Abdómen e Bacia: Paredes Flashcards

1
Q

Divisão dos Músculos em Largos e Longos

A

Na dimensão que é predominante (largura ou altura).
Vamos ter três músculos largos (oblíquo externo, oblíquo interno, transverso abdominal) e dois longos (reto abdominal e piramidal) sendo que piramidal é inconstante

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2
Q

Músculos Largos

A

Dispõem-se no grupo ântero-lateral do abdómen. No plano profundo, encontra-se o transverso abdominal, no plano médio, o oblíquo interno e no plano
superficial, o oblíquo externo

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3
Q

Limites do Trígono Lombar Superior (quadriláterio de Grynfelt)

A

É limitado:
- Medialmente- massa comum dos músculos eretores da coluna
- Anteriormente (e antero-inferiormente) - margem posterior do oblíquo interno
- Póstero-superiormente- serrátil póstero-inferior
- Antero-superiormente- margem inferior 12ª costela.
É ocupado pela aponevrose posterior do transverso do abdómen (reforçado medialmente pelo quadrado lombar) em relação à fascia toracolombar e tambem e ocupado pelo aponervrose do obliquo interno

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4
Q

Limite do Trígono Lombar Inferior (Jean-Louis-Petit)

A

Este triângulo é limitado:
- Posteriormente - latíssimo do dorso
- Anteriormente - oblíquo externo
- Inferiormente - crista ilíaca
- área do triângulo → ocupada pela fáscia de revestimento do oblíquo interno e pelo transverso do abdomen
Em termos de conteúdo, neste triângulo, podemos frequentemente encontrar, superiormente à crista ilíaca, um ramo glúteo do nervo iliohipogástrico, acompanhado por um ramo da quarta artéria lombar.

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5
Q

Disposições Anatómicas que podem dar origem a um ponto fraco

A

Pela disposição dos diversos planos musculares sobrepostos entre si, pela existência de vários orifícios vásculo-nervosos que atravessam esses vários planos, ou por vezes devido a alterações congénitas, a parede abdominal apresenta diversas zonas de menor resistência que podem permitir a passagem de estruturas ou vísceras intraabdominais – tratam-se de verdadeiros “pontos fracos” da parede abdominal.
ppw teóricas
• Sobreposição imperfeita do plano músculo-aponevrórtico;
• Interseção aponevrótica
• Zonas da parede abdominal atravessadas por vísceras (região inguinal)
• Parede abdominal atravessada por elementos vásculo-nervoso (TODAS)

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6
Q

Verdadeiro Ponto Fraco da Região Inguinal

A

Buraco músculo-pectíneo:
Este orifício é limitado, segundo Couinaud: lateralmente, pelo músculo psoas ilíaco, recoberto pela fáscia ilíaca; medialmente, pelo músculo recto abdominal e sua bainha, inseridos sobre a superfície angular do púbis; inferiormente, pelo ramo horizontal do púbis; e superiormente, pelo bordo inferior do oblíquo interno desde a fáscia ilíaca até ao folheto anterior da bainha. É bissectado topograficamente pelo ligamento inguinal, sendo dividido em dois orifícios secundários: o orifício inguinal superiormente, e o orifício femoral inferiormente. Pelo orifício inguinal passa o canal inguinal, pelo orifício femoral passam os vasos femorais. Vai ser encerrado anteriormente pelo plano do músculo oblíquo externo cujo bordo inferior se vai relacionar intimamente com a fáscia iliaca e com a fascia lata. Segundo couinaud o ligamento inguinal nao constitui de todo o limite inferior do abdomen mas apenas divide o buraco musculo pectineo em duas porçoes uma porçao superior em que ha hernias inguinais e uma porçao infeiror (a femoral) em que ha hernias crurais, no entanto ambas abandonam o abdomen por uma zona comum de herniaçao o buraco musculo pectieno. O verdadeiro limite inferior do abdomen e o ligamento de cooper(que é uma dependencia do de gimbernat e que vai desde o tuberculo pubico ate a eminencia iliopubica).

