Vascularização do Membro Inferior Flashcards

1
Q

Vascularização Arterial Geral do MI

A

As principais artérias do membro inferior são a artéria femoral (continua distalmente a artéria ilíaca externa ao passar pelo espaço retro-inguinal vascular da bacia para a parte ântero-superior da coxa), a artéria poplítea (continua distalmente a artéria femoral, passando a chamar-se assim quando passa o hiato adutor antes de entrar na fossa poplítea), a artéria tibial anterior e o tronco tíbio-peroneal (ramos terminais da artéria poplítea, originam-se ao nível da arcada tendinosa do solhar) e, por fim, a artéria pediosa (origina-se ao nível do retináculo dos extensores inferior, é o ramo terminal da tibial anterior) e as artérias peroneal e tibial posterior (ramos terminais do tronco tíbio-peroneal, bifurcação que ocorre entre os músculos superficiais e profundos da região posterior da perna; a artéria tibial fdá origem às artérias plantares ao nível do sulco calcâneo, onde termina).

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2
Q

TRajetos das Veias Safenas Magna e Parva

A

Grande safena: corresponde à continuação das veias marginais mediais do pé, ascendendo anteriormente ao maléolo medial. Cruza o terço distal da superfície medial da tíbia obliquamente numa direção póstero-medial para alcançar a sua margem medial, ascendendo posteriormente a esta margem até ao joelho, onde passa póstero-medialmente aos côndilos (mediais) da tíbia e do fémur. Continua a ascender pela porção medial da coxa e termina perfurando o hiato safeno (pela fáscia cribiformis) para drenar para a veia femoral. O número de válvulas num adulto é variável, podendo ir das 4 às 20, e tendendo a diminuir com a idade.
Pequena safena: corresponde à continuação da veias marginais laterais, passando posteriormente ao maléolo lateral para começar o seu percurso ascendente. No terço distal, encontra-se no compartimento safeno/profundo e ascende lateralmente ao tendão de Aquiles. Inclina-se medialmente para alcançar a linha média da face posterior da perna, perfura a fáscia profunda (crural) e ascende pelo músculo gastrocnémio num desdobramento da fáscia, sendo a este nível acompanhada pelo nervo cutâneo sural medial. Entra na fossa poplítea e drena para a veia poplítea, uns centímetros superiormente à articulação do joelho. Apresenta 10 a 12 válvulas, entre as quais se distingue sempre uma válvula ostial.

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3
Q

Trajeto Artéria Femoral e Relação com a Veia Homónima

A

A artéria femoral continua a artéria ilíaca externa. Situa-se na parte ântero-medial da coxa e estende-se desde o ligamento inguinal até ao hiato adutor, sendo a sua direção representada por uma linha traçada desde o centro do ligamento inguinal à margem posterior do côndilo medial do fémur. Na sua porção mais superior, encontra-se na região do triângulo de Scarpa, sendo nesta zona lateral à veia femoral e medial ao nervo femoral. Desde que saem do espaço vascular, a veia femoral é medial à artéria femoral durante o seu trajeto descendente, mas, ao passarem pelo hiato adutor, a veia cruza a face posterior da artéria, passando a ser lateral a esta. Inferiormente ao hiato adutor, a artéria femoral passa a designar-se por artéria popliteia, assim como a veia femoral se passa a chamar veia popliteia.

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4
Q

Território da Drenagem Venosa das Veias Safenas

A

a veia grande safena anastomosa no pé com as veias dorsais do pé e plantares mediais; no tornozelo com as veias tibiais anteriores; na perna com as veias tibiais anteriores e posteriores; no joelho com as veias ínfero-mediais do joelho e na coxa com a veia femoral.
A veia pequena safena anastomosa no pé com as veias plantares laterais; no tornozelo com as veias fibulares anteriores e posteriores e na fossa popliteia desemboca na face posterior da veia popliteia. Quase sempre existe um ramo anastomótico que comunica as 2 veias safenas, que nasce na veia pequena safena na fossa popliteia.

