jurisprudência do STF firmou o entendimento de que o teto remuneratório deve ser respeitado em cada cargo, não havendo problema caso a somatória dos vencimentos ultrapasse o teto.

52
Q

O que acontece quando for verificada a acumulação ilegal de cargos?

A

Verificada a acumulação ilegal, o servidor será notificado, por intermédio da sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias. Ele poderá optar por um dos cargos ou, se não o fizer, a Administração instaurará processo administrativo que avaliará a ocorrência, ou não, da infração.

53
Q

O que é o deslocamento de servidores e quais as suas espécies?

A

São situações nas quais o agente público sofre alteração de lotação. Pode ser por remoção ou redistribuição.

54
Q

O que é a remoção de servidores? Esta é feita de ofício ou a pedido dos servidores?

A

É o deslocamento do servidor público dentro da mesma carreira, com ou sem mudança de sede e de domicílio. Trata-se de deslocamento funcional. Pode ser determinada de ofício, no interesse da Administração Pública, ou a pedido do servidor, sendo concedida a critério da Administração Pública.

55
Q

A remoção de servidores é um ato discricionário ou vinculado? Explique.

A

A remoção se dá por ato discricionário, devendo ser compatível com o interesse público. Contudo, existem hipóteses na qual o pedido de remoção se figura como ato vinculado, sendo concedida independentemente do interesse da Administração. São elas: deslocamento do cônjuge do servidor, motivo de saúde e em processo seletivo de remoção, por antiguidade.

56
Q

O que é a redistribuição de servidores? Esta se dá de ofício ou a pedido dos servidores?

A

Nesta, o cargo será deslocado de uma localidade para outra, dentro da estrutura administrativa. * Esta é sempre feita de ofício, ou seja, ocorre no interesse da Administração.

57
Q

Como se define a remuneração do servidor público?

A

A remuneração deve ser definida mediante lei. Seu valor é o somatório do vencimento básico e das vantagens pecuniárias permanentes.

58
Q

Caso a nomeação do servidor venha a ser anulada, deve haver a devolução da remuneração recebida? Explique.

A

Se a nomeação vier a ser anulada, o vencimento se converte em indenização pelo trabalho executado, não tendo o ex servidor o dever de devolver tais parcelas.

59
Q

Qual o prazo para o servidor pleitear a remuneração não paga ou paga a menor? Trata-se de prazo decadencial ou prescricional?

A

No caso de ausência de pagamento ou de pagamento a menor, as verbas podem ser pleiteadas pelo servidor dentro do prazo prescricional de cinco anos.

60
Q

O que é o subsídio?

A

É a forma de pagamento feito em parcela única, não aceitando nenhum acréscimo patrimonial decorrente de vantagens pessoais.

61
Q

É possível o desconto na remuneração dos servidores? Em quais casos?

A

Em regra, não se admite o desconto na remuneração dos servidores estatais. No entanto, excepcionalmente, é admitido o desconto. As exceções são: imposição legal ou decisão judicial, consignação em folha de pagamento e ressarcimento ao erário.

62
Q

O que são as vantagens recebidas pelos servidores? Quais são elas?

A

São parcelas pecuniárias acrescidas ao vencimento dos servidores em virtude de condição fática prevista em lei. Logo, preenchidas essas condições, o agente terá garantido seu direito de recebê-las. São elas: as indenizações, gratificações ou adicionais

63
Q

O que é a indenização paga ao servidor? Ela tem natureza patrimonial?

A

São pagas ao servidor público que despendeu recursos próprios na prestação da atividade pública.
NÃO É ACRÉSCIMO PATRIMONIAL. Tem natureza meramente ressarcitória.

64
Q

As férias do servidor podem ser interrompidas? Explique.

A

O servidor pode ter suas férias interrompidas por motivos definidos em um rol taxativo (ex: motivos de calamidade pública, necessidade do serviço, etc). Só pode ser interrompido uma vez no mesmo período.

65
Q

O que são as licenças concedidas aos servidores?

A

As licenças permitem que o servidor se afaste do exercício da atividade pública de forma regular, sem configurar ausência injustificada. Podem ser remuneradas, tem prazo fixado em lei e nem todas podem ser concedidas durante o estágio probatório.

