Uveítes e Toxoplasmose Flashcards

1
Q

Como as uveítes podem ser classificadas anatomicamente?

A

 Uveíte Anterior: representa quase 80% dos casos de uveíte na prática médica, sendo
uma das principais causas de síndrome do olho vermelho! Localizada primariamente no
segmento anterior do olho; pode ser dividida em irite (inflamação isolada na câmara
anterior) e iridociclite (inflamação na câmara anterior e no corpo vítreo anterior);
 **Uveíte Intermediária:
localizada na cavidade vítrea e/ou região da pars plana
(parsplanite). Quase sempre é idiopática.
Uveíte Posterior: qualquer forma de retinite
Panuveíte**: inflamação comprometendo as estruturas anteriores, intermediárias e
posteriores. A forma idiopática, a sarcoidose e a doença de Behçet são suas causas mais
comuns.

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2
Q

Principais etiologias das uveítes

A

SÍNDROME DE BEHÇET: - Vasculite rara que geralmente se apresenta com a tríade:** úlceras orais + úlceras genitais +uveíte.
- As manifestações oculares aparecem num período de dois anos após o surgimento das ulcerações orais.
- A doença ocular costuma ser bilateral, sendo a uveíte anterior aguda uma de suas
manifestações.
- Uveíte anterior costuma estar associada a um hipópio (pus na câmara anterior) móvel transitório.

ESPONDILOARTROPATIAS SORONEGATIVAS:Uveíte anterior aguda associada a** HLA-B27**;- Síndrome de Reiter;Espondilite Anquilosante:

ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL (AIJ) e Sarcoidose .

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3
Q

Sintomas uveíte anterior

A

Sintomas:
- Início súbito de dor ocular intensa unilateral, fotofobia , lacrimejamento e borramento visual de grau variado.

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4
Q

Sinais uveítes anteriores

A
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5
Q

Tratamento uveítes

A

Inibidor da acetilcolina: Para melhorar a dor e evitar sinéquias:
Atropina 1% colírio 1 gota 2x/dia no olho afetado.
2. Corticosteroide tópico: Escolha uma das opções:
Acetato de prednisolona colírio 1% 1 gota de 2/2 horas, no olho afetado. Regressão de acordo com a melhora clínica;
Dexametasona colírio (1 mg/mL) 1 gota de 2/2 horas, no olho afetado. Regressão de acordo com a melhora clínica.
3. Corticosteroide de depósito: Se paciente não responsivo ao esteroide tópico:
Triancinolona 20-40 mg em injeção subtenoniana

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6
Q

Descrever os quatro grandes grupos de doenças que podem causar uveítes:

A

a) Infecções
b) Doenças imunomediadas
c) Doenças do olho
d) Síndrome mascarada – linfoma, leucemia ou degeneração retiniana

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7
Q

***Listar as principais causas infecciosas de uveíte

A
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8
Q

*** Listar as principais causa inflamatórias de uveíte

A
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9
Q

Quando deve ser encaminhada ao oftalmologista

A

( RSVP) vermelhidão, sensibilidade a luz, alteração da visão, dor

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10
Q

Diagnóstico diferencial uveítes

A

olho vermelho, células na câmara anterior e moscas volantes

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11
Q

Quais testes laboratoriais são recomendados(uveites)

A

rx de tórax, VDRL, toxo IGG e IgM, HIV,
PPD

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12
Q

Abordagem diagnóstica da síndrome de behçet

A

Histórico:** Investigar se houve diagnóstico anterior de síndrome de Behçet, ou a ocorrência de úlceras orais e genitais, ou lesões de pele;**
Exame oftalmológico completo, incluindo acuidade visual, biomicroscopia, tonometria, motilidade ocular e fundoscopia;
Pode ser solicitado* HLA B51*, que está muito associado à síndrome de Behçet;
Solicitar consulta com clínico geral/reumatologista.

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13
Q

Critérios diagnósticos síndrome de behçet

A

Úlcera oral recorrente (pelo menos três vezes em 12 meses);
Pelo menos dois dos seguintes:
Úlcera genital recorrente;
Inflamação ocular;

Teste de patergia positivo (formação de pústula após 24-48 horas);
Lesões de pele (pápulas, pústulas, foliculite, lesão caseiforme e eritema nodoso).

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14
Q

Diagnóstico diferencial síndrome de behçet

A

Em pacientes somente com os achados oculares:
Espondiloartropatias;
Sarcoidose;
Necrose retiniana aguda;
Retinite multifocal aguda idiopática.

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15
Q

Tratamento síndrome de behçet

A

Tratamento da uveíte posterior: Esteroides orais, Azatioprina, Ciclosporina, Interferon alfa ou bloqueadores biológicos (Infliximabe) podem ser usados para controle da doença. Consultar clínico ou reumatologista para tratamento sistêmico

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16
Q

Quadro clínico toxoplasmose em imunossuprimidos

A

Febre é uma das primeiras manifestações da doença,seguida de encefalite,pneumonite e miocardite

Em pacientes com AIDS, a encefalite é a apresentação clínica mais comum,manifestando-se como encefalite difusa,meningoencefalite ou,mais comumente como lesão tumoral com efeito de massa e evolução subaguda

Mais comum em pcts com AIDS 1)Cefaleia,2)Febre,3)Hemiparesia,4)Alterações psicomotoras

17
Q

Diagnóstico Toxoplasmose

A

A confirmção diagnóstica poderá ser estabelecida diretamente pela pesquisa do parasita nos tecidos,por meio da histopatologia,ou pela demonstração do seu material genético-DNA- pela PCR nos tecidos ou feridas corporais.Também,de maneira indireta,utilizando a sorologia ,por meio da pesquisa de anticorpos séricos .

Vários testes sorológicos estão disponíveis para detecção de imunoglobulinas igA,igE e igM são marcadores de infecção recente ou aguda,enquanto os igG,de infecção passada ,crônica ou latente

18
Q

Testes sorológicos toxoplasmose

A

1)Imunofluorescência indireta
2)Aglutinação
3)Testes imunoenzimáticos ELISA E ELFA
4)Testes de Avidez de igG

19
Q

Screening sorológico para diagnóstico de toxoplasmose em gestantes

A

Screening sorológico, inciado o mais precocemente possível, com pesquisa das classes igM e igG trimestralmente para as mães soronegativas.A soroconversão ou o aumento seriado dos títulos de anticorpos praticamente confirma a infecção aguda

20
Q

Teste de avidez IgG

A
21
Q

Diagnóstico de infecção fetal pela toxoplasmose

A

PCR–> a sensibilidade do teste é maior quando a infecção materna ocorre entre 17a e a 21a semana de gravidez

**Além da AMNIOCENTESE,o controle com USG para detecção de anomalias fetais como micro ou macrocefalia,hidrocefalias,calcificações cerebrais ou outras deve ser realizado.

Na gestante, a combinação de testes como westem-blot,detecção de igM e igA**,tem se mostrado mais sensível para o diagnóstico nos três primeiros meses

22
Q

Tratamento da toxoplasmose no imunocomprometido

A

Sulfadiazina 4 a 6g/dia + Pirimetamina 50mg/dia,podendo utilizar 200 mg no primeiro dia como dose de ataque ,por 4 a 6 semanas ,associando ácido folínico 15 a 20mg/dia

OBS: Após o tratamento, a profilaxia secundária deve ser instituída para evitar reicidivas até que haja recuperação da imunidade. No caso da AIDS, até que a contagem de linfócitos TCD4 alcance valores acima de 200 células/mm3 em duas medidas consecutivas. combinação SMX + TMP 800/160 é o esquema mais indicado

23
Q

Tratamento toxoplasmose na gestação

A

Profilxia da transmissão materno-fetal: Espiramicina 3g/dia por 4 a 6 semanas

Para casos de infecção fetal confirmada ou suspeita, até a confirmação –> sulfadiazina 4g/dia + pirimetazina 25mg/dia + ácido folínico 10 a 20mg/dia devem ser indicados