Abdome Agudo Hemorrágico Flashcards

1
Q

Quais são as causas mais frequentes de abdome agudo hemorrágico?

A
  • Prenhez ectópica rota
  • Cisto ovariano hemorrágico
  • Aneurismas rotos:
    • Principalmente aneurismas de aorta = Hemorragia retroperitoneal
  • Lesão de víscera parenquimatosa:
    • Ex.: baço (espontaneamente)
  • Lesão de vasos abdominais
  • Rotura de adenoma / hemangioma hepático
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Q

Qual é a manifestação clínica mais importante do abdome agudo hemorrágico?

A

Sintomas sistêmicos de sangramento: Choque hipovolêmico

Exame sistêmico rico e exame abdominal pobre, isso porque a irritação peritonial pelo sangue ocorre tardiamente e não de imediato.

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3
Q

Quadro clínico do abdome agudo hemorrágico?

A
  • Dor - Habitualmente súbita:
    • Mas geralmente não causa abdome em tabua desde o início
  • Palidez
  • Sudorese fria
  • Agitação
  • Taquicardia
  • Hipotensão
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4
Q

Quais sinais semiológicos são sinais de hemorragia retroperitoneal?

A
  • Sinal de Cullen:
    • Mais comum em pacreatite necrohemorragica:
      • Equimose periumbilical
  • Sinal de Gray Turner
    • Equimose na região lombar
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5
Q

O sinal de Kher é um sinal semiológico correspondente a um quadro de abdome agudo hemorrágico. Qual o significado desse sinal, e em que condições ele está presente?

A
  • Sinal de Kher:
    • Dor no ombro esquerdo:

Ruptura do baço: o sangramento proveniente dessa ruptura irrita o diafragma e os nervos ascendentes causando dor no ombro esquerdo.

Alivio da dor ocorre com paciente em 45º ou em posição ortostática, porque quando deita o sangue irrita o nervo frênico e causa dor.

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6
Q

A rotura de baço configura um abdome agudo hemorrágico. Essa rotura pode acontecer em dois tempos.

O que é rotura de baço em dois tempos?

A

Aconetece quando eventualmente o paciente tem a formação de hematoma subcapsular (seja por trauma ou espontaneamente) no baço, em que no momento paciente não sofre instabilidade hemodinamica. Porém, de repente, paciente sofre um choque hipovolêmico devido ao aumento da pressão intracapsular com roptura do baço.

Geralmente a ruptura em dois tempos do baço cursa com o sinal de Kher.

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7
Q

Em quadros de abdome agudo hemorrágico, é muito importante quantificar o grau do choque hipovolêmico do paciente. Como é feita essa classificação? Descreva a classificação:

A

O choque hipovolêmico pode ser classificado da seguinte forma:

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8
Q

A pressão de pulso é um ótimo parâmetro para monitorar choque hipovolêmico. Mas o que é a pressã de pulso e qual sua utilidade?

A

A pressão de pulso é a subtração da PAS pela PAD.

Pressão de pulso menor que 30, fala a favor de choque hipovolêmico com repercussão hemodinâmica. Quanto mais convergente a pressão de pulso, pior é o prognóstico.

Geralmente é a PAD que se eleva, pois o choque induz uma vasocontrição sistêmica.

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9
Q

A diminuição da pressão de pulso cursa com um sinal semiológico muito importante. Qual é esse sinal?

A

É o sinal da hipotensão postural.

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10
Q

A partir de que grau de choque há hipotensão?

A

A partir do grau III (com perda de cerca de 31 - 40% da volemia)

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11
Q

Qual é a alteração clínica presente no choque hipovolêmico grau I?

A

Não há alteração clínica no choque grau I.

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12
Q

Qual alteração clínica presente no choque grau II?

A

Aumento da FC e diminuição da pressão de pulso. Além disso a gasometria já identifca aumento de base (BE).

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13
Q

Quais parâmetros clínicos estão alterados no choque grau III?

A
  • Aumento da FC
  • Diminuição da PA
  • Diminuição da pressão de pulso
  • Aumento da frequencia respiratoria
  • Diminuição da diurese
  • Escala de coma glasgow alterada
  • Déficit de base na gasometria (6 a 10)
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14
Q

Para qual grau de choque hipovolêmico está preconizado o protocolo de transfusão maciça?

A

A transfusão maciça está indicada para paciente com choque hipovolêmico grau IV.

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15
Q

Como que é feito o protocolo de transfusão maciça?

A

É feito a partir de reposição hemostática com hemoderivados.

Para cada concentrado : PFC : Plaquetas

Mas a meia vida da plaqueta é muito curta e há dificuldade para se descongelar o PFC;

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16
Q

Qual é a abordagem clínica que deve-se ter diante um abdome agudo hemorrágico?

A
  • Identificar o grau de choque hipovolêmico
  • Certificar que as Vias aérease estão livres e se a ventilação adequada
  • Reposição de acordo com o grau de choque
17
Q

Qual é a explicação fisiopatológica para que a partir do grau III do choque hipovolêmico haja taquipneia?

