Vascularização do Membro Superior Flashcards

1
Q

Situação e Trajeto da Artéria Axilar

A

A artéria axilar situa-se totalmente na região axilar, continuando a artéria subclávia. Esta, no momento onde alcança o bordo lateral da primeira costela e da primeira digitação do músculo serrátil anterior, penetra na fossa axilar e converte-se na artéria axilar. Começa ao nível do bordo posterior da clavícula e estende-se até ao bordo inferior do músculo teres maior (peitoral maior segundo o Rouvière e PINA Coração e Vasos), onde passa a chamar-se artéria braquial. Rouvière considera como limite distal da artéria axilar o bordo inferior do músculo peitoral maior.
No seu trajeto, e quando o braço está pendente ao longo do corpo, a artéria axilar dirige-se obliquamente para baixo, fora e trás, e descreve uma curva de concavidade ínfero-medial. É retilínea quando o braço se estende horizontalmente.
Dadas as suas relações com o músculo peitoral menor, pode ser dividida em três segmentos: um primeiro segmento em que é medial (proximal) ao músculo; um segundo segmento, em que lhe é posterior; e um terceiro segmento, em que é lateral (distal) ao músculo peitoral menor.

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2
Q

Situação e Trajeto da Artéria Braquial

A

A artéria braquial (artéria umeral) situa-se na região anterior do braço e do cotovelo. Estende-se desde o bordo inferior do músculo teres maior (peitoral maior segundo o Rouvière), onde continua a artéria axilar, até à fossa cubital (prega do cotovelo), onde se bifurca nos seus dois ramos terminais, as artérias radial e ulnar. A artéria braquial é quase retilínea e ligeiramente oblíqua para baixo e para fora. O seu trajeto pode ser representado por uma linha traçada do vértice da axila até à parte média da prega do cotovelo. Termina aproximadamente 1-2 cm inferiormente à articulação do cotovelo (sensivelmente ao nível do colo do rádio).

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3
Q

Situação e Trajeto da Artéria Radial

A

A artéria radial é o ramo de bifurcação lateral da artéria braquial. Estende-se sobre a face anterior do antebraço e sobre a face dorsal do punho, desde a prega do cotovelo até à região palmar.
Apresenta geralmente menor calibre do que o ramo de bifurcação medial da artéria braquial, a artéria cubital. Contudo, dado o seu trajeto, aparenta ser uma “continuação direta” da artéria braquial.
A artéria radial descende obliquamente para baixo e fora até à epífise inferior do rádio; depois contorna por fora a articulação do punho e alcança, sobre a face dorsal do carpo, a extremidade superior do 1º espaço interósseo; a artéria atravessa este espaço de posterior para anterior e penetra na região palmar, onde se anastomosa com o ramo arterial palmar profundo da artéria cubital, constituindo assim a arcada arterial palmar profunda.

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4
Q

Situação e Trajeto da Artéria Cubital

A

A artéria cubital, mais volumosa do que a artéria radial, corresponde ao ramo de bifurcação medial da artéria braquial. Situa-se na parte medial da região anterior do antebraço e estende-se da prega do cotovelo até à região palmar, onde termina ao formar a arcada palmar superficial (com o ramo palmar superior da artéria radial).
Desde a sua origem, a artéria cubital dirige-se primeiro obliquamente para baixo e para dentro, até à união do terço superior com os dois terços inferiores da face medial do antebraço. Descende depois verticalmente ao seguir um trajeto indicado por uma linha que reúne o vértice do epicôndilo medial ao bordo lateral do pisiforme, até ao bordo inferior do retináculo dos músculos flexores, onde se inclina ínfero-lateralmente para se continuar com a arcada palmar superficial. ((Atravessa o Canal de Guyon))

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5
Q

Ramos Colaterais da Artéria Axilar

A

Artéria torácica superior (1ª porção), artéria toracoacromial (com ramos peitorais, deltóide, clavicular e acromial) e artéria torácica lateral (2ª porção) e artéria subescapular (com ramos que correspondem às artérias toraco-dorsal e escapular circunflexa), artéria umeral circunflexa posterior e artéria umeral circunflexa anterior (3ª porção);

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6
Q

Ramos Colaterais da Artéria Braquial

A

Artéria braquial profunda (com o ramo deltóide e ramos que correspondem às artérias colateral radial e colateral média), artéria colateral ulnar superior, artéria colateral ulnar média (inconstante), artéria colateral ulnar inferior e artéria nutritiva do úmero.