66
Q

O que são os afastamentos concedidos aos servidores?

A

Os afastamentos são hipóteses de ausência, previstas na legislação, nas quais o servidor se afasta do exercício do serviço público para a execução de outras atividades de interesse da coletividade ou de cunho social.

67
Q

Se a infração administrativa também configurar infração penal qual o prazo prescricional aplicável? É necessária uma apuração criminal para que possa instaurar o PAD?

A

Se a infração administrativa também configurar infração penal, o prazo prescricional aplicável é aquele previsto na legislação penal e independe da apuração criminal da conduta do servidor.

68
Q

A abertura de PAD ou sindicância interrompe a prescrição? Como isso funciona?

A

A abertura de sindicância ou de PAD interrompe a prescrição. Conforme entendimento do STF, o prazo fica interrompido por 140 dias, depois dos quais se reinicia normalmente a contagem. Segundo o entendimento do STJ, passados os 140 dias de interrupção da prescrição, o prazo volta a correr, do início, no bojo do processo, gerando a possibilidade de ocorrência da prescrição intercorrente.

69
Q

As penalidades aplicadas aos servidores ficam permanentemente registradas em seu assentamento individual? Explique.

A

Não. O registro da penalidade de advertência será cancelado após 3 anos e a de suspensão após 5 anos. Passado este prazo, o agente não poderá ser dado como reincidente naquela infração cometida.

70
Q

Quais as penalidades que podem ser aplicadas aos servidores?

A

As penalidades possíveis são: demissão, cassação da aposentadoria/disponibilidade, suspensão, destituição do cargo comissionado/função de confiança e a advertência

71
Q

Explique a pena de demissão que pode ser aplicada aos servidores. Qual o prazo prescricional desta e quem tem a competência para aplicá-la?

A

Esta penalidade deve ser aplicada pelo Presidente, Presidente das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e PGR, de acordo com o órgão ou Poder que o servidor esteja vinculado. O prazo de prescrição é de 5 anos, contados do momento em que a Administração toma conhecimento do fato.
Algumas infrações disciplinares puníveis que com demissão são: utilizar do cargo para proveito pessoal ou de outrem; receber propina ou vantagem de qualquer espécie; usar pessoal ou recursos da repartição para atividades particulares; improbidade administrativa; crimes contra a Administração, etc.

72
Q

Explique a penalidade de cassação da aposentadoria ou disponibilidade.

A

Esta penalidade é possível nas mesmas infrações passíveis de demissão, uma vez que o que altera é a situação funcional do servidor. Esta é aplicada aos servidores aposentados ou em disponibilidade e que tenham cometido, na atividade, alguma das infrações previstas em lei, puníveis com demissão. Existe uma situação excepcional em que pode-se punir com a cassação e não é coincidente com a demissão: quando o servidor em disponibilidade não entra em exercício no prazo legal ante seu aproveitamento, salvo doença comprovada por junta médica oficial.

73
Q

Explique a pena de suspensão. Em quais hipóteses ela é aplicável e quem é a autoridade competente para aplicá-la? Qual o prazo prescricional?

A

A competência para aplicação desta penalidade será a autoridade imediatamente inferior àquela que é competente para a aplicação da pena de demissão, se a suspensão for por mais de 30 dias. Se for por até 30 dias, o chefe da repartição é competente para aplicar a pena. A suspensão não pode ultrapassar 90 dias e, no interesse da Administração, pode ser substituída por multa de 50% na remuneração. As infrações puníveis com suspensão são: cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exercer quaisquer atividades incompatíveis com o exercício do cargo e a reincidência em infração punível com advertência. O prazo prescricional é de dois anos, contado do momento em que a Administração toma conhecimento do fato.

74
Q

Explique a pena de destituição de cargo em comissão ou função de confiança. Quem é competente para aplicá-la e qual o prazo prescricional?

A

É aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e demissão. A competência para a aplicação é da autoridade que nomeou o agente e o prazo de prescrição é de 5 anos, contados do momento em que a Administração toma conhecimento do fato.

75
Q

A destituição de cargo em comissão/função de confiança é a mesma coisa que a livre exoneração? Explique.