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7
Q

Linha Semi-lunar de Spiegel

A

Os músculos oblíquo externo, oblíquo interno e transverso abdominal terminam a alguma distância do bordo lateral do reto abdominal por uma larga aponevrose (cruza o bordo lateral deste músculo um pouco acima do umbigo), que forma a bainha dos retos, atraves dos folhetos anteriores e posteriores de cada uma desta aponevroses.
A origem destas aponevroses não é feita ao mesmo nível para os três músculos.
De lateral para medial, a do oblíquo externo é a primeira a ser formada, anteriormente’ à espinha ilíaca ântero-superior. De seguida é a do oblíquo interno.
Por fim, a do transverso abdominal, descrevendo uma curva sinuosa, com uma concavidade medial ao nível do umbigo, e convexidades mediais superiormente e inferiormente à concavidade desenhada.
A linha semilunar de Spiegel corresponde apenas à linha de transição músculo-aponevrótica do músculo transverso do abdómen.
O termo “área semilunar” é preferível ao de “linha”, correspondendo à zona de transição entre as fibras músculo-aponevróticas do transverso, e o bordo lateral da bainha do reto lateral.
A chamada hérnia de Spiegel corresponde a uma protrusão através de um defeito congénito ou adquirido na área de Spiegel, mais frequentemente na zona de interseção desta linha com a linha arcuata de Douglas.

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8
Q

Peças Ósseas da Bacia Óssea

A

A pelve, ou bacia, define o anel esquelético formado pelos ilíacos e pelo sacro, à cavidade dentro deles e à região em que o tronco e os membros inferiores se encontram, como um todo.
Cada ilíaco tem três partes: ílio, ísquio e púbis. Estas partes ligam-se umas às outras através de cartilagem (na juventude), mas são unidas como um osso único no adulto. A união principal é no acetábulo. O ílio inclui a parte superior do acetábulo e a área que se expande acima dele; o ísquio inclui a parte inferior do acetábulo e a região óssea postero-inferior a ele; o púbis forma a parte anterior do acetábulo (separando o ílio do ísquio) e a região mediana anterior a qual os dois púbis se encontram.
A face sinfisial do púbis é alongada e oval, articulando-se com o outro ilíaco através da sínfise púbica. (ver mais em TOP GUNNER p.353)
A articulação sacroilíaca é uma artrodia e os meios de união são a cápsula articular e ligamentos (ver mais em TOP GUNNER p.355)

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9
Q

Trígonos Perineais (anal e uro-genital)

A

O períneo é delimitado por marcos osteofibrosos formando um losango, portanto anteriormente é composto pela margem inferior da sínfise púbica ântero-lateralmente é composto pelos ramos isquio-púbicos e pelas tuberosidades isquiaticas, e posteriormente pelo vértice do cóccix e ligamentos sacrotuberais. É dividido em 2 triângulos, por uma linha que atravessa as duas tuberosidades isquiáticas, formando os (Rouvière):
• trígono uro-genital (metade anterior do períneo):
músculo transverso superficial do períneo, ísquio cavernoso, bulbo-esponjoso e constritor da vulva (no caso do sexo feminino)
• trígono anal: grupo posterior do plano superficial do períneo- músculo esfíncter externo do ânus

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10
Q

Músculos do Trígono Anal do Períneo

A

Todos os músculos do plano profundo (levantador do ânus e ísquio-coccígeo) + o
esfíncter externo do ânus

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11
Q

Bainha dos Músculos Retos Abdominais

A

Reveste o músculo reto do abdómen e a sua constituição é diferente superior e inferiormente, resulta do entrelaçamento das aponevroses dos músculos largos da parede ântero-lateral do abdómen.
A saber que a porçao posterior da bainha dos retos é totalmente posterior nos ⅔ superiores do reto e desaparece no ⅓ inferior. Esta transiçao pode ocorrer de forma gradual ou de forma abrupta, marcada por uma linha horizontal de concavidade inferior denomindada arcada de douglas
Nos ⅔ mais superiores está dividida em dois folhetos:
· Folheto anterior: É formado pela aponevrose do obliquo externo e pela folha anterior da aponevrose do obliquo interno. Este folheto está reforçado na sua parte mais superior por fibras tendinosas do músculo peitoral maior.
· Folheto posterior: É formado pela aponevrose do transverso do abdómen e pela folha posterior da aponevrose do obliquo interno.
No seu ⅓ mais inferior, o folheto posterior da bainha dos retos deixa de ser constituído pela aponevrose dos músculos oblíquo interno e transverso do abdómen, sendo que as aponevroses convergem todas anteriormente. Assim, posteriormente ao músculo reto do abdómen encontra-se a fáscia transversalis e o peritoneu, sendo os únicos constituintes do folheto posterior da bainha dos retos nesta zona.