De acordo com o Rouvière e Pina, existem 5 ramos colaterais: os ramos musculares que vão vascularizar os músculos deltóide, bicípete braquial, coracobraquial, braquial e a parte medial do músculo tríceps braquial, e destaca-se o ramo deltóide que é constante e menos variável relativamente aos restantes ramos musculares; a artéria nutritiva do úmero, a artéria braquial profunda, a artéria colateral ulnar superior e a artéria colateral ulnar inferior.

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7
Q

Ramos Colaterais da Artéria Radial

A

De acordo com o Rouvière, existem 6 ramos colaterais principais: a artéria recorrente radial, a artéria palmar do carpo, a artéria palmar superficial, a artéria principal do 1º dedo, a artéria dorsal do carpo e a artéria metacárpica dorsal do 1º espaço interósseo do metacarpo.

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8
Q

Ramos Colaterais da Artéria Cubital

A
  • Artéria recorrente ulnar (recorrente ulnar anterior e recorrente ulnar posterior)
  • artéria interóssea comum (interóssea anterior e interóssea posterior)
  • ramo cárpico palmar
  • ramo palmar profundo
  • ramo cárpico dorsal.
  • ramo anastomótico palmar profundo (inconstante, destaca-se da arcada palmar superficial)
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9
Q

Drenagem Venosa do Membro Superior

A

O membro superior é drenado por dois sistemas venosos distintos: um venoso superficial e outro venoso profundo, consoante se encontrem superficialmente ou profundamente à fáscia profunda do membro superior, respetivamente. Estes dois sistemas venosos comunicam entre si por numerosas anastomoses. A drenagem venosa é feita num sentido distal-proximal, tendo início nas várias vénulas digitais da mão; mais ainda, o sangue contido no sistema superficial terá de alcançar o sistema profundo de forma a regressar à circulação sistémica.
O sistema venoso superficial tem início numa rede venosa que se comunica com o sistema profundo; ascende depois enquanto veias basílica (medial) e cefálica (lateral) do antebraço, que se comunicam ao nível da fossa cubital pela veia cubital mediana, formando um H (70% dos casos - segundo o Netter). Nos restantes casos, não vai existir a veia cubital mediana, mas sim, uma veia mediana do antebraço que se vai dividir em dois ramos: a veia mediana cefálica e a veia mediana basílica. Estas vão se anastomosar com a veia cefálica e veia basílica, respectivamente. Isto vai dar origem ao famoso “M venoso do cotovelo” (ou em outros casos a um Y segundo o pina de vasos) que é, assim, constituído, de lateral para medial, pela veia cefálica, pela veia mediana cefálica, pela veia mediana basílica e pela veia basílica (a região do sangradouro).

Estas veias continuam-se com o nome de veia basílica e veia cefálica do braço, sendo que a veia cefálica se junta à veia axilar e a basílica primeiro à veia braquial quando passam a ser profundas.
O sistema venoso profundo drena os tecidos subfasciais - as veias profundas acompanham as artérias homónimas, existindo geralmente duas veias satélite por cada artéria, à exceção da artéria axilar, que é acompanhada por uma única veia (a veia axilar).

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10
Q

Drenagem Linfática do Membro Superior

A

À semelhança do que acontece com a drenagem venosa, a drenagem linfática faz-se por dois sistemas, um superficial e um profundo, sendo que o primeiro drena para o segundo, que, por sua vez, drena para o sistema venoso em locais variáveis (pode ser de maneira direta, isto é, os vasos eferentes dos gânglios profundos drenam diretamente para o ângulo de Pirogoff ou para uma das veias que o forma, ou de maneira indireta, ou seja, os vasos eferentes drenam para troncos comuns, podendo eles ser os troncos linfáticos jugular e subclávio (que resultam das anastomoses entre os vasos eferentes dos gânglios cervicais profundos e axilares apicais, respetivamente), o ducto linfático direito ou o ducto torácico (os troncos linfáticos drenam para os ductos, que se localizam entre as veias jugulares internas e externas do respetivo lado, que aí sim drenam para o sistema venoso)); ainda, a drenagem linfática faz-se também no sentido distal-proximal.