A

Não. É diferente da livre exoneração, uma vez que a destituição é uma penalidade que deve ser aplicada mediante processo administrativo disciplinar em que se assegure o contraditório e ampla defesa.

76
Q

Explique a pena de advertência. Quem é competente para aplicá-la e qual seu prazo prescricional?

A

É a penalidade mais leve e o chefe da repartição é competente para aplica-la. Algumas infrações que ensejam a aplicação desta é: ausentar-se do serviço no expediente, sem autorização; retirar documentos ou objetos da repartição; nepotismo; recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado; etc. O prazo prescricional é de 180 dias, contados de quando a Administração toma conhecimento do fato infracional.

77
Q

O servidor que estiver respondendo a PAD pode ser exonerado ou aposentado voluntariamente?

A

Não.

78
Q

É necessário PAD para exonerar ou demitir servidores em estágio probatório? Explique.

A

O PAD não se faz necessário para a exoneração ou demissão de servidores em estágio probatório. Entretanto, continua dependendo de ato motivado no qual se garanta o contraditório e a ampla defesa.

79
Q

O que é a sindicância?

A

É um processo administrativo disciplinar simplificado adequado para a aplicação das penalidades de advertência ou suspensão por até 30 dias. Ela deve ser finalizada no prazo (impróprio) máximo de 30 dias, prorrogável por mais trinta dias. Dele podem decorrer três situações: o arquivamento do processo se não for apurada nenhuma infração, a aplicação da penalidade ou a instauração de PAD, no caso de se apurar, no bojo da sindicância, uma infração mais grave.

80
Q

É possível a determinação de afastamento preventivo do servidor durante o PAD? Explique.

A

Antes da instauração do PAD, é possível que seja determinado o afastamento preventivo do servidor, como forma de acautelar o resultado prático do procedimento. Este terá prazo máximo de 60 dias, prorrogável por igual período, mantida obrigatoriamente sua remuneração integral.

81
Q

É possível a instauração de PAD com base em denúncia anônima? Justifique.

A

É permitida a instauração de PAD com base em denúncia anônima, por causa do poder-dever de autotutela imposto à Administração.

82
Q

É admitida a utilização de prova emprestada no PAD? Explique.

A

É admitida a utilização de prova emprestada no PAD, desde que tenha sido produzida regularmente no processo judicial.

83
Q

Qual o prazo para finalização do Processo Administrativo Disciplinar?

A

O PAD deve ser finalizado no prazo impróprio máximo de 60 dias, prorrogável por mais 60 dias, até a elaboração do relatório. Depois dele, a autoridade terá mais 20 dias para proferir o julgamento.

84
Q

Explique como se dá o procedimento do PAD.

A

O PAD tem três fases, a saber: instauração, inquérito administrativo e julgamento. Na instauração há a designação da comissão processante formada por três servidores estáveis. É feita uma portaria de instauração do PAD com uma descrição sumária dos fatos.
A fase do inquérito administrativo é composta pela fase de instrução probatória, defesa e relatório. Na instrução são admitidos todos os meios de prova. Na fase de defesa, essa pode ser feita pelo próprio acusado, no prazo de 10 dias sob pena de revelia, não se exigindo a representação por advogado. Após a defesa, a comissão elabora um relatório conclusivo no qual emite sua opinião sobre qual deve ser a decisão a ser tomada pela autoridade competente, mas não tem natureza vinculante. Na fase de julgamento a autoridade julgadora concluirá pelo arquivamento ou a aplicação da penalidade, no prazo máximo de 20 dias. Tal decisão é passível de recurso administrativo.

85
Q

No caso de servidores cedidos a outros órgãos, quem será responsável pela instauração do PAD e pela aplicação da penalidade?

A

Em caso de servidores cedidos a outros órgãos, a instauração de PAD se dará no órgão onde a irregularidade tenha ocorrido, no entanto, o julgamento e aplicação da penalidade só pode ser feito no órgão de origem do servidor, ao qual ele se encontra vinculado.

86
Q

Qual o efeito da revelia no processo administrativo disciplinar?

A

Nos processos administrativos, a revelia não enseja a presunção de veracidade dos fatos alegados pela parte contrária, haja vista a impossibilidade de o processo seguir seu curso sem a apresentação de defesa. O efeito da revelia nos processos administrativos é a designação de defensor dativo.