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5
Q

Principais Grupos Ganglionares de Drenagem Linfática do Membro Inferior

A

Vão existir 2 planos a nível da drenagem linfática no MI: superficial e profundo (o superficial drena no profundo)
Superficiais: inguinais superficiais que se vão estar localizados a nível do triângulo de Scarpa e vão dividir-se em 4 quadrantes de acordo com a interseção entre a veia e artéria femoral:
• Supra - laterais - vão ser os mais volumosos e vão estar dispostos paralelamente ao ligamento inguinal
• Supra - mediais - são menos volumosos e numerosos
• Infra - mediais e infra - laterais - vão enviar a linfa da zona mais superficial para a mais profunda
Profundos:Vamos apresentar 3 grupos:
• Tibiais posteriores - vão fazer a drenagem da linfa na porção posterior e inferior da perna
• Poplíteos - fazem a drenagem da porção superior da perna
• Inguinais profundos - dos quais podemos destacar o de Cloquet que vai estar localizado a nível do anel femoral sendo a sua região uma zona propícia à formação de hérnias femorais (mais comuns em mulheres grávidas) e os restantes nódulos linfáticos inguinais profundos. Este grupo vai encarregar -se de recolher a linfa de todos os outros grupos nodais

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6
Q

Triângulo Femoral de Scarpa

A

O triângulo femoral (triângulo de Scarpa) corresponde ao espaço intermuscular, deprimido, da porção ântero-medial da coxa proximal, sendo imediatamente distal ao ligamento inguinal. Aliás, este último constitui a base (bordo superior) do triângulo femoral. O seu bordo lateral corresponde ao bordo medial do músculo sartório. O seu bordo medial corresponde ao músculo adutor longo. O seu vértice corresponde ao ponto onde o sartório alcança o adutor longo. O seu pavimento é formado lateralmente pelo íliopsoas, e medialmente pelo pectíneo e adutor longo. A sua parede anterior/teto é constituída pela fáscia lata. Os vasos femorais, encontram-se na porção mais profunda do triângulo. Lateralmente à artéria, fora da bainha femoral, encontramos o nervo femoral, que se divide em vários ramos quando penetra na região, sendo que o nervo safeno, o ramo terminal mais medial, vai acompanhar a artéria e veia femorais no seu trajeto descendente.

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7
Q

Relação Artéria/Veia/Nervo na região Superior da Coxa

A

Na região superior da coxa, de lateral para medial, tem-se nervo, artéria e veia femorais (a artéria está no meio por uma razão de proteção contra possíveis lesões), sendo que a artéria e veia estão envolvidas pela bainha femoral e o nervo não, pois entra na coxa do espaço retro-inguinal músculo-nervoso e não do espaço vascular. Ao nível do triângulo de Scarpa, na região superior da coxa, o nervo femoral vai dividir-se nos seus diversos ramos

No interior da bainha femoral, a artéria é acompanhada pela veia femoral que é lateral à artéria em baixo, mas no seu trajeto venoso ascendente, passa a ser posterior, e depois medial a ela. Tem também relações com o ramo femoral do nervo genitofemoral, assim como com o nervo femoral e seus ramos.

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8
Q

Trajeto da Artéria Tibial Posterior e Terminais

A

A artéria tibial posterior, ramo de bifurcação medial do tronco tíbio-peroneal; encontra-se entre o plano profundo e o superficial dos músculos da face posterior da perna e termina no sulco calcâneo; descende pelo compartimento flexor da perna, passa profundamente ao retináculo dos flexores e, ao nível do maléolo medial, ao passar pelo canal társico, divide-se nos seus dois ramos terminais, as artérias plantar medial e plantar lateral (a lateral geralmente de maior calibre do que a medial). Ao longo do seu trajeto, a artéria tibial posterior origina ramos colaterais que vão vascularizar a articulação do joelho, os compartimentos posterior e lateral da perna e a região plantar do pé; é acompanhada pelas suas veias satélite (uma de cada lado) e pelo nervo tibial (lateral ao vasos), que se bifurca ao mesmo nível da bifurcação terminal da artéria tibial posterior em dois nervos com o nome de plantar medial e plantar lateral.
A artéria plantar lateral tem um primeiro segmento oblíquo, no qual se desloca distalmente e lateralmente até à 5ª base metatársica, acompanhada pelo nervo plantar lateral, que lhe é medial. O seu segundo segmento é transverso, e a artéria curva-se medialmente, juntamente com o ramo profundo do nervo plantar lateral, para alcançar o intervalo entre as 1ª e 2ª bases metatársicas, onde se anastomosa com a artéria plantar profunda (porção terminal da artéria pediosa), formando a arcada plantar profunda. Deste ponto forma-se também a arcada plantar superficial, pela anastomose com o ramo superficial da artéria plantar medial. Esta artéria irriga a musculatura e os tegumentos do lado lateral da planta do pé e dos dedos.
A artéria plantar medial desloca-se diretamente para a frente, em direção ao 1º dedo, acompanhada pelo nervo plantar medial, geralmente lateral à artéria. É primeiro profunda ao músculo abdutor do hálux e, de seguida, encontra-se entre este e o flexor curto dos dedos, irrigando ambos. Possui ramos profundos (para a musculatura do hálux) e superficiais (tegumentos da região medial da planta do pé e dos dedos).

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9
Q

Divisão por Quadrantes da Drenagem Linfática Inguinal Superficial

A

Os gânglios linfáticos superficiais do membro inferior localizam-se na região inguinal, constituindo o grupo nodal inguinal superficial. São 8 a 12 gânglios situados no triângulo de Scarpa sobre a fáscia cribriforme, e sistematizados por Rouvière em 4 quadrantes. Ao desenharmos duas linhas perpendiculares entre si, uma vertical e outra horizontal, com interseção ao nível da junção safeno-femoral (ponto de drenagem da veia grande safena na veia femoral), podemos descrever estes 4 quadrantes: súpero-medial e súpero-lateral, correspondentes aos gânglios linfáticos do grupo

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10
Q

Relações Vasculares do Escavado Popliteu

A

Atravessado de lateral para medial: nervo tibial e veia e artéria poplíteas (na fossa poplítea, saímos para o exterior (externo=lateral, logo de lateral para medial), NeVA)

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11
Q

Territórios de Drenagem Linfática dos Gânglios Inguinais Superficiais

A

Quadrantes inferiores: drenam o membro inferior na sua generalidade
Quadrante súpero-medial: drena os órgãos genitais externos, períneo e ânus, parte medial da região glútea e da parede abdominal inferior
Quadrante súpero-lateral: drena a porção lateral da região glútea e da parede abdominal inferior.
Os 8 a 12 gânglios linfáticos superficiais do membro inferior localizam-se na região inguinal constituindo o grupo ganglionar inguinal superficial. Situam-se no triângulo de Scarpa sobre a fáscia cribiformis e são sistematizados classicamente por uma linha vertical e outra horizontal que se cruzam ao nível da crossa da veia safena interna, sendo divididos em 4 quadrantes.
Os quadrantes inferiores recebem a linfa superficial do membro inferior;
O quadrante súpero-interno recebe os linfáticos superficiais dos órgãos genitais externos, períneo e ânus, da parte interna da região glútea e da porção interna da parede abdominal inferior;
Para o quadrante súpero-externo drena a linfa da porção externa da região glútea e da parte externa da parede abdominal inferior.
Os vasos eferentes dos gânglios inguinais superficiais dirigem-se, atravessando a fáscia cribiformis, para os gânglios inguinais profundos e para os gânglios ilíacos externos.

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12
Q

Territórios de Drenagem Linfática dos Gânglios Popliteus

A

Os vasos linfáticos profundos do membro inferior são satélites dos vasos sanguíneos, tomando o seu nome. A via principal é constituída por nodos linfáticos tibiais anteriores, popliteus e inguinais profundos. Os gânglios linfáticos popliteus (4-6 gânglios) situam-se na fossa popliteia, distribuindo-se em três planos, um posterior, um intermédio e um anterior. Os vasos aferentes recebem os linfáticos da perna e do pé, que são satélites dos vasos profundos da perna e do pé. Depois de receberem a linfa do seu território de drenagem, os vasos eferentes dirigem-se para os gânglios linfáticos inguinais profundos.

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13
Q

Drenagem Venosa do MI (profunda e superficial)

A

À semelhança do que acontece no membro superior, a drenagem venosa é feita no sentido distal-proximal e em sistemas superficial e profundo, estando estes separados pela fáscia profunda do membro; o sistema venoso superficial drena para o sistema venoso profundo.
A drenagem superficial começa ao nível das veias do pé, na rede dorsal e na rede plantar. Ambas estas redes são compostas por arcadas venosas de convexidade anterior que recebem as artérias metatársicas dorsais ou plantares, respetivamente, que, por sua vez, continuam as artérias digitais dorsais ou plantares. As arcadas venosas dorsal e plantar dão origem às veias marginais mediais e laterais. As veias marginais laterais vão continuar-se na veia pequena safena, que drena para a veia poplítea, enquanto as veias marginais mediais se continuam na veia grande safena, que drena para a veia femoral. O território drenado pela veia pequena safena corresponde à porção lateral do pé e à face posterior da perna e o território drenado pela grande safena corresponde à face medial da perna, coxa, virilha, genitália externa de ambos os sexos e parede abdominal.

As veias profundas do membro inferior seguem o trajeto das artérias, sendo duas por cada artéria, à exceção do tronco tíbio-peroneal, artéria poplítea e artéria femoral, que são acompanhados apenas por uma veia. Ao nível do pé, a drenagem venosa profunda está dividida em arcada dorsal (veias que acompanham a artéria pediosa e os seus ramos colaterais, continuando-se proximalmente como veias tibiais anteriores) e arcada plantar (constituídas por veias digitais e metatársicas profundas plantares que comunicam com as homólogas dorsais, que drenam para a arcada venosa plantar propriamente dita, que se continua na veia plantar lateral e na veia plantar medial, que se continuam como veias tibiais posteriores). O sistema venoso do pé tem ramos que comunicam com as veias safenas.
Na perna, vamos ter duas veias tibiais posteriores a acompanhar a artéria tibial posterior, duas veias fibulares a acompanharem a artéria fibular, duas veias tibiais anteriores a acompanharem a artéria tibial anterior e um tronco venoso tíbio-peroneal a acompanhar o tronco arterial tíbio-fibular. As veias fibulares e tibiais posteriores vão drenar no tronco venoso tíbio-fibular que, por sua vez, vai drenar na veia poplítea, assim como as veias tibiais anteriores. Na zona da perna é feita a drenagem do pé, tornozelo, joelho, músculos do compartimento posterior da perna e região anterior da perna.
No joelho, a veia poplítea ascende até ao hiato adutor, continuando-se como veia femoral a este nível. A veia poplítea recebe vários ramos tributários, entre os quais a veia pequena safena, que fazem a drenagem venosa do joelho e dos músculos e ossos da perna e da coxa. É importante referir que, na região poplítea, a rede venosa não é apenas constituída por veias satélite, sendo mais complexa. Na região da coxa, a veia femoral acompanha a artéria femoral até a um ponto posterior ao ligamento inguinal, continuando-se no espaço retro-inguinal como artéria ilíaca externa. Antes de passar pelo espaço retro-inguinal, é chamada de veia femoral comum, a partir do ponto de junção da veia femoral profunda, seguida pela junção da veia grande safena. A veia femoral recebe inúmeros ramos tributários, entre eles, para além dos referidos anteriormente, as veias epigástrica superficial, ilíaca circunflexa superficial, pudendas internas e femorais circunflexas medial e lateral. Estas veias fazem a drenagem venosa dos músculos da coxa, fémur, genitália externa, membro inferior no geral e parede abdominal

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14
Q

Colaterais da Artéria Femoral Profunda

A

Artéria circunflexa femoral lateral
Artéria circunflexa femoral medial
Artéria do quadríceps femoral
Artérias perfurantes

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15
Q

Colaterais da Artéria Popliteia

A
Artéria superior lateral do joelho
Artéria superior medial do joelho
Artéria média do joelho
Artéria inferior lateral do joelho
Artéria inferior medial do joelho
Artérias surais (x2)
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16
Q

Colaterais da Artéria Tibial Anterior

A
Artéria recorrente tibial posterior
Artéria recorrente tibial anterior
Artéria recorrente fibular anterior
Artéria recorrente fibular posterior
Artérias musculares
Artéria maleolar anterior medial
Artéria maleolar anterior lateral
17
Q

Canal de Hunter e Canal Femoral

A

Canal de hunter - Segmento inferior da bainha femoral. Limitado ântero-lateralmente pelo septo intermuscular medial e vasto medial; posteriormente (póstero medialmente) pela fáscia do adutor magno e pelo adutor longo; medialmente (ântero-medialmente) pelo sartório. Parede medial reforçada por fáscia subsartorial ou vasto-adutora de Hunter. Termina no hiato adutor.
Canal femoral - Compartimento medial da bainha femoral. Contém o gânglio linfático inguinal profundo superior de Cloquet, onde frequentemente ocorrem hérnias femorais. - Sebenta dos pormenores

18
Q

Vascularização da Cabeça Femoral

A

A cabeça do fémur é irrigada por:
- Ramo acetabular do ramo posterior da artéria obturadora que penetra na articulação coxofemoral sob o ligamento acetabular transverso. Alcança a cabeça femoral, seguindo o ligamento da cabeça femoral.
- Anastomose trocantérica. Esta encontra-se na proximidade da fossa trocantérica do fémur, consistindo na anastomose entre o ramo ascendente da artéria femoral circunflexa medial e os ramos descendentes das artérias glúteas superior e inferior. A artéria femoral circunflexa lateral e a primeira artéria perfurante da artéria femoral profunda podem contribuir, formando um anel arterial extracapsular do colo femoral. Este anel origina as artérias retinaculares que perfuram a cápsula da articulação coxofemoral e ascendem ao longo do colo femoral, constituindo assim a principal fonte de irrigação da cabeça do fémur. Estas artérias retinaculares são intracapsulares, são mais numerosas na porção posterior do anel, uma vez que a cápsula da articulação é mais laxa póstero-inferiormente, apresentando por vezes uma inserção incompleta. Assim, a artéria femoral circunflexa medial é a principal fonte de irrigação da cabeça do fémur.
Trata-se da anastomose entre as artérias: súpero-medial e supero-lateral ( ramos colaterais da artéria poplítea ) + descendente do joelho ( ramo da artéria femoral ) + recorrente tibial anterior ( ramo colateral da artéria tibial anterior

19
Q

Círculo Arterial do Joelho

A

Existe uma complexa rede anastomótica perirotuliana, à semelhança daquelas presentes na região coxofemoral, periescapular e no cotovelo. São vários os vasos envolvidos, a saber: artérias geniculares superiores, média e inferiores, ramos da artéria popliteia; artéria genicular descendente da artéria femoral; ramo descendente da artéria femoral circunflexa lateral, ramo da artéria femoral profunda; artérias recorrentes tibiais anterior e posterior, ambas ramos da artéria tibial anterior; artéria fibular circunflexa, ramo da artéria tibial posterior. A artéria recorrente tibial medial, ramo do tronco tibioperoneal, também participa na constituição desta rede perirotuliana, anastomosando-se com ramos arteriais da face medial do côndilo medial da tíbia

20
Q

Palpação de Pulsos Arteriais no Membro Inferior (Femoral, Popliteu, TIbial, Pedioso)

A

Pulso femoral → palpação da artéria femoral no triângulo de Scarpa, no ponto médio entre a sínfise púbica e a espinha ilíaca ântero-superior. (megastroke- sebenta de fisiologia de 2º semestre)
Pulso popliteu → palpação da artéria poplítea o nível da fossa poplítea; o pulso é geralmente de difícil palpação, uma vez que não é superficial, existindo dois métodos de palpação:
• flexão do joelho a aproximadamente 90º - o examinador coloca os dois polegares na tuberosidade tibial e os restantes dedos em gancho na fossa poplítea, procurando o feixe vásculo-nervoso e pressionando-o contra a superfície posterior da tíbia
• decúbito dorsal e flexão do joelho em 90º - procurar o pulso na fossa poplítea com as polpas digitais
Pulso tibial → o pulso tibial posterior (art. tibial posterior) palpa-se posteriormente ao maléolo medial. (megastroke- sebenta de fisiologia de 2º semestre)
Pulso pedioso → palpação da artéria pediosa (artéria dorsal do pé) na face dorsal do pé, na continuidade do 1º espaço interósseo, lateralmente ao tendão do músculo extensor do 1º dedo. Na prática clínica, os pulsos pediosos são habitualmente usados para investigar a presença de doença vascular periférica dos membros inferiores.

21
Q

Trajecto de artéria tibial anterior e relações com músculos e nervos

A

A artéria tibial anterior origina-se do ramo de bifurcação da artéria popliteia. Superiormente esta encontra-se no compartimento dos músculos flexores da perna mas depois penetra o músculo tibial posterior e passa pelo orifício superior da membrana interóssea de forma a alcançar o compartimento dos extensores da perna. Proximalmente encontra-se entre o músculo tibial anterior e o extensor longo dos dedos e mais inferiormente encontra-se entre o tibial anterior e o extensor longo do 1º dedo. Na região talocrural esta entre o tendão do extensor longo do 1º dedo e o tendão do extensor longo dos dedos. O nervo tibial profundo é anterior à artéria no terço medio da perna e nos restantes é lateral.

22
Q

Trajecto e relações musculares da artéria femoral profunda

A

ROUVI A artéria femoral profunda é o ramo da artéria femoral mais volumoso que vasculariza quase na totalidade os músculos da coxa, tem origem no flanco posterior da artéria femoral, inferiormente ao ligamento inguinal. Desce posteriormente à artéria femoral e anteriormente ao músculo iliopsoas (superiormente) e ao músculo vasto medial (inferiormente). Caminha posteriormente à artéria femoral, no entanto desvia-se do seu trajeto, seguindo mais lateralmente, passando a ser póstero-lateral à artéria femoral. Ao atingir o bordo superior do músculo adutor magno continua posteriormente ao mesmo, descendo verticalmente entre este e o adutor curto e adutor longo (que lhe são posteriores). Superiormente ao hiato adutor, a artéria atravessa o adutor magno, constituindo a artéria perfurante terceira.

23
Q

Relações da artéria tibial na goteira calcaneana medial com tendões e nervos

A

Na porção superior do canal társico, os tendões e suas bainhas estão dispostos pela seguinte ordem, de anterior para posterior e de medial para lateral: tendão do tibial posterior; tendão do flexor longo dos dedos; tendão do flexor longo do 1º dedo. O feixe vasculonervoso tibial posterior situa-se entre os tendões dos músculos flexores. Dentro do feixe, o nervo situa-se póstero-lateralmente aos vasos. É ao nível da goteira calcaneana medial que ambos o nervo tibial e artéria tibial posterior se bifurcam nos seus ramos terminais, sendo eles os nervos e artérias plantares mediais e laterais. Os nervos vão seguir no meio dos limites definidos pelas artérias plantares medial e lateral, seguindo juntamente a eles ao longo da planta do pé.

24
Q

Ramos Tributários da Veia Safena Magna

A

A veia safena magna recebe:
•Algumas veias posteriores da rede dorsal do pé.
•Veias superficiais da parte ântero-medial da perna.
•A totalidade das veias subcutâneas da coxa, assim como as veias pudendas externas, epigástrica superficial, circunflexa ilíaca superficial e dorsais superficiais do pénis e do clítoris.

25
Q

Gânglios linfáticos do membro inferior e vias de drenagem linfática superficial e
profunda

A

A drenagem linfática do membro inferior envolve 2 sistemas, o profundo e o superficial, separados pela fáscia profunda do membro. A drenagem linfática faz-se no sentido distal-proximal, e o sistema superficial vai drenar para o profundo que, por sua vez, drena para o sistema venoso. A maioria dos gânglios linfáticos são profundos, e os gânglios periféricos encontram-se quase todos na fossa popliteia. Então, de um modo geral, a linfa do membro inferior chega: até aos gânglios inguinais, primeiro superficiais e depois profundos, que drenam para os gânglios ilíacos externos/internos (localizam-se na região pélvica, na proximidade dos vasos ilíacos externos e internos). Os vasos eferentes destes gânglios drenam para gânglios ilíacos comuns (acompanham a artéria ilíaca comum, que drenam os gânglios do abdómen, genitais, vísceras da pélvis, coxa e região glútea), que levam a linfa até aos gânglios aórticos laterais.
DRENAGEM LINFÁTICA SUPERFICIAL:
A drenagem linfática superficial tem início nos plexos cutâneos e inclui 3 troncos coletores (resultam da confluência dos capilares linfáticos):
-Mediais: com maior calibre e mais numerosos, acompanham a veia grande safena desde a margem medial do dorso do pé, drenando para os gânglios inguinais superficiais distais.
-Laterais: têm início na margem lateral do dorso do pé e ascendem medialmente para drenarem nos vasos mediais
-Posteriores: na perna, acompanham a veia pequena safena até aos gânglios popliteus superficiais; na coxa e na região glútea, drenam para os gânglios inguinais superficiais (os vasos glúteos mais laterais terminam no quadrante súpero-lateral, enquanto os mais mediais, de menor calibre, terminam no quadrante ínfero-medial)
Gânglios inguinais superficiais: estão superficialmente à fáscia profunda e Rouvière descreve-os em 4 quadrantes divididos por duas linhas perpendiculares que se intersetam na junção safeno-femoral (onde a veia grande safena drena para a veia femoral comum): súpero-medial e súpero-lateral (pertencem ao grupo proximal, que consiste em 5 ou 6 gânglios em disposição horizontal que se relacionam com vasos ilíacos circunflexos superficiais (lateralmente) e vasos pudendos externos superficiais (medialmente)) e ínfero-medial e ínfero-lateral (pertencem ao grupo distal, que consiste em 4 ou 5 gânglios dispostos vertical ou obliquamente ao longo da terminação da veia grande safena (proximal)).
DRENAGEM LINFÁTICA PROFUNDA:
Os vasos linfáticos profundos do membro inferior são satélites dos vasos sanguíneos, tomando o seu nome. A via principal é constituída por vasos pediosos, tibiais anteriores, tibiais posteriores e fibulares. A via pediosa e a via tibial anterior terminam nos gânglios tibiais anteriores; a via tibial posterior, a via fibular e os vasos eferentes dos gânglios tibiais anteriores drenam para os gânglios popliteus que, por sua vez, têm vasos eferentes que drenam para os gânglios inguinais profundos, que recebem também a linfa dos gânglios inguinais superficiais.
Gânglios tibiais anteriores: localizam-se anteriormente à porção superior membrana interóssea da perna, junto à passagem da artéria tibial anterior.
Gânglios popliteus: são geralmente entre 3 a 6, dispersos pela gordura na fossa popliteia, e os seus vasos eferentes ascende, perto dos vasos femorais, até atingirem os gânglios inguinais profundos; agregam-se em 3 subgrupos:
-gânglios superficiais: superficialmente à fáscia profunda, responsáveis pela drenagem linfática superficial do membro inferior
-gânglios profundos: formado pelo gânglio da pequena safena
-gânglios médios: gânglios que se relacionam diretamente com a artéria e veia poplíteas
Gânglios inguinais profundos: entre 1 a 3, situados medialmente à veia femoral na loca linfática da bainha femoral; de destacar o Gânglio de Cloquet, no anel femoral, que, apesar de estar frequentemente ausente, é um importante gânglio sentinela
Na região glútea, os vasos linfáticos profundos que acompanham os vasos glúteos superiores terminam num gânglio próximo à porção intrapélvica da artéria glútea superior, enquanto que os que seguem os vasos glúteos inferiores drenam para pequenos gânglios, até aos gânglios linfáticos ilíacos internos.