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12
Q

Inserções e Ações do Oblíquo Externo

A

Inserções:
Superior ou costal : Digitações musculares e tendinosas nas 7 ou 8 últimas costelas; linha alba, vai ter interdigitações superiormente com o serrátil anterior superior e inferiormente com o latíssimo do dorso, vai se inserir também na crista ilíaca, onde vai formar o limite anterior do triângulo de jean louis petit vai se inserir ainda na espinha ilíaca antero superior e no tubérculo púbico através do seu bordo inferior que constitui é espesso e que vai formar o ligamento inguinal
Inferior ou púbica:
Pilar Lateral - tubérculo púbico (normalmente)
Pilar Medial - face anterior da pubis e por vezes no tuberculo pubico oposto
Pilar posterior - é o ligamento reflexo ou de colles que constitui uma reflexao para medial da extremidade medial do ligamento inguinal e que passa posteriormente a aponevrose do obliquo extrerno e ao anel inguinal superficial para se ir inserir no tuberculo pubico oposto.
O anel inguinal superficial e formado infero medialmente pelo pilar posterior, lateralmente pelo pilar lateral, medialmente pelo pilar medial e superiormente pelas firas arciformes de gillis ou fibras intercrurais que ligam os pilares medial e lateral.

Ação: Contribui para a manutenção do tónus muscular; flete o tórax e comprime os órgãos abdominais; flexão lateral contra a resistência e baixa as costelas
NOTA (Rouvi): O anel inguinal superficial corresponde a um intervalo triangular, limitado pelos pilares de inserção inferior, que se transforma num orifício quase circular através do ligamento reflexo//lig. de Colles. Estas açõe são possibilitadas pela direção antero inferior das fibras do músculo.

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13
Q

Defesas Posteriores do Buraco Músculo-Pectíneo

A

As defesas posteriores, correspondem, de anterior para posterior:
• Plano musculo aponevrotico profundo que segundo couinaud e espessado pela aponervrose do transverso pela fita iliopubica de thompspn que reforça o bordo posterior do ligamento inguinal e pelo ligamento de henle que e uma expansao lateral do tendao lateral do reto abdominal que se vai inserir na critsa pubica e que vai reforçar a fascia transversalis.
• Lamina celulo vascular profunda que e constituida pelo pediculo epigastrico e pelo iliaco circunflexo profundo.
• Fascia umbilico pre vesical que sao tres cordoes que ascendem a partir da pelvis ate ao umbico pela face posterior da parede abdomnial
• peritoneu, que e um membrana serosa que recobre as visceras abdominais

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14
Q

Limites e Conteúdo do Anel Femoral (onde ocorrem as hérnias femorais?)

A

O anel femoral tem uma orientação anterior e inferior e vai ser formado por 4 paredes:
-uma parede superior formada principalmente pelo ligamento inguinal;
-uma parede póstero-inferior formada pelo músculo pectíneo e ligamento pectíneo (de Cooper);
-uma parede lateral formada pela fita ilío-pectínea (espessamento da fascia iliaca/ilipsoas)
-uma parede medial formada pelo ligamento lacunar de Gimbernat. O ligamento lacunar consiste num conjunto de fibras provenientes da aponevrose de inserção do músculo oblíquo externo que se refletem para se inserir na crista pectínea e na linha pectinea e vão formar este ligamento triangular, cujo bordo lateral é livre e que vai encerrar medialmente o anel femoral.
O anel femoral pode dividir-se em dois compartimentos:
O compartimento vascular que dá passagem à artéria e veia femoral;
O compartimento linfático onde encontramos, na maioria das vezes, um gânglio muito importante: o gânglio de Cloquet que recebe a totalidade da linfa proveniente do membro inferior. O compartimento linfático é aquele que está menos reforçado. Como tal, é o compartimento mais suscetível a dar passagem a hérnias.
As hérnias que passam no anel femoral designam-se de hérnias femorais e são mais frequentes no sexo feminino, principalmente nas grávidas.
ATENÇÃO: O nervo femoral não passa no anel femoral. Como já vimos, o limite lateral do anel femoral é a fita ilío-pectínea e o nervo encontra-se lateralmente à fita ilio-pectínea! Portanto, ele passa inferiormente ao ligamento inguinal mas por fora do anel femoral. Não esquecer isto. Passa juntamente com as fibras musculares do músculo iliopsoas.

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15
Q

Elementos que atravessam o anel umbilical no desenvolvimento embrionário

A

As duas artérias e a veia umbilical, o canal vitelino, alantóide.

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16
Q

Fáscia Umbilico-Pré-Vesical

A

Vamos ter três cordões a ascender desde a pelve até ao umbigo, posteriormente à fáscia tranversalis que vão ser na linha média, o úraco, e de cada um dos lados, os cordões das artérias umbilicais obliteradas. Estes três cordões vão levar consigo uma lâmina aponevrótica que se estende, desta forma, desde a face anterior da bexiga até ao umbigo: a fáscia umbilico pré-vesical

17
Q

Inserção dos Elementos Fibrosos do Anel Umbilical

A

4 Cordões fixam-se no rebordo do anel umbilical, na face profunda:
- Em cima, o ligamento redondo do fígado que se dirige para trás até ao bordo anterior do fígado, constituindo o bordo posterior do ligamento falciforme do fígado;
- Em baixo e na linha média, o úraco(5), que se dirige à bexiga; (ou ligamento umbilical mediano)
- Em baixo e lateralmente, os cordões das artérias umbilicais(4) obliteradas, até às faces laterais da bexiga.
A ligação dos 4 cordões ao anel, provocando a sua retração, faz-se por um ligamento comum, que se insere no seu bordo inferior. Na porção superior do anel, o ligamento redondo do fígado(1) bifurca-se em dois cordões que irão passar pelos bordos laterais do anel(2), indo-se fundir nas suas inserções inferiores. O espaço delimitado pelos dois cordões de bifurcação deste ligamento designa-se fosseta intervascular(3)

18
Q

Limites do Foramen Isquiático Maior e Conteúdo

A

Limite súpero-lateral: incisura isquiática maior;
Limite medial: ligamento sacro-tuberal;
Limite inferior: ligamento sacro-espinhal;
Conteúdo: músculo piriforme; vasos e nervos glúteos superiores e inferiores, artéria e veia pudenda interna; vasos isquiáticos; grande e pequeno nervos ciáticos e colaterais do plexo sagrado

19
Q

Diferenças entre o Períneo Masculino e Feminino

A

O períneo é atravessado no homem apenas pela uretra e canal anal, enquanto na mulher também é atravessado pela vagina; e a mulher apresenta um músculo adicional no plano muscular superficial o músculo constritor da vulva.

(Esta parte adicional vem da top gunner e da 9 muscles, acho que pode ajudar a completar o que está em cima)
O períneo é dividido, pela linha bi-isquiática, em períneo uro-genital (ou anterior) e períneo anal (ou posterior)
Continua-se anteriormente com o escroto (homem) ou lábios maiores e menores da vulva (mulher); continua-se posteriormente com a região glútea e lateralmente com as faces mediais das coxas.
O períneo uro-genital está situado anteriormente à linha bi-isquiática, dando passagem à uretra. Na mulher, contém a vulva e o óstio da vagina. No homem contém as formações eréteis do pénis.
No homem e na mulher o períneo anal tem uma constituição semelhante.
Em acréscimo, ao nível da miologia do trígono uro-genital, destaca-se o seguinte:
-Em ambos os sexos, existem os músculos ísquio-cavernoso e transverso superficial estão presentes, todavia, existem divergências ao nível do músculo bulbo-esponjoso: em ambos os casos se insere no centro tendinoso do períneo, mas no homem encontra-se na rafe mediana e no bulbo do pénis; o músculo dirige-se depois anteriormente, sendo que na mulher cobre o bulbo do vestíbulo, enquanto que no homem o corpo esponjoso, termina inserindo-se distalmente ao nível da túnica albugínea do corpo esponjoso no caso do homem e no arco púbico e dorso do clitóris na mulher (No homem, encontramos ainda o músculo compressor do bulbo); na mulher existe ainda o constritor da vulva

20
Q

Diafragma Uro-Genital

A

Constituído pelos músculos do plano médio do períneo, a saber: Transverso Profundo e Esfíncter externo da uretra.
(NETTER-PLATE 365. Há uma nota na Plate 343 a remeter para esta página, identificando-a como ilustradora deste “diafragma urogenital”)

21
Q

Fáscia Umbilical e Predisposição para a Ocorrência de Hérnias Umbilicais

A

A fáscia umbilical de Richet surge como um espessamento da fáscia transversalis (fáscia parietalis da parede abdominal anterior que cobre a face posterior do músculo transverso do abdómen). Esta fáscia é uma lâmina quadrilátera que poderá não cobrir totalmente o anel umbilical, havendo uma predisposição para a formação de hérnias umbilicais

22
Q

Onde se dão Hérnias Inguinais Diretas e quais os Planos na Parede Posterior do Canal dessa região?

A

As hérnias inguinais são por cima do ligamento inguinal. As inguinais podem ser indiretas (lateral às epigástricas inferiores, pelo orifício inguinal profundo, na fosseta inguinal lateral) e diretas (medial às epigástricas inferiores) pelo triângulo Inguinal, na fosseta inguinal medial.

Pina: As hérnias inguinais são o tipo mais comum de hérnias, sendo que as hérnias inguinais mais comuns são as indiretas (trajeto oblíquo através do canal inguinal). As hérnias inguinais diretas têm um trajeto direto através da fossa inguinal média (entre a prega umbilical medial aka cobrem as artérias obturadas e a prega umbilical lateral aka cobre a artéria epigástrica). OU SEJA, nas hérnias inguinais diretas, o saco herniário não atravessa o anel inguinal profundo – passa diretamente para o anel inguinal superficial. É resultado de um debilidade da fossa inguinal média ou tendão conjunto.

23
Q

Segmento medial/interno da parede posterior do canal Inguinal

A

O canal inguinal corresponde a um espaço que atravessa diversas camadas da parede abdominal anterior, sendo então formado pelas diversas formações músculo-aponevróticas da região ínguino-abdominal. As dimensões do canal são variáveis conforme a idade, sexo, entre outros, todavia existem em ambos os sexos e partilham dos seguintes limites: uma direção oblíqua, quatro paredes e dois orifícios
A parede posterior do canal inguinal é constituída por 4 elementos, sendo eles de medial para lateral: o pilar posterior do músculo oblíquo externo, o tendão conjunto ou foice inguinal, o ligamento de Henlé e a fáscia tranversalis. Eles vão estar sobrepostos, sendo que o pilar posterior do músculo reto do abdómen vai ser o elemento mais anterior e medial e a fáscia transversalis vai ser o elemento mais posterior e lateral. Estes planos não apresentam a mesma extensão + desaparecem um atrás do outro-> pelo que, no final, somente a FÁSCIA TRANSVERSALIS foram por si só a porção lateral da parede posterior do canal inguinal

Ligamento Inguinal Refletido de Colles:

  • Pilar posterior da inserção aponevrótica do oblíquo externo, segundo anatomistas franceses, como Rouvière
  • Ligamento refletido de colles, segundo a TA
  • Provém do músculo oblíquo externo do lado oposto-> passa posteriormente à crus medial do lado oposto e termina no tubérculo púbico e crista pectínea

Foice Inguinal:

  • Tendão conjunto para TA
  • Proveniente da reunião das fibras do músculo oblíquo interno e do músculo transverso do abdómen que envolvem ligamento redondo/cordão espermático
  • Lâmina tendinosa, oblíqua para baixo e para dentro-> termina anteriormente ao reto abdominal e posteriormente às fibras do oblíquo externo
  • Prolonga-se mais lateralmente do que o ligamento de Colles

Ligamento de Henle:

  • No mesmo plano que o tendão do reto abdominal, do qual constitui uma expansão lateral
  • Desce para fora do tendão do reto abdominal e termina na espinha do púbis e crista pectínea

Fáscia Transversalis:
-Reveste a face profunda da camada músculo-tendinosa da parede ântero-lateral do abdómen

24
Q

Feixes do Músculo Levantador do Ânus e Ações

A
  • Porção Ílio-coccígea, Lateral ou Esfincteriana- compressão do reto
  • Porção Pubo-coccígea, Medial ou Elevadora- elevação e dilatação do reto
  • Porção Pubo-retal- controlo da continência fecal
25
Q

Músculos do Controlo da Micção

A

Músculo esfíncter externo da uretra

Músculo liso detrusor da bexiga, esfincter interno da uretra + esfíncter externo