tut 6 diarreia e parasitoses Flashcards
Diarreia:
é caracterizada por perda de fluidos e eletrólitos nas fezes.
diarreia
crônica:
Quando o processo em curso ultrapassa 14 dias
Diarreia persistente x cronica
- Diarreia persistente: quando o processo em questão decorre de etio-
logia infecciosa. - Diarreia crônica: quando não está associada a infecção pregressa.
Definição de diarreia crônica:
é definida como perda entérica fecal de pelo menos 10
g/kg/dia em lactantes e 200 g/dia em crianças maiores, por prazo superior
a 14 dias. A frequência evacuatória geralmente é superior a 3 emissões/dia
- Fisiopatologia: os mecanismos determinantes de diarreia podem ser os-
móticos, secretores ou mistos.
Componente secretor: caracteriza-se pelo fluxo ativo de eletrólitos e
água em direção ao lúmen intestinal, resultantes da inibição de absorção
neutra de NaCl nos vilos dos enterócitos
- Diarreia osmótica: é causada por nutrientes não absorvidos no lúmen
intestinal e decorrente dos seguintes mecanismos: dano intestinal (infec-
ções entéricas), redução da superfície absortiva (doença celíaca), redução
de enzima digestiva (déficit e lactase), aumento da velocidade do trânsito
intestinal e sobrecarga osmolar.
etiologia:
INFECÇÕES
RESPOSTA IMUNE ANORMAL:
Doença celíaca:
ocorre em indivíduos geneticamente predispostos após
exposição ao glúten da dieta alimentar.
Doenças inflamatórias intestinais crônicas (DIIC): compreende a retocolite
ulcerativa, a doença de Crohn e a colite indeterminada.
- MÁ ABSORÇÃO DE CARBOIDRATO:
- Intolerância à lactose
- ALTERAÇÕES DA MOTILIDADE:
Doença de Hirschsprung: - DEFEITOS ESTRUTURAIS DOS ENTERÓCITOS: as diarreias são de caráter
grave, com início, em geral, nos primeiros dias de vida.
Diagnóstico de diarreia crônica:
o espectro etiológico das diarreias crônicas é extremamente
amplo e diversificado, de acordo com a faixa etária e o meio ambiente de
convívio. O pediatra deve procurar seguir algoritmos de investigação que
contemplem número reduzido de exames e testes menos invasivos
- IDADE:
- CARACTERÍSTICA DAS EVACUAÇÕES:
- ESTADO NUTRICIONAL:
- SINAIS E SINTOMAS ASSOCIADOS:
- DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:
- Marcadores sorológicos não invasivos:
Doença celíaca: a dosagem de anticorpos antitransglutaminase e antien-
domísio - Imagem:
Abordagem terapêutica da diarreia crônica:
- Medidas de suporte e recuperação nutricional devem ser rapidamente
instituídas. - Correção adicional do equilíbrio acidobásico e dos eletrólitos é manda-
tória. - Instalação de dieta enteral que forneça pelo menos 50% das necessida-
des calóricas é importante no sentido de estabilizar as perdas pelo cata-
bolismo.
- Prebióticos: são ingredientes não digeríveis da dieta que beneficiam o
hospedeiro estimulando seletivamente o crescimento e/ou a atividade de
bactérias no cólon, com melhora da saúde. - Probióticos: são definidos, pela (FAO) e (OMS), como “micro-organismos
vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem
um benefício à saúde do hospedeiro”.
Simbióticos: prebióticos + probióticos.
Os posbióticos podem ser fragmentos bacterianos, metabólitos
como AGCC ou ainda compostos bioativos secundários à ação da microbi-
ota, como derivados de alguns aminoácidos, que podem apresentar bene-
fícios semelhantes aos probióticos. A vantagem do uso dos posbióticos so-
bre os probióticos seria a não utilização de organismos vivos,
- Transplante de microbiota fecal (TMF): consiste em transferir material
fecal de um doador saudável previamente selecionado para um receptor,
com a finalidade de reverter a disbiose.
Etiologia das parasitoses intestinais:
- Os principais protozoários patogênicos são: Entamoeba histolytica, Gi-
ardia lamblia (Giardia intestinalis) - Helmintos: são divididos em nematelmintos (cilíndricos) e platelmintos
(achatados): - Nematelmintos: tem seu ciclo de vida e sua contagiosidade pelo solo e
ambiente - Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis, Trichuris tri-
chiura, Necator americanus, Ancylostoma duodenale
Platelmintos: tem seu ciclo de vida e contagiosidade pelos animais - são
os cestódeos, como Taenia solium (hospedeiro intermediário é o
porco), Taenia saginata (hospedeiro intermediário é o boi)
- Observação: o ciclo de pulmonar ou ciclo de Loss acontece em alguns pa-
rasitas que têm em seu ciclo de vida a necessidade de maturação das larvas
no pulmão. Tais agentes incluem: Necator americanus, Ancylostoma duo-
denale, Strongyloides stercoralis e Ascaris lumbricoides. Uma regra mne-
mônica é a sigla “NASA”, com as iniciais de cada um.
durante o ciclo de Loss, o paciente pode apresentar tosse
seca, febre e perda de peso, o que define a síndrome de Loeffler.
Quadro clínico das parasitoses intestinais:
na grande maioria dos
casos, é oligossintomático ou assintomático. Os sintomas geralmente são
inespecíficos, como diarreia, náuseas, vômitos, dor abdominal inespecífica,
distensão abdominal, má absorção e desnutrição.
mecanismos de desnutricao
lesao de mucosa: giardia lamblia
competicao alimentar: ascaris lumbricoides
hemorragias: necator americanus
alteracao de sais biliares: giardia lamblia
Diagnóstico de parasitoses intestinais:
além do aspecto clínico, pode ser comple-
mentado pelo laboratorial. Existem vários métodos coproparasitológicos
utilizados pelos laboratórios. Quando o pediatra solicita parasitológico de
fezes sem especificar o método ou o parasita de maior suspeita clínica no
caso, o laboratório realiza em média 2 a 3 testes mais abrangentes, mas
que, por vezes, podem não ser os métodos ideais para a parasitose em
questão. Por isso, um exame negativo não afasta, e um exame positivo con-
firma. Sendo assim, cabe ao pediatra dirigir a investigação apontando a pa-
rasitose de maior suspeita do caso e solicitar ao laboratório uma pesquisa
dirigida do parasita.
Método de exame direto das fezes a fresco: pode determinar qualquer
parasitose, mas com baixos níveis de sensibilidade.
Coleta seriada das fezes: em média, o ideal para contemplar todas as
formas dos helmintos e protozoários e melhorar a sensibilidade dos exa-
mes coproparasitológicos é realizar a coleta seriada de fezes, com uma co-
leta a cada 7 dias por 3 semanas;
- Dentre os exames inespecíficos: eosinofilia é um achado comum em hel-
mintíases;
Radiografia: é um método auxiliar para suboclusão por áscaris e na sín-
drome de Loeffler (pneumonite eosinofílica).
Tratamento de parasitoses intestinais:
Segundo a OMS, em países em desen-
volvimento, preconiza-se a terapia empírica periódica a cada 4, 6 ou 12 me-
ses, dependendo da região e epidemiologia local.
Em parasitoses, ainda se
atua de maneira ampla, diferente do que se pensa em antibioticoterapia
que deve ser específica. Este fato ocorre também pela alta incidência de
poliparasitismo e pelo fato de os coproparasitológicos apresentarem
grande quantidade de falsos-negativos.
anti parasitarios:
* Benzoimidazólicos: que são compostos por drogas anti-helmínticas
como mebendazol, tiabendazol e albendazol.
- Nitroimidazólicos: que são para protozoários e, dentre eles, metroni-
dazol, tinidazol e secnidazol.