A drenagem linfática superficial começa então nas arcadas da mão, dividindo-se em três vias: medial (território medial do antebraço e mão), lateral (território lateral, anterior e posterior do antebraço e mão) e intermédia (território anterior do braço e territórios superficiais do ombro e dorso), que drenam para os gânglios supratrocleares, intraclaviculares ou delto-peitorais e posteriores da espádua, respetivamente. Estes gânglios vão, na sua generalidade, drenar para o grupo braquial dos gânglios axilares, cujos vasos eferentes drenam para os gânglios axilares centrais e apicais, para que se possa fazer a drenagem até ao sistema venoso. Os gânglios axilares já fazem parte do sistema linfático profundo, sistema este cujos vasos seguem os principais pedículos vásculo-nervosos (radial, ulnar, braquial e interósseo) do membro superior até aos gânglios linfáticos axilares, podendo haver alguns gânglios profundos braquiais e antebraquiais ao longo do seu percurso. Estes gânglios que se encontram ao longo do percurso dos vasos profundos drenam também para o grupo braquial dos gânglios axilares, exceto aqueles que acompanham a veia cefálica, que vão drenar para o grupo apical axilar.

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11
Q

Relações da Artéria Axilar (fossa axilar)

A

A artéria axilar situa-se totalmente na região axilar, continuando a artéria subclávia no ponto onde esta alcança o bordo lateral da primeira costela e da primeira digitação do músculo serrátil anterior e penetra na fossa axilar convertendo-se na artéria axilar.
Relações: Ao longo do seu trajeto, a artéria axilar relaciona-se:
Anteriormente: Com a fascia clavipeitoral e com os músculos que a recobrem, o músculo subclávio, o músculo peitoral menor e peitoral maior;
Posteriormente: cruza, de cima para baixo, os músculos subescapular, redondo maior e latíssimo do dorso.
Lateralmente: Com o músculo coracobraquial, bicípite braquial e a extremidade superior do sulco intertubercular do úmero.
Medialmente: com as 2 primeiras digitações do músculo serrátil anterior.
A artéria axilar é acompanhada em toda a sua extensão pela veia axilar e pelos ramos principais do plexo braquial.

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12
Q

Relações da Artéria Braquial (canal braquial e fossa cubital)

A

Canal braquial
A fascia profunda braquial e as expansões constituem sobre o lado medial do braço uma bainha fibrosa, conhecida por canal braquial (ou canal umeral de Cruveilhier), no qual caminha a artéria braquial, as suas veias satélites braquiais, o nervo mediano e, numa parte do seu trajeto, os nervos cubital e cutâneo medial do antebraço. Este canal braquial é então limitado anteriormente pelo revestimento fascial do músculo coracobraquial e do músculo bíceps braquial; posteriormente, pela fascia do músculo braquial e pelo septo intermuscular medial; medialmente, pela fascia braquial. O canal braquial comunica inferiormente com a goteira bicipital profunda medial da fossa cubital do cotovelo, que será descrita mais à frente.
Fossa cubital
A fossa cubital corresponde a uma depressão triangular da porção anterior da região do cotovelo. É limitada superiormente por uma linha que une ambos os epicôndilos umerais, medialmente pelo bordo lateral do músculo pronador teres, e lateralmente pelo bordo ou face medial do músculo braquioradial. É bissectada em dois compartimentos pelo tendão do bíceps braquial. A fascia profunda do antebraço constitui a sua parede anterior ou “tecto”. A aponevrose bicipital desloca-se pela porção medial e inferior da fossa, distribuindo-se pela fascia profunda e recobrindo os músculos flexores superficiais. Os músculos supinador e braquial encontram-se no pavimento da fossa.
Na fossa cubital, a artéria braquial descende na goteira bicipital profunda medial, limitada lateralmente pelo tendão do bíceps braquial, medialmente pelo grupo muscular epicondiliano medial (mais concretamente, pelo músculo pronador teres), e profundamente pelo músculo braquial. Nesta goteira, a artéria é recoberta pela fascia que reforça a expansão aponevrótica do músculo bíceps braquial. Profundamente, o músculo braquial separa a artéria braquial da articulação do cotovelo. O nervo mediano é agora medial à artéria braquial.