A

Normalmente nosso metabolismo é aeróbico, mas nas condições de choque hipovolêmico há limitação do oxigênio chegar nas células dos diferentes tecidos fazendo com que o metabolismo predominente seja o anaeróbio. Isso ocorre devido à perda das hemáceas e das hemoglobinas, as quais carregam O2. Se não há O2 adequado no organismo o metabolismo anaeróbico é ativado. Com isso, há mais formação de ácido láctico, o qual necessitará ser “jogado para fora”. Isso ocorre com a taquipneia, como uma tentativa do organismo de jogar o ácido láctico para fora.

Então a taquipneia, nada mais é, do que um mecanismo compensatório da acidose que está se instalando devido o predomínio do metabolismo anaeróbio.

18
Q

Quando devemos administrar sangue ou hemoderivados no abdome agudo hemorrágico? Tem parâmetro hematimétrico mínimo?

A

Não é nenhum padrão hematimétrico que é indicador da admin. de sangue ou hemoderivados.

O que norteia a reposição volêmica com hemoderivados é o grau de choque (III e IV).

19
Q

Das alternativas a seguir, qual não é causa de abdome agudo hemorrágico?

  • a) Ruptura espontânea esplênica
  • b) Gravides tubária rota
  • c) Adenoma hepática
  • d) Aneurisma de artéria esplênica
  • e) Úlcera gástrica hemorrágica.
A

e) Úlcera gástrica hemorrágica:

Pois nesse caso haverá sangramente intraluminaL, e não para a cavidade peritonial.

20
Q

Como é feito o diagnóstico de abdome agudo hemorrágico?

A
  • Suspeita clínica + USG (líquido livre)
    • Ou LPD
    • OU Punção de fundo de saco de douglas (sangue não coagulado)
  • Se estável hemodinâmicamente:
    • TC de abd. ou
    • USG
21
Q

VERDADEIRO ou FALSO:

O teste de beta-HCG negativo, exclui o diagnóstico de prenhez ectópica rota.

A

FALSO!!!

Pode haver prenhez ectópica rota com Beta-HCG negativo devido um abortamento anterior desse feto.

22
Q

Epidemiologia da prenhez ectópica rota:

A
  • Corresponde a 1,5 a 2% de todas as gestações:
    • E destas, 95% são tubárias.
23
Q

Fatores de risco para prenhez ectópica rota:

A
  • Idade fértil
    • Considerar até as mulheres com idade mais avançadas no fim da menacme
  • Doença sexualmente transmissível (Clamídia)
  • Infertilidade
  • Laqueadura ou reconstrução tubária
  • Endometriose
  • Paciente usuária de DIU
24
Q

Qual o quadro clínico da prenhez ectópica?

A
  • dor abdominal aguda
  • Atraso menstrual
  • Sangramento vaginal irregular após período de amenorreia
  • Choque hipovolêmico
  • Dor à mobilização uterina
  • Abaulamento doloroso em fundo de saco (Grito de Douglas - Sinal de Proust)
25
Q

Quais exames são necessários para confirmação de suspeita de gravidez ectópica rota?

A
  • Beta-HCG:
    • Se houve abortament tubário, pode ser negativo.
  • USG
    • Ou LPD
    • Culdocentese (punção de fundo de saco)
26
Q

Como é feito o tratamento da prenhez ectópica rota?

A
  • Anenxectomia
    • Laparotomia? Se instável hemodinamicamente
      • Se houver certeza que é uma prenhez ectópica rota, pode ser feita por incisão de Fannistil. Caso contrário, opta-se por incisão mediana.
    • Videolaparoscopia? Se estável hemodinamicamente
27
Q

Geralmente o aneurisma de aorta abdominal se manifesta com um quadro clínico típico. Qual é esse quadro clínico?

A

Quadro clássico - Tríade (30%):

  • Dor abdominal ou lombar
  • Hipotensão
  • Massa pulsátil
28
Q

VERDADEIRO ou FALSO:

A maior parte dos aneurismas roto de aorta, localizam-se intraperitoneal.

A

FALSO!!!

A maior parte dos aneurismas roto de aorta abdominal, acontece infrarrenal e é retroperitoneal (80%). Isso é um sinal de melhor prognóstico pois não acomete de imeadiato a irrigação renal e geralmente há tempo de compensar o doente clinicamente para ser abordado cirurgicamente.

29
Q

Qual é o tratamento indicado para aneurismas roto de aorta abdominal?

A

Tratamento é cirurgico:

  • Endovascular:
    • Inserção de prótese
  • Ou por cirurgia aberta:
    • Substituição do aneurisma pela protese, com envolvimento dessa protese pelo aneurisma, para que não fique em contato com alças intestinais e não crise aderencias.
30
Q

Qual exame padrão ouro para planejamento cirurgico de aneurisma de aorta?

A

TC com cortes finos apresenta-se de grande auxílio para a exclusão de outros diagnósticos e na definição da anatomia para planejamento terapêutico adequado, insluvide se aneurismas poupa emergencia das artérias renais para saber se é possível a colocação da prótese preservando os óstios das aa. renais.