87
Q

Quais são as três formas de impugnar a decisão administrativa do PAD?

A

Em face da decisão do PAD poderão ser interpostas as seguintes impugnações administrativas: o pedido de reconsideração, recurso e a revisão.

88
Q

Explique o pedido de reconsideração, como forma de impugnação da decisão administrativa do PAD. É possível a reformatio in pejus?

A

O pedido de reconsideração deve ser interposto no prazo de 30 dias e é julgado pela própria autoridade que efetivou o julgamento do processo. A cada interposição deste há uma nova interrupção do prazo prescricional. Do julgamento deste pode decorrer situação mais gravosa ao recorrente, ou seja, a lei não proíbe a reformatio in pejus.

89
Q

Explique o recurso, como forma de impugnação da decisão administrativa do PAD. É possível a reformatio in pejus?

A

O recurso deve ser interposto no prazo de 30 dias. Ele é encaminhado hierarquicamente, por via da autoridade a qual está subordinado e dirigido à autoridade superior àquela que pro-feriu a decisão impugnada. A cada interposição deste há uma nova interrupção do prazo prescricional. Do julgamento deste pode decorrer situação mais gravosa ao recorrente, ou seja, a lei não proíbe a reformatio in pejus.

90
Q

Explique a revisão, como forma de impugnação da decisão administrativa do PAD. É possível a reformatio in pejus?

A

A revisão pode ser feita a qualquer tempo, desde que haja a alegação de fatos novos (não analisados no processo) por parte do servidor público, que possam influenciar na decisão proferida no processo original. A autoridade que julgou o PAD será competente para julgamento da revisão. Esta é considerada novo processo, com nova comissão que será julgado pela mesma autoridade. No julgamento deste, não pode haver agravamento da penalidade que o servidor havia sofrido, ou seja, a lei veda a reformatio in pejus.

91
Q

Explique o processo sumário para averiguação de infrações administrativas.

A

Este é utilizado nos casos de abandono de cargo, inassiduidade habitual e também de acumulação ilegal de cargos, hipóteses nas quais ensejam a aplicação da penalidade de demissão. Este tem prazo máximo de 30 dias, prorrogável por mais 15 dias. A comissão é composta por dois servidores estáveis e a defesa deve ser apresentada no prazo de 5 dias. Existe a possibilidade de um processo sumário em face da facilidade de comprovação da materialidade dessas irregularidades. Este processo, inclusive, não tem fase instrutória, uma vez que a materialidade do fato e da autoria estaria comprovada documentalmente.

92
Q

Por que a concessão de aposentadoria à servidores públicos é um ato complexo?

A

Isso se deve ao fato de que depende da manifestação de vontade do órgão ao qual o servidor público esteja vinculado e mais a aprovação pelo respectivo Tribunal de Contas.

93
Q

Quando o Tribunal de Contas não aprova a concessão inicial de aposentadoria é preciso respeitar o contraditório e a ampla defesa? E se for reanalisada posteriormente? Explique.

A

Se o TC não aprovar a concessão inicial, não precisa respeitar o contraditório e a ampla defesa, porque não se trata de anulação de ato ampliativo, mas tão somente a não perfeição de um ato que ainda estava em formação. Por outro lado, passados cinco anos sem manifestação do TC, há a aprovação tácita da aposentadoria. Se posteriormente o Tribunal de Contas quiser avalia-lo novamente, dentro do prazo decadencial de 5 anos, deverá respeitar o contraditório e ampla defesa.

94
Q

O RPPS tem como características: o caráter contributivo, a contagem recíproca de tempo de contribuição e o caráter solidário. Explique cada uma delas.

A

O caráter contributivo do regime estabelece que somente aquilo que foi efetivamente contribuído será utilizado como critério para a concessão da aposentadoria. A contagem recíproca de tempo de contribuição estabelece que todo tempo que o agente contribuiu em qualquer dos regimes da previdência, a qualquer tempo, será contado como tempo de contribuição para fins de aposentadoria no RPPS. O caráter solidário é a definição de que o agente contribui para a manutenção do sistema, não para si próprio. Não é um sistema de capitalização.