Nota: Inicialmente, a artéria é lateral aos nervos cubital e cutâneo medial do antebraço e medial ao nervo mediano. (O nervo radial é posterior à artéria sendo que atravessa o espaço axilar triangular inferior com a artéria braquial profunda, acompanhando-a medialmente). Ao longo do trajeto da artéria, o nervo mediano é o único que a acompanha até ao cotovelo, cruzando-a anteriormente (de superior para inferior e de lateral para medial), sendo que na fossa cubital, a artéria braquial é lateral ao nervo mediano

LIMITES DO CANAL BRAQUIAL [ANGIO KEEP CALM AND DONT STOP BEATING]
No braço encontra-se no canal braquial, limitado por:
• Anteriormente: com o bordo medial do músculo coracobraquial em cima, e com o bíceps braquial em baixo.
• Posteriormente: com a porção vasto medial do tríceps braquial e mais distalmente, com o músculo braquial.
• Medialmente: diretamente com a fascia braquial que a separa dos tegumentos.
• Lateralmente: superiormente com o músculo coracobraquial, e inferiormente com o interstício celuloso que separa o bíceps braquial do músculo braquial.

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13
Q

Relações da Artéria Radial (goteira radial e tabaqueira anatómica)

A

vai descender pela face anterior do antebraço e ao alcançar o processo estilóide do rádio vai para o dorso da mão; aí atravessa o primeiro espaço interósseo para alcançar a palma da mão onde se vai anastamosar com o ramo arterial palmar profundo da artéria ulnar, formando a arcada arterial palmar profunda;

Relações:
• posteriormente: (de sup para inf) tendão do bicipete braquial, pronador redondo, supinador, flexor superficial dos dedos, flexor longo do primeiro dedo e quadrado pronador;
• anteriormente: braquiorradial (sup e inf); percorre a goteira do pulso entre o tendão do braquiorradial (que se encontra lateralmente) e o flexor radial do carpo (medialmente);

Descrição da goteira radial: (é a goteira por onde passa a artéria radial)
->Limites:
Medial: Tendão do músculo flexor radial do carpo;
Lateral: Tendão do músculo braquirradial;
Posterior: Músculo Pronador Quadrado;

Descrição da tabaqueira anatómica:
->Limites:
Ântero-Lateral: tendões do músculo abdutor longo do 1º dedo (anteriormente) e curto extensor do 1º dedo (posteriormente);
Póstero-Medial: tendão do longo extensor do 1º dedo;

->Conteúdo:
• Artéria Radial;
• Veias Satélites;
• Artéria principal do 1º dedo;
• Veias satélites;
• Ramo arterial cárpico dorsal da artéria radial;
• Veias satélites;
• Tendão do longo radial (longo extensor radial do carpo);
• Tendão do curto radial (curto extensor radial do carpo);
• Podemos apalpar a apófise estilóide do rádio, a superfície convexa articular do escafóide, trapézio e base do 1º metacárpico);

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14
Q

Relações da Artéria Cubital (canal cubital de Guyon)

A

No sulco ulnar (entre o tendão do músculo flexor ulnar do carpo e o tendão do músculo longo palmar) passa o nervo e a artéria ulnar, mesmo antes de entrar no canal cubital de Guyon.

Descrição do Canal de Guyon:
Limites:
Parede anterior: expansão do retináculo dos extensores, expansão do tendão do flexor cubital do carpo;
Parede posterior: retináculo do flexores;
Parede medial: pisiforme;
É atravessado pela artéria cubital e nervo cubital (sempre medialmente).

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15
Q

Arcada Arterial Palmar Superficial Profunda da Mão

A

A arcada palmar superficial resulta da anastomose da artéria cubital com o ramo palmar superficial da artéria radial, apresentando como principal elemento a artéria cubital. A artéria cubital encontra-se no canal de Guyon e penetra depois na região palmar com o nervo cubital. Passa medialmente ao hâmulo do hamato para formar um arco convexo inferiormente. A artéria mediana, ramo da interóssea anterior, pode contribuir para a arcada palmar superficial de forma variável. Esta pode apresentar duas “variantes”: uma palmar e outra antebraquial. No caso da palmar, alcança a região palmar e termina geralmente como uma primeira artéria digital comum, como uma segunda artéria digital comum ou bifurca-se em ambas.
A arcada palmar superficial é a responsável pela irrigação da maior parte do território digital, originando 3 artérias digitais comuns, que vão originar artérias digitais palmares próprias

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16
Q

Arcada Arterial Palmar Profunda da Mão

A

A arcada palmar profunda é formada pela anastomose da artéria radial com o ramo palmar profundo da artéria cubital. Na região palmar, a artéria radial dirige-se transversalmente para dentro e forma, com o ramo palmar profundo da artéria cubital, a arcada palmar profunda, que está situada anteriormente à extremidade superior do corpo dos metacárpicos e posteriormente aos tendões flexores dos dedos e à fáscia palmar profunda. É geralmente cruzada pelo ramo profundo do nervo ulnar. A arcada palmar profunda origina geralmente 3 tipos de ramos colaterais: ramos metacárpicos palmares (ramos descendentes), ramos perfurantes (ramos posteriores) e ramos recorrentes (ramos ascendentes ou articulares).A arcada palmar superficial é a responsável pela irrigação da maior parte do território digital, originando 3 artérias digitais comuns, que vão originar artérias digitais palmares próprias

17
Q

Veias Profundas do Membro Superior

A

Mão: As arcadas arteriais palmares superficial e profunda são acompanhadas por arcadas venosas palmares superficial e profunda satélites, respetivamente. A arcada venosa palmar profunda vai-se continuar proximalmente pelos vasos profundos antebraquiais e a arcada venosa palmar superficial irá drenar proximalmente, maioritariamente, para as veias cubitais.

Antebraço e Cotovelo: As veias satélites radiais e cubitais continuam as arcadas venosas palmares profunda e superficial, respetivamente. Anastomosam-se perto do cotovelo de forma a originar as veias satélites braquiais. Comunicam com veias superficiais perto do punho e recebem, de forma variável, as veias satélites interósseas anteriores e posteriores, perto do cotovelo. Comunicam com a veia cubital (basílica) mediana através da veia mediana profunda (veia comunicante do cotovelo).

Braço: As veias braquiais flanqueiam a artéria braquial; geralmente, existe uma veia braquial medial e uma veia braquial lateral. Drenam para a veia axilar perto do bordo inferior do músculo subescapular. A veia basílica pode drenar para a veia braquial medial.

Veia Axilar: É formada pela reunião de 2 veias satélites da artéria braquial e segue o trajeto da artéria axilar. É medial à artéria na sua porção inferior, tornando-se depois ântero-medial a ela

18
Q

Veias Superficiais do Membro Superior

A

Mão:
· Veias dorsais- iniciam numa rede venosa subungueal que drena para as veias periungueais, terminando numa arcada venosa digital situada ao nível da 1ª falange. As veias digitais dorsais dos últimos 4 dedos anastomosam-se proximalmente e originam 3 veias metacárpicas dorsais que formam, de seguida, uma rede venosa dorsal ao nível do metacarpo, a qual recebe medialmente uma veia digital dorsal do bordo medial do 5º dedo (que se continua proximalmente como veia basílica do antebraço) e lateralmente a veia digital dorsal do bordo lateral do 2º dedo e as veias digitais dorsais (medial e lateral) do 1º dedo (que se continua como veia cefálica do antebraço). (NOTA: A rede venosa é muito mais desenvolvida na face dorsal)
· Veias palmares: 3 vias principais de drenagem:
o 2 superficiais – arcada venosa palmar superficial + veias intercapitulares -> drenam para o sistema venoso dorsal da mão
o 1 profunda – veias metacárpicas palmares -> drenam para a arcada venosa palmar profunda
Antebraço:
· Veia cefálica do antebraço- forma-se ao nível da tabaqueira anatómica, a partir da extremidade radial da arcada venosa dorsal. Distalmente ao cotovelo, origina a veia cubital mediana, que ascende medialmente para se anastomosar com a veia basílica, anastomosando-se ainda com o sistema venoso profundo através da veia mediana profunda (veia comunicante do cotovelo). Depois, a veia cefálica do antebraço continua-se superiormente como veia cefálica do braço.
· Veia cefálica acessória- Drena geralmente para a veia cefálica do antebraço.
· Veia basílica do antebraço- Origina-se na extremidade medial da arcada venosa dorsal da mão, percorre o bordo medial do antebraço e ao alcançar a fossa cubital recebe a veia cubital mediana. Continua-se superiormente como veia basílica do braço.
· Veia mediana do antebraço- Tem origem no plexo venoso palmar superficial e ascende pela face anterior do antebraço, terminando na fossa cubital.
Braço:
· Veia basílica- Ascende ao longo do bordo medial do bíceps braquial, torna-se profunda e drena para a veia braquial.
· Veia cefálica- Segue o bordo lateral do bíceps braquial, penetra na fossa infraclavicular, perfura a fáscia clavipeitoral, cruza a artéria axilar e drena para a veia axilar. Inflete-se inferiormente à clavícula para formar a crossa da veia cefálica.

19
Q

M Venoso da Prega do Cotovelo

A

As veias cefálica do antebraço, mediana cefálica, mediana basílica e basílica do antebraço formam um desenho de um “M”, na prega do cotovelo, chamado M venoso da prega do cotovelo. Por ser o local da realização da maioria das punções venosas, a região anterior do cotovelo (ou de forma mais particular, o M venoso em si) é comummente designado por região do sangradouro.

20
Q

Situação, Grupos, Relações e Territórios do Gânglios Linfáticos Axilares

A

As vias linfáticas profundas do membro superior acompanham os vasos profundos, atingindo predominantemente o grupo externo ou braquial dos gânglios axilares. Contudo, no seu trajecto, intercalam-se alguns gânglios linfáticos profundos do antebraço e do braço. Os gânglios axilares, que assumem grande importância, localizam-se no tecido adiposo da axila, são em número de 15 a 30 e é neles que se concentra a linfa do membro superior, da região escapular e de parte da parede torácica. Dividem-se em 5 grupos consoante a sua localização:

Grupo externo, umeral ou braquial: situa-se junto à face interna da veia axilar e na emergência da veia escapular inferior, e a ele chega toda a linfa do membro superior.

Grupo posterior ou infraescapular: localiza-se contra a omoplata junto aos vasos escapulares posteriores e recebe a linfa da parte inferior da nuca, da parede posterior do dorso e da região escapular.

Grupo interno ou torácico externo: relaciona-se com o pedículo mamário externo coletando a linfa da parede lateral do tórax, da parte superior da parede abdominal e, principalmente, dos quadrantes externos da mama.

Grupo central ou intermediário: situa-se na parte central da cavidade axilar e é para ele que se dirigem os linfáticos eferentes dos 3 grupos anteriores. Deste grupo partem vias eferentes que atingem o grupo infraclavicular.

Grupo infraclavicular: localiza-se abaixo da clavícula em relação com a artéria acrómio-torácica. Deste grupo partem vias eferentes em direcção ao grupo supraclavicular onde se constitui o tronco braquial que, à direita, contribui para a formação da grande veia linfática e, à esquerda, termina na crossa do canal torácico. Dos gânglios infra e supraclaviculares partem ainda vias linfáticas que atingem a cadeia cervical transversa.

21
Q

Relações do Colaterais da Artéria Axilar

A

A artéria axilar é comumente dividida em 3 partes devido à sua íntima relação com o músculo peitoral menor. Posto isto:

  1. Parte suprapeitoral (medial ao peitoral menor)l: b
    - Artéria torácica superior, distribui-se pelos músculos peitorais maior e menor e região mamária (nomeadamente pela glândula mamária);
  2. Parte retropeitoral (posterior ao peitoral menor):
    -Artéria Tóraco-Acromial, divide-se em 4 ramos:
    • Peitoral, irriga os músculos peitorais e a região mamária;
    • Acromial, irriga o deltóide e o complexo articular do ombro/espádua;
    • Clavicular, irriga a articulação esternoclavicular e subclávio;
    • Deltóide, irriga o peitoral maior e o deltóide;
    -Artéria Torácica Lateral, irriga os músculos serrátil anterior, peitorais, subesclapular e gânglios linfáticos axilares (anastomosa-se com as artérias torácica interna, subescapular, intercostais e ramo peitoral da tóraco-acromial);
  3. Parte infrapeitoral (lateral ao músculo peitoral menor):
    -Artéria subescapular, divide-se em 2 ramos ao nível do subescapular:
    • Artéria tóracodorsal, irriga os intercostais, serrátil anterior e latíssimo do dorso;
    • Artéria Escapular circunflexa, penetra o triângulo omo-tricipital e irriga em 3 ramos que irrigam o subescapular, os músculos da fossa infraespinhosa e o bordo axilar da escápula;
    -Artéria Umeral circunflexa anterior, irriga a cabeça do úmero e a articulação glenoumeral;
    -Artéria Umeral circunflexa posterior, irriga a articulação glenoumeral, deltóide, redondos maior e menor e porções longa e lateral do tríceps femoral (atravessa o quadrado úmero-tricipital);
22
Q

Relações do Colaterais da Artéria Braquial

A

• Esta artéria apresenta 5 ramos colaterais (de superior para inferior):
1. Artéria Braquial Profunda (ramo mais importante):
-Atravessa o espaço axilar triangular inferior e atravessa a goteira radial do úmero com o nervo radial;
-Irriga o tríceps braquial (vasto medial);
-No bordo lateral dessa porção do músculo dá 2 ramos terminais:
• Artéria Colateral Radial, que se anastomosa na articular cubital;
• Artéria Colateral Média, irriga o vasto medial e termina no cotovelo;
2. Artéria Colateral Ulnar Superior:
-Termina profundamente ao flexor ulnar do carpo, anastomosando-se com a artéria recorrente ulnar posterior (ramo da artéria ulnar);
-Irriga o braquial e o tríceps braquial, bem como a parte medial da articulação do cotovelo;
3. Artéria Colateral Ulnar Média:
-Irriga o tríceps braquial e fornece ramos fasciocutâneos;
-Anastomosa-se com a artéria recorrente ulnar (ramo da artéria ulnar);
4. Artéria Colateral Ulnar Inferior:
-Divide-se em 2 ramos na superfície do epicôndilo medial:
• Ramo anterior, anastomosa-se com o ramo anterior da artéria recorrente ulnar;
• Ramo posterior, anastomosa-se com o ramo posterior da artéria recorrente ulnar;
5. Artéria Nutritiva do Úmero:
-Introduz-se no foramen nutritivo do úmero

23
Q

Relações do Colaterais da Artéria Radial

A

A artéria radial apresenta 7 ramos colaterais:

  1. Artéria radial:
    - Ascende pela goteira bicipital profunda lateral da fossa ulnar;
    - Irriga os músculos braquiorradial, longo extensor radial do carpo e bíceps braquial;
    - Anastomosa-se com a artéria colateral radial;
  2. Ramo cárpico palmar:
    - Anastomosa-se com o ramo cárpico palmar da artéria ulnar, formando a arcada palmar superficial;
  3. Ramo palmar superficial:
    - Na palma da mão anastomosa-se com a artéria ulnar, formando a arcada arterial palmar superficial;
  4. Ramo cárpico dorsal:
    - Profundamente aos tendões da mão, anastomosa-se com o ramo cárpico dorsal da artéria ulnar, formando a arcada cárpica dorsal;
    - Nasce na profundidade da tabaqueira anatómica;
  5. Primeira artéria metacárpica dorsal:
    - Divide-se em 2 ramos que irrigam os lados adjacentes do 1º dedo e do 2º dedo, podendo alcançar a 1ª articulação interfalângica;
  6. Artéria principal do 1º dedo:
    - Na face palmar da falange do 1º dedo, os seus ramos formam um arco que irriga a pele e o tecido subcutâneo;
    - Principal fonte de irrigação do 1º metacárpico;
  7. Artéria radial do 2º dedo:
    - Anastomosa-se com a artéria digital medial do 2º dedo e com a artéria principal do 1º dedo, assim como com a arcada palmar superficial.

Note-se que aqui, as relações com nervos são mínimas e portanto pouco relevantes. No entanto, os curiosos podem ir sempre ler às sebentas eheh

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Q

Relações do Colaterais da Artéria Cubital

A

Para além de colaterais nutritivos para o cúbito e músculos vizinhos, a artéria cubital origina geralmente os seguintes ramos colaterais:
•Artéria recorrente cubital/Tronco comum recorrente cubital/Artéria dos músculos epicondilianos mediais: Esta nasce da artéria cubital, perto da origem desta e divide-se em 2 ramos: um anterior e outro posterior.
O anterior ascende pela goteira bicipital da fossa cubital entre o braquial e o pronador redondo, o qual irriga. Este anastomosa-se de seguida com a artéria colateral cubital inferior (ramo da braquial) anteriormente ao epicôndilo medial do úmero.
Por sua vez, o posterior desloca-se póstero-medialmente entre o flexor profundo dos dedos e o flexor superficial dos dedos, ascendendo entre a face posterior do epicôndilo medial e o olecrânio na goteira epitrócleo-olecraniana. É profunda ao flexor cubital do carpo ascendendo entre os seus feixes ao acompanhar o nervo cubital. Irriga o flexor profundo dos dedos, o flexor superficial dos dedos, o flexor cubital do carpo, o nervo cubital, o osso e articulação adjacentes e anastomosa-se com as artérias colaterais cubitais da artéria braquial.
•Artéria interóssea comum: Origina-se inferiormente à tuberosidade radial, geralmente. Desloca-se posteriormente em direção ao bordo superior da membrana interóssea onde se divide em artéria interóssea anterior e posterior.
A anterior descende pela face anterior da membrana interóssea acompanhada pelo nervo interósseo anterior (ramo do mediano) que lhe é lateral. Esta encontra-se entre os músculos flexor profundo dos dedos medialmente e flexor longo do 1º dedo lateralmente. Após a sua origem, origina a artéria mediana do braço. Esta artéria ainda fornece ramos musculares e nutritivos ósseos que atravessam a membrana interóssea para irrigar músculos extensores. A artéria abandona o compartimento antebraquial anterior ao atravessar a membrana interóssea superiormente ao músculo quadrado pronador. Anastomosa-se com a artéria interóssea posterior no compartimento antebraquial posterior e desloca-se por um túnel do retináculo extensor com os tendões dos extensores dos dedos antes de se anastomosar com a arcada cárpica dorsal.
A posterior desloca-se posteriormente entre a corda oblíqua e o bordo proximal da membrana interóssea e depois entre os músculos supinador e longo abdutor do 1º dedo. Descende pela goteira situada entre os músculos extensores cubital do carpo e do 5º dedo. Nessa goteira origina vários ramos musculares. Além do mais, a artéria acompanha o ramo profundo do nervo radial (nervo interósseo posterior) perto do abdutor do 1º dedo. Distalmente anastomosa-se com a porção terminal da artéria interóssea anterior e com a arcada cárpica dorsal; e, ainda, origina um ramo colateral denominado artéria recorrente interóssea.
•Ramo cárpico dorsal: Nasce geralmente proximalmente ao osso pisiforme. Passa profundamente ao tendão do músculo flexor cubital do carpo de forma a alcançar a face posterior do maciço cárpico onde se desloca lateralmente, profundamente aos tendões extensores. Anastomosa-se com o ramo cárpico dorsal da artéria radial formando a arcada cárpica dorsal. Origina um pequeno ramo arterial digital perto da sua origem.
•Ramo cárpico palmar: Nasce geralmente ao nível do bordo inferior do músculo quadrado pronador. Cruza anteriormente a epífise distal do cúbito, profundamente aos tendões do flexor profundo dos dedos e anastomosa-se com o ramo cárpico palmar da artéria radial, formando a arcada cárpica palmar.
•Ramo palmar profundo/Artéria cubitopalmar/Artéria cubitotransversa: Nasce ao nível da extremidade inferior do osso pisiforme, lateralmente a este. Passa entre os músculos abdutor do 5º dedo e flexor do 5º dedo tornando-se profunda na eminência hipotenar. Relaciona-se de forma variável com o músculo oponente do 5º dedo uma vez que pode cruzar a sua face anterior, posterior ou o próprio músculo. Dá ramos para os músculos da eminência hipotenar. Anastomosa-se com a artéria radial, completando a arcada palmar profunda. Este ramo acompanha geralmente o ramo profundo do nervo cubital.
•Ramo anastomótico palmar profundo: É um colateral frequente mas inconstante que se destaca da arcada palmar superficial, inferiormente ao hâmulo do osso hamato. Desloca-se posteriormente pela região palmar entre os músculos hipotenares que lhe são mediais e os tendões flexores que lhe são laterais, alcançando a arcada palmar profunda, anteriormente aos músculos